Após três temporadas seguidas longe dos playoffs, o Olympiacós não apenas quebrou esse incômodo jejum na temporada passada, mas foi ainda mais longe. Depois de ter uma das melhores campanhas na temporada regular, os Vermelhos alcançaram o Final Four, onde caíram para o atual bicampeão nos segundos finais da semifinal. Os reforços para esta temporada foram apenas pontuais, mas a forte base foi mantida e o campeão grego tem tudo para ser protagonista novamente.

Quem chegou?

Joel Bolomboy (C, CSKA Moscou-RUS, estadunidense, 28 anos) / Isaiah Canaan (SG, Galatasaray-TUR, estadunidense, 31 anos) / Alec Peters (PF, Baskonia-ESP, estadunidense, 27 anos) / Tarik Black (C, Bahçeşehir-TUR, estadunidense, 30 anos)

Quem saiu?

Tyler Dorsey (SG, estadunidense-grego, 26 anos, foi para o Dallas Mavericks-EUA) / Geórgios Príntezis (PF, grego, 37 anos, aposentou-se) / Livio Jean-Charles (PF, francês, 28 anos, foi para o CSKA Moscou-RUS) / Quincy Acy (PF, estadunidense, 31 anos, sem clube) / Hassan Martin (PF/C, estadunidense, 26 anos, foi para o Estrela Vermelha-SER)

Treinador

Geórgios Bartzókas (grego, 57 anos, vai para sua quarta temporada seguida à frente do clube)

Possível quinteto titular

PG – Thomas Walkup
SG – Isaiah Canaan
SF – Kóstas Papanikoláou
PF – Sasha Vezenkov
C – Moustapha Fall
Sujeito a variações

Possível segunda unidade:

PG – Kóstas Sloúkas / Michális Loúntzis
SG – Giannoúlis Larentzákis
SF – Shaquielle McKissic
PF – Alec Peters
C – Joel Bolomboy / Tarik Black
Sujeito a variações

Desempenho geral na temporada passada

A temporada 2021-22 foi um marco na história recente do Olympiacós. Após dois anos seguidos disputando a segunda divisão do campeonato grego devido a uma punição sofrida ainda em 2019, os Vermelhos retornaram à elite grega na temporada passada. Na Euroliga, após três anos seguidos de campanhas ruins e sem ir aos playoffs, a equipe buscava a redenção e, para isso, trouxe bons reforços para a temporada em Tyler Dorsey, Moustapha Fall e Thomas Walkup. Todos tinham funções importantes em seus ex-clubes, apesar de não serem suas estrelas. Mas o treinador Geórgios Bartzókas soube extrair o melhor de cada um deles e o clube grego experimentou grande sucesso.

Além deles, o ala-pivô Sasha Vezenkov provou que seu bom desempenho durante a temporada 2020-21 não havia sido por acaso e ele assumiu não apenas o papel de melhor jogador da equipe, mas também um dos melhores de toda a Europa. Assim, o Olympiacós pôde manter-se no “G4” da competição durante toda a temporada regular e conseguiu retornar não somente aos playoffs, ams também ao Final Four, fato que não ocorria desde a temporada 2016-17. Para a infelicidade do time de Pireu, o então atual campeão Anadolu Efes (TUR) fez uma campanha de playoffs impecável no caminho para seu bicampeonato e eliminou os gregos na semifinal com um lindo “buzzer beater” do genial Vasilije Micić.

Como prêmio de consolação, o time teve uma campanha perfeita nas competições domésticas, dominando com facilidade a enfraquecida competição no basquete grego. Os Vermelhos venceram a Copa da Grécia e o campeonato grego, batendo o arquirrival Panathinaikós em ambas as finais com uma enorme facilidade. O título grego encerrou um jejum de seis anos sem a conquista para o clube.

Reforço(s) mais importante(s) para esta temporada

Quantitativamente, não foram muitos os reforços do Olympiacós, pois a forte base foi mantida. A única saída de muita relevância foi a de Dorsey, que recebeu uma chance de ir jogar na NBA. Mas o reforço trazido para seu lugar, o ala-armador Isaiah Canaan, não deixa muito a desejar. Canaan pode não ser uma ameaça tão grande da linha de três quanto é Dorsey, mas sua produtividade ofensiva não perde em nada para a de seu compatriota. A seu favor, Canaan ainda tem a tranqüilidade de não precisar carregar o peso de ser a peça ofensiva central do time (que é Vezenkov), o que pode torná-lo uma ameaça ainda maior.

O que esperar nesta Euroliga

Não há dúvidas de que o Olympiacós ainda é um candidato ao título. A defesa, principal característica da equipe de Bartzókas, continua forte, desde o primeiro combate com o excelente marcador Thomas Walkup, até ao gigante Moustapha Fall debaixo da cesta. Marcar pontos contra esta equipe é uma das tarefas mais difíceis na Europa hoje e se o time conseguir manter o nível apresentado no ano passado, basta que a equipe tenha cruzamentos favoráveis nos playoffs para voltar aos playoffs e talvez levar o caneco para Pireu novamente após dez anos.

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