Foi concluída nesta sexta-feira (19) a 11ª rodada da temporada regular da Euroliga, fechando a rodada dupla realizada nesta semana. A dupla Barcelona e Real Madrid fez seu dever de casa e manteve-se nas duas primeiras colocações, com campanhas idênticas. Porém, nas posições adjacentes, houve mudanças importantes, como a entrada de um novo clube no “G4”. Saiba todos os detalhes da rodada lendo abaixo os nossos resumos das nove partidas.
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Bayern de Munique (ALE) 81 x 78 Panathinaikos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
Mesmo jogando em casa, o Bayern quase se complicou diante do vice-lanterna da competição, o Panathinaikos, na partida que abriu a rodada. Os gregos venderam muito caro o resultado, com a virada definitiva do Bayern vindo apenas a 26 segundos do fim. Após os donos da casa se apresentarem melhor nos minutos iniciais, o Panathinaikos conseguiu empatar a partida ainda no primeiro quarto e continuaram embalados no início do segundo, quando viraram a partida e chegaram a abrir cinco pontos de vantagem. Na realidade, os verdes permaneceram à frente no marcador durante a maior parte do jogo. No início do segundo tempo, quando Ioánnis Papapétrou acertou uma bola de três, a vantagem grega chegou aos dez pontos. O Panathinaikos conseguiu manter sua vantagem por mais alguns minutos, porém, com um parcial de 8 a 1 nos três minutos e meio finais do terceiro quarto, o Bayern conseguiu cortar seu déficit para apenas um ponto (60 a 59) na virada para o último período. Com a primeira cesta no quarto seguinte, o Bayern chegou à sua primeira liderança desde o segundo quarto, mas o Panathinaikos respondeu com um parcial de 10 a 0, que lhes deu a dianteira por nove pontos novamente. Os dois times lutaram ponto a ponto nos minutos finais do jogo, até que o Bayern conseguiu encostar. Mas o Panathinaikos teve a chance do jogo a 46 segundos do fim, quando Okaro White teve dois lances livres que, se convertidos, dariam aos gregos quatro pontos de vantagem. O americano, porém, errou os dois e na posse de bola seguinte Vladimir Lučić, apagado no jogo, acertou uma bola de três espetacular e colocou o Bayern à frente por 77 a 76, a 26 segundos do fim. O Panathinaikos ainda teve duas posses de bola para tentar a virada, mas os arremessos não caíram e o Bayern ficou com a vitória. O Bayern teve o cestinha do jogo em Darrun Hilliard e ainda DeShaun Thomas contribuindo com 15 pontos. O Panathinaikos foi liderado pelos 17 pontos de Papapétrou, além de 12 pontos e seis assistências de Daryl Macon Jr. Esta foi a segunda vitória seguida para o Bayern, completando sua semana perfeita. Os bávaros sobem uma colocação, agora em 12º lugar (cinco vitórias e seis derrotas), com apenas uma vitória a menos que o atual oitavo colocado. Já o Panathinaikos sofre sua quinta derrota seguida e viram o lanterna, Žalgiris, igualar sua campanha (duas vitórias e nove derrotas). Na próxima quinta-feira, os dois times terão pela frente adversários russos. O Bayern vai até Moscou visitar o CSKA, enquanto o Panathinaikos retorna para Atenas, onde recebe o Zenit.
Real Madrid (ESP) 79 x 67 Estrela Vermelha (SER)
Por Luigi Vancini
Na capital espanhola, Real Madrid e Estrela Vermelha se enfrentaram no WiZink Center e a vitória foi da equipe da casa, com o placar de 79 a 67. O cestinha do Real foi Walter Tavares, que fez 15 pontos. O cestinha do Estrela e da partida foi A.J Hollins, com 16 pontos. A partida começou excelente para o Real, principalmente em chegadas no garrafão da dupla Guerschon Yabusele e Walter Tavares, abrindo 14 a 5. O problema foi que, quando Tavares saiu e no seu lugar entrou o francês Vincent Poirier, o time caiu muito e os sérvios, mesmo com vários desfalques, se aproveitaram disso para encostar no placar, encerrando o primeiro período perdendo por 16 a 13. O segundo período continuou surpreendendo, muito pela boa partida do Estrela Vermelha. O jogo estava muito faltoso, com o Real estourando o limite de 5 faltas muito rapidamente no quarto. Poirier acabou sendo melhor aproveitado e teve 6 pontos, já que Tavares continuou no banco descansando. Ainda no assunto faltas, chamava a atenção do aproveitamento do Estrela Vermelha nos lances livres, 11 de 11(100%). Já nos arremessos de 3 a situação era outra, com 1 certo para 8 tentados(13%). O primeiro tempo acabou empatado, 32 a 32. O problema é que o equilíbrio acabou no 2° quarto. Com a volta de Tavares juntamente com uma boa partida de Thomas Heurtel, dupla que juntos fizeram 18 pontos no período, o Real venceu por 25 a 14 o terceiro quarto e abriu diferença. Com tantos desfalques, começava ali a fazer falta para o Estrela tantos jogadores fora da partida. O último período foi equilibrado, mas a vantagem do Real já era grande. O Real começou o quarto com uma corrida de 11 a 3, o Estrela tentou voltar pro jogo com pontos do bancário A.J Hollins, que fez uma boa partida. O problema maior foi que nenhum dos 5 titulares da equipe visitante chegou a dois dígitos de pontos. Com isso e mais vários desfalques(como já citado) o resultado não podia ser outro se não uma vitória do Real. Na próxima rodada a equipe vai até o país Basco enfrentar o Baskonia, enquanto o Estrela recebe na Sérvia a equipe russa do UNICS.
UNICS Kazan (RUS) 85 x 71 ALBA Berlim (ALE)
Por Gabriel Girardon
Com grande atuação no segundo tempo, o UNICS venceu a terceira partida consecutiva na Euroliga. O jogo começou com certo equilíbrio no placar, mas com o ALBA praticamente sempre à frente no placar. Apostando em jogadas dentro do garrafão, acionando os pivôs, e aproveitando o fato de o UNICS desperdiçar muitos arremessos de longa distância, os alemães foram abrindo distância. Com quatro pontos logo após sair do banco, Oscar da Silva contribuiu para a vitória parcial por 26 a 13. No início do segundo quarto, o ALBA contou com Jaleen Smith para construir mais margem no marcador. Com oito pontos seguidos, sendo duas bolas triplas, o armador ainda fez bela ponte aérea para Ben Lammers colocar 17 pontos para os visitantes (36-19), a maior vantagem da partida, obrigando pedido de tempo do UNICS. A parada teve efeito positivo para o time russo, que conseguiu uma corrida de 13-3 nos minutos seguintes, com 10 pontos combinados de Mario Hezonja e Lorenzo Brown, diminuindo a desvantagem para sete pontos (39-32). O ALBA, por sua vez, conseguiu administrar as ações e aumentar um pouco a diferença, indo para o intervalo vencendo por oito (48-40). No retorno, porém, os visitantes sofreram com a forte marcação adversária, tendo dois ataques seguidos sem arremessar, estourando o tempo de posse. Comandado por Hezonja, com quatro pontos e uma assistência, o UNICS anotou oito seguidos e empatou a partida em 48 pontos. O ALBA forçava chutes de longe, sem sucesso, e ficou quase cinco minutos sem pontuar, zerado no período. Com isso, além das falhas na marcação dos alemães, o time da casa virou o placar, e foi permanecendo à frente até os minutos finais. Por conta do limite de faltas, o pivô Christ Koumadje foi quatro vezes à linha de lances livres no minuto final, convertendo três deles e deixando o ALBA com um ponto de vantagem (60-59). Devido à curta diferença no placar, as equipes iniciaram o último período com muitas alternâncias na liderança do marcador. O ALBA, porém, quando chegou a 66 pontos, um a mais que o rival, praticamente parou seu ataque. Forte na defesa, o UNICS forçava erros do time alemão – teve um total de 11 roubos de bola no jogo, contra apenas dois do ALBA –, conseguindo virar a partida e caminhar para a vitória. Com corrida de 8-0, abriu sete de vantagem (73-66), e só aumentou. A dupla Hezonja e Brown, combinando para 43 pontos (22 do croata, e 21 do americano), foi determinante para o triunfo russo, por 85 a 71.
Anadolu Efes (TUR) 98 x 77 Monaco (FRA)
Por Vinícius Matosinhos
Na Turquia, o Anadolu Efes entrou em quadra para enfrentar os franceses do Monaco e saiu vencedor pelo placar final de 98 a 77, somando quatro vitórias nas últimas cinco partidas. O destaque do clube vencedor foi o ala-armador Rodrigue Beaubois, que anotou 17 pontos, três rebotes e sete assistências, terminando com um índice de desempenho em quadra (PIR) de 24. No início do confronto, o pivô Tibor Pleiss foi o líder da equipe dentro do garrafão, sendo responsável por colocar os turcos à frente por 9 a 2 nos primeiros minutos. Para manter a liderança, o Efes apostou nas jogadas de contra-ataque, pois o Monaco sofria muito com os erros em ambos os lados da quadra, chegando a abrir uma diferença de dois dígitos no placar faltando dois minutos para o fim do primeiro período. Como resposta, os franceses conseguiram encontrar nas bolas convertidas do perímetro consecutivas, uma forma de reduzir a vantagem para quatro pontos, terminando os primeiros dez minutos com o placar de 20 a 14 para os donos da casa. No segundo quarto, o Efes impôs um jogo de ritmo acelerado, deixando o Monaco sem reação ou esperança de esboçar uma reação. Encontrando o desempenho confortável, os turcos ficaram à frente novamente por dois dígitos pela, basicamente, maioria dos minutos antes do intervalo. Sendo assim, ambas as equipes foram para o vestiário com o resultado parcial de 58 a 40 a favor do Efes. Buscando se recuperar no duelo após o descanso, o armador Paris Lee (18 pontos) chamou a responsabilidade, contribuindo para diminuir a vantagem para 11 pontos na metade do terceiro período. O foco do Monaco cada vez maior na defesa desestabilizou um pouco o Efes, conseguindo espetacularmente uma série de 12 a 0, colocando a diferença no placar na casa dos seis pontos. Porém, Shane Larkin apareceu no jogo e deu origem a uma série de contra-ataques, que desencadearam na série resposta do Efes de 9 a 0. Com um terceiro quarto muito agitado, as equipes entraram no período decisivo com o placar de 73 a 61 ainda para o Anadolu Efes. O quarto período foi semelhante ao terceiro em termos de padrão. O Monaco, que entrou no quarto mais rápido, reduziu a vantagem novamente para seis pontos. E de novo Larkin chamou a responsabilidade e marcou ou ajudou em pontos cruciais, mantendo a vantagem de sua equipe em dois dígitos até o fim da partida.
Zenit São Petersburgo (RUS) 74 x 70 Olimpia Milão (ITA)
Por Thiéres Rabelo
Em um dos duelos mais aguardados desta rodada, o embalado Zenit, que havia vencido as quatro partidas anteriores, recebeu a terceira colocada Olimpia Milão em São Petersburgo. Para os italianos, a partida valia para manter a igualdade com a dupla de líderes, enquanto para os russos o triunfo representaria uma possível entrada no “G4”. O jogo foi equilibrado do início ao fim, com diversas trocas de liderança e sem que nenhuma das equipes conseguisse criar uma grande vantagem. A Olimpia se valeu de seis pontos seguidos de Sergio “Chacho” Rodríguez nos minutos finais do primeiro tempo para ir para os vestiários com uma pequena vantagem (39 a 35). Já no terceiro período, foi a vez de Artūras Gudaitis e o Zenit tomarem a dianteira. Os donos da casa começaram o segundo tempo com um parcial de 13 a 3 e, de repente, lideravam por seis pontos. Mas a Olimpia batalhou e conseguiu empatar o jogo novamente, com o placar mostrando 60 a 60 na virada para o último período. Os italianos abriram o quarto derradeiro com um parcial de 6 a 2, colocando-se quatro pontos à frente e forçando um pedido de tempo do técnico do Zenit, Xavi Pascual. O que se viu na volta desse pedido de tempo foi uma defesa perfeita dos russos, que limitaram a Olimpia a apenas quatro pontos nos seis minutos e meio finais da partida. O Zenit conseguiu um parcial de 12 a 2 e, a um minuto do fim, liderava por seis pontos. A vantagem, apesar de pequena, acabou se tornando intransponível para a Olimpia devido à falta de tempo. O principal destaque individual da partida foi a atuação de Rodríguez, cestinha do jogo com 20 pontos,a lém de seis assistências, o que lhe deu 22 de PIR. Porém, ele teve pouca ajuda de seus companheiros, com o segundo melhor pontuador, Kyle Hines, tendo apenas 12 pontos. Por sua vez, o Zenit teve três atletas pontuando em duplos-dígitos, sendo o pivô Jordan Mickey o cestinha, com 17. Com esta vitória, sua quinta consecutiva, e a derrota do Maccabi na rodada, o Zenit alcança o quarto lugar, com campanha idêntica à da própria Olimpia (oito vitórias e três derrotas). O time italiano leva vantagem nos critérios de desempate e termina a rodada com o terceiro lugar. Na próxima rodada, as duas equipes têm duelos de lados opostos da tabela, ambos contra times gregos. O Zenit viaja até a Grécia para visitar o penúltimo colocado Panathinaikos, enquanto a Olimpia recebe em Milão a visita do Olympiacos, concorrente direto na briga por uma vaga no “G4”.
Žalgiris Kaunas (LIT) 86 x 75 Fenerbahçe (TUR)
Por Rafael Bittelbrunn
Em partida realizada nesta sexta-feira, o Žalgiris venceu a segunda consecutiva, novamente em casa, desta vez batendo o Fenerbahçe, que conheceu a terceira derrota seguida. Ainda sem contar com o novo contratado Regimantas Miniotas, a equipe lituana também estava desfalcada do alemão Niels Giffey, testado positivo para Covid, enquanto o time turco não contou com Dyshawn Pierre e Danilo Barthel. E o início de partida foi favorável ao time turco, que tinha um ataque fluindo melhor e uma defesa forte, dificultando as ações do time lituano, conseguindo abrir sete pontos de vantagem (11 a 18), comandado pelo armador Nando De Colo. A defesa do Žalgiris, que já vinha mostrando boa evolução nas últimas partidas, começou a ler melhor o ataque do Fener e, junto com a entrada da segunda unidade, equilibrou a partida. O time da casa dominava os rebotes, mas tentava mais de longa distância, sem muito sucesso, com as defesas dos dois times segurando bem os ataques e o primeiro quarto com placar baixo, favorável aos visitantes (16 a 18). Na segunda parcial, logo o Žalgiris conseguiu a virada (20 a 18), para não perder mais pelo resto da partida, com as equipes “trocando” cestas durante um momento. Então aparece Tai Webster, vindo do banco, que anotou sete pontos e incendiou o ginásio, junto com outro reserva, Edgaras Ulanovas, que começa a matar bolas importantes. Além disso, a defesa lituana era muito intensa, não deixando o Fener respirar e fazendo a equipe turca cometer cinco turnovers apenas neste quarto, com a diferença chegando aos 11 pontos. Sem De Colo em quadra, era visível a queda de rendimento do Fenerbahçe, e o Žalgiris tirou proveito destes momentos para controlar o jogo. Limitando a equipe turca a apenas 11 pontos no quarto, o Žalgiris vai para o intervalo com nove de vantagem, e a sensação de muito mais confiança dos jogadores e da torcida. No início do segundo tempo, a intensidade ofensiva do time lituano continua e, após duas bolas triplas de Jānis Strēlnieks, a vantagem chega aos 15 pontos, com a defesa do Fener sem achar soluções. O time da casa estava em sintonia, com Mantas Kalnietis distribuindo o jogo e matando bolas, além de jogadas plásticas para dar moral, como uma ponte aérea para Josh Nebo, que mantinham a vantagem nos duplos dígitos. Porém o time turco tem muita qualidade, e conseguiu cortar a desvantagem para apenas quatro pontos, com De Colo e Pierriá Henry puxando a equipe, e deixando tudo aberto para o final. Logo no início do último período, Henry acerta uma bola tripla e deixa a diferença em dois pontos, mas Ulanovas e Kalnietis respondem na mesma moeda, jogando um balde de água fria na reação turca. Mantendo a intensidade defensiva durante toda a partida e rodando bem o elenco, a equipe da casa começou a abrir maior vantagem a partir da metade final, chegando a colocar 18 pontos de frente, para delírio da torcida, que já comemorava a vitória. Partida gigante de Edgaras Ulanovas, com 18 pontos, cinco rebotes, duas assistências e dois roubos, com Zoran Dragić contribuindo com 13 pontos, e Mantas Kalnietis tendo 11 pontos e 11 assistências. Pelo Fener, novamente Nando De Colo foi o destaque, com 17 pontos, quatro rebotes e cinco assistências, para 26 de PIR, o maior da partida.
Olympiacos (GRE) 90 x 73 Maccabi Tel Aviv (ISR)
Por Gabriel Girardon
Graças a um primeiro quarto de gala, o Olympiacos bateu o Maccabi com facilidade. Os 10 minutos iniciais foram um passeio por parte da equipe da casa. Com pouco mais de um minuto, já tinha 7-0 no placar, obrigando pedido de tempo do adversário. Porém, o ritmo arrasador do time grego persistiu, convertendo todos os nove arremessos de quadra até praticamente metade do período, chegando a 21-6 no placar. Após errar o primeiro, converteu outra bola tripla, a quarta em cinco tentativas, chegando a 24-6. O jogo era de dois times completamente antagônicos nas ações. Enquanto o Olympiacos acertava quase tudo, com arremessos, assistências (10 contra 3) e roubos de bola (4 contra zero), o Maccabi falhava nos arremessos (0/6 de longa distância) e cometia erros que o rival não cometia – quatro turnovers contra nenhum. A parcial terminou em 35-8 para os donos da casa, vantagem suficiente para ser mantida durante todo o confronto. O Maccabi iniciou melhor o segundo quarto, conseguindo uma corrida de 10-1 (36-18). O ritmo não tão intenso e os naturais erros fizeram o ataque do Olympiacos ser menos eficiente, mas ainda capaz de manter larga distância no placar. Contando com a “perfeição” de Sasha Vezenkov, com 6/6 nos arremessos e 14 pontos, os gregos foram para o intervalo com vantagem de 25 pontos (51-26). O terceiro período teve script parecido com o do segundo. O Maccabi tentava diminuir o prejuízo, mas pecava demais na conclusão das jogadas. Ainda que conseguisse muitos rebotes ofensivos – teve 21 em toda a partida, contra nove –, não tirava proveito disso. Do outro lado, o Olympiacos seguiu mais lento que antes, cometendo mais falhas. Porém, a mão calibrada de Tyler Dorsey (quatro bolas triplas), ex-jogador do próprio rival israelense, seguiu deixando a equipe mandante acima dos 20 pontos de vantagem. O último quarto, com 71-45 no placar, foi quase protocolar, apenas para confirmar a vitória do time grego. O Maccabi até teve uma boa parcial, vencendo por 28-19, convertendo cinco bolas triplas, a mesma quantidade de todo restante da partida. No entanto, uma reviravolta já não era possível. Anotando 18 pontos vindo do banco, Kostas Sloukas foi o cestinha do triunfo do Olympiacos, por 90 a 73.
Baskonia (ESP) 74 x 80 CSKA Moscou (RUS)
Por Artur José Freitas
Neste confronto que apresenta um resultado final tão próximo, acredito que tenha havido muitas pessoas a desligar a televisão no final do primeiro período. O CSKA entrou a sufocar defensivamente e com o Voigtmann on fire, foram três triplos que o jogador dos russos marcou só nos primeiros 10 minutos, ajudando a contribuir para a vantagem de 8 a 23 do CSKA. O Baskonia conseguiu melhorar no segundo período e ao intervalo registava-se no placard 26 a 35. A equipa da capital russa no início do terceiro período conseguiu uma série de nove pontos sem resposta do Baskonia, resultando numa vantagem de 13 pontos a determinado ponto. No início do quarto período tinha-se um resultado de 41 a 51 e apesar da margem final ter sido apenas quatro o CSKA nunca deixou de estar em controlo e nunca teve a vitória em perigo. Steven Enoch ainda tentou evitar a derrota ao conseguir 14 pontos (sete em 11 de dois pontos), 10 ressaltos (quatro ofensivos), dois desarmes de lançamento/ tocos e um PIR de 19. Do CSKA, Johannes Voigtmann esteve muitos bem com os seus 16 pontos (três em quatro de triplo), três ressaltos, duas assistências e um PIR de 18. Will Clyburn merece também destaque com os seus 16 pontos (seis em 10 de dois pontos e quatro em quatro de lance livre), quatro ressaltos, três assistências e um PIR de 18.
ASVEL (FRA) 60 x 80 Barcelona (ESP)
Por Thiéres Rabelo
No jogo que fechou a rodada, o Barcelona foi até a região de Lyon, na França, visitar a sensação da Euroliga até aqui, o ASVEL. Apesar de ter feito apresentações memoráveis na temporada até aqui, o time da casa não teve forças para segurar o líder da competição, que conseguiu uma vitória bastante tranqüila, no final das contas. Logo de início os catalães demonstraram força: nos três minutos finais do primeiro período, a equipe espanhola conseguiu uma seqüência de 12 a 0 que lhe deu uma vantagem de dez pontos. Implacável, o Barça deu prosseguimento ao placar parcial que havia começado e estendeu sua vantagem para 15 pontos (24 a 9) já no primeiro minuto do segundo quarto. Mas o bom time francês não se sentiu abalado e mesmo tendo suas principais peças anuladas pela forte defesa barcelonista, eles conseguiram encostar, chegando a diminuir seu déficit para apenas três pontos antes do intervalo. Na volta para o segundo tempo, os “Culers” estavam focados e com quatro cestas de três consecutivas, duas de Nikola Mirotić e duas de Nicolás Laprovittola, a equipe do técnico Šarūnas Jasikevičius já abria 11 de vantagem novamente (45 a 34). O ASVEL correu atrás do prejuízo novamente, mas Laprovittola, novamente, tratou de dar um pouco de tranqüilidade ao time espanhol. Ele finalizou o terceiro quarto com duas cestas de três seguidas que colocaram os catalães à frente por 15 pontos na virada para o último quarto. Imparável, Laprovittola ainda marcou oito pontos seguidos no início do último quarto, ajudando o Barça a abrir 23 pontos de frente (72 a 49). A excelente equipe do Barça soube administrar bem sua vantagem pelo restante do quarto e nunca viu o ASVEL ameaçá-la novamente, caminhando até o fim para uma vitória tranqüila. Laprovittola foi o grande destaque da partida, terminando como o cestinha, com 25 pontos, sua maior pontuação em um jogo de Euroliga na carreira. Com ainda sete rebotes e duas assistências, ele teve 28 de PIR, sua segunda melhor marca na carreira. Mirotić contribuiu com 15 pontos, sendo que os dois foram os únicos jogadores do Barça a fazer mais do que dez pontos. Pelo ASVEL, a estrela do time, Élie Okobo, liderou o time, com 17 pontos, mas nenhum outro companheiro conseguiu passar dos nove pontos. O Barça, que vence a terceira seguida, mantém o primeiro lugar, o qual havia perdido momentaneamente por causa da vitória de quinta-feira do Real Madrid. Os dois gigantes espanhóis dividem a liderança neste momento (nove vitórias e duas derrotas). Após o ótimo início, o ASVEL sofre a terceira derrota seguida e cai mais uma posição, ocupando agora o oitavo lugar (seis vitórias e cinco derrotas). Na próxima rodada, o Barcelona volta para a Espanha, onde recebe a visita do lanterna, Žalgiris. Já o ASVEL fará o duelo francês contra o Monaco, fora de casa.