Nossa equipe entrou em contato com Juan Ponce Neyra, um argentino fanático por basquete, que é dono da excelente conta “Hablemos de Básquet“, presente no Twitter e também no Instagram. Nela, ele fala sobre nosso esporte em várias frentes – NBA, basquete argentino e basquete europeu. Portanto, ele possui um grande conhecimento sobre o tema e decidimos procurá-lo para saber sua opinião sobre um assunto muito relevante hoje: em comparação com o Brasil, os argentinos têm aproveitado melhor o basquete europeu para o desenvolvimento da modalidade no país e, também, na transição para seus atletas chegarem à NBA? Fizemos essa pergunta para ele, que redigiu este texto para nós. Publicamos o artigo nas duas línguas, optando por dar prioridade ao espanhol, como forma de agradecimento pela gentileza do nosso querido hermano Juan! Convidamos cada um de vocês a expressar também a opinião de vocês nos comentários ao final da postagem.
🇦🇷Jugar en Europa sirve: el ejemplo argentino
Todo aficionado del básquet tiene el deseo de ver a los jugadores de su país en la NBA, más aún si se trata de los sudamericanos, donde el deporte de la pelota naranja ha crecido a pasos agigantados en cuanto a popularidad, sobre todo la de la liga estadounidense.
A veces parece que existe una idea general de que la única manera de que la Selección Nacional compita en torneos continentales o mundiales es si los basquetbolistas que la conforman están en la NBA. De lo contrario, las posibilidades son nulas. Sin embargo, ese pensamiento está más cerca de ser un mito que realidad, y hay un ejemplo que lo demuestra perfectamente: Argentina.
El país es el único existente en poseer una Medalla de Oro olímpica y un campeonato mundial en básquet masculino, además de ser el único combinado nacional en haberle ganado un partido eliminatorio a Estados Unidos con profesionales en JJOO. Esa hazaña de Atenas 2004 se logró con 9 integrantes de 12 desempeñándose en clubes de Europa y apenas 2 NBA (Manu Ginóbili y Pepe Sánchez).
Yendo más cerca en el tiempo y dejando atrás a la Generación Dorada, 8 de los 12 representantes argentinos que consiguieron el subcampeonato en la Copa del Mundo de China 2019 se encontraban desempeñándose en el Viejo Continente al momento de la cita, además de no contar con ningún NBA en el plantel.
Esa competitividad y nivel que los jugadores argentinos ganaron en el primer nivel europeo fueron vitales a la hora de concretar 2 de las últimas grandes conquistas del baloncesto sudamericano a nivel selecciones en torneos globales, yendo en contra de esa idea de que “no se puede competir contra los norteamericanos y europeos sin tener representantes en la NBA”.
En los últimos años, la brecha entre las ligas del Viejo Continente y la de USA se redujo considerablemente en cuanto a roce y talento, lo que hace una gran oportunidad para los argentinos, brasileros, uruguayos, venezolanos y demás latinos el hecho de poder asentarse en competencias de España, Italia, Rusia, Serbia, etc.
De esa manera, la posibilidad de competir y lograr éxitos internacionales con sus respectivas selecciones nacionales será cada vez más grandes, algo que se demuestra a la perfección con el ejemplo de Argentina: jugar en Europa sirve.
🇧🇷Jogar na Europa funciona: o exemplo argentino
Todo fã de basquete tem o desejo de ver os jogadores de seu país na NBA, ainda mais se tratando de sul-americanos, onde o esporte da bola laranja cresceu a passos largos em termos de popularidade, principalmente a do campeonato estadunidense.
Às vezes parece que existe uma ideia geral de que a única maneira de uma seleção nacional competir em torneios continentais ou mundiais é se os jogadores de basquete que a compõem estiverem na NBA. Caso contrário, as chances são nulas. No entanto, esse pensamento está mais perto de ser um mito do que uma realidade, e há um exemplo que demonstra isso perfeitamente: a Argentina.
Além dos EUA, o país é o único a ter uma medalha de ouro olímpica e um campeonato mundial de basquete masculino, além de ser a única seleção nacional a ter vencido uma partida eliminatória contra os Estados Unidos com profissionais nos Jogos Olímpicos. Essa façanha de Atenas 2004 foi alcançada com nove dos seus 12 membros jogando em clubes da Europa e apenas dois da NBA (Manu Ginóbili e Pepe Sánchez).
Chegando mais perto no tempo e deixando para trás a “Geração de Ouro”, oito dos 12 representantes argentinos que conquistaram o vice-campeonato da Copa do Mundo da China em 2019 estavam jogando no Velho Continente na época da nomeação, além de não haver nenhum atleta da NBA no plantel.
Essa competitividade e nível técnico que os jogadores argentinos conquistaram no primeiro nível europeu foram vitais para a concretização de duas das últimas grandes conquistas do basquete sul-americano por seleções nacionais em torneios globais, contrariando a ideia de que “não se pode competir contra os norte americanos e europeus sem ter representantes na NBA ”.
Nos últimos anos, a distância entre as ligas do Velho Continente e a dos Estados Unidos diminuiu consideravelmente em termos físicos e de talento, o que representa uma grande oportunidade para argentinos, brasileiros, uruguaios, venezuelanos e outros latinos se estabelecerem em ligas como da Espanha, Itália, Rússia, Sérvia etc.
Desta forma, a possibilidade de competir e alcançar sucessos internacionais com suas respectivas seleções será cada vez maior, algo que fica perfeitamente demonstrado pelo exemplo da Argentina: jogar na Europa funciona.