Terminou nesta sexta-feira (22) a 5ª rodada da temporada regular da Euroliga. O que marcou esta rodada foram as várias partidas equilibradas: seis dos nove jogos disputados tiveram uma diferença de pontos de seis pontos ou menos. Os dois líderes invictos da competição fizeram seus deveres de casa e mantiveram-se nessa condição, mas eles estão sendo perseguidos de perto por outra dupla de gigantes. Leia abaixo o resumo de cada uma das nove partidas da rodada.
E atenção: na semana que vem, a Euroliga realizará mais uma rodada dupla. A 6ª rodada acontecerá na terça e quarta-feira (26 e 27), enquanto a 7ª acontece imediatamente nos dois dias seguintes, na quinta e sexta-feira (28 e 29).
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Anadolu Efes (TUR) 71 x 68 UNICS Kazan (RUS)
Por Vinícius Matosinhos
Depois de perder os primeiros quatro jogos da temporada, o Anadolu Efes (TUR) entrou em quadra, em Istambul nesta quinta-feira (21), para receber o UNICS Kazan (RUS), clube que também vive um mau momento e só venceu apenas uma partida até aqui. Porém, finalmente o jejum de vitórias do clube turco chegou ao fim, terminando o confronto com o placar final de 71 a 68. O armador Rodrigue Beaubois e o estreante Elijah Bryant empataram em pontos (14) e foram os protagonistas da partida. Com um início muito ativo, o clube russo mostrou que veio para vencer fora de casa a todo custo, apostando principalmente nos arremessos de três pontos. O Efes sofreu muito na defesa, mas foi ajustando aos poucos, conseguindo terminar o primeiro período perdendo por apenas quatro pontos (22 a 18). Iniciando o segundo quarto da partida com uma defesa mais acertada, o clube da casa finalmente conseguiu evitar que o adversário marcasse confortavelmente do perímetro. Isso fez com que o jogo ficasse muito parelho, mas de forma negativa, já que o Efes não se aproveitou dos erros ofensivos do UNICS, indo para o vestiário no intervalo ainda com a vantagem russa no placar de 37 a 32. Na volta do intervalo, o investimento na defesa voltou ao foco da equipe turca, conseguindo ficar sem sofrer pontos por três minutos. Isso permitiu com que o Anadolu Efes tivesse mais uma chance de melhorar no ataque. Dessa vez o clube mandante não perdeu a oportunidade e finalmente alcançou a liderança no placar. Foi a vez então do UNICS se defender da melhor forma possível, bloqueando as incansáveis tentativas de três pontos do Efes, indo para o último período do jogo com o clube de Kazan novamente à frente por 51 a 47. Com o apoio da torcida, que via o quanto seu time estava lutando dentro de quadra para acabar com o jejum de vitórias, o atual campeão da Euroliga deu a volta por cima no placar novamente e mostrou que dessa vez não iria vacilar no lado ofensivo da quadra. Faltando cinco minutos para o fim do duelo, a partida se encontrava empatada em 56 a 56, no entanto, o Efes investiu nas jogadas de contra-ataque, liderados por Elijah Bryant, que estava em seu jogo de estreia com a camisa turca, conseguindo abrir uma considerável vantagem de seis pontos quando restavam dois minutos no cronômetro. Sendo assim, a considerável diferença foi crucial para ser apenas administrada pelos jogadores do Anadolu Efes, assegurando a primeira vitória na temporada 2021-22.
Žalgiris Kaunas (LIT) 73 x 75 Bayern de Munique (ALE)
Por Rafael Bittelbrunn
Em jogo de desesperados, o Žalgiris recebeu o Bayern Munique, em Kaunas, com as duas equipes buscando a primeira vitória. E o time alemão foi mais bem sucedido, alcançando seu primeiro triunfo, por 73 a 75, após partida equilibrada. Enquanto o Žalgiris não contava com Joffrey Lauvergne, Jānis Strēlnieks e Emmanuel Mudiay, lesionados, o Bayern tinha os retornos de Andreas Obst e Vladimir Lučić, ambos estreando na competição nesta temporada. E a partida começou mostrando porque as equipes ainda não tinham vencido na Euroliga, com muitos erros e quase dois minutos até sair a primeira cesta, em um confronto ruim ofensivamente. O pivô Josh Nebo era novamente um diferencial para o time da casa, que faz melhores ajustes no ataque e na defesa, conseguindo abrir 11 pontos, com domínio nos rebotes e boa entrada do armador Lukas Lekavičius. A defesa do Žalgiris continua forte no segundo quarto, limitando o ataque alemão a um baixo aproveitamento, o que ajuda a manter a diferença nos dois dígitos, já que o ataque lituano começa a ter dificuldades. Os rebotes ofensivos continuam sendo muito favoráveis ao Žalgiris e, graças a algumas bolas triplas, consegue abrir 16 pontos de vantagem perto do final do período, com o Bayern ainda fazendo uma corrida final e deixando o prejuízo em apenas 12. A primeira etapa foi vencida pelo time da casa por 39 a 27, com domínio nos rebotes (24 a 15) e o Bayern acertando apenas uma bola tripla (em dez tentativas). Porém, no segundo tempo, como ocorreu em outras partidas, o Žalgiris caiu muito de rendimento, permitindo que o Bayern crescesse na partida. O ataque parou de se movimentar, facilitando a defesa alemã, que era mais intensa, após conversa com o técnico Andrea Trinchieri. Assim, pouco a pouco o Bayern foi cortando a diferença, apesar da boa participação do jovem lituano Marek Blaževič, com rebotes e pontos. O ataque do Bayern funciona muito melhor, com Deshaun Thomas e Darrun Hilliard começando a aparecer, sem falar em Lučić, que aproveitava bem os lances livres resultantes de faltas (algumas bem “cavadas”), chegando ao empate no final do terceiro quarto. No período decisivo, os ataques começam com dificuldades, mas depois de alguns minutos fluem melhor, com trocas de cestas importantes e muito equilíbrio. Na metade do período, após cesta de Hilliard, a equipe alemã assume a ponta pela primeira vez, com trocas de liderança até o minuto final. Com Thomas fazendo duas cestas decisivas nos momentos finais, e o Žalgiris não conseguindo bons ataques, a vitória fica para o Bayern, deixando a lanterna isolada para o time da Lituânia, o único a não vencer na Euroliga 2021-22. Boa partida de retorno para Lučić, com 17 pontos, quatro rebotes e três roubos, para um PIR (Performance Index Rating) de 20, bem auxiliado por Hilliard (14 pontos) e Thomas (15 pontos). No Žalgiris, mais uma grande partida de Josh Nebo, com 12 pontos, 13 rebotes, dois tocos e PIR de 21, com Lekavičius terminando com 17 pontos.
Maccabi Tel Aviv (ISR) 77 x 73 Panathinaikos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
Diante de sua torcida, o Maccabi conquistou sua segunda vitória consecutivo, fato que ainda não havia acontecido nesta temporada. O time israelense foi senhor da partida quase que por inteiro, dominando desde o primeiro tempo, quando aplicou uma forte defesa. Após um bom início do Panathinaikos no primeiro quarto, James Nunnally explodiu para seis pontos seguidos, ajudando o Maccabi a terminar o primeiro período com um parcial de 8 a 0. Com o mesmo Nunnally ainda pegando fogo, não demorou muito para que o Maccabi chegasse aos duplos-dígitos de vantagem. O ala americano terminaria o primeiro tempo com 16 dos 33 pontos do Maccabi no primeiro tempo, o qual terminou com o time da casa dez pontos à frente. Durante o terceiro período, o Panathinaikos continuou tendo dificuldades para penetrar a forte defesa israelense. Sem conseguir chegar perto da cesta, o Panathinaikos se viu obrigado a forçar diversos arremessos de três. O Maccabi, por outro lado, tinha muita facilidade para entrar no garrafão dos Verdes e, assim, o time pôde construir uma vantagem bastante confortável, que chegou a ser de 19 pontos nos minutos finais do período. Parecia que o jogo estava decidido, principalmente quando o Maccabi abriu 20 pontos de frente nos primeiros minutos do último quarto (64 a 44). Mas foi exatamente ali que as coisas se encaixaram para o Panathinaikos. O campeão grego começou fazendo um placar parcial de 12 a 0, que diminuiu seu déficit para oito pontos (64 a 56), ainda com quatro minutos de jogo. Empolgados, os visitantes continuaram a pressão. Daryl Macon e Nemanja Nedović acertaram bolas de três importantes e, a 29 segundos do fim, Ioánnis Papapétrou acertou uma cesta de três que deixou a diferença em apenas três pontos (74 a 71). Após pedido de tempo, o Maccabi conseguiu se organizar e ficou com a bola o suficiente para sofrer falta e converter os lances livres que lhe deram a vitória apertada. Nunnally, apesar de apagado no segundo tempo, terminou como o cestinha do jogo, com 18 pontos, além de seis rebotes, que lhe ajudaram a ter 25 de PIR. Wilbekin contribuiu com 16 pontos. O Panathinaikos teve quatro jogadores pontuando em duplos-dígitos, com destaque para os 17 pontos de Macon e os 15 de Papapétrou. O Maccabi (três vitórias e duas derrotas) permanece em Israel, onde fará os dois jogos da semana que vem, contra Žalgiris Kaunas e Barcelona. Após três partidas fora de casa, o Panathinaikos (uma vitória e quatro derrotas) volta para Atenas, onde recebe na semana que vem o Anadolu Efes e o ASVEL.
Olimpia Milão (ITA) 73 x 72 ASVEL (FRA)
Por Arthur Rastelli
A Olimpia Milão recebeu o ASVEL em partida válida pela quinta rodada da Euroliga. A partida foi dominada pelos franceses na primeira metade foi decidida nos últimos segundos após um terceiro quarto avassalador dos italianos. Final, vitória por 73 a 72 e invencibilidade garantida. Pelos visitantes destaque para Élie Okobo com 25 pontos e três assistências, já pelos milaneses Niccolò Melli, com 14 pontos e seis rebotes, e Shavon Shields, com 15 pontos, cinco rebotes e cinco assistências. O jogo começou frio, com as duas equipes errando bastante, mas o time francês contou com uma boa atuação do armador americano Chris Jones, com 6 pontos no período e responsável pela boa movimentação de bola do ASVEL. Pelo lado dos donos da casa o único que conseguiu equilibrar as coisas foi Melli. Com as entradas de Sergio Rodrigues e Kyle Hines a equipe de Milão conseguiu equilibrar a partida para um placar parcial de 17 a 14 para os visitantes após os 10 primeiros minutos. No segundo quarto o domínio dos campeões franceses continuou, ataque muito bem organizado por Jones e um Okobo que entrou contribuindo muito bem nos dois lados da quadra. A Olimpia sentia muita dificuldade em armar o ataque, com arremessos forçados e pouca movimentação deixavam os comandados de Ettore Messina como presa fácil para o ASVEL, que aumentava a diferença no placar. Final do primeiro tempo com 14 pontos de vantagem para os visitantes e resultado parcial de 40 a 26. O intervalo foi ótimo para a Olimpia e seu treinador Ettore Messina que pode organizar o time e voltou muito melhor para a segunda etapa. Malcolm Delaney e Shields começaram a encontrar bons arremessos e o ataque era muito mais fluido. Com uma sequência de 14 a 0 o time de Milão diminuiu a diferença para quatro pontos e ao final do terceiro quarto tudo empatado em 51 a 51. O último quarto foi aberto e as duas equipes disputaram até a última bola da partida. Pelo lado dos visitantes, Okobo estava decidido em acabar com a invencibilidade dos italianos, porém do outro lado Shields tinha uma ideia diferente. Os dez minutos finais foram marcados pela defesa forte dos dois times e os arremessos dos 3 pontos, quatro convertidos pelos italianos e cinco pelos franceses. Nos dois minutos antes do final da partida, tudo empatado em 69 a 69, Shields deu a vantagem à Olimpia acertando um de dois lances livre, mas Okobo no ataque seguinte marcou um lindo arremesso do perímetro para dar a vantagem momentânea ao ASVEL. Nos últimos segundo, Devon Hall acertou um decisivo arremesso dos 3 (seus únicos 3 pontos na partida) e deu a vantagem de um ponto para os donos da casa. No último ataque os franceses tiveram a chance de vencer com arremesso do perímetro de David Lighty que foi curto e no rebote Charles Kahudi não conseguiu converter o tapinha decisivo. Vitória sofrida dos italianos, 73 a 72, que continuam invictos na competição.
Real Madrid (ESP) 70 x 69 Fenerbahçe (TUR)
Por Gabriel Girardon
Em jogo que só teve desfecho no último minuto, o Real bateu o Fener por um ponto jogando em casa. A partida começou com alternância no placar, mas com os visitantes assumindo a dianteira com pouco menos de quatro minutos no relógio, após bola de três de Dyshawn Pierre – 10 a 8. O que mais chamou a atenção no período inicial foi a forte marcação do time turco, que só foi cometer a primeira falta com mais de nove minutos jogados, e limitou o Real Madrid a apenas 10 pontos, anotando 15. No segundo quarto as equipes foram mais eficientes no ataque, e o volume de faltas seguiu baixíssimo durante os 10 minutos. O Fenerbahçe trabalhava bem a bola, explorando seu garrafão, ou com chutes de longe, com Achille Polonara convertendo dois. Após estar perdendo por 10 (30-20), os donos da casa reagiram, muito graças a Fabian Causeur. Com três bolas triplas, totalizando 11 pontos no período, o francês ajudou a encurtar a desvantagem espanhola. No intervalo, o placar marcava 41 a 35 para o Fener. Ao retornar, o ataque do Real demorou a funcionar, marcando somente dois pontos em mais de quatro minutos. Porém, do outro lado a realidade não era diferente, com o Fenerbahçe anotando cinco pontos nesse mesmo tempo. Ainda assim, se mantinha em vantagem (46-37), com sua defesa se sobressaindo. Na segunda metade do terceiro período, o cenário passou a mudar a favor dos madrilenos, com boa participação de Carlos Alocén. O jovem armador contribuiu para uma boa arrancada, de 10-4, finalizada com outra bola de fora de Causeur, levando o jogo para o último quarto com apenas dois pontos atrás – 52 a 50 para o Fener. Tentando manter sua vantagem, a equipe turca começou tomando as iniciativas no quarto período, marcando quatro pontos. Já o Real, após dois minutos sem pontuar, anotou com Jeffery Taylor e Alocén, de fora, além de Vincent Poirier, dentro do garrafão. Faltando pouco mais de seis minutos, a partida estava empatada em 58 pontos. Após pedido de tempo, os visitantes retomaram a frente do placar, mas Rudy Fernandez, com outro chute de longe, colocou mais uma vez o Real na liderança – 61 a 60. Após isso, em quase cinco minutos, os times se alternaram três vezes no marcador, com alguns lances polêmicos, incluindo faltas antidesportiva e técnica contra o Fenerbahçe. A menos de 40 segundos do fim, Fabian Causeur chegou ao seu 16º ponto – cestinha da partida –, deixando em apenas um a vantagem turca (69-68). No ataque seguinte, Pierria Henry errou o arremesso, e Poirier pegou o rebote, sofrendo a falta. Convertendo os dois lances livres, o pivô francês virou o jogo. No lance derradeiro, Nando de Colo encontrou Marial Shayok livre na zona morta, mas a bola não caiu, decretando a vitória do Real Madrid por 70 a 69.
CSKA Moscou (RUS) 88 x 82 Olympiacos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
Abrindo a porção de sexta-feira, CSKA e Olympiacos travaram em Moscou uma das batalhas mais aguardadas desta rodada, com ambos os times chegando para esta partida com campanhas de três vitórias em quatro jogos. Quem começou com um domínio absoluto da partida foram os visitantes. Em uma noite inspirada, o ala-armador Tyler Dorsey ajudou o time grego a abrir a partida com um impressionante 15 a 4, sendo nove pontos anotados por ele. O CSKA reagiria na metade final do quarto e diminuiria a diferença, com a vantagem dos visitantes ao fim do primeiro quarto caindo para apenas cinco (25 a 20). Dorsey, que terminou o primeiro quarto com 14 pontos, ficou no banco durante todo o segundo e, coincidência ou não, o CSKA deslanchou na partida. Os russos conseguiram um 8 a 0 nos primeiros quatro minutos do segundo período e, imediatamente, já lideravam a partida. O equilíbrio prevaleceu durante boa parte do quarto, mas, nos minutos finais, Will Clyburn e Iffe Lundberg ajudaram os donos da casa a construírem uma vantagem de dez pontos (48 a 38) na ida para o intervalo. O CSKA continuou controlando a partida na volta para o segundo tempo e elevou sua vantagem ao longo do terceiro quarto. Os russos chegaram a abrir 17 pontos de vantagem a cerca de três minutos para o fim do período. Porém, Dorsey impulsionou o Olympiacos, que terminou o terceiro quarto com um parcial de 10 a 0, que os manteve vivo no jogo. Imparável, Dorsey fez cinco pontos seguidos para abrir o último quarto e, de repente, o placar mostrava uma vantagem de apenas 66 a 63 para o CSKA, com mais de nove minutos por jogar. Mas Lundberg e Alexey Shved trataram de reconstruir a boa vantagem do CSKA nos minutos seguintes, trazendo-a de volta para a casa dos dez pontos. Clyburn – 11 pontos no quarto – tratou de ajudar o CSKA a manter essa vantagem até os instantes finais. O Olympiacos até esboçou uma reação já dentro do minuto final, quando (adivinhem?) Dorsey acertou uma cesta de três que cortou a vantagem russa para apenas 86 a 82. Mas restavam apenas 22 segundos e o CSKA soube controlar o jogo e garantir a vitória. Dorsey terminou como o cestinha do jogo, com 32 pontos, mas teve pouca ajuda de seus companheiros. O segundo melhor pontuador do Olympiacos, Livio Jean-Charles, teve apenas 11 pontos. O CSKA teve cinco jogadores com pelo menos dez pontos, com destaque maior para Clyburn, cestinha com 29 pontos. Lundberg e Joel Bolomboy contribuíram com 16 pontos cada. Na rodada dupla da semana que vem, o CSKA (quatro vitórias e uma derrota) fará dois jogos na França, visitando o ASVEL e o Monaco. O Olympiacos (três vitórias e duas derrotas) volta para Pireu para os dois jogos, recebendo o ALBA Berlim e depois o Fenerbahçe.
Estrela Vermelha (SER) 63 x 78 ALBA Berlim (ALE)
Por Rafael Bittelbrunn
Em partida realizada nesta sexta-feira, o Estrela Vermelha foi surpreendido em casa pelo Alba Berlim e derrotado por 63 a 78, em uma grande atuação coletiva da equipe alemã. Com a melhor defesa da Euroliga até essa partida, o Estrela provou do próprio veneno e sofreu com a marcação implacável do time de Berlim, que também fez uma grande apresentação ofensiva. A partida começou com as duas defesas muito fortes, e o Alba levando quase três minutos para anotar a primeira cesta. Porém, os dois ataques vão muito mal, sem conseguir produzir e sendo neutralizados pelas defesas, com um primeiro quarto magro (10 a 12). No segundo quarto, a defesa do Alba continua forte, deixando a equipe da casa sem anotar uma cesta de quadra por mais de sete minutos, incluindo o primeiro quarto. Além disso, o ataque alemão começa a funcionar, movimentando bem a bola e envolvendo a defesa sérvia, que comete muitas faltas. O nervosismo é evidente no time da casa, com Nikola Kalinić (em noite apagada) e o técnico Dejan Radonjić levando faltas técnicas e a diferença chegando aos 16 pontos. A equipe também comete muitos turnovers e insiste na bola de três pontos, que não está caindo (2 de 10 no primeiro tempo). Ainda assim, impulsionados por sua fanática torcida, o Estrela faz uma corrida de 10 a 0 e baixa a desvantagem para seis pontos, o que não perturba a equipe alemã. Mantendo a movimentação de bola e forte defesa, a equipe volta a abrir dois dígitos, com Maodo Lô, Tamir Blatt e Louis Olinde sendo fundamentais. O Alba vai para o intervalo com 13 pontos de vantagem, fazendo uma partida coletiva muito sólida, especialmente na defesa, conseguindo 18 pontos a partir de erros do Estrela, apenas nesse primeiro tempo. Na segunda etapa, o ataque do time da casa melhora um pouco, com Nate Wolters comandando as ações, além do gigante Ognjen Kuzmić, muito eficiente embaixo da cesta. Porém, a defesa não consegue conter o ataque alemão, que faz uma partida muito inteligente e consciente, sem se desesperar em nenhum ataque, sempre buscando o companheiro melhor posicionado para o arremesso. A equipe alemã acerta 41% das bolas do perímetro no jogo (11 de 27), não dando espaço para o Estrela reagir, conseguindo manter uma vantagem confortável ao longo de toda a segunda etapa. Mesmo com a melhora do time da casa no segundo tempo, a vitória do Alba era clara e evidente, em uma das grandes apresentações de uma equipe nesta Euroliga. O coletivo do time alemão foi tão forte que cinco jogadores terminaram com duplos dígitos de eficiência (o PIR – Performance Index Rating), sendo o principal destaque o armador Maodo Lô, com 17 pontos (3 de 4 do perímetro), um rebote e duas assistências (PIR de 19), com Tamir Blatt conseguindo dez pontos, cinco rebotes, três assistências e um roubo, em apenas 17 minutos em quadra (PIR de 19). O alemão filho de brasileiro, Oscar da Silva, teve outra boa partida, com nove pontos, três rebotes, três assistências, um roubo, um toco e um turnover, em cerca de 26 minutos em quadra, vindo do banco. Pelo time da casa, atuação destacada de Ognjen Kuzmić, com 16 pontos, seis rebotes, um roubo e um toco (PIR de 22).
Baskonia (ESP) 78 x 66 Monaco (FRA)
Por Bruno Almeida
Na Espanha, o duelo entre Baskonia e Monaco, parecia que no final o clube francês iria dar a volta no placar, mas foi apenas um leve susto para os espanhóis, pois a partida terminou 78 a 66 para o Baskonia, somando a terceira vitória consecutiva do time. No início do jogo, o Monaco até chegou a liderar a partida, no entanto rapidamente se curvou para os bascos e a dominância se manteve ao longo do confronto. Principal destaque do primeiro quarto foi de Jayson Granger, uruguaio que demonstrou ser o líder do time nesse início de jogo. Também um leve destaque para Wade Baldwin IV. O primeiro quarto terminou 21 a 20 para o Baskonia. No segundo período, os trabalhos começam com uma enterrada do próprio Wade Baldwin, que mostrou ser um bom jogador para o time espanhol. Alguns jogadores que passaram pelos EUA como Wade Baldwin, Motiejunas e Steven Enoch (calouro nessa temporada) demonstraram uma certa facilidade em jogar. O time do Monaco perto do final conseguiu diminuir a vantagem que o Baskonia impôs ao longo do segundo período, terminando assim o primeiro tempo com o placar de 38 a 35 para a equipe da casa. No terceiro quarto a dominância do Baskonia foi se consolidando, abrindo uma corrida de 20 pontos frente ao Monaco, os espanhóis pontuaram o dobro dos franceses no quarto. Jayson Granger ainda não falhou um lance livre na temporada, e não foi hoje que isso mudou. Simone Fontecchio no terceiro período tinha 100% de aproveitamento e com os seus 20 pontos (no total), foi um dos principais pilares dessa vitória. Hoje tanto para o Baskonia como para o Monaco, foi um dia ruim para as bolas de três pontos, mas o terceiro quarto terminou 60 a 46 para os espanhóis. O clube francês entrou bem para o último quarto, conseguindo diminuir a vantagem para nove pontos restando cinco minuto para o fim do jogo, mas não foi o suficiente para tirar a vitória dos espanhóis, terminando a partida 78 a 66. Alguns destaques por parte do Baskonia ficam para Jayson Granger, que fez 12 pontos, pegou dois rebotes e deu seis assistências. O outro fica para Simone Fontecchio que terminou a partida com 20 pontos, sete rebotes e quatro assistências. Pelo time do Mónaco, Mike James terminou a partida com 18 pontos, cinco rebotes e uma assistência. O outro nome do time francês foi Jerry Boutsiele, que terminou a partida com um duplo-duplo, 11 pontos e dez rebotes.
Barcelona (ESP) 84 x 58 Zenit São Petersburgo (RUS)
Por Gabriel Girardon
Jogando em casa para manter-se invicto, o Barça não deu chances ao Zenit e venceu com muita facilidade. O início da partida foi de marcação e erros dos dois lados, e pontuação baixa. O Barcelona demorou quase três minutos para anotar os primeiros pontos. Enquanto o time da casa apostava mais em jogadas dentro do garrafão, os visitantes marcaram a primeira bola de três, com Dmitry Kulagin. O Barcelona conseguiu anotar bola tripla com Nikola Mirotić, mas o Zenit abriu leve vantagem logo em seguida (14 a 9). No entanto, nos minutos seguintes, a equipe espanhola reagiu, virando para 15 a 14. Até o fim do período inicial, as equipes se alternaram quatro vezes no placar, com Kyle Kurić marcando a última bola, para dois pontos, colocando 20 a 19 a favor do Barça. Logo no início do segundo quarto, os mandantes tiveram corrida de 7-2, obrigando pedido de tempo do técnico Xavi Pascual. Porém, o cenário para os russos não mudou. Pelo contrário. Com mais 9-0 de sequência, com a segunda bola de três de Nico Laprovittola no período, a diferença foi a 15 pontos (36-21). Após mais de cinco minutos sem pontuar, cometendo muitos turnovers – 13 a 3 no primeiro tempo –, o Zenit voltou a movimentar o placar. Até o intervalo, a vantagem catalã alternou entre 17 e 19 pontos, terminando em 44 a 27 – 24 a 8 na parcial. Na retomada, Mirotić começou com tudo, anotando os oito primeiros pontos, enquanto o Zenit estava zerado. Após pedido de tempo, o ataque do Barcelona pisou no freio, mas sem sofrer com as ações ofensivas do adversário. Em mais de quatro minutos, o time da casa não pontuou, mas sofreu somente quatro da equipe russa. Com mais dois pontos, Mirotić chegou a 20 na partida, e a diferença foi para 25 – 56 a 31. Nos minutos posteriores, o Zenit foi muitas vezes à linha do lance livre, por conta do limite de faltas do Barça excedido. Apesar disso, a vantagem se manteve, com o placar em 66 a 41 para o último quarto. Os 10 minutos finais foram praticamente protocolares. Com a vitória garantida, coube ao Barça assegurar sua vantagem e aumentar o saldo em relação à Olímpia Milão, outra equipe com 100% de aproveitamento após cinco rodadas. Voltando de lesão Sertaç Şanlı marcou nove dos 18 pontos do time no período. Por fim, a diferença terminou em 26 pontos (84-58), e invencibilidade mantida na Euroliga.