A 12ª rodada da temporada regular da Euroliga aconteceu nesta quinta e sexta-feira (25 e 26/11) e foi recheada de três grandes clássicos nacionais, na Espanha, Turquia e França. Assim como na última rodada, times envolvidos na briga pelas primeiras posições tropeçaram e o “G4” da competição voltou a ter modificações. Leia abaixo os resumos dos nove jogos da rodada.

LEIA TAMBÉM: Resumo da 11ª rodada da Euroliga

CSKA Moscou (RUS) 77 x 74 Bayern de Munique (ALE)

Por Vinícius Matosinhos
No jogo de abertura da 12ª rodada da Euroliga, O CSKA moscou, com grande dificuldade, derrotou em casa o Bayern de Munique, pelo placar final de 77 a 74. O destaque russo na jornada pelo triunfo foi o ala reserva Will Clyburn, que terminou com 17 pontos, uma assistência e quatro rebotes, somando um índice de rendimento em quadra (PIR) de 22. O período inicial apenas confirmou que o CSKA passaria por momentos muito difíceis ao longo de toda a partida, assim como nos últimos confronto. Os alemães se ajustaram rapidamente no ataque de forma coletiva, sendo liderados pelo armador Darrun Hilliard (28 pontos), que conseguiu reconhecer os erros que o clube anfitrião insistia em cometer em ambos os lados da quadra. Sendo assim, Hilliard marcou imediatamente 10 pontos, terminando o primeiro período com o Bayern à frente por 18 a 24. O armador americano não diminuiu o ritmo no quarto seguinte, mesmo após ter ido para o banco de reservas algumas vezes para descansar. A resposta do CSKA veio com o experiente armador, Alexey Shved, que marcou nove pontos nos últimos minutos antes do intervalo. No entanto, Augustine Rubit trouxe os visitantes de volta aos trilhos da partida e foram para o intervalo ainda na liderança por 32 a 41. Na volta do descanso, a vantagem do Bayern continuou crescendo e chegou a atingir 13 pontos. Foi a vez então do armador Daniel Hackett entrar em cena e mudar o foco do CSKA completamente. Primeiro, ele começou a insistir em jogadas muito agressivas dentro do garrafão, partindo pra cima da marcação até conseguir uma falta antidesportiva, convertendo os dois lances livres e marcando cesta e falta no lance seguinte. Essas duas ações seguidas fizeram a diferença cair para cinco pontos, dando o ânimo necessário para que o CSKA pudesse jogar com mais tranquilidade, além de voltar a insistir nas jogadas com Will Clyburn. No último minuto do terceiro período, Nikita Kurbanov converteu uma cesta de três pontos e fez o CSKA virar no placar, porém, o Bayern conseguiu responder, indo para os dez minutos finais vencendo por um ponto (56 a 57). Na estreia do período final, Hilliard novamente chamou a responsabilidade, além de distribuir boas assistências para seus companheiros. Mas Clyburn estava em um dia inspirado e marcou cestas cruciais do perímetro, fazendo o CSKA passar à frente de vez na partida. A pequena vantagem no placar não foi respondida pelo Bayern, sepultando a vitória do clube russo dentro de casa.

Fenerbahçe (TUR) 84 x 89 Anadolu Efes (TUR)

Por Gabriel Girardon
Com uma virada no último período, o Efes venceu seu rival fora de casa. Os visitantes começaram a partida falhando muito no ataque, sem converter nenhuma bola de fora. Em contrapartida, o Fener tirava proveito da eficiência nos chutes de longe. Dominando as ações em boa parte do período, os donos da casa converteram quatro bolas triplas, sendo duas com Pierriá Henry, e teve 12 pontos de frente (18-6). Depois disso, porém, os atuais campeões tiveram ótima sequência. Apostando em jogadas embaixo do aro, além de lances livres por conta do excesso de faltas do adversário, o Efes teve corrida de 11-0, cortando a diferença para um ponto (18-17). Após pedido de tempo, nos segundos finais do período, Rodrigue Beaubois acertou a primeira bola de três dos visitantes, virando o placar (20-18). O segundo quarto começou com Shane Larkin anotando cinco pontos para o Efes. Do outro lado, Achille Polonara converteu dois chutes de fora, recolocando o Fenerbahçe na frente (26-25). Após isso, os rivais se alternaram três vezes no placar até praticamente um minuto para o intervalo. Sempre em jogadas na área pintada – não houve mais bolas triplas no período –, as equipes mantiveram o equilíbrio no marcador. Anotando quatro pontos seguidos, Devin Booker colocou pequena vantagem para os donos da casa no fim da primeira metade do confronto – 41 a 36. Na retomada, o Fener foi mais dominante, nunca sendo ultrapassado no placar e abrindo boas vantagens. Com duas bolas de longa distância, Marial Shayok colocou dois dígitos de diferença (49-38). O Efes voltou a encostar com uma corrida de 8-0, e, em seguida, empatou com Krunoslav Simon, para três (51-51). No entanto, foi a vez de Marko Gudurić ter momento de protagonista, anotando sete pontos consecutivos e colocando outra vez os mandantes à frente. Dali até o fim do período a vantagem do Fenerbahçe foi aumentando, chegou a dígito duplo novamente, chegou a nove, mas terminou em 11 após dois pontos de Tarik Biberović (67-56). Precisando virar no último quarto, o Efes contou com o brilho de Larkin. Mas antes, o Fener seguia com boa vantagem, de nove (74-65), faltando menos de sete minutos no relógio. Em bola tripla, Shane Larkin cortou a diferença para seis e, logo depois, deu assistência para Vasilije Micić, também de longe, encurtar a distância para três pontos (74-71). Shayok, perfeito da linha do três (4-4), comandou a reação do Fenerbahçe para evitar a virada. Mas a noite era mesmo de Larkin. Com mais duas bolas de longe, deixou o placar em 82-81 para o Fenerbahçe. Após pedido de tempo, Nando De Colo anotou dois para o time mandante, mas Larkin, com sua sétima assistência, para Adrien Moerman, e convertendo dois pontos, chegando a 25, virou para 85-84 a favor do Efes. Até o fim, o ataque do Fener parou, e os atuais campeões marcaram mais quatro, decretando a vitória maiúscula fora de casa por 89 a 84.

Baskonia (ESP) 60 x 88 Real Madrid (ESP)

Por Rafael Bittelbrun
Em jogo disputado nesta quinta-feira, o Real Madrid não tomou conhecimento do Baskonia, ao bater o grande rival espanhol em Vitoria-Gasteiz, com tranquilidade. Foi o encontro de duas equipes em situações opostas na temporada, com o time da capital conseguindo sua quinta vitória seguida, enquanto os bascos chegam à sexta derrota nos últimos sete jogos. Os dois elencos já tinham se enfrentado na mesma arena pela Liga ACB, menos de um mês atrás, também com vitória do Real, por 18 pontos de diferença. A partida começou com certo equilíbrio, com o pivô Steven Enoch anotando os primeiros nove pontos do time da casa, conseguindo uma pequena vantagem de 9 a 5. Mas então o forte elenco do Real aperta a defesa, força turnovers do Baskonia e anota uma sequência de 10 a 0, passando pelo rival, sem olhar mais para trás. Tendo no francês Fabien Causeur o grande destaque no primeiro quarto (11 pontos), o time visitante se aproveitou dos erros adversários e abriu vantagem, dominando os rebotes e com roubos de bola. O time da casa decepcionava novamente, com Wade Baldwin e Jayson Granger muito mal, além de Rokas Giedraitis apagado. Levando 11 pontos de vantagem para o segundo quarto, o Real manteve uma defesa muito forte e iniciou um bombardeio dos três pontos, com Thomas Heurtel e Rudy Fernandez sendo implacáveis, colocando o time com 17 de frente. Aliás, o francês se desentendeu com Baldwin, que estava visivelmente decepcionado com sua fraca atuação, mais uma vez. Apenas o italiano Simone Fontecchio, vindo do banco, tem uma atuação ofensiva razoável, mas a bola tripla do Real, junto com o domínio de garrafão, não dão chances de reação ao time da casa, que leva uma desvantagem de 19 pontos para o intervalo. No segundo tempo, pouca coisa muda e o domínio do time visitante só aumenta, com Pablo Laso usando muito bem todo seu elenco, com a produção ofensiva sendo bem distribuída. O armador Lamar Peters consegue alguns roubos de bola, mas a equipe da casa ainda comete muitos erros e não consegue parar o ataque do Real, com a diferença ultrapassando os 20 pontos. Para piorar, com tudo dando certo para o time de Madri, o húngaro Ádám Hanga acerta uma bola tripla no estouro do cronômetro, colocando o time com 24 pontos de vantagem antes do quarto final. No último período, apesar das tentativas de Fontecchio, o jogo seguiu tranquilo para o Real Madrid, que não permitiu ao Baskonia nenhum tipo de reação. Com quase todos os jogadores pontuando, o destaque individual ficou com Thomas Heurtel, com 12 pontos e nove assistências, junto com Fabien Causeur, com 13 pontos, e Walter Tavares, com 12 pontos, seis rebotes e três tocos. No cambaleante Baskonia, Simone Fontecchio terminou com 14 pontos e sete rebotes, com Steven Enoch contribuindo com outros 14 pontos.

ALBA Berlim (ALE) 91 x 86 Maccabi Tel Aviv (ISR)

Por Luigi Vancini
Em Berlim, ALBA e Maccabi Tel Aviv se enfrentaram e o resultado foi surpreendente. Mesmo fazendo uma campanha ruim, o ALBA venceu por 91 a 86. O cestinha da equipe da casa foi Marcus Eriksson, que fez 19 pontos. Já o cestinha do Maccabi e consequentemente da partida foi Scottie Wilbekin, com 22 pontos. A partida começou equilibrada, com o ALBA começando na frente abrindo 8 a 4 com duas cestas de Maodo Lô e Oscar da Silva. O Maccabi respondeu e virou pra 13 a 10 (essa diferença de três pontos foi a maior que a equipe israelense conseguiu na partida!). O primeiro quarto acabou 21 a 17 para equipe alemã, que conseguiu virar muito pelas bolas de três pontos. Foram três no primeiro período. O segundo quarto começou e ali surgia um nome importante vindo do banco pra equipe da casa: O atleta de Chade Christ Koumadje. Ele contribuiu com oito pontos no período. Período esse que se manteve equilibrado até a metade. Na metade do quarto para o final, o ALBA Berlin abriu, tendo uma corrida de 13 a 4 e fechando o quarto  vencendo por 45 a 35. No segundo período, o Maccabi melhorou, muito por seu principal jogador, Wilbekin ter “colocado a bola de baixo do braço”. Fez 11 dos 23 pontos da equipe no terceiro quarto. Mas o que chamou a atenção mesmo nesse período foi a chuva de bolas de três do ALBA. Foram seis, ou seja, simplesmente 18 dos 20 pontos da equipe foram através de bolas de seis pontos. Aproveitamento espetacular! O último quarto foi o melhor em relação a número de pontos, mostrando que as duas defesas abaixaram um pouco de nível. Ali mostrou como um bom primeiro tempo (principalmente o segundo período) foi essencial para a vitória alemã. O “tiroteio” do quarto quarto foi 28 a 26 para o Maccabi, mas a partida terminou com vitória do ALBA. Na próxima rodada os alemães jogam mais uma vez em casa, recebendo a Olimpia Milão. O Maccabi tem parada duríssima, indo para Madrid enfrentar o Real.

Panathinaikos (GRE) 70 x 64 Zenit São Petersburgo (RUS)

Por Thiéres Rabelo
Um dos resultados mais surpreendentes da rodada aconteceu em Atenas, na quinta-feira. O Zenit, vindo de cinco vitórias seguidas e tendo entrado pela primeira vez no “G4” visitou o vice-lanterna da competição, Panathinaikos, que vinha de cinco derrotas seguidas (e oito nos últimos nove jogos). Mas, empurrado por seu torcedor e empolgado por causa da vitória sobre o arquirrival Olympiacos na rodada do último fim de semana do campeonato grego, os Verdes fizeram uma excelente partida e conseguiram encerrar a incômoda série de derrotas. Apesar do resultado final, o jogo começou com domínio total da equipe visitante, que abriu 12 a 0 nos primeiros quatro minutos de jogo. O Panathinaikos conseguiu fazer frente ao Zenit na metade final do primeiro quarto e conseguiu diminuir um pouco seu déficit antes da virada do quarto, que terminou 23 a 15 para o Zenit. Com pouco menos de cinco minutos jogados no segundo quarto, o Panathinaikos conseguiu empatar a partida (28 a 28), impulsionado por três cestas de três seguidas, de Daryl Macon, Nemanja Nedović e Leonídas Kaselákis. O Zenit respondeu imediatamente com um parcial de 10 a 0, sendo seis pontos de Mindaugas Kuzminskas, o que ajudou a equipe a terminar o primeiro tempo ainda na frente (38 a 33). Na volta para o terceiro quarto, o Panathinaikos contou com um show do pivô Giórgos Papagiánnis, que com dez pontos apenas no terceiro período, ajudou os donos da casa a tomar a liderança do Zenit pela primeira vez no jogo. Naquele mesmo terceiro quarto, os gregos inclusive conseguiram abrir nove pontos de vantagem, com uma apresentação defensiva muito boa. Essa liderança chegou aos dez pontos logo no início do último quarto (60 a 50), mas o Zenit tratou de voltar para o jogo e conseguiu uma ótima seqüência. Os russos conseguiram um parcial de 12 a 1 e, de repente, estavam à frente novamente, a dois minutos do fim. Os Verdes não se abalaram e na posse de bola seguinte à da virada do Zenit, Nedović acertou uma cesta de três decisiva que recolocou o Panathinaikos à frente. Os mandantes endureceram sua defesa novamente e conseguiram segurar sua pequena vantagem até o fim. Nedović e Papagiánnis foram os grandes destaques do Panathinaikos e da partida, ambos cestinhas com 18 pontos. Com ainda 13 rebotes e quatro tocos, o pivô acumulou 31 de PIR, a maior de sua carreira. Jordan Loyd liderou o Zenit com seus 15 pontos, com o americano Conner Frankamp contribuindo com 14 e Kuzminskas anotando 13. A vitória não muda em nada a situação do Panathinaikos na tabela, pois o time prossegue ocupando o penúltimo lugar na tábua de classificação (três vitórias e nove derrotas). Já para o Zenit, o resultado custou ao time sua vaga entre os quatro primeiros, pois com a vitória do Olympiacos sobre a Olimpia Milão, no dia seguinte, o time grego ultrapassou ambos, Zenit e Olimpia. Os russos ocupam agora o quinto lugar (oito vitórias e quatro derrotas). Na rodada que vem, o Panathinaikos enfrenta o CSKA, em Moscou, e o Zenit volta para casa, onde recebe o Estrela Vermelha.

Estrela Vermelha (SER) 78 x 98 UNICS Kazan (RUS)

Por Artur José Freitas
Este foi um jogo que reunia um Estrela Vermelha em dificuldades, com apenas quatro vitória em 11 jogos até à data do jogo, mas em frente à sua claque apaixonada e um UNICS que continua a puxar por um lugar nos playoffs. Infelizmente este foi um jogo com pouca história. Os russos que eram favoritos à partida mostraram o favoritismo e abriram logo com zero a oito, vantagem que se manteve quase sempre, chegando ao fim do primeiro período com uma diferença de dez a favor da equipa de Kazan. O ataque do Estrela Vermelha melhorou no segundo período, mas não foi o suficiente para terem o controlo do jogo e chegámos ao intervalo com a diferença nos oito pontos. No início da segunda parte o UNICS entrou para arrumar com o jogo e para nem se chatear mais com o resto da partida, atingiram uma vantagem de 25 pontos, mas fixou-se nos 19 no fim do período. O último período foi para “passar tempo” visto que chegámos ao fim com uma vitória do UNICS Kazan por duas dezenas. “Super Mario” Hezonja foi o maior responsável pelo atropelo ao registar 17 pontos (quatro em sete de triplo), cinco ressaltos, duas assistências, dois roubos de bola e um PIR de 25. Para o Estrela Vermelha, Austin Hollins contribuiu com 15 pontos (seis em seis de dois pontos), cinco ressaltos, duas assistências e um PIR de 15.

Monaco (FRA) 84 x 85 ASVEL (FRA)

Por Gabriel Girardon
Em partida decidida somente na última bola, o ASVEL derrotou o Monaco no Principado. O primeiro quarto foi de muito equilíbrio, ainda que os visitantes tenham começado dominando as ações. Enquanto o ataque monegasco demorava a engrenar, o ASVEL já tinha 15 pontos, contra seis, na metade do período. Após pedido de tempo, as coisas mudaram, com a parte ofensiva do time visitante zerada por alguns minutos, e os donos da casa virando o placar com uma corrida de 10-0 (16-15). Depois disso, as equipes se alternaram na liderança do placar cinco vezes, com o ASVEL vencendo a parcial por 22-21. No segundo quarto, as equipes seguiram muito equilibradas, com oito trocas de liderança em quase seis minutos jogados. Quando retomou a dianteira, o ASVEL até sofreu o empate em 35 pontos, em chute de fora de Dwayne Bacon, mas com uma ótima sequência de 11-2, com seis pontos de William Howard, abriu boa vantagem. Com mais uma cesta e falta de Élie Okobo, a diferença foi para nove pontos (46-37). Até a ida para o intervalo, o Monaco diminuiu pouco o prejuízo, ficando oito pontos atrás (48-40. Na volta à quadra, as equipes iniciaram trocando pontos, fazendo com que o ASVEL mantivesse sua vantagem. No entanto, na faixa dos seis minutos no relógio, com 57-48 contra, os donos na casa voltaram de vez para a partida. Com 11-2 em sequência, o Monaco empatou a partida em 59 pontos. Após os visitantes retomarem rapidamente a frente do marcador, Mike James anotou três seguidos, recolocando o time mandante em vantagem. Nas ações finais do período, Howard anotou um de dois lances livres, e a partida foi para o último período empatada em 62 a 62. Os 10 minutos finais foram dos mais disputados. O ASVEL começou melhor, abrindo cinco pontos após quatro minutos jogados (71-66). Porém, contando com cinco pontos de Paris Lee, o Monaco fez corrida de 9-0, virando o placar e colocando quatro pontos de frente (75-71). Os visitantes não desistiram, e William Howard, que já tinha 15 pontos, virou ainda mais protagonista. Com cinco pontos seguidos, recolocou o ASVEL na dianteira (76-75). Lee anotou outra bola de fora, e James Gist empatou dentro do garrafão (78-78). Em grande jogada, Mike James fez a cesta e sofreu a falta (81-78), mas o time de Lyon voltou à frente nos dois ataques seguintes (82-81). Em um final emocionante, James infiltrou, errou a bandeja, mas Will Thomas anotou dois pontos (83-82). Na jogada, o camisa 55 se machucou e precisou sair de quadra. A nove segundos do fim, Chris Jones perdeu a bola, e Paris Lee sofreu a falta, convertendo um de dois lances livres (84-82). Na jogada derradeira, o ASVEL perdeu tempo, e William Howard precisou chutar do meio da quadra. A bola caiu no estouro do cronômetro. Após revisão da arbitragem, a cesta foi validada, decretando a vitória dos visitantes por 85 a 84. Herói da partida, Howard teve um duplo-duplo de 23 pontos e 10 rebotes.

Olimpia Milão (ITA) 72 x 93 Olympiacos (GRE)

Por Thiéres Rabelo
Uma das partidas que tinha tudo para ser uma das mais equilibradas desta rodada acabou sendo uma verdadeira “lavada”. A então terceira colocada, Olimpia Milão, recebeu na Itália a visita do quinto colocado, Olympiacos. Após começos ótimos, os dois times apresentaram uma queda de rendimento em rodadas recentes, com a Olimpia vindo de duas derrotas seguidas e o Olympiacos tendo perdido duas das três anteriores. Ainda sem ter vencido fora de casa na Euroliga, o Olympiacos começou a partida melhor, impulsionado por Tyler Dorsey, que acertou quatro cestas de três no primeiro quarto e ajudou os gregos a criarem rapidamente uma vantagem de duplos-dígitos. Mas os italianos conseguiram uma seqüência forte na virada do primeiro para o segundo quarto, com um parcial de 15 a 3 que os levou ao empate da partida (33 a 33). Mas o Olympiacos respondeu com uma seqüência de 12 a 0, sendo seis pontos do pivô Hassan Martin e novamente estavam à frente por duplos-dígitos e seguiram para terminar o primeiro tempo com a boa vantagem de 60 a 45. Se no primeiro tempo os dois ataques foram os destaques, no segundo foi a vez das duas defesas entrarem mais ligadas no jogo. Isso veio bem a calhar para o Olympiacos, que havia construído uma vantagem confortável. O time grego conseguiu manter a Olimpia distante pelo menos dez pontos durante todo o terceiro quarto e iniciou o último período com os mesmos 15 pontos de frente. Anulando praticamente todas as peças ofensivas da Olimpia ao redor de Shavon Shields, o Olympiacos conseguiu manter de maneira tranqüila sua vantagem sempre bastante acima dos dez pontos e ainda chegou a liderar por mais de vinte pontos, caminhando para uma vitória incontestável. A Olimpia teve em Shields o cestinha da partida, com 26 pontos, mas nenhum outro companheiro dele fez mais do que 12 pontos. O Olympiacos se valeu de uma grande apresentação coletiva, que incluiu um aproveitamento espetacular da linha de três (54,5%). Três atletas do time grego passaram dos dez pontos, com Giannoúlis Larentzákis liderando a equipe, com 18. Este resultado causou um tríplice empate nas campanhas de Olympiacos, Olimpia e Zenit (todos com oito vitórias e quatro derrotas), mas com os gregos levando vantagem nos critérios desempate e ocupando o terceiro lugar. A Olimpia cai para o quarto lugar. Na próxima rodada, o Olympiacos tem um duro duelo contra o embalado UNICS Kazan, fora de casa, enquanto a Olimpia vai até a capital alemã visitar o ALBA Berlim.

Barcelona (ESP) 96 x 73 Žalgiris Kaunas (LIT)

Por Rafael Bittelbrunn
O Barcelona manteve a boa fase e venceu, sem dificuldades, a equipe lituana do Žalgiris Kaunas, na Espanha, chegando à quarta vitória seguida na competição europeia. O time lituano não conseguiu repetir as duas últimas atuações, quando venceu seus dois primeiros jogos, e foi sufocado pela grande defesa do time catalão. Mesmo sem contar com jogadores importantes (Brandon Davies, servindo a seleção de Uganda; Cory Higgins, lesão nas costas; e Nick Calathes, fratura na perna, fora por seis semanas), o time espanhol tem um elenco muito qualificado e um sistema de jogo bem definido pelo técnico Šarūnas Jasikevičius, com defesa muito forte e ataque com muita movimentação de bola. O Žalgiris até começou bem a partida, conseguindo trabalhar bem no ataque e abrindo 5 a 11, fazendo com que o técnico do Barcelona pedisse tempo. Mas a bola tripla começou a cair, a defesa apertou a saída de bola lituana, e logo o time da casa passou na frente. Com Nikola Mirotić sendo o cestinha da equipe e Rokas Jokubaitis, vindo do banco, assistindo os companheiros, o Barça terminou o primeiro quarto com sete de vantagem, e o Žalgiris já sentindo a forte defesa espanhola. No segundo quarto, o time da casa vai abrindo vantagem, com um aproveitamento de quadra muito alto e uma defesa muito forte, com o time lituano não conseguindo movimentar a bola e achar o melhor passe para o arremesso. Além de Jokubaitis, o pivô Pierre Oriola também vem muito bem do banco, dominando os rebotes e pontuando, enquanto Sergi Martínez era outro reserva que matava bolas importantes. Os visitantes tentavam ficar no jogo, com Tai Webster e Zoran Dragić sendo os destaques, mas a vantagem chega aos 17, com o time espanhol muito tranquilo. Tendo aproveitamentos incríveis de dois pontos (78%) e três pontos (67%), o time espanhol leva uma vantagem até pequena para o intervalo, de 14 pontos, apesar do domínio parecer ser muito maior. No segundo tempo, o Žalgiris até diminuiu a distância para 11 pontos, mas não passou disso, com a artilharia do Barcelona afiada, além do time lituano cometer muitas faltas rapidamente, numa tentativa de ser mais agressivo na defesa. Com Jokubaitis fazendo grande partida contra sua ex-equipe, a vantagem chega aos 19 pontos, deixando muita tranquilidade para o período final. No início do último período, o Barça parecia relaxar e deixa o Žalgiris cortar para 13 pontos novamente, mas então o time catalão anota uma parcial de 13 a 0 e abre 26 de frente, praticamente decretando o final da partida. O técnico Jasikevičius aproveita para promover a estreia de duas jovens promessas, ambas com 17 anos de idade: Rafa Villar e James Nnaji, com o primeiro anotando seus primeiros três pontos em um jogo de Euroliga. O pivô Pierre Oriola foi o grande destaque, com 13 pontos, nove rebotes, cinco assistências, um roubo e 25 de PIR (maior do jogo), com Rokas Jokubaitis tendo um de seus melhores jogos de Euroliga, com 15 pontos, dois rebotes, sete assistências e 20 de PIR. No time lituano, poucos destaques, com Tai Webster anotando 13 pontos e quatro assistências.

Classificação atualizada após a 12ª rodada

 

By Tabela de Ferro

O único site em língua portuguesa especializado em basquete europeu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *