Depois de dois anos o Final Four da Euroliga voltará a acontecer e nesta terça-feira (4) foram definidos os outros três participantes, que se juntarão ao último campeão europeu, CSKA Moscou (RUS), que garantiu sua classificação ainda na semana passada. As outras três séries, que precisaram ir até o quinto e decisivo jogo, tiveram suas partidas finais hoje. Fez a diferença o fator casa, mesmo sem a presença de torcedores, pois Anadolu Efes (TUR), Olimpia Milão (ITA) e Barcelona (ESP), que jogavam em casa, prevaleceram e garantiram seus retornos ao maior evento do basquete europeu de clubes. Enquanto o Barça, time que terminou a temporada regular em primeiro lugar, teve uma certa facilidade para chegar à vitória, Efes e Olimpia não tiveram o mesmo privilégio, pois seus adversários venderam muito caro suas derrotas. Confira o resumo de cada uma das três partidas do dia.
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Efes vence Real Madrid em casa, no sufoco, e avança ao Final Four
Por Gabriel Girardon
Na partida que abriu a “super terça” de Euroliga, o Anadolu Efes (TUR) sofreu, mas conseguiu vencer o Real Madrid (ESP) em Istambul por 88 a 83. Com a vitória, os turcos fecharam a série em 3 a 2 e avançaram ao Final Four, onde enfrentarão o CSKA Moscou na semifinal. Já os espanhóis estão fora da fase final da competição pela primeira vez desde 2016.
O jogo começou equilibrado, com as equipes trocando pontos e cometendo poucos erros no ataque. Os donos da casa se mantiveram na dianteira do placar até a metade do período, quando o marcador anotava 14 a 12. Neste momento, Alberto Abalde acertou um chute de fora, seguido de dois pontos de Alex Tyus, colocando o Real na frente pela primeira vez – 17 a 14. Cometendo mais erros, especialmente em chutes para três pontos – converteu apenas um em sete arremessos –, o Efes não voltou a liderar no quarto inicial, ficando praticamente os últimos três minutos sem pontuar. Nos minutos finais, o Real teve a volta de Walter Tavares, fora desde o primeiro jogo da série por lesão. Com 21 a 18, os visitantes terminaram o período vencendo.
Nos dois minutos do segundo quarto, apenas uma bola havia caído, de Krunoslav Simon. Mas, na sequência, com o placar em 21 a 20, começou um show de bolas de três. Cinco, para ser exato, sendo três do Anadolu Efes, que virou para 29 a 27. Insistindo em arremessos de fora, o Real Madrid voltou à frente, com bolas de Trey Thompkins e Sergio Llull. A três minutos do fim do primeiro tempo, Nico Laprovittola anotou mais três pontos, com cesta e falta, colocando 39 a 33 para os visitantes, na maior diferença até aquele momento. Após mais de três minutos sem pontuar, o time turco marcou com bola de fora de Vasilije Micić, a sua terceira em cinco tentativas. Nos segundos finais, Tavares anotou dois pontos e levou a partida para o intervalo com 41 a 36 para os merengues.
No terceiro quarto, o Efes empatou a partida nos primeiros lances, com bola de três de Simon e dois lances livres de Micić. Após o Real retomar a frente em jogada de cesta e falta de Jaycee Carroll, o momento foi todo do time turco. Com uma corrida de 8 a 0, o placar foi para 49 a 44 a favor dos mandantes. Errando muitos arremessos e cometendo faltas no ataque, incluindo uma antidesportiva de Usman Garuba, o Real Madrid viu o rival abrir a maior diferença do jogo, ficando em determinado momento 12 pontos atrás – 57 a 45. Para diminuir o prejuízo, os espanhóis contaram com boa sequência de Llull e Thompkins. O veterano armador anotou dois pontos, viu o companheiro americano marcar três e, em seguida, deu assistência para o ala-pivô matar outra bola de fora, levando o placar a 57 a 53. Com mais algumas trocas de pontos, o duelo foi para o último quarto com 60 a 57 para o Efes.
Emoção até o fim
O último e derradeiro período foi marcado pelo equilíbrio até os segundos finais. A sete minutos do término da partida, os times estavam separados por apenas dois pontos, com 68 a 66 a favor do Efes. A partir daí, uma sequência de viradas. Primeiro, uma bola de três de Rudy Fernández colocou o Real na frente. Na mesma moeda, o pivô Tibor Pleiss anotou seus primeiros pontos, repondo os turcos em vantagem. Em um lance de insistência, após dois erros de arremessos de Sergio Llull e dois rebotes ofensivos, Laprovittola deixou o time espanhol de novo à frente – 72 a 71.
Em dois lances livres, Shane Larkin virou mais uma vez para o Efes, mas Laprovittola, em outra bola de fora, colocou o Real Madrid com 75 a 73. Próximo de três minutos do fim, Pleiss marcou mais dois pontos, empatando o jogo. Em tentativa de três, Rudy não converteu, e o castigo veio em chute de longe de Larkin – 78 a 75. Neste momento, o técnico Pablo Laso parou o jogo. Na volta, Trey Thompkins errou o arremesso de fora, mas Abalde não desperdiçou na sequência: novo empate, agora em 78 pontos.
Com mais dois pontos para cada lado, de Larkin e Tavares, os times foram para o minuto final igualados em 80 a 80. Gastando todo o tempo de posse, o Efes passou à frente com arremesso de três pontos de Krunoslav Simon, com 38 segundos no relógio. Na tentativa de novo empate, Sergio Llull falhou o tiro de fora, e o Real obrigou-se a parar o jogo com faltas. Na linha de lance livre, Chris Singleton, cestinha e destaque do jogo, chegou a 26 pontos – teve também oito rebotes, para 38 de valoração –, deixando 85 a 80 no placar. Os espanhóis foram ao ataque mais uma vez com Llull, mas sem converter novamente.
A seis segundos do fim, Bryant Dunston acertou um dos dois lances livres – 86 a 80. Sergio Llull chegou a marcar três pontos, mas já não havia mais tempo. Com outra falta, Vasilije Micić acertou as duas cobranças, decretando a vitória do Anadolu Efes em 88 a 83. Agora, os turcos voltam ao Final Four para enfrentar o CSKA na semifinal, na reedição da última decisão, em 2019. Na ocasião, os russos foram campeões ao vencerem por 91 a 83.
Assista aos melhores momentos da partida:
Olimpia domina durante o jogo, passa sufoco no minuto final, mas vence e retorna ao Final Four após 29 anos
Por Thiéres Rabelo
Como aconteceu em toda esta série, Olimpia Milão (ITA) e Bayern de Munique (ALE) fizeram um jogo excelente, no qual a equipe italiana dominou durante a maior parte do tempo e viu os alemães arquitetarem uma inacreditável arrancada no minuto final, mas se seguraram e garantiram a volta ao Final Four após 29 anos. A Olimpia, quarta colocada durante a temporada regular, fecha a série com 3 a 2.
Quem começou melhor foi o Bayern, que em pouco mais de dois minutos abriu o jogo com um 8 a 2, com a dupla de garrafão Jalen Reynolds e JaJuan Johnson fazendo quatro pontos cada. O técnico Ettore Messina fez o primeiro pedido de tempo com menos de três minutos de jogo e acertou a Olimpia. Nos minutos seguintes, os italianos entraram de vez no jogo e, ponto a ponto, foram se aproximando, até empatarem a partida em 14 a 14, a cerca de três minutos do fim. E com a mão calibrada, os donos da casa conseguiram virar o jogo antes da virada do período. Duas cestas de três seguidas, uma de Sergio Rodríguez e uma de Shavon Shields (este que teve dez pontos no quarto) deram a vantagem parcial de 24 a 22 para os italianos.
O grande equilíbrio dos primeiros dez minutos pareceu ter ficado só por lá mesmo, pois, na volta para o segundo quarto, a Olimpia disparou. Em menos de três minutos, a equipe milanesa aplicou uma parcial de 9 a 0 (cinco de Shields), que a colocou à frente por 33 a 22, sua maior vantagem no jogo até ali. No total, levou quase quatro minutos de jogo no período para que o Bayern conseguisse transpor a forte defesa italiana e fazer seus primeiros pontos. Apesar de os mesmos Reynolds e Johnson terem tentado manter o Bayern no jogo, a marcação da Olimpia seguiu muito forte e conseguiu anular as principais peças ofensivas de perímetro dos Bávaros, em especial Wade Baldwin IV e Vladimir Lučić, que tiveram apenas quatro pontos cada em todo o primeiro tempo.
Outra diferença gritante que a defesa da Olimpia pôde causar no primeiro tempo foi o aproveitamento de perímetro de cada time. Enquanto os italianos executaram 12 tentativas de três pontos antes do intervalo, das quais sete foram certeiras (58,3% de aproveitamento), os alemães conseguiram disparar apenas quatro vezes de fora do arco, sem nenhum acerto. Dessa forma, o Bayern não conseguiu encostar e Milão conseguiu levar uma vantagem de duplos-dígitos, 50 a 40, para o intervalo. O destaque máximo da Olimpia e da partida como um todo até ali foi Shields, que terminou o primeiro tempo com 18 pontos. E ele não pararia por aí.
No retorno para o segundo tempo o ala-armador estadunidense voltou ainda mais inspirado e faria ali o seu melhor quarto no jogo. Logo de cara, ele fez os cinco primeiros pontos do time no terceiro período e, quando Malcolm Delaney acertou uma cesta de três, a Olimpia pôde abrir sua maior vantagem até ali, com 14 pontos de frente, 58 a 44, após quase três minutos jogados. Paul Zipser acertou a primeira bola de três do Bayern no jogo, podendo animar o time para uma reação. Mas Shields (quem mais?) respondeu com mais cinco pontos solo, elevando a vantagem da Olimpia para 16. O jogo ficou mais morno, com os dois times passando mais de um minuto sem pontuar. Enquanto o Bayern continuava tentando voltar para o jogo, Shields deu mais um golpe e, a dois minutos do fim do período, chegou aos 30 pontos, tendo estado ele apenas 20 minutos totais em quadra. Além de colocar a Olimpia 17 pontos à frente, 72 a 55. D.J. Seeley ainda conseguiu uma cesta de três antes do fim do quarto, para tentar deixar o Bayern vivo para o último quarto.
A missão dos bávaros era muito difícil nesse momento, não pelo resultado em si, mas pelo pouco que o time jogou nos dois quartos anteriores. Mas a equipe do técnico Andrea Trinchieri encontrou forças para reagir. Apesar de apagado no jogo até ali (havia feito somente cinco pontos), Baldwin apareceu para o jogo no último período. Ele começou anotando oito pontos na primeira metade do período, mas estes não serviram muito para dimiunir o déficit, pois a Olimpia ainda vencia por 12, a cinco minutos do fim. A história da partida permaneceu assim pelos quatro minutos seguintes, em que a Olimpia manteve uma vantagem confortável, sempre perto dos dez pontos, “cozinhando” o jogo. A 1:18 do fim, os italianos venciam por 91 a 79. Mas eles não sabiam o que estava por vir.
Em um último suspiro, o Bayern protagonizou uma das mais incríveis arrancadas da história, com Lučić, Reynolds, Baldwin impulsionando o Bayern para um 10 a 0 em 64 segundos, incluindo duas cestas de três. E essa seqüência final foi inacreditável: Reynolds acertou uma bola de três, fazendo 91 a 87, a 14.9 segundos do fim. Na hora de cobrar fundo bola desta cesta, Shields, o homem do jogo da Olimpia, se distraiu e não viu Lučić chegar por trás e “bater sua carteira”, fazendo a bola espirrar para Baldwin, que fez uma bandeja fácil de baixo do aro, fazendo 91 a 89, a 12.6 segundos do fim. E para colocar ainda mais fogo no jogo, no fundo bola imediatamente após a cesta de Baldwin, o mesmo Shields acabou cometendo falta ofensiva em cima de Žan Šiško, ao empurrar o armador esloveno para tentar abrir espaço e receber a bola. A posse voltou para o Bayern e Trinchieri imediatamente pediu tempo, para organizar a jogada final do Bayern, que poderia vencer o jogo em um arremesso.
Após a parada, a jogada desenhada fez a bola ir para as mãos de Baldwin, que partiu para a infiltração, mas foi parado por Kyle Hines, que travou a bola na tentativa de bandeja e forçou uma bola presa, disputada na bola ao alto, com 7.9 segundos para o fim. Na disputa, a bola espirrou e caiu nas mãos de Shields, que sofreu a falta e foi para a linha de lance livre, acertando uma das duas tentativas. Ao errar o segundo, Shields ainda permitiu que a bola voltasse para o Bayern e Baldwin puxou o contra-ataque e achou Zipser livre, mas o alemão errou a tentativa de três de muito longe e a Olimpia venceu por 92 a 89.
Assista aos melhores momentos da paprtida:
Shields, que quase foi o vilão nos segundos finais, terminou com 34 pontos e cinco rebotes, para 41 de PIR (Performance Index Rating). Na Euroliga, essa pontuação e a marca de eficiência foram ambas as maiores de sua carreira. O segundo melhor pontuador da Olimpia foi Delaney, com seus 16 pontos, seguido de Hines, com 12, para ir com seus sete rebotes e dois tocos. Rodríguez distribuiu sete assistências, além de ter marcado oito pontos.
Pelo Bayern, Reynolds foi o cestinha, com 19 pontos e ainda dez rebotes, completando o duplo-duplo, que lhe deram 24 de PIR. Baldwin veio logo depois, com seus 17 pontos e cinco assistências. Johnson passou perto de também ter um duplo-duplo, ao anotar 14 pontos e pegar nove rebotes, para 22 de PIR.
A Olimpia participará do Final Four pela 11ª vez em sua história, apenas a primeira desde a temporada 1991-92, quando caiu nas semifinais diante do Partizan Belgrado (SER) e derrotou o Estudiantes (ESP) na disputa pelo terceiro lugar. A maior campeã italiana enfrentará a grande força desta temporada, o Barcelona, no dia 28/05, às 13h do horário de Brasília.
Sem maiores problemas, Barcelona se impõe em casa e elimina Zenit, para voltar ao Final Four
Por Rafael Bittelbrunn
No quinto jogo da série, o favorito ao título Barcelona recebeu o Zenit e conseguiu a vitória, por 79 a 53, sem dificuldades. Após uma batalha defensiva nos quatro primeiros jogos da série, dessa vez apenas o sistema defensivo do time da casa funcionou, com participação importantíssima do veterano Pau Gasol. Agora a equipe retorna ao Final Four, onde não aparece desde a temporada 2013-14, quando terminou em terceiro lugar.
O jogo começa com as equipes agressivas nos ataques, porém encontrando pela frente as já conhecidas fortes defesas. Ambos os times se concentram mais no jogo de garrafão e meia distância, com melhor aproveitamento do Barcelona. O volume de jogo do Zenit é maior, principalmente por causa dos rebotes ofensivos com Will Thomas e Tarik Black, mas o aproveitamento dos arremessos é baixo. Após Kevin Pangos matar a primeira bola de três do jogo, o grego Nick Calathes responde na mesma moeda, não deixando os russos se empolgarem. O veterano Pau Gasol vem pro jogo antes da metade do quarto e tem participação muito importante na defesa, com dois roubos de bola e um toco, em menos de cinco minutos. O jogo segue com certo equilíbrio, com o Barça cometendo mais faltas, incluindo a segunda de Calathes, que vai para o banco. Essa quantidade de faltas também é resultado de uma defesa mais agressiva, contribuindo para a equipe fazer uma corrida de 9 a 0 e abrir seis pontos de vantagem. Com o baixo aproveitamento do Zenit (4 de 10 nos dois pontos, e apenas 1 de 7 do perímetro), o time espanhol fecha o primeiro quarto com nove de vantagem (23 a 14), com os dois times cometendo muitos “turnovers” (cinco de cada lado).
Logo no início do segundo quarto, o jovem argentino Leandro Bolmaro, que entrou no lugar de Calathes, aparece muito bem com uma bola do perímetro e uma enterrada no meio da defesa russa, e a equipe abre 12. As defesas continuam fortes, mas a do Barcelona funciona muito melhor, dificultando demais a vida de Pangos e o jogo físico do Zenit dentro do garrafão. O aproveitamento do time russo continua muito baixo, enquanto o do time da casa gira em torno de 60%. Após bola do perímetro de Kyle Kuric e excelente defesa de Gasol, a equipe catalã abre 15 pontos de frente, indicando que seria muito difícil pros visitantes. As coisas complicam mais para o Zenit quando Black, uma força do garrafão russo, comete sua terceira falta e deixa a partida. Na sequência, Gasol sofre a falta e converte os dois pontos, além da bonificação, colocando os espanhóis com 16 de frente. O apagado Billy Baron tenta trazer o Zenit pro jogo, conectando sua primeira bola tripla, mas o Barça está bem, conseguindo abrir vantagem novamente. Apesar de mais uma noite apagada de Nikola Mirotić, o coletivo da equipe da casa se sobrepõe ao dos russos, com Gasol muito importante, levando vantagem de 13 pontos para o intervalo (43 a 30). Até esse momento da partida, nenhum jogador tinha chegado nos duplos dígitos, com destaque maior para Cory Higgins e Kuric, com oito pontos cada, pelo Barça, e Alex Poythress, com nove pontos, pelo Zenit. A equipe russa termina o primeiro tempo dominando os rebotes, especialmente os ofensivos (10 a 3), mas vai muito mal nos arremessos de quadra, acertando apenas 38% nos dois pontos (contra 63% do Barcelona) e 17% na bola tripla (contra 57% dos espanhóis).
Na volta do intervalo, Brandon Davies logo comete a terceira falta, e logo depois o mesmo acontece com Mirotić. O time da casa comete quatro faltas muito rapidamente, mas o jogo fica na faixa dos 13 pontos de diferença. A atuação de Gasol na defesa é muito boa, com rebotes e tocos, e Calathes também começa a aparecer, pontuando em dois ataques seguidos. Para piorar para o técnico Xavi Pascual, o pivô Black comete sua quarta falta logo na metade do quarto, complicando ainda mais as tentativas de jogo dentro do garrafão pelos russos. O time da casa vai ficando mais confortável na partida, abrindo 17 de vantagem, sem ver reação do Zenit, que continua não acertando nada nos arremessos. A defesa barcelonista, grande marca em toda a competição, aparece dominante novamente, com Davies sendo importante também nos rebotes ofensivos. Após bola longa de Calathes, a equipe da casa abre 20 de vantagem, dominando totalmente a partida e com um Zenit sem achar soluções para vencer a forte defesa espanhola. O quarto termina 14 a 9 para o Barça e 18 de vantagem no jogo, anulando completamente o ataque do time de São Petersburgo.
No quarto final, logo a equipe da casa abre 22, com a diferença girando em torno dos 20 pontos boa parte do quarto. O domínio é total e o Barcelona tem o controle da partida, sem aliviar a sua forte defesa. O Zenit continua numa noite péssima, apesar do domínio nos rebotes, incluindo 17 ofensivos na noite. Mas apenas um jogador consegue ultrapassar a barreira dos dez pontos, com Pangos e Baron deixando bastante a desejar. A partida segue tranquila para o Barcelona, que vence também o último período, por 22 a 14, e a partida por 26 pontos de diferença, limitando o Zenit a apenas 23 pontos no segundo tempo inteiro!
Assista aos melhores momentos da partida:
O Barcelona novamente teve problemas com os “turnovers”, cometendo 17 em toda a partida (contra 13 do Zenit), mas conseguiu dominar os rebotes totais (36 a 32), apesar de ser batido nos ofensivos (8 a 17), e massacrou nos tocos, com nove no total (contra apenas um dos russos), melhor marca da equipe em um jogo de Euroliga! Além disso, o time teve um aproveitamento muito bom de quadra, com 58% nos dois pontos (contra 35% do Zenit) e 56% do perímetro (versus míseros 23% dos russos). Melhor atuação de Pau Gasol na sua volta, com sete pontos, três rebotes, três roubos de bola e quatro tocos, igualando o recorde do clube na competição europeia. Além disso, conseguiu 16 de PIR (Performance Index Rating), o maior da partida, em apenas 17 minutos em quadra. Também merece menção o armador Calathes, com 12 pontos, um rebote, cinco assistências, um roubo de bola e um toco, enquanto Nikola Mirotić, mais uma vez, decepcionou, com apenas sete pontos, três rebotes, uma assistência, um roubo e um toco, com um volume de jogo aquém do seu talento. Do lado derrotado, destaque para Alex Poythress, com 11 pontos, cinco rebotes, um roubo de bola e um toco, enquanto Kevin Pangos não passou dos sete pontos (1 de 5 do perímetro), apesar das dez assistências.