Participações em Mundiais: esta será a quarta participação como nação independente.
Melhor(es) Resultado(s): sétimo lugar em 2014.

A seleção da Eslovênia é uma das grandes incógnitas europeias para a Copa do Mundo. Apesar da grande campanha nas Olimpíadas de Tóquio, onde terminou em quarto lugar, e do sexto lugar no EuroBasket 2022 (após título em 2017), a equipe não fez boas apresentações nos amistosos preparatórios para a Copa do Mundo. O técnico Aleksander Sekulić, no comando desde 2020, trouxe nove jogadores presentes na competição olímpica, mantendo a base sólida e que se conhece a bastante tempo, esperando que na Ásia a química volte a aparecer entre os jogadores.

O grande nome da Eslovênia (e provavelmente da Copa do Mundo) é Luka Dončić, um prodígio do basquete que todos conhecem e que, com apenas 24 anos, ainda pode alcançar muitos feitos. O jogador fez uma temporada absurda no Dallas Mavericks, com médias de 32,4 pontos, 8,6 rebotes e 8,0 assistências, porém o time não avançou aos playoffs, permitindo que o atleta se apresentasse cedo para a seleção nacional. E esse é um detalhe importante, pois ele realmente ama jogar por seu país, e como mostrou em outras competições, tem a capacidade de extrair o melhor dos seus companheiros.

Dentre esses jogadores, um é Klemen Prepelič, jogador de 30 anos, que jogou as últimas temporadas pelo Valencia, mas no momento está sem clube. Apesar da queda no rendimento na última temporada, especialmente na bola tripla, sua especialidade, o jogador é uma referência importante dentro do esquema do técnico Sekulić. Além dele, outros dois veteranos também possuem um papel importante nesta seleção: Jaka Blažič (33 anos), um excelente arremessador, bom defensor e com inteligência no jogo de transição; e Zoran Dragić (34 anos), o mais velho da equipe, importante como liderança, em jogadas de infiltração e energia defensiva.

Mas a seleção também possui jovens talentos, que podem contribuir bastante, não só dando minutos de descanso para Dončić, como pontuando e fazendo a equipe jogar. O primeiro é Gregor Glas, de 22 anos, um ala-armador alto (1,97m), com ótimo arremesso e que sabe jogar sem a bola, buscando espaços e sendo eficiente no catch-and-shoot. O outro é Žiga Samar, também de 22 anos e 1,97m, porém com um estilo muito parecido com o de Dončić, com ótimo controle do ritmo do jogo e passe, especialmente no trabalho de pick and roll, além de bom finalizador, criando dúvidas para os defensores. Com certeza, os dois farão parte da seleção eslovena por muito tempo.

Por fim, vale mencionar o papel do naturalizado Mike Tobey, pivô de 2,13m de boa mobilidade, que encaixou muito bem no estilo de jogo da seleção e, principalmente, no estilo de Dončić jogar, usando e abusando de jogadas de pick and roll, cortes embaixo da cesta para ponte aérea, enfim, qualquer jogada que possa facilitar o trabalho do armador. Para completar, o pivô possui bom arremesso do perímetro, podendo abrir a quadra para receber o passe, ou simplesmente deixar o caminho livre para infiltrações dos companheiros, atraindo seu marcador para fora do garrafão. Um ponto de atenção para o atleta é o número de faltas, já que a Eslovênia só possui dois pivôs de ofício, sendo que o outro é Žiga Dimec, mais bruto e restrito ao garrafão, sem tantos recursos técnicos, normalmente com um papel mais defensivo em quadra.

A Eslovênia está no Grupo F, junto com Cabo Verde, Geórgia e Venezuela, podendo encontrar Alemanha, Finlândia e/ou Austrália na fase seguinte, ou seja, um caminho difícil para chegar às quartas de final. Ainda assim, a equipe possui um grupo muito unido, aliando experiência e juventude, com bons arremessadores e alto QI de basquete, além de um jogador totalmente diferenciado dos demais, provavelmente a grande estrela da Copa do Mundo, capaz de partidas absurdas. Em resumo, seria bom os adversários não acharem que a Eslovênia é “apenas” Luka Dončić, mas estarem preparados para uma grande seleção, que já mostrou em outras ocasiões que pode chegar longe. A equipe disputou sete amistosos preparatórios, vencendo três (China, Montenegro e Japão) e perdendo quatro (Grécia (2x), Espanha e Estados Unidos).

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