Participações em Mundiais: esta será a 10ª participação da Grécia em Mundiais, a quinta consecutiva.
Melhor(es) Resultado(s): medalha de prata, na edição de 2006.

Uma das seleções com maior tradição no basquete mundial e que conta com um dos melhores jogadores da atualidade e um dos melhores treinadores do mundo, a Grécia era cotada por muitos como uma das grandes favoritas ao título desta edição do Mundial. Mas todo esse favoritismo evaporou em poucas semanas, principalmente quando tal jogador, Giánnis Antetokoúnmpo, decidiu não participar da competição.

O problema maior é que a lista de desfalques para o treinador Dimítrios Itoúdis não se limita apenas ao “Greek Freak”. De uma só vez, o treinador do Fenerbahçe recebeu também as notícias de que os dois principais armadores gregos da atualidade, Kóstas Sloúkas e Nick Caláthes, também optaram por não participar da Copa. Desta forma, o time que entrará em quadra pela Grécia nesta Copa será composto de vários atletas que, em situações normais, sequer seriam cogitados para uma lista final, como o veterano ala-armador Leftéris Bochorídis e o jovem pivô Mános Chatzidákis.Por sua vez, o quinteto titular esperado para o time contará com jogadores que, em circunstâncias normais, deveriam contribuir saindo do banco, como Giannoúlis Larentzakis e Dínos Mítoglou.

Apesar de enfraquecida, a Grécia ainda terá como principal arma uma defesa forte. A dupla do Olympiacós, Kóstas Papanikoláou (capitão) e Thomas Walkup (que foi escolhido por Itoúdis para ocupar a vaga de jogador naturalizado no lugar de Tyler Dorsey) possui uma marcação muito forte e prometem dar muito trabalho para ataques adversários. E a dupla de garrafão de Mítoglou e o pivôzão Giórgos Papagiánnis, também não deverá ser vazada com tanta facilidade, em tese. Papagiánnis não é conhecido por uma marcação muito forte (é um de seus pontos fracos, inclusive), mas com seus 2,20m de altura, ele consegue dar muitos tocos ou, pelo menos, contestar muitos arremessos. Ele vem trabalhando há algum tempo em melhorar seu arremesso de média e longa distância, o que pode se tornar uma grande ameaça ofensivamente.

Se a Grécia vai encontrar algum tipo de êxito nesta Copa, isso passará pela produtividade de seus reservas. A dupla de armadores Michális Loúntzis e Dimítris Moraítis, que já performou bem pela equipe em jogos das eliminatórias, será chave para isso. Pode ser um grande batismo de fogo para a dupla, quesão dois dos quatro atletas mais jovens no time. E, além deles, o único dos irmãos Antetokoúnmpo na equipe, Thanásis, também terá uma oportunidade de ouro de demonstrar seu valor fora da sombra do irmão mais famoso. Ele fez boas apresentações em alguns dos amistosos preparatórios e pode ser, talvez, a principal peça saindo do banco grego.

A Grécia está no grupo C da competição, sediado nas Filipinas. Além dos gregos, o grupo também conta com os Estados Unidos, a Nova Zelândia e a Jordânia. Não fossem tantos desfalques, este deveria ser considerado um grupo em que os helênicos passariam de fase com uma certa facilidade. É muito provável que os comandados de Itoúdis decidam quem fica com o segundo lugar do grupo na última rodada, quando enfrentam a Nova Zelândia.

Baseado no que se viu durante os amistosos de preparação, a Grécia é uma das equipes mais imprevisíveis para o Mundial. Foram seis amistosos, que começaram com duas vitórias muito contundentes para cima da forte Eslovênia, que contou com força máxima. Porém, as duas vitórias foram seguidas de quatro derrotas para Sérvia, Itália, Estados Unidos e Alemanha. Apesar dos desfalques, a Grécia ainda tem um time de qualidade e conta com uma enorme tradição. Em teoria, a equipe tem condições de chegar à segunda fase e até mesmo beliscar uma vaga nas quartas, mas qualquer coisa além disso seria um milagre, devido à quantidade de desfalques.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *