Nesta terça-feira (6) teve início as semifinais da EuroCup, segunda competição de clubes mais importante do basquete masculino, com Virtus Bolonha (ITA) e Monaco (FRA) vencendo em casa. Nesta sexta-feira (9), acontecem os jogos de volta, com UNICS Kazan (RUS) e Gran Canaria (ESP) precisando da vitória para forçarem o jogo 3. Confira conosco como foram as duas primeiras partidas destas semifinais.
SF A – Monaco (FRA) x Gran Canaria (ESP)
Jogo 1: Monaco (FRA) 82 x 77 Gran Canaria (ESP)
No primeiro jogo das semifinais, realizado nesta terça-feira, o Monaco conseguiu difícil vitória em casa contra o Gran Canaria. Com um início de jogo equilibrado, as equipes tinham dificuldades para pontuar. O Monaco começou explorando as jogadas de garrafão com Mathias Lessort, que conseguiu algumas faltas, mas não muito mais do que isso. O Gran Canaria tinha um baixo aproveitamento nos arremessos, porém conseguia um maior volume, principalmente em função do domínio nos rebotes. O armador Dee Bost fez um bom primeiro quarto para a equipe francesa, com sete pontos, enquanto AJ Slaughter era bem marcado do outro lado. O banco do time espanhol novamente contribuiu bem, deixando 11 pontos, o mesmo ocorrendo com os reservas da equipe francesa, que anotaram dez pontos no quarto. Mesmo com a equipe espanhola tendo mais volume e indo mais para a linha do lance livre, o período terminou com vantagem de apenas um ponto para os visitantes (20 a 21). O segundo quarto foi um fiasco para o Gran Canaria e acabou sendo o período que definiu o jogo. Com Rob Gray vindo muito bem do banco francês, com arremessos certeiros e velocidade, a equipe da casa abria vantagem. A forte defesa fazia com que o time espanhol tivesse um quarto ainda pior nos arremessos, acertando apenas 2 de 11 dos dois pontos (19%) e nenhuma do perímetro, em seis tentativas. O time da casa passou a dominar os rebotes e rodava melhor a bola, sempre buscando o colega em melhor condição de arremesso. Apesar de Lessort fazer uma partida ofensiva ruim, Jaleel O’Brien também veio bem do banco e contribuiu com oito pontos. O segundo quarto termina com incríveis 24 a 5 para o time da casa e vantagem de 18 pontos no intervalo. Na volta dos vestiários, aparentemente o técnico espanhol Porfi Fisac deu uma bronca gigantesca na sua equipe. Com uma defesa muito forte e um ataque mais agressivo, forçando menos bolas do perímetro, o Gran Canaria foi reduzindo a diferença. O Monaco parecia relaxado com a vantagem que havia construído e cometia muitos erros. Na metade do período, a equipe espanhola tinha conseguido uma corrida de 15 a 1, reduzindo a vantagem para apenas quatro pontos. A dupla Matthew Costello e Aleksander Balcerowski era uma muralha na defesa, enquanto o lituano Tomas Dimša assumia a responsabilidade no ataque, contribuindo com 11 pontos no período. Após sete minutos jogados, finalmente o Monaco consegue a primeira cesta de quadra, terminando o período perdendo por 10 a 20 e levando apenas oito de vantagem para o quarto decisivo. Nesta etapa o Gran Canaria voltou a equilibrar os rebotes e melhorou o aproveitamento de quadra, enquanto o Monaco acertou apenas 2 de 14 nas bolas de dois pontos. No último período, a equipe da casa voltou mais ligada, com Gray continuando em alta voltagem. A equipe abriu 13 pontos de frente e parecia que voltava a ter o controle da partida. Mas Costello faz oito pontos em sequência e mantém os visitantes na partida. O time francês consegue administrar bem a pequena vantagem, porém com pouco menos de dois minutos para jogar, o cestinha Gray é eliminado com cinco faltas. O Gran Canaria até reduz para três pontos no minuto final, mas o Monaco aproveita bem os lances livres e consegue sair com a vitória. Apesar do domínio nos rebotes do time espanhol (44 a 41, sendo 18 a 11 nos ofensivos), o aproveitamento nos arremessos foi decisivo, com apenas 38% nos dois pontos (contra 40% do Monaco), magros 30% do perímetro (versus 53% do time francês) e 71% do lance livre (contra 88% do time da casa). O nome do jogo foi Rob Gray, com 25 pontos (5 de 6 do perímetro), três rebotes, uma assistência e eficiência (PIR) de 25. No lado espanhol, vale mencionar a partida de Matthew Costello, com 22 pontos, sete rebotes, uma assistência e quatro tocos.
SF B – Virtus Bolonha (ITA) x UNICS Kazan (RUS)
Jogo 1: Virtus Bolonha (ITA) 80 x 76 UNICS Kazan (RUS)
Na segunda semifinal, também nesta terça-feira, a Virtus Bolonha recebeu o UNICS Kazan e venceu por 80 a 76, com grande atuação de Miloš Teodosić. Com expectativa sobre o confronto entre o melhor ataque e uma das melhores defesas, os destaques individuais fizeram a diferença. O início de jogo foi morno, inicialmente com a Virtus buscando explorar o garrafão com Julian Gamble, e o UNICS arriscando bastante de longa distância. Aos poucos, a equipe italiana, liderada por Teodosić, foi assumindo o controle da partida. O sérvio converteu seus nove pontos no quarto em sequência, dando uma vantagem de mesmo tamanho para sua equipe. A equipe russa já estava 0 de 7 nas tentativas de três pontos, até que Jamar Smith veio para a partida. O veterano converteu 3 de 4 do perímetro (e 11 pontos no total) e manteve a sua equipe próxima no placar. O primeiro quarto terminou com vantagem do time da casa por 23 a 19, com alto aproveitamento dos dois pontos (70%). No segundo quarto, a equipe da casa mantinha o alto aproveitamento, mas cometia muitos erros. Com isso, o UNICS conseguiu a primeira vantagem na partida, logo no início do período. As equipes trocavam de liderança, sem nenhuma conseguindo o controle do jogo. O time russo continuava abusando das bolas de três pontos, acertando apenas 1 em 7 tentativas no período, muitas vezes desperdiçando bolas de segunda chance. Com uma pequena arrancada no final do quarto, a Virtus vai para os vestiários com oito de vantagem. No terceiro período, o time da casa vai controlando as ações. Passados pouco mais de três minutos, a equipe consegue uma vantagem de 12 pontos, a maior da partida, parecendo que o jogo vai se desenhar a favor da equipe italiana. Porém, o UNICS volta a pressionar forte em sua defesa e consegue converter bolas importantes. A Virtus continua com muitos desperdícios de bola (sete no período), além do seu aproveitamento de quadra cair. O time russo consegue mais roubos de bola, põe mais intensidade na partida, faz uma corrida de 18 a 6 e empata o jogo, deixando tudo para o último período. No quarto final, logo o UNICS abre três pontos de vantagem, com o melhor momento a seu favor. A equipe não deixa a Virtus passar no placar até a metade do período, quando o jogo está empatado em 64 pontos. A partir daí, o armador Teodosić passa a ser o protagonista da partida, comandando todas as ações da equipe até o final do jogo. Desse ponto em diante, o sérvio contribui com 11 pontos e duas assistências, conseguindo dar a pequena vantagem necessária para a equipe respirar e vencer a partida. Apesar do alto número de turnovers da equipe italiana (19), o alto aproveitamento de dois pontos (67%) e a grande vantagem nas assistências (18 a 11), foram fundamentais para a vitória e invencibilidade da equipe na competição. O nome do jogo foi Teodosić, com 27 pontos, seis rebotes, cinco assistências, um roubo de bola e eficiência (PIR) de 34, recorde da carreira. Pelo lado russo, boa partida de Jamar Smith, com 22 pontos, quatro rebotes, duas assistências e um roubo de bola.