Nota aos leitores: este artigo contém opiniões e serve de “compensação” à série de textos sobre mercado de transferências que não teve continuidade no site durante a pausa da temporada europeia.

A uma semana do início da Euroliga 2022/2023, cresce a expectativa por mais uma grande temporada da maior competição de basquete do Velho Continente. Um ponto que chama atenção, já com torneios nacionais em disputa, é a respeito dos grandes times montados em busca do maior título europeu.

A começar pelo atual bicampeão. O Anadolu Efes que defenderá as conquistas de 2021 e 2022 manteve boa base e trouxe grandes peças para atuarem ao lado de Shane Larkin e Vasilije Micić, que mais uma vez decidiu permanecer na Turquia ao invés de rumar à NBA.

O principal nome é de Will Clyburn, uma das estrelas do CSKA nos últimos anos, campeão da Euroliga e MVP do Final Four em 2019. Além dele, dois pivôs aumentam a qualidade do garrafão: Ante Žižić e Achille Polonara. Desta forma, o Efes que já era uma forte equipe ganha ares de supertime e segue naturalmente como um dos favoritos ao título continental.

Junto do conjunto turco, os rivais espanhóis não só mantêm-se fortes, como reforçaram ainda mais os elencos já estrelares. O Real Madrid, vice-campeão na última temporada, trouxe o “Super Mario” Hezonja, Džanan Musa, MVP da Liga ACB, e Petr Cornelie, além de repatriar Sergio Rodriguez e viver o sonho de contar novamente com Facundo Campazzo para fechar sua seleção em forma de time.

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O Barcelona, por sua vez, não fica para trás. A equipe teve algumas saídas, mas recompôs com nomes de impacto, em especial a dupla tcheca Tomáš Satoranský e Jan Veselý. Como bons “coadjuvantes”, Nikola Kalinić e Mike Tobey, além de Oriol Paulí e do brasileiro-alemão Oscar da Silva. Tudo para acabar com o incômodo jejum de conquista da Euroliga, que completará 13 anos nesta temporada.

Sobre grandes estrelas, importante também destacar o Monaco, que renovou com Mike James, um dos melhores jogadores do continente, e contratou dois armadores de peso para lhe fazer companhia: Jordan Loyd e Élie Okobo.

Grandes retornos e novas chegadas

A offseason europeia trouxe alguns jogadores de volta ao Velho Continente. O mais notório é o de Nemanja Bjelica ao Fenerbahçe. Hoje com 34 anos, o sérvio foi MVP da Euroliga pelo time turco em 2015, ano que foi para a NBA. Na última temporada, foi campeão com o Golden State Warriors e encerrou sua trajetória nos Estados Unidos para retornar ao clube de Istambul.

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Outros retornos à Europa que chamam atenção foram na Itália. Kevin Pangos e Iffe Lundberg tentaram a sorte na NBA em momentos distintos da temporada passada, mas tiveram pouco espaço em Cleveland Cavaliers e Phoenix Suns, respectivamente. Agora, serão rivais por Olimpia Milão e Virtus Bolonha, ambos com status de grandes aquisições.

Seguindo em retornos, atletas ainda jovens voltaram a seus países após passagens pela liga americana. São os casos de Georgios Kalaitzakis, ex-Oklahoma City Thunder, e Isaac Bonga, que atuou por último no Toronto Raptors. O grego volta ao Panathinaikos, enquanto o alemão vestirá pela primeira vez a camisa do Bayern de Munique.

Ao contrário dos dois, um francês e um lituano também retornam aos seus países, porém sem nunca terem atuado profissionalmente antes. Yves Pons fez faculdade nos Estados Unidos e atuou uma temporada no Memphis Grizzlies. Agora, volta à França para jogar pelo ASVEL. Já Ignas Brazdeikis passou boa parte da vida no Canadá, atuou por três equipes da NBA e agora está jogando em sua terra natal, Kaunas, pelo Žalgiris.

No entanto, nem só de retornos se resume as transferências na Euroliga. Há também casos de americanos que atravessaram o oceano para estrearem no basquete europeu. De nomes mais conhecidos, três ex-NBA. Carsen Edwards, ex-Boston Celtics e Detroit Pistons, acertou com o Fenerbahçe; Markus Howard, com passagem pelo Denver Nuggets, jogará pelo Baskonia; e Semi Ojeleye, estadunidense que defende a seleção da Nigéria, é reforço da Virtus Bolonha. Ele passou por Boston Celtics, Milwaukee Bucks e Los Angeles Clippers.

Daqui sete dias será possível começar a acompanhar todas as estrelas, as apostas e as expectativas durante cerca de oito meses de mais uma temporada de Euroliga, que outra vez muito promete. Façam suas apostas.

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