Nesta sexta-feira (11) o jornal grego SDNA soltou uma verdadeira bomba no noticiário do basquete europeu. De acordo com a apuração do repórter Makis Serepisos, confirmada posteriormente por diversos outros repórteres do meio, o CEO da Euroliga, Jordi Bertomeu, foi retirado do quadro de diretores da liga, por meio de votação unânime dos 11 clubes acionistas.
Pela primeira vez em 20 anos o espanhol não fará parte do quadro de diretores da competição. Os 11 clubes acionistas da liga – Anadolu Efes (TUR), Fenerbahçe (TUR), Panathinaikos (GRE), Olympiacos (GRE), Olimpia Milão (ITA), Maccabi Tel Aviv (ISR), Žalgiris Kaunas (LIT), CSKA Moscou (RUS), Real Madrid (ESP), Barcelona (ESP) e Baskonia (ESP) – assumirão o controle administrativo da liga a partir de então.
Ainda há controvérsias no que já foi reportado até este momento. A matéria do SDNA diz que Bertomeu prosseguirá em seu cargo de CEO, mas terá suas responsabilidades diminuídas. Porém, o renomado jornalista italiano Emiliano Carchia informou em sua conta de Twitter que suas fontes lhe disseram que, na prática, nada vai mudar na forma com que a empresa é administrada.
Segundo Carchia, nesse modelo em que os clubes são os acionistas da Euroliga (adotado em 2015), eram sempre eles os donos da empresa e as decisões partiam sempre deles mesmos, coletivamente. Para suas fontes, as responsabilidades de Bertomeu como CEO continuarão as mesmas.
O grande motivo de insatisfação dos clubes acionistas com Bertomeu era a administração financeira. Isso ficou evidenciado quando, no meio de abril, sete dos acionistas fizeram uma reunião secreta em Atenas para discutir uma possível má administração dos assuntos financeiros da liga, por parte de Bertomeu.
Depois, no dia 26 do mesmo mês, todo o quadro de diretores se reuniu para discutir o assunto e, segundo fontes não oficiais, foi ali que foi decidido que Bertomeu não era mais a pessoa apropriada para lidar com decisões financeiras, como acordos de patrocínio, direitos televisivos e formato da própria competição.