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O basquete é um esporte que nos proporciona as mais variadas emoções. E esse sentimento nos leva a criar uma paixão que se torna viciante. Quando falamos de vício, podemos pensar em algo pejorativo ou até mesmo prejudicial, porém quando se trata de esportes o vício se transforma em uma forma de memorização de estatísticas, nome dos jogadores, número da camisa, lances importantes e até mesmo a feição dos atletas.

Ao longo do tempo, por acabar assistindo outras ligas de basquete, nos deparamos com rostos familiares. Essas lembranças têm sido cada vez mais frequentes na EuroLeague, pois jogadores com vasta experiência da NBA no currículo estão vindo jogar na Europa, trazendo uma grande competitividade pra liga e, consequentemente, os holofotes da mídia.

Um exemplo da diferença que esses jogadores trazem pra liga é de que na última temporada, quatro dos vinte melhores jogadores em termos de média vieram da NBA: Derrick Williams no Bayern Munich, Jordan Mickey no Khimki Moscow, Jeremy Evans na Darussafaka Tekfen Istanbul e Tarik Black no Maccabi. Todos os atletas permaneceram para esta temporada e, claro, muitos outros vieram e estão vindo para a liga na temporada 2019/20.

No entanto, como em todos os esportes, a crítica em cima dos atletas que escolhem substituir a tão badalada liga americana é bem forte, fazendo dar a entender que estão em fim de carreira ou não aguentam a pressão que a NBA traz a eles.

Mas, meu intuito neste texto é enumerar alguns jogadores que tiveram várias temporadas na NBA e mostrar a importância tática e emocional que eles trazem para a EuroLeague em seus respectivos times.

A lista não está na ordem de desempenho:

1 – Jonas Jarebko (Khimki Moscow) – ex-Pistons, Celtics, Jazz e Warriors

Após várias temporadas na NBA, incluindo ida a playoffs, Jarebko veio para ser uma grande referência no garrafão da equipe russa.maxresdefault

Porém, por ser um jogador versátil, sua ajuda está sendo também na armação do time, uma vez que ele gosta de jogar aberto, flutuando no perímetro para servir seus companheiros e para também ser uma opção de um possível arremesso ou uma infiltração.

 

Até agora na temporada ele possui de média: 6.3 pontos, 1.3 assistências e 3.9 rebotes.

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2 – Quincy Acy (Maccabi FOX) – ex- Raptors, Kings, Knicks, Mavericks, Nets e Suns

Acy passou por várias franquias na NBA, no entanto sem expressão por onde jogou. Mas o ponto positivo do PF/C é o seu relacionamento com os colegas de equipe. Sempre muito respeitado por onde passa, não só pelos companheiros, mas também pelos torcedores.quincy-acy-maccabi-fox-tel-aviv-eb19

Quincy tem um estilo muito enérgico dentro de quadra, algo que o ajudou a encaixar na equipe e tem sido de grande importância para ganhar confiança entre os torcedores, pois o Maccabi sempre foi uma equipe de jogadores que nunca paravam em quadra.

Até aqui na temporada ele possui de média: 13.8 pontos, 1.3 assistências e 6.2 rebotes.

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3 – Kosta Koufos (CSKA) – ex- Jazz, Timberwolves, Nuggets, Grizzlies e Kings

Aos 30 anos de idade, Kosta Koufos veio para fazer parte do atual campeão da EuroLeague, algo que poderia ser prejudicial para seu encaixe no time, mas por sua

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grande experiência no basquete FIBA – por conta da seleção grega – ele tem se mostrado,

apesar de não pontuar tanto, uma grande ajuda defensiva, o que se tornou o principal fator em seu estilo de jogo na Liga Europeia.

Na temporada ele possui de média: 5.7 pontos, 0.5 assistências e 5.0 rebotes.

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4 – Greg Monroe (Bayern Munich) – ex- Pistons, Bucks, Suns, Celtics, Raptors e 76ers

Com toda certeza, um dos que melhor se adaptou ao estilo de jogo da EuroLeague foi o pivô Greg Monroe. Sua versatilidade no garrafão, seu jogo de corpo e pensamento rápido não se acabaram ao sair da maior liga de basquete do mundo, pelo contrário, agora ele tem ainda mais liberdade para o seu estilo de jogo.gregmonroe

Além da grande facilidade defensiva que Monroe tem, se tornando um dos maiores reboteiros da liga até aqui, Greg se mostra também um grande passador, sendo de grande importância para o time alemão.

Sua média por jogo na temporada até aqui: 13.2 pontos, 2.1 assistências e 8.3 rebotes.

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5 – Jimmer Fredette (Panathinaikos) – ex-Kings, Bulls, Pelicans, Knicks e Suns

Se você acompanha a NBA sabe o quanto Jimmer Freddete foi criticado por não se dar bem na liga. Tudo isso foi por conta da grande carreira que ele teve com a Universidade de Brigham Young em Utah, se tornando um dos maiores da história basquetebolística da universidade – chegando a média de quase 30 pontos por jogo em seu ano de sênior na BYU.

E um fato engraçado é o de que Jimmer sempre se deu bem por onde passou, menos na NBA. Ele coleciona títulos de: MVP do All-Star Game da D-League, MVP da liga chinesa de jimmerbasquete e 3 vezes all-star na china. Por conta disso, Fredette veio com status de que conseguiria também ser uma estrela não só da equipe grega mas da liga.

Porém, o armador americano até aqui fez alguns bons jogos, mas ainda não deslanchou, talvez por conta de possuir em seu lado um dos melhores armadores da liga que é Nick Calathes. Mas é certo dizer que ele tem tudo para se dar bem e ir longe com o Panathinaikos.

Suas médias na temporada são: 6.0 pontos, 1.4 assistências e 1.0 rebotes.

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Números de Freddette na Liga Chinesa.

6 – Nikola Mirotic (Barcelona) – ex-Bulls, Pelicans e Bucks

Outro que é muito badalado e experiente é o espanhol Nikola Mirotic. O ala-pivô de 2.08 metros já conhece muito bem a liga, uma vez que começou sua carreira profissional no Real Madrid. Mesmo com pouca idade já possuía médias consideráveis na época, chegando a ganhar o prêmio de MVP da Liga ACB (liga espanhola) em 2013.DSC_8514-min

Depois de uma carreira bem regular na NBA, Mirotic volta à EuroLeague na equipe rival do Real Madrid, o que chama atenção de jornalistas e torcedores para os confrontos entre as duas equipes.

É certo dizer que Nikola já encaixou no time e é a principal peça da equipe, não só por ser o cabeça do plantel em questão de experiência, mas porque quando assistimos os jogos do Barcelona é nítida a participação que ele tem em todas as jogadas da equipe, sejam elas ofensivas ou defensivas.

Sua média até aqui na liga: 12.3 pontos, 1.3 assistências e 5.9 rebotes.

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O futuro

O fato de um ex-jogador da NBA ir para EuroLeague não faz do seu jogo mais fácil, pelo contrário, por serem jogadores conhecidos, a marcação é mais forte e ainda é necessário se preocupar com a adaptação ao estilo de jogo europeu.

Na questão financeira a EuroLeague também não fica muito atrás, sendo um fator crucial para atletas que querem voltar a jogar em seu país sem rebaixar muito o seu estilo de vida.

A força da liga tende a crescer muito ainda, e a chance de nos próximos anos vermos nomes mais badalados aparecendo é muito grande.

By Vinicius Matosinhos

Sou apaixonado por esportes e amo escrever sobre as ligas de basquete espalhadas pelo mundo. Basquete é basquete em qualquer lugar.

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