Pela primeira vez desde a 16ª rodada, em meados de dezembro, a Euroliga teve uma rodada completa, sem nenhum jogo precisando ser adiado por causa de problemas relacionados à COVID-19. Nesta quinta e sexta-feira (20 e 21/01), foram realizados todos os nove jogos da 22ª rodada da temporada regular, a quinta do segundo turno da competição.

Além disso, pela primeira vez desde a nona rodada, um time diferente do Barcelona termina a rodada no primeiro lugar. O arquirrival do time catalão, o Real Madrid, alcançou a nona vitória nos últimos dez jogos e se aproveitou da derrota do time catalão (a terceira nos últimos quatro jogos) para chegar à ponta pela primeira vez na temporada. Leia abaixo estes e ainda outros detalhes sobre esta rodada.

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UNICS Kazan (RUS) 70 x 64 Barcelona (ESP)

Por Vinícius Matosinhos
No jogo de abertura da 22ª rodada da Euroliga, o UNICS Kazan recebeu em terras russas o vice-líder Barcelona, e derrotou os espanhóis por 70 a 64. Tivemos dois destaques individuais da equipe vencedora, sendo o primeiro o experiente ala-pivô John Brown, que terminou a partida com 20 pontos, quatro rebotes e incríveis sete roubos de bola; e o armador Lorenzo Brown, com 22 pontos, oito assistências e três rebotes. O jogo começou com as duas equipes se estudando muito, chegando a levar dois minutos para que o Barcelona abrisse o placar da partida. Apesar de terem convertido a primeira cesta, os espanhóis viram-se cometendo muitos erros nos primeiros dez minutos. Isso fez com que o UNICS se aproveitasse, liderados por John Brown (que já somava 11 pontos e três roubos de bola no primeiro período), para garantir alguns pontos e se manter na liderança da partida ao terminar o primeiro período com o placar de 17 a 14. Porém, no segundo quarto a história foi diferente para os visitantes, pois logo nos minutos iniciais do período o Barcelona encontrou seu ritmo na partida, punindo a equipe russa em uma série de 0 a 10, com dois arremessos de três pontos de Cory Higgins e quatro pontos do atacante Rolands Smits. Com a volta dos titulares, a equipe da casa conseguiu deter um pouco o ímpeto dos visitantes, mas foram para o intervalo atrás no placar de 31 a 35. As defesas prevaleceram sobre os ataques após o intervalo, embora o UNICS Kazan tenha conseguido virar a partida graças à contribuição do armador Isaiah Canaan e do antigo jogador do Barcelona Mario Hezonja do perímetro. Uma cesta de três de Kyle Kuric encerrou uma seca de mais de cinco minutos sem marcar para o Barça. Higgins também ajudou na reação espanhola com pontos consecutivos. No entanto, a defesa hiperativa do UNICS voltou a bloquear as ações ofensivas do Barça, indo para o último período com uma boa vantagem no placar de 59 a 51. Apesar de ter começado cheio de energia no período decisivo, chegando a abrir uma série de 0 a 5, o Barcelona se viu cheio de más decisões nos minutos finais, juntamente com a precisão de Lorenzo Brown no ataque russo. Sendo assim, o clube espanhol acabou amargando sua terceira derrota nos últimos quatro jogos, incluindo sua liga nacional.

Zenit São Petersburgo (RUS) 77 x 86 Monaco (FRA)

Por Arthur Rastelli
Na quinta-feira o Zenit São Petersburgo recebeu o Monaco na Rússia. Apesar das sequências de vitórias das equipes, as duas lutavam por objetivos diferentes. O Zenit querendo brigar pelo “G-4” da competição, e o Monaco querendo entrar na briga pelos playoffs. Vitória dos monegascos, 86 a 77, que impuseram o seu jogo desde o início e conseguiram um importante resultado que os colocam momentaneamente na oitava colocação. O Monaco aproveitou a boa fase, após uma atuação excelente na terça-feira diante do ASVEL. O time do treinador Sasa Obradović começou a partida com ritmo defensivo alto e com Donatas Motiejunas que dominava as ações na parte ofensiva, chegando a abrir oito pontos de vantagem antes de Xavi Pascual pedir tempo para arrumar a equipe. Após o tempo técnico, os russos voltaram para a partida e fecharam os primeiros 10 minutos perdendo por apenas um ponto – 18 a 17 para os visitantes. O segundo quarto foi muito pegado, com as duas equipes jogando bem. Pelos donos da casa, o lituano Mindaugas Kuzminskas entrou muito bem, com oito pontos no período. Já pelo lado do Monaco, Danilo Andjusić fez um bom quarto anotando sete pontos. Pequena vantagem para os visitantes, que foram para o vestiário vencendo por 36 a 32. No terceiro quarto, visivelmente o Monaco teve mais volume e começou a dominar a partida, mesmo que o placar e o jogo coletivo dos russos não demonstrassem isso. Mike James, do Monaco, começou a acertar e marcou seus primeiros pontos na partida. Aliás, foram oito pontos no quarto. Outro nome de destaque foi Dwayne Bacon, com sete pontos no período, para 12 totais nos primeiros 30 minutos de jogo. O último quarto teve o mesmo enredo do anterior, um Monaco dominante e um Zenit que corria atrás para não deixar a vantagem aumentar muito. Novamente a dupla James-Bacon pelo lado do Monaco comandou a pontuação dos visitantes, enquanto Jordan Mickey e Kuzminskas mantinham a diferença na casa dos 10 pontos. Fim da partida e vitória do Monaco por 86 a 77. Destaque da equipe monegasca para o trio James (21), Bacon (20) e Motiejunas (16), que pelo segundo jogo consecutivo superam os 55 pontos somados na partida. No Zenit, destaque para Jordan Mickey, com uma excelente partida nos dois lados da quadra, ofensivamente com 18 pontos e na defesa com cinco tocos.

Fenerbahçe (TUR) 73 x 67 Žalgiris Kaunas (LIT)

Por Rafael Bittelbrunn
Em jogo realizado na Turquia, o desfalcado Fenerbahçe conseguiu uma incrível vitória sobre o lanterna Žalgiris Kaunas, após estar perdendo por 17 pontos. A equipe turca não contava com Nando De Colo, Jan Veselý, Danilo Barthel, Marial Shayok e o técnico Saša Đorđević, o que era uma boa oportunidade para o time lituano voltar a vencer. E por 37 minutos, parecia que esse seria o destino do jogo. A equipe turca começou muito mal a partida, levando quase quatro minutos para marcar os primeiros pontos, enquanto o Žalgiris já havia anotado nove. O técnico Jure Zdovc trouxe uma novidade na escalação, colocando o jovem Karolis Lukošiūnas como titular, e claramente dando liberdade para ele arremessar do perímetro. Mas o jogo era muito ruim, com as duas equipes ficando cerca de quatro minutos sem pontuar e o placar muito baixo, terminando o primeiro quarto em 7-13 para os lituanos, com os turcos acertando apenas três arremessos dos 16 tentados. No segundo quarto, o time da casa melhorou um pouco, mas o Žalgiris dominava os rebotes, incluindo os ofensivos, e tinha boa participação de Edgaras Ulanovas e o jovem Marek Blaževič, conseguindo abrir 11 pontos de vantagem (10-21). O ataque do Fener continuava horrível, e apenas o pivô Ahmet Düverioğlu tinha algum sucesso ofensivo, dentro do garrafão. Mesmo assim, o Žalgiris cometia erros de outros jogos e não conseguia abrir vantagem, levando apenas seis pontos de frente para o intervalo. No segundo tempo, novamente o time turco tem muita dificuldade para pontuar, e os visitantes conseguem uma corrida de 13 a 2 após quatro minutos jogados, abrindo 17 pontos de vantagem. Então começou uma incrível reação do Fenerbahçe, com o sérvio Marko Gudurić anotando sete pontos em sequência, e o jovem Şehmus Hazer sendo bastante agressivo na defesa e ataque, e a vantagem caiu para quatro pontos, para delírio da apaixonada torcida turca. Após a quarta bola tripla de Lukošiūnas, a vantagem lituana era de sete pontos ao final do terceiro quarto, mas com a energia toda a favor do time da casa. O último período foi muito emocionante, com Gudurić e Hazer em alta rotação, impulsionados pela torcida, enquanto o Žalgiris se segurava como podia, chegando a abrir nove pontos após bola tripla de Ulanovas. Mas o pior ataque da competição sentiu a pressão e a forte defesa adversária, e viu o Fener assumir a liderança pela primeira vez na partida com cerca de três minutos por jogar. Os visitantes ainda conseguiram assumir a liderança novamente no minuto final, mas uma bola tripla de Gudurić com 43 segundos e ataques ruins do time lituano, deram a vitória gigantesca para o time de Istambul. Foi a grande partida da temporada de Marko Gudurić, com 19 pontos, quatro rebotes, cinco assistências, três roubos e 27 de PIR, com Şehmus Hazer contribuindo com 13 pontos, e Achille Polonara com dez pontos, oito rebotes, quatro assistências e um roubo. No time lituano, o cestinha foi Edgaras Ulanovas, com 16 pontos, mas os jovens tiveram boa participação: Marek Blażevič, com dez pontos, dez rebotes e quatro assistências, e Karolis Lukošiūnas, com 15 pontos (5 de 13 na bola tripla).

ALBA Berlim (ALE) 74 x 89 Real Madrid (ESP)

Por Vinícius Matosinhos
No jogo da volta de Gabriel Deck ao Real Madrid, os espanhóis venceram fora de casa os alemães do Alba Berlim e continuam na liderança competição. O confronto terminou com o placar final de 89 a 74, com o armador reserva Thomas Huertel possuindo a melhor atuação da partida, com 17 pontos, sete assistências, um roubo de bola e um rebote, somando um índice de rendimento em quadra (PIR) de 18. O Real Madrid deixou bem claro desde os primeiros minutos que seriam proativos. Sendo assim, com um ritmo envolvente, os visitantes fecharam seu garrafão e apostaram em jogadas de transição, abrindo já um 0 a 6 no placar nos primeiros três minutos. Na tentativa de responder, Maodo Lo chamou a responsabilidade e começou a encontrar os erros defensivos do adversário, fazendo pontos consecutivos para o Alba. Ao longo do período, foi se mantendo dessa forma, ambas as equipes disputando cesta a cesta, terminando o primeiro período com o placar de 15 a 19 a favor do Real. O segundo período foi muito importante para a equipe espanhola, pois além da entrada de Gabriel Deck, que retornou à equipe após uma passagem pela NBA, eles começaram a embalar na partida, graças aos também reservas Sergio Llull e Trey Thompkins, que fizeram dupla nas jogadas do perímetro, ajudando a abrir um resultado confortável para o Real Madrid de 36 a 48 quando o intervalo chegou. Porém, o descanso no vestiário não fez tão bem para a equipe visitante nos primeiros minutos do terceiro quarto, pois eles pareciam menos fluidos nos dois lados da quadra. Sabendo disso, o Alba aproveitou para correr atrás do prejuízo e encostar no placar após uma série de 10 a 2.  Vendo o frenesi do rival, o Real Madrid começou não apenas a responder no ataque, mas a ficar mais agressivo na defesa. Com isso, os visitantes começaram a decolar definitivamente, indo para o último período com o resultado parcial de 56 a 73. Apesar do esforço, o último período poderia ter sido melhor para os donos da casa, uma vez que eles investiram muito nas jogadas dentro do garrafão, mas não era o dia do pivô Christ Koumadje, que não colaborou com o Alba ao errar cestas fáceis quando era acionado. Sendo assim, só restou ao Real Madrid se fechar na defesa para garantir a vitória fora de casa e a permanência na primeira colocação da Euroliga.

Maccabi Tel Aviv (ISR) 84 x 69 Olympiacos (GRE)

Por Gabriel Girardon
O Maccabi Tel Aviv finalmente voltou a vencer na Euroliga, ao bater o Olympiacos em casa. O primeiro quarto foi de equilíbrio, com os movimentos iniciais sendo de forte marcação dos dois lados. O Maccabi passou quase todo o tempo à frente do placar, mas com adversário sempre por perto, sem deixar abrir muita vantagem. Apostando em jogadas dentro do garrafão, tendo como destaque o pivô Ante Zizić, autor de sete pontos, os donos da casa venceram a parcial por três pontos (19-16). No segundo período, o Olympiacos começou melhor, virando o placar em bola tripla de Georgios Printezis (21-19). O Maccabi empatou o jogo duas vezes, em 21 e 23 pontos, mas os gregos retomaram a dianteira em seguida, com Shaq McKissic marcando sete pontos e com dois roubos de bola. Passando a metade do período, o Olympiacos vencia por quatro (30-26), mas o time israelense correu atrás. Das mãos de James Nunnaly, de fora, o Maccabi voltou a liderar o marcador (31-30). Nos minutos seguintes, os times foram trocando pontos, tendo cinco mudanças de liderança no placar. Com Zizić marcando os últimos sete pontos da equipe, os mandantes foram para o intervalo vencendo por 40-38. Na retomada, Zizić seguiu imparável dentro da área pintada, e a vantagem do Maccabi chegou a 10 pontos pela primeira vez (55-45), com o pivô alcançando 23 pontos na partida. Pouco depois, Nunnaly converteu outra bola tripla, e a distância foi a 11 (60-49), a maior até aquele momento. Com mais dominância no ataque e dificultando as ações do adversário na defesa, o time da casa seguiu até o fim da parcial com dois dígitos de vantagem (66-56). Aproveitando-se da ineficiência ofensiva do time grego, que marcou apenas um ponto em mais de cinco minutos jogados no último período, o Maccabi foi só aumentando a distância no placar, sem ser ameaçado pelo Olympiacos, que abusava dos turnovers – 15 a 4 no total. O Maccabi chegou a estar 22 pontos à frente (81-59), assegurando a vitória por 84 a 69. Além dos 23 pontos, sendo o cestinha do jogo, Ante Zizić também contribuiu com seis rebotes, sendo crucial para encerrar a incômoda sequência de oito derrotas da equipe de Tel Aviv na Euroliga.

CSKA Moscou (RUS) 57 x 67 Olimpia Milão (ITA)

Por Gabriel Girardon
Na capital russa, a Olímpia Milão bateu o CSKA e conquistou a segunda vitória na semana na Euroliga – na terça-feira, havia vencido o ALBA Berlim em jogo atrasado. Nesta sexta, a equipe italiana iniciou melhor a partida, marcando nove pontos e limitando o adversário a apenas dois nos primeiros minutos, obrigando o técnico Dimitris Itoudis a pedir tempo. Com a mão calibrada do perímetro, convertendo cinco arremessos, a Olímpia foi abrindo vantagem. Contando com duas bolas triplas de Troy Daniels, além de sete pontos de Devon Hall, os visitantes venceram a parcial por 13 pontos (23-10). No segundo período, o CSKA começou a entrar de vez no jogo. Em seu primeiro chute de longa distância, das mãos de Iffe Lundberg, os russos foram encostando. Autor de sete pontos na parcial, o armador dinamarquês foi o comandante do time da casa, que chegou a estar apenas dois pontos atrás no placar, mas foi para o intervalo perdendo por cinco (40-35). A segunda metade da partida, porém, foi um desastre ofensivo para o CSKA. Melhor para a Olímpia, que foi mantendo sua vantagem. A 3:20 no relógio, Johannes Voigtmann anotou dois para os mandantes (52-46), e o ataque parou por aí. Com mais quatro pontos até o fim do terceiro quarto, a equipe de Milão entrou no último período com nove de frente (55-46). O CSKA iniciou a parcial como havia terminado a anterior, ou seja, sem pontuar. Foram mais de três minutos jogados, enquanto a Olímpia, incluindo a quarta bola tripla de Daniels, foi tirando ainda mais distância, que chegou a ser de 16 (62-46). Do lado do CSKA, a equipe insistia em forçar chutes de longe, mas pecava no péssimo aproveitamento – 12,5% em 24 tentativas. Assim, os donos da casa viveram outro período de baixa pontuação, e a situação tornou-se irreversível. Daniels e Hall foram os cestinhas da Olímpia, com 13 pontos cada. O maior marcador do jogo foi Lundberg, com 15, mas incapaz de evitar a derrota russa em casa, por 67-57. O resultado, combinado com o revés do Olympiacos, coloca o time italiano na terceira posição, enquanto o CSKA aparece em sétimo.

Anadolu Efes (TUR) 82 x 81 Panathinaikos (GRE)

Por Thiéres Rabelo
Efes e Panathinaikos fizeram um dos jogos mais emocionantes desta rodada, em Istambul, que foi decidido somente com um arremesso nos segundos finais. Equilibrada do início ao fim, a partida teve várias trocas na liderança e nenhuma das equipes conseguiu criar uma vantagem maior do que oito pontos. Inicialmente, parecia que o atual campeão iria dominar a partida. Após primeiros minutos equilibrados, o Efes fechou o primeiro quarto com um parcial de 5 a 0, que lhe deu uma vantagem de 17 a 10 após os primeiros dez minutos. Os turcos também começaram bem o segundo quarto e chegaram a abrir oito de vantagem, porém, com a mão calibrada da linha de três, o Panathinaikos arquitetou uma grande virada nos minutos seguintes e, a três minutos do fim do período, vencia por 36 a 33. Os Verdes caminharam para terminar o primeiro tempo com uma pequena vantagem de três pontos. Na volta para o segundo tempo, o Efes voltou determinado a retomar a liderança e isso não demorou muito. Dominando a tábua dos rebotes, especialmente os ofensivos, os mandantes retomaram a ponta com pouco mais de dois minutos jogados no quarto e, apesar da luta do Panathinaikos, conseguiram manter a liderança até a virada para o último período (65 a 62). Como era de se esperar, baseado no que foi toda a partida, o Panathinaikos viria forte para tentar a virada e ela veio, graças ao bom aproveitamento do time grego do perímetro. O equilíbrio prevalece em todo o último quarto, com o Panathinaikos quase sempre à frente, mas por apenas uma posse de bola. Dentro do minuto final, com o placar mostrando 80 a 79 para o Panathinaikos, Vasilije Micić tentou um arremesso de três para o Efes, que não caiu e Okaro White pegou o rebote defensivo e sofreu uma falta, que o mandou para a linha de lance livre. O americano acertou apenas um dos dois lances livres, fazendo 81 a 79 para o Panathinaikos, e dando ao Efes 14 segundos para tentar a cesta salvadora. Na posse de bola decisiva, o Efes encontrou uma defesa agressiva do Panathinaikos, mas o time turco conseguiu fazer a bola rodar rapidamente, até que criou-se um homem livre, Adrien Moerman, que foi certeiro e acertou a cesta de três milagrosa. Restando menos de dois segundos no relógio e sem mais pedidos de tempo para o Panathinaikos, esta foi a cesta que definiu a partida. Micić foi o co-cestinha da partida e liderou o Efes com seus 20 pontos, além de distribuir seis assistências e pegar quatro rebotes. O herói, Moerman, veio logo atrás, com seus 15 pontos e cinco rebotes. Pelo Panathinaikos, o cestinha foi Nemanja Nedović, com 20 pontos e seis rebotes. Daryl Macon Jr. anotou 17 pontos e White terminou com 15. O Efes volta a vencer após ter sofrido duas derrotas seguidas e garante mais uma semana dentro da zona de classificação. O time turco ainda é o oitavo colocado (dez vitórias e dez derrotas). Já o Panathinaikos segue em sua via crucis, acumulando agora cinco derrotas seguidas e ainda ocupando o penúltimo lugar (quatro vitórias e 15 derrotas). Na próxima rodada, o Efes tem um duro desafio fora de casa, visitando o Zenit São Petersburgo. O Panathinaikos volta para Atenas, onde recebe o Baskonia.

Baskonia (ESP) 77 x 84 Bayern de Munique (ALE)

Por Rafael Bittelbrunn
Em jogo desta sexta-feira, o Bayern Munique conseguiu importante vitória fora de casa, batendo o Baskonia na Espanha, e devolvendo a derrota sofrida em casa no primeiro turno. As duas equipes têm campanhas fracas na Euroliga, muito em função dos problemas ofensivos de ambas, com o Bayern apresentando uma defesa um pouco melhor, e uma vitória era muito importante para alguma pretensão de atingir os playoffs. E o Baskonia começou mais ligado e mais agressivo no ataque, enquanto o time alemão apresentava as dificuldades ofensivas de outros jogos, e o time da casa abrindo nove pontos (15-6). Após pedido de tempo de Andrea Trinchieri, o Bayern voltou com uma defesa melhor e com os reservas Othello Hunter e DeShaun Thomas contribuindo no ataque, e conseguiu uma corrida final de 10 a 2, fechando o primeiro quarto com desvantagem de apenas um ponto (17-16). No início da segunda parcial, uma cesta e lance livre de Augustine Rubit deram a liderança ao time visitante, mas logo respondida com uma corrida de 7 a 0 do Baskonia, abrindo novamente cinco de vantagem. Novamente, o técnico italiano parou o jogo, e dessa vez o efeito foi fulminante. Com uma impressionante corrida de 17 a 0 (!), o Bayern dominou no ataque, com Corey Walden e Rubit, e abriu 13 pontos de vantagem, com o Baskonia sofrendo com diversos turnovers, bem aproveitados pelo time alemão (foram 13 pontos a partir de turnovers no primeiro tempo). O time da casa ainda conseguiu diminuir um pouco a diferença, levando uma desvantagem de nove pontos para o intervalo (33-42). No segundo tempo, o time do Baskonia voltou melhor no ataque, com Wade Baldwin e Simone Fontecchio puxando a equipe, mas a equipe alemã possui armas que mantêm o time em vantagem, como Vladimir Lučić, além de Hunter e Thomas. Além disso, o time de Munique cuidava melhor da bola e conseguia um maior volume de jogo, apesar do aproveitamento um pouco mais baixo que o do time do Baskonia. No período final, apesar dos esforços de Baldwin, jogando quase sozinho, os turnovers castigaram o time da casa, que não conseguiu ultrapassar o rival, que tinha mais tranquilidade e jogou melhor na defesa. Alguns fatores foram fundamentais para a vitória do Bayern: turnovers (7 contra 16), roubos de bola (8 a 4), bolas de três pontos (11 de 21, ou 52%) e banco de reservas, responsável pela metade do PIR e quase metade dos pontos da equipe. Destaques para Corey Walden, com 17 pontos e seis assistências, Othello Hunter, com 17 pontos e oito rebotes, e Augustine Rubit, com 17 pontos e sete rebotes. No time espanhol, destaque para Wade Baldwin, com 23 pontos, dois rebotes, quatro assistências, um roubo, um toco e 30 de PIR.

ASVEL (FRA) 69 x 67 Estrela Vermelha (SER)

Por Thiéres Rabelo
Em mais um jogo emocionante desta rodada o ASVEL recebeu o Estrela Vermelha na região de Lyon, em um duelo de dois clubes precisando muito de uma vitória para não perder de vista a zona de classificação. Quem começou melhor a partida foram os visitantes, que limitaram os franceses a somente 25 pontos no primeiro tempo, limitando-os a somente um acerto em nove tentativas de três pontos. Abrindo o segundo quarto com um parcial de 8 a 0, o Estrela conseguiu abrir 14 pontos de frente e conseguiu chegar ao intervalo de jogo vencendo por dez pontos (35 a 25). Mas no terceiro quarto a história seria completamente diferente. A defesa dos franceses voltou muito melhor postada e o ala-armador Paul Lacombe – substituto da estrela do time, Élie Okobo – voltou com a mão calibrada, anotando oito pontos no terceiro período. O ASVEL foi diminuindo aos poucos a vantagem dos sérvios, até finalmente chegar à virada na última cesta do quarto, uma bola de três do armador Chris Jones (49 a 48). Partindo para um último quarto eletrizante, os dois times batalharam muito para ficar à frente e a liderança trocou de mãos diversas vezes. O Estrela abriu o período final com um parcial de 5 a 0 e abriu quatro pontos de vantagem rapidamente. O ASVEL também não demorou a responder e muito logo estava à frente de novo. A partida continuou “lá e cá” durante todo o restante do período, até que, no último minuto, o placar estava empatado em 67 a 67. A 39 segundos do fim, a bola era do ASVEL e Jones chamou uma jogada de isolamento. O armador conseguiu uma infiltração fulminante e fez uma bela bandeja, que daria números finais à partida. Mesmo com ainda 26 segundos e uma última chance em suas mãos, o Estrela não conseguiu converter a cesta do empate e a vitória ficou com os franceses. Lacombe e Jones foram os dois únicos jogadores do ASVEL a pontuarem em duplos-dígitos, ambos com 17 pontos. O ala Ognjen Dobrić foi o cestinha do Estrela e da partida, anotando 20 pontos. O ASVEL encerra uma série de duas derrotas seguidas e permanece no 12º lugar (nove vitórias e 11 derrotas). Apesar da derrota, a terceira seguida, o Estrela se mantém no 14º lugar (sete vitórias e 12 derrotas). Na próxima rodada, os dois times têm desafios dificílimos, com o ASVEL visitando o vice-líder, Barcelona, e o Estrela visitando o Olympiacos, quarto colocado.

Classificação atualizada

By Tabela de Ferro

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