Fechando a semana de rodada dupla da Euroliga, a 32ª rodada da temporada regular, sua antepenúltima, foi realizada na última quinta e sexta-feira (24 e 25/03), com a realização de seis partidas.
Movimentações importantes aconteceram na parte inferior da zona de classificação, com dois times subindo uma posição e ficando muito perto da classificação. Quatro clubes seguem com chances matemáticas de classificação, mas um deles precisando de um milagre gigantesco para isso.
Na parte de cima, o “G4”, mais um time garantiu sua presença naquele grupo, o que significa ter vantagem de mando de quadra na série de quartas-de-final. Somente o quarto colocado ainda pode perder sua posição no pelotão de frente.
Leia o resumo de cada uma das seis partidas e entenda todos os detalhes.
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Anadolu Efes (TUR) 77 x 83 Olimpia Milão (ITA)
Por Rafael Bittelbrunn
Em jogo envolvendo duas equipes candidatas ao título da Euroliga, a Olimpia Milão voltou a vencer, após duas derrotas dentro de casa, batendo o atual campeão, Anadolu Efes, que tinha uma sequência de sete vitórias seguidas na Turquia. O jogo foi dominado no primeiro tempo pelo time turco, que teve um aproveitamento muito bom dos arremessos, especialmente da bola tripla. Com o MVP Vasilije Micić novamente inspirado, anotando 13 pontos apenas no primeiro quarto, o time da casa controlava a partida sem problemas, acertando 7 de 9 arremessos do perímetro na primeira parcial. O time italiano até tinha um bom aproveitamento dos dois pontos (60%), com destaque para Luigi Datome, mas não conseguia segurar o ataque do Efes, que fez 30-21 já no primeiro quarto. No segundo quarto, a qualidade ofensiva das duas equipes caiu um pouco, mas especialmente do time italiano, que tinha apenas Devon Hall acertando alguma coisa. Enquanto isso, o Efes, agora com Shane Larkin e Adrien Moerman, seguiu mais eficiente e abriu 15 pontos de vantagem ao final do primeiro tempo, com a Olimpia não conseguindo fazer funcionar o seu ataque. No intervalo, a conversa com Ettore Messina deve ter sido muito boa, pois o time italiano voltou em outro ritmo, ofensivo e defensivo. Comandado pelo veterano armador Sergio Rodríguez, a equipe milanesa logo fez uma corrida de 0-7 e diminuiu a desvantagem para oito pontos, com o time turco não acertando mais nada do perímetro e sentindo a forte marcação italiana. Os visitantes seguiram com intensidade e a corrida chegou aos 2-14, diminuindo a diferença para três pontos (53-50), deixando o jogo com outra cara. O time turco acertou apenas dois arremessos de quadra em todo terceiro quarto, e anotou apenas dez pontos, sofrendo uma parcial de 10-26 e vendo a Olimpia assumir a liderança pela primeira vez ao final do período (61-62). O quarto final seguiu bastante tenso, com trocas de liderança e nenhuma das equipes tendo bom aproveitamento do perímetro, mas com a equipe italiana cuidando melhor da bola e fazendo uma melhor defesa, o que seria decisivo ao final do jogo. Com uma sequência de 0-8 nos minutos finais, puxada por Shavon Shields, a equipe italiana abriu sete pontos de vantagem, bem controlada até o final do jogo, com o Efes não conseguindo vencer a defesa italiana, precisando partir para o um-contra-um na maioria dos ataques, com pouco sucesso. Grande vitória da já classificada Olimpia Milão, que garantiu o mando de quadra nos playoffs, enquanto o Efes ainda luta para garantir a sua vaga. Com um jogo coletivo muito forte do time italiano, especialmente no segundo tempo, destaques individuais para Sergio Rodríguez, com 12 pontos e oito assistências, Nicolò Melli, com dez pontos, seis rebotes e dois tocos, Luigi Datome, com 14 pontos e quatro rebotes, Shavon Shields, com 12 pontos, três rebotes e cinco assistências, e Devon Hall, com 13 pontos. No time turco, novamente grande destaque para Micić, com 27 pontos, cinco assistências e 28 de PIR.
Maccabi Tel Aviv (ISR) 75 x 74 Real Madrid (ESP)
Por Gabriel Girardon
Em Israel, o Maccabi conquistou uma grande vitória ao bater o Real Madrid com virada no último quarto. As equipes iniciaram o confronto em pleno equilíbrio, desde o primeiro minuto, com uma bola tripla de cada lado, de Guerschon Yabusele e Derrick Williams. Os times se alternaram algumas vezes na liderança do placar, mas o Real terminou a parcial à frente, liderado por Yabusele, marcando 14 pontos, com três chutes de fora. O segundo período começou com 21-20 a favor dos espanhóis, mas logo o marcador voltou a ficar em igualdade, com boa participação de Jalen Reynolds pelo lado do Maccabi. Após empate em 24 pontos, as equipes trocaram oito vezes a dianteira do placar. Com quatro pontos de Ádám Hanga no minuto final, o time visitante foi para o intervalo com três de vantagem (44-41). Os israelenses voltaram melhores para o terceiro quarto, fazendo 8-2 nos primeiros minutos, passando à frente e abrindo leve distância (49-46). Porém, o Real voltou a equilibrar as ações, virando o jogo comandado por Thomas Heurtel. Até então zerado, o francês anotou 11 pontos, com três arremessos de longe. Aproveitando um momento de mais ineficiência do ataque do Maccabi, os madrilenos chegaram a colocar nove pontos de diferença, e chegaram ao quarto período com sete (66-59). Até mais da metade da última parcial, o Real Madrid caminhava tranquilo para a vitória. Com seis pontos de Vincent Poirier, ainda com quase seis minutos no relógio, os visitantes recolocaram nove pontos de frente (74-65). O jogo ficou perto de dois minutos sem nenhum time pontuar, até que Keenan Evans apareceu, anotando um chute de fora e, pouco depois, mais três pontos, deixando em apenas três a desvantagem (74-71). O armador, aliás, chegou a 19 pontos, cestinha da partida e com a melhor marca da carreira. Já o ataque do Real estava em “pane”, com erros em todos os arremessos. A equipe parou de pontuar, e o Maccabi se aproveitou. Derrick Williams marcou dentro do garrafão, e Scottie Wilbekin converteu dois lances livres, virando o marcador para os donos da casa (75-74). Na jogada final, Yabusele, que parou nos 14 pontos feitos ainda no primeiro quarto, tentou a bola da vitória, mas não caiu. Vitória maiúscula do Maccabi, que salta para o sexto lugar na tabela, agora com 13 vitórias e 11 derrotas. O Real, por sua vez, amargou a segunda derrota na semana e segue na segunda posição, mas vendo o Olympiacos encostar e o líder Barcelona se distanciar cada vez mais. O time da capital espanhola tem 18 vitórias e oito derrotas.
Monaco (FRA) 78 x 68 Baskonia (ESP)
Por Gabriel Girardon
No Principado, o Monaco venceu o Baskonia sem muitas dificuldades. Os donos da casa começaram melhor o jogo, mas logo o time basco equilibrou as ações e passou à frente. No minuto final, Paris Lee recolocou os monegascos na dianteira do placar, com bola de três, mas Alec Peters respondeu na mesma moeda. Os visitantes venceram a parcial por 19-18, mas foram ultrapassados no começo do segundo período. Os times estiveram empatados em alguns instantes, mas o Monaco começou a tirar leve distância, apostando mais em jogadas dentro do garrafão. O Baskonia ficou quase a segunda metade da parcial fazer cestas de quadra, pontuando apenas em lances livres. Desta forma, o time francês chegou a dois dígitos de vantagem, com a partida indo para o intervalo com 42-32 no placar. Em todo segundo tempo, o Monaco foi administrando a diferença no marcador. No terceiro período, o time chegou a ter 21 pontos de vantagem, após bola tripla de Dwayne Bacon (57-36). Jason Granger era o destaque do Baskonia, anotando três arremessos de fora na parcial. Porém, no fim do período, a distância ainda era considerável, de 12 pontos (61-49). O time basco chegou a esboçar uma reação maior, diminuindo a desvantagem para sete (65-58), em chute de longe de Vanja Marinkovic. No entanto, foi o mais perto que a equipe conseguiu chegar do adversário. Sem muitos problemas, o Monaco chegou à vitória por 78-68, com Will Thomas como cestinha da partida, com 16 pontos. Foi o terceiro resultado positivo seguido do time do Principado na Euroliga. Agora com 13 vitórias e 13 derrotas, a equipe aparece na sétima posição. Já o Baskonia tem 11-16 de recorde, e está em 10º lugar.
ASVEL (FRA) 80 x 94 Olympiacos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
ASVEL e Olympiacos, duas equipes em situações opostas no campeonato – os gregos já classificados para as quartas-de-final e os franceses já eliminados matematicamente –, se encontraram em Lyon, na França. Apesar dos momentos opostos, os dois times travaram uma batalha bastante equilibrada. Para o Olympiacos, uma vitória garantiria o time dentro do “G4”, o que representa vantagem de mando de quadra nas quartas. Mas a jovem e valorosa equipe do ASVEL veio disposta a atrapalhar as pretensões dos gregos. No primeiro quarto, os visitantes abriram uma pequena vantagem de sete pontos, mas os franceses conseguiram empatar o jogo antes mesmo do fim do período e já no início do segundo chegaram à virada. As duas equipes se alternaram na liderança ao longo do segundo quarto, até que, nos minutos finais, o Olympiacos conseguiu retomar a ponta e foi para o intervalo vencendo por 47 a 43. A história do terceiro quarto foi bem semelhante à do anterior, com o ASVEL conseguindo uma arrancada e chegando à liderança brevemente, mas com o Olympiacos retomando a ponta nos minutos finais. A partida chegou ao último quarto com os gregos liderando por 69 a 64, mas, neste quarto, o Olympiacos não quis dar sopa para o azar. Desde o início os Vermelhos dominaram a partida e conseguiram chegar aos duplos-dígitos de vantagem, quando abriram 78 a 68, em menos de três minutos jogados no período. Restava bastante tempo e o ASVEL continuou lutando para encurtar a distância, mas foi um esforço em vão, pois o Olympiacos foi muito eficiente em sempre responder às investidas dos franceses. Assim, a partida prosseguiu até o fim e o Olympiacos assegurou o triunfo. Os gregos tiveram os três principais destaques da partida, com Tyler Dorsey sendo o cestinha do jogo, com 21 pontos, seguido de Sasha Vezenkov, com um duplo-duplo de 18 pontos e dez rebotes, e Kóstas Sloúkas, com 15 pontos e nove assistências. O ASVEL foi liderado por Matthew Strazel, com 16 pontos. Com o resultado, as duas equipes permanecem em suas colocações originais, com o Olympiacos em terceiro (18 vitórias e nove derrotas) e o ASVEL em 13º (oito vitórias e 18 derrotas).
ALBA Berlim (ALE) 74 x 70 Estrela Vermelha (SER)
Por Luigi Vancini
Em Berlim, ALBA e Estrela Vermelha se enfrentaram nessa sexta-feira e a vitória foi da equipe alemã, por 74 a 70. O cestinha da partida foi o armador Maodo Lô, com 22 pontos. Já pelo lado do Estrela Vermelha o cestinha foi o também armador Nate Wolters, com 18 pontos. Importante também citar a boa partida de Luke Sikma, da equipe da casa, que flertou com um duplo-duplo (13 pontos e nove rebotes). O ALBA está na 11° posição, enquanto os sérvios ficam em nono. A próxima partida dos alemães é na Turquia, contra a fanática torcida do Fenerbahçe, enquanto o Estrela joga novamente na Alemanha, dessa vez contra o Bayern de Munique. O primeiro quarto se mostrou equilibrado até o final, faltando dois minutos pro final do período o placar mostrava 14 a 13 para a equipe da casa, porém o ALBA fez uma corrida de 10 a 2, com oito pontos de Maodo Lô, incluindo duas bolas de três. Já no segundo período, o ataque da equipe alemã simplesmente parou, e o Estrela se aproveitou disso com uma forte defesa. Quando o placar mostrava 31 a 23 para a equipe mandante, os sérvios fizeram nove pontos seguidos e viraram a partida para a fúria do técnico Israel Gonzalez. Ainda com quatro pontos de Lô, o ALBA virou o placar e foi para o intervalo vencendo por 37 a 35. Na volta do intervalo, o terceiro quarto foi sem dúvida o mais equilibrado de todos, e de mais alto nível, tanto que nenhuma equipe conseguiu abrir vantagem no período(a maior vantagem foi de apenas quatro pontos). No final, o ALBA seguia a frente do placar por apenas um ponto, 58 a 57. O último quarto mostrou um pouco do cansaço das equipes, tanto que acabou sendo o período com o menor número de pontos, as equipes ficaram quase três minutos sem pontuar, e os sérvios apesar de estarem sempre perto da virada, nunca a conseguiram definitivamente. No fim, melhor pro ALBA que venceu o jogo mesmo tendo 15 “turnovers” na partida.
Barcelona (ESP) 88 x 67 Fenerbahçe (TUR)
Por Bruno Almeida
No último jogo da rodada, o Fenerbahçe viajou até à Catalunha para enfrentar o Barcelona, e enquanto o Barcelona garantiu a vitória e a primeira colocação na próxima fase, o time turco ainda tem o recorde negativo, mais precisamente de 9-15, mas ainda existem chances de garantirem um lugar nos playoffs. O Barcelona dominou a partida do início ao fim, seja em que aspeto for, então o time catalão já chega com status de favorito e foi apenas cumprir o seu papel, para não falar que foi uma chuva de bolas de três durante o jogo inteiro. O Barcelona acertou 16 bolas de 27 tentadas, uma das maiores marcas do time na competição, ficando apenas atrás das 19 bolas acertadas contra o Efes em 2018 e contra o Gran Canaria em 2019. O jogo foi para o intervalo 42-34, até ao momento o jogo ainda estava completamente em aberto, mas o time espanhol fez um terceiro período fantástico e terminou o mesmo com o resultado de 61-41, cimentando a vitória mesmo antes do último período de jogo. Falando dos times, não houve nenhum jogador que se tenha sobressaído mais no time do Barcelona, o time funcionou muito bem como um todo, Alex Abrines sendo o melhor jogador do time na linha de três (18 pontos no jogo de hoje, seis bolas triplas acertadas de sete tentadas), Nick Calathes pegando cinco rebotes e dando 10 assistências na partida, mas pessoalmente vale destacar a partida de Michael Caicedo. O jovem espanhol terminou a partida com sete pontos (100% de aproveitamento), três rebotes e uma assistência. Partindo para o Fenerbahçe, o melhor jogador do time foi Marko Guduric, o armador sérvio teve um jogo muito interessante, mas o restante do time não conseguiu acompanhar o companheiro e não conseguiram alcançar a vitória, o mesmo terminou a partida com 15 pontos, cinco rebotes e uma assistência. Na próxima semana era a vez do Fenerbahçe viajar até à Rússia para enfrentar o UNICS Kazan, mas o time foi excluído da competição, assim como os demais times russos. Já o Barcelona vai viajar até a Grécia para enfrentar o Olympiacos.