Aconteceu nesta quinta e sexta-feira (09 e 10/12) a 14ª rodada da temporada regular da Euroliga, que vai se aproximando da conclusão do seu primeiro turno. O grande destaque da rodada foi “El Clásico“, entre Barcelona e Real Madrid, os dois primeiros colocados na tabela, com campanhas idênticas até então. Veja como foi este e os outros oito jogos da rodada.
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Zenit São Petersburgo (RUS) 80 x 86 Fenerbahçe (TUR)
Por Gabriel Girardon
Jogando fora de casa, o Fenerbahçe alcançou sua segunda vitória seguida na Euroliga, algo inédito na atual temporada. O primeiro quarto teve um pouco mais de domínio dos donos da casa, especialmente pelas bolas de fora. No entanto, o grande nome foi da equipe visitante. Com incríveis 15 dos 16 pontos do time na parcial, Jan Veselý já dava mostras de que poderia ter uma noite histórica. Após 18-16 a seu favor, o Zenit iniciou o segundo período abrindo distância, sendo eficiente nos chutes de longe. Até o intervalo, os russos sempre se mantiveram à frente, e os turcos encostando no placar. Por mais de uma vez o Zenit esteve na faixa dos oito pontos de vantagem. Próximo do último minuto, com o marcador em 41-33, o Fenerbahçe teve boa corrida de 7-0, cortando a prejuízo para um ponto (41-40). Com 22, Veselý já tinha uma de suas melhores atuações em pontos ainda na metade da partida. Na volta à quadra, quem iniciou tomando as iniciativas foi o Zenit, em bola tripla de Jordan Mickey. Porém, Pierria Henry conduziu o Fener à virada, anotando cinco pontos e dando duas assistências para Devin Booker também anotar cinco – 50 a 47 no placar. O equilíbrio se manteve, com o time mandante apostando em bolas de três, com quatro jogadores diferentes convertendo ao menos um arremesso. Já os visitantes tinham a dupla Nando De Colo e Jan Veselý, combinando para 10 pontos até o fim da parcial. As equipes foram para o último quarto com um ponto de diferença – 62 a 61 para o Zenit. Para conseguir a virada, o Fenerbahçe teve De Colo como grande figura. Primeiro, com um toco seguido de falta sofrida para três lances livres, convertendo todos e empatando o jogo em 64 pontos. Mais tarde, duas assistências que deixaram a equipe turca em vantagem (73-72). O roteiro das ações ofensivas seguia o mesmo, com o Zenit chutando de longe, e o Fener em bolas de mais segurança, dentro da área pintada. Porém, ironicamente, após o 13º arremesso convertido de longe por parte do time russo, com Billy Baron, deixando 79-77 a favor dos visitantes, Dyshawn Pierre acertou também um chute de fora, apenas o quinto dos turcos na partida, mas importantíssimo para a vitória. A vantagem de cinco pontos a menos de dois minutos do fim não pôde ser revertida pelo Zenit. A última cesta, de Veselý, foi o 32º ponto do pivô o confronto, sendo sua maior marca na carreira. O triunfo por 86-80 volta a dar esperança para o Fenerbahçe de brigar pelos playoffs.
Estrela Vermelha (SER) 81 x 76 Olympiacos (GRE)
Por Vinícius Matosinhos
Na partida em que houve um fantástico duelo defensivo, o Estrela Vermelha jogou em casa e venceu o Olympiacos por 81 a 76, alcançando seu sexto triunfo da temporada, enquanto a equipe grega se mantém com nove. O melhor jogador da partida foi definitivamente o ala Nikola Kalinić. Ele passou 33 minutos em quadra e terminou o confronto com a melhor pontuação da sua carreira na Euroliga (25 pontos), além de distribuir seis assistências e pegar três rebotes. Os sérvios começaram a partida muito bem, apostando em jogadas rápidas em transição, mas sem perder o fôlego na defesa. Os visitantes mostraram também qualidade defensiva, terminando o primeiro período com o placar apertado de 19 a 15 a favor do Estrela. No quarto seguinte, quando as equipes fizeram substituições, veio à tona uma pequena superioridade do banco grego. Sendo assim, eles saíram na frente quando o intervalo chegou, com o resultado parcial de 36 a 38. Os donos da casa não caíram psicologicamente em nenhum momento, continuando a jogar em bom ritmo na volta do intervalo. Contudo, nos minutos finais do terceiro período, uma verdadeira gangorra no placar se instalou, mas de forma negativa, pois ambas as equipes cometeram muitos erros, entrando nos últimos 10 minutos com a vantagem sérvia de apenas três pontos (56 a 53). No último quarto, chegou o momento de Nikola Kalinić brilhar, liderando o clube da casa no momento crucial da partida, onde, além de pontuar, buscou servir seus companheiros, conseguindo construir uma vantagem de oito pontos quando o duelo entrou no minuto final. Essa vantagem ficou muito pesada para o Olympiacos, que até reagiu e diminuiu para cinco pontos com a ajuda do experiente armador Kostas Sloukas faltando 14 segundos, mas nada além disso, sepultando a vitória do Estrela perante seus milhares de torcedores na arena em Belgrado.
Bayern de Munique (ALE) 83 x 71 Anadolu Efes (TUR)
Por Vinícius Matosinhos
Na Alemanha, o Bayern de Munique entrou em quadra para receber o atual campeão Anadolu Efes e saiu vencedor, pelo placar final de 83 a 71. Três jogadores da equipe alemã foram essências no triunfo, uma vez que o trio formado por Deshaun Thomas, Vladimir Lučić e Augustine Rubit, terminou com a mesma pontuação de 18 pontos cada um. Na abertura da partida, que foi disputada sem público no Audi Dome, Corey Walden tomou a iniciativa e fez boas jogadas para sua equipe. O pivô do Efes Tibor Pleiss foi o responsável pela resposta no placar, deixando o duelo muito parelho nos primeiros dez minutos, terminando o período inicial com o placar de 27 a 23 a favor do Bayern. No quarto seguinte, foi a vez do Anadolu Efes ser proativo, liderados dessa vez por Shane Larkin, que se mostrou muito agressivo em infiltrações e buscou muito as cestas de três pontos. O time da casa, que não quis abrir mão da vantagem facilmente, focou na defesa até o intervalo e foi para o vestiário ainda superior no placar, por 44 a 38. Assim como no segundo período, o clube turco foi ao combate e conseguiu reduzir a diferença para dois pontos, indo para os últimos minutos com o resultado parcial de 66 a 64 a favor do Bayern. Porém, todo o ânimo e esforço demonstrando pela equipe visitante após o intervalo não se concretizou no último período. O Efes acabou anotando apenas sete pontos faltando cerca de dois minutos para o fim do jogo. Mesmo que a diferença tenha diminuído novamente por um tempo, a queda de rendimento foi muito sentida pelo Efes, o impedindo de ser criativo na parte ofensiva da quadra, assegurando a vitória do clube alemão.
Maccabi Tel Aviv (ISR) 74 x 85 UNICS Kazan
Por Gabriel Girardon
Com virada no último quarto, o UNICS bateu o Maccabi em Israel. O time russo teve melhor início, mostrando variações nas jogadas ofensivas e abrindo 14-7. Comandados por Scottie Wilbekin, os donos da casa foram encostando no placar. O armador foi responsável por 10 pontos no período inicial. Na última jogada, OJ Mayo converteu bola tripla e ainda sofreu a falta, colocando 26-24 a favor do UNICS. O segundo quarto foi de total equilíbrio, com as equipes cometendo muitas faltas, indo muitas vezes à linha de lances livres, e ficando empatadas em seis momentos distintos dentro do período. Autor de 10 pontos e quatro assistências até o intervalo, Lorenzo Brown se destacava pelo lado visitante. Foi dele a última cesta da parcial, levando a partida para a segunda metade igualada em 43 pontos no marcador. O terceiro quarto começou com Keenan Evans dando dois tocos em sequência, e o Maccabi abrindo ligeira vantagem, logo encerrada por quatro pontos de Lorenzo Brown. Nenhuma equipe teve mais do que três de frente durante a parcial, e os rivais estiveram empatados em mais oportunidades, inclusive entre os cestinhas, com 18 pontos para Wilbekin e Brown. Os israelenses foram para os 10 minutos finais vencendo por três (66-63), mas praticamente desapareceram de quadra. Sem pontuar por quase três minutos, o Maccabi viu o adversário marcar nove pontos, virar o placar e ainda abrir vantagem (72-66), incluindo uma linda ponte aérea de Brown com Mario Hezonja. Como em todo contexto do confronto, muitas faltas foram cometidas, e o UNICS mantinha sua distância. James Nunnaly, de longe, cortou a diferença para quatro pontos (76-72), mas pouco depois, Hezonja avançou da quadra e defesa e enterrou sem marcação, deixando os russos perto da vitória. Com apenas seis pontos marcados até os segundos finais – quando anotou mais dois, já com a partida definida –, a ineficiência do ataque do Maccabi acabou sendo crucial para o resultado final, de 85 a 74. Cestinha com 26 pontos, Lorenzo Brown ainda contribuiu com seis rebotes e seis assistências, sendo a grande figura do triunfo do UNICS, o quinto nos últimos seis jogos na Euroliga.
Baskonia (ESP) 91 x 66 ASVEL (FRA)
Por Rafael Bittelbrunn
Em partida realizada nesta quinta-feira, o Baskonia interrompeu uma série de três derrotas seguidas e venceu o ASVEL, que agora acumula cinco derrotas nas últimas seis partidas. O jogo teve duas metades bem distintas, sendo bem equilibrado no primeiro tempo, e com domínio do Baskonia no segundo. A equipe francesa vinha de derrota na terça-feira, pelo campeonato francês, contra o Monaco, e não contava com Dylan Osetkowski, Raymar Morgan e Antoine Diot, além de David Lighty, enquanto o time espanhol tinha o retorno de Matt Costello, muito importante dentro do garrafão. A partida iniciou com muito equilíbrio, com Jayson Granger armando o jogo para o Baskonia e achando Steven Enoch dentro do garrafão, enquanto Chris Jones pontuava pelo ASVEL. Apesar do baixo aproveitamento da bola tripla do time da casa, a equipe era dominante na área pintada, porém os visitantes ficavam na cola, especialmente com Jones (10 pontos no primeiro quarto). Na segunda parcial, o time francês até conseguiu abrir quatro pontos, mas logo os donos da casa encostaram, com Matt Costello vindo muito bem do banco. A partida continuava muito equilibrada, com os dois ataques funcionando bem, e o Baskonia abrindo cinco de vantagem, com boa contribuição de Wade Baldwin. O armador Jones tinha pouca ajuda e o jovem (17 anos) Victor Wembanyama, saindo como titular, tinha bom volume mas pouco aproveitamento nos arremessos. Após bola tripla de James Gist, o ASVEL encosta novamente e vai para o intervalo perdendo por apenas um ponto. Na segunda etapa, o jogo mudou totalmente. O time da casa continuava forte no ataque, especialmente no garrafão com Enoch e Costello, mas também tinha Simone Fontecchio muito afiado, com altíssimo aproveitamento. Por outro lado, o ataque do ASVEL parou de funcionar (apenas 11 pontos no período) e começou a cometer mais turnovers, vendo a diferença chegar aos 14 pontos e o Baskonia assumir o controle da partida. No período final, a dinâmica se manteve, com os visitantes mantendo um baixo aproveitamento nos arremessos, enquanto o Baskonia tinha vários jogadores contribuindo no ataque. Conseguindo limitar novamente o ASVEL a apenas 11 pontos no período, o time da casa foi deslanchando no placar, chegando aos 25 pontos de diferença no último lance da partida, conseguindo importante vitória dentro de casa. Com grande trabalho coletivo (cinco jogadores com mais de dez pontos), os destaques individuais do Baskonia ficaram com Simone Fontecchio, com 15 pontos (6 de 8 dos arremessos de quadra), Rokas Giedraitis, 15 pontos, e Wade Baldwin, com 13 pontos e seis assistências. Pelo ASVEL, boa atuação isolada de Chris Jones, com 17 pontos e 21 de PIR, a maior da partida.
Žalgiris Kaunas (LIT) 51 x 73 CSKA Moscou (RUS)
Por Thiéres Rabelo
Na abertura da porção de sexta-feira da rodada, Žalgiris e CSKA duelaram no caldeirão da Žalgirio arena, com cada equipe procurando manter vivo o bom momento em que se encontravam. No primeiro tempo de jogo, a partida foi equilibrada, sem que nenhuma das equipes conseguisse criar uma grande vantagem. Após um primeiro quarto que terminou com o CSKA à frente por somente um ponto, o time visitante conseguiu se desgarrar um pouco, abrindo nove pontos (29 a 20), mas o Žalgiris anotou oito pontos consecutivos e estava de volta à partida, cujo primeiro tempo terminou com o baixo placar de 30 a 28 para o CSKA. Porém, na volta do intervalo a defesa do CSKA foi implacável e limitou o ataque dos lituanos a somente 11 pontos no terceiro quarto, possibilitando ao time russo criar uma vantagem de duplos-dígitos. O déficit que o Žalgiris precisava apagar no início do último quarto era de 18 pontos, mas a defea russa continuou implacável e os donos da casa não conseguiram chegar sequer perto. O pivô sérvio Nikola Milutinov, que passou boa parte deste primeiro turno lesionado e voltou à ativa poucas rodadas atrás, fez sua primeira partida espetacular da temporada. O jogador registrou um duplo-duplo, com 19 pontos (15 apenas no segundo tempo) e 12 rebotes, alavancando o dominante segundo tempo do CSKA. Além dele, Alexey Shved foi o único outro jogador do time russo a pontuar em duplos-dígitos, terminando com 17 pontos. O Žalgiris teve o americano Josh Nebo como o único a superar os dez pontos, terminando o jogo com 11, além de sete rebotes e três tocos. O resultado mantém o CSKA encostado no “G4”, precisamente na quinta colocação, ainda com a mesma campanha que o quarto e o terceiro colocados (nove vitórias e cinco derrotas). Já são quatro vitórias consecutivas para o time russo e cinco nos últimos seis jogos. O Žalgiris permanece no último lugar da tabela (três vitórias e 11 derrotas), agora de maneira “isolada”, graças à vitória do penúltimo colocado, Panathinaikos. Na próxima rodada, o CSKA faz um grande duelo russo contra o UNICS, outro time embalado, que também venceu cinco das últimas seis, em Moscou. Já o Žalgiris retorna para Kaunas, onde recebe o Monaco.
Monaco (FRA) 65 x 71 Olimpia Milão (ITA)
Por Thiéres Rabelo
Mesmo jogando fora de casa, a Olimpia Milão finalmente conseguiu colocar um fim em sua série de quatro derrotas seguidas, ao derrotar o Monaco. O time francês, por sua vez, sofreu a sua quinta derrota seguida, a sexta nos últimos sete jogos. Logo no início do jogo, a Olimpia conseguiu duas boas seqüências positivas para construir uma sólida vantagem (26 a 14) ao fim do primeiro quarto. A vantagem chegou a ser de 16 pontos durante o segundo quarto, com os italianos sempre no controle da partida. A grande estrela do Monaco, o armador Mike James, era dúvida para este jogo e até que tentou entrar no sacrifício, mas ele não ficou mais do que três minutos em quadra durante o primeiro quarto e a Olimpia conseguiu ir para o intervalo ainda vencendo por duplos-dígitos (39 a 27). Na volta para o terceiro quarto, a história da partida permaneceu a mesma, com a Olimpia controlando completamente o jogo. No início do último quarto, Sergio Rodríguez abriu o período com oito pontos consecutivos, que elevaram a vantagem italiana para 21 pontos (65 a 44), o que faria muitas equipes do lado perdedor desse placar simplesmente jogarem a toalha. Mas o Monaco não se entregou: o time da casa respondeu a essa seqüência de Rodríguez com um parcial de 12 a 2, com Danilo Andjušić anotando seis destes pontos. A arrancada do “Roca Team” prosseguiu e a vantagem da Olimpia chegou a cair para apenas seis pontos, porém, não havia muito mais tempo hábil para concretizar a virada e a Olimpia terminou vencedora. A Olimpia não teve grandes destaques individuais, com o cestinha da equipe sendo Rodríguez, com apenas 13 pontos. “Chacho” ainda agarrou seis rebotes e deu quatro assistências. O armador americano Paris Lee, do Monaco, foi o cestinha da partida, anotando 19 pontos. Ele também distribuiu seis assistências e terminou a partida com 26 de PIR. Com a vitória, a Olimpia consegue ficar no “G4”, evitando que o CSKA roubasse sua vaga. O time italiano continua ocupando a quarta colocação (nove vitórias e cinco derrotas), em um tríplice empate com o terceiro colocado, Olympiacos, e o quinto, CSKA. Para o Monaco, a derrota faz a equipe perder mais uma posição, com o time agora ocupando o 14º lugar (cinco vitórias e nove derrotas). O time francês tem duas vitórias a menos que o atual oitavo colocado, mas também somente duas vitórias a mais que o último colocado. Na rodada que vem a Olimpia volta para Milão para receber o vice-lanterna Panathinaikos, enquanto o Monaco tem uma dura batalha contra o Žalgiris e sua fanática torcida em Kaunas.
Panathinaikos (GRE) 82 x 67 ALBA Berlim (ALE)
Por Thiéres Rabelo
Mesmo sem contar com algumas de suas principais peças, ausentes por lesão ou jogando no sacrifício, o Panathinaikos voltou a vencer em casa nesta temporada, ao bater o campeão alemão ALBA Berlim. Os gregos abriram a partida com um ótimo desempenho ofensivo no primeiro quarto, o qual venceram por 30 a 25. Porém, no segundo período foi o ALBA quem tomou as rédeas da partida. Comandados por Tamir Blatt e Jaleen Smith, os visitantes abriram o quarto com um parcial de 11 a 2 e rapidamente tomaram a frente no placar (36 a 32). A arrancada dos Albatrozes não ficou só nisso e a equipe chegou a abrir nove pontos de frente (43 a 34) nos minutos seguintes. Mas o Panathinaikos conseguiu reagir nos três minutos finais do segundo quarto e empatou a partida antes do intervalo (43 a 43). O Panathinaikos voltou mais ligado para o segundo tempo e pulou na frente novamente, mas sem conseguir abrir grande vantagem. Ao fim do terceiro quarto, os gregos haviam criado uma vantagem pequena, de cinco pontos. Chegando ao último quarto, a partida ainda estava completamente aberta e ficou ainda mais, quando o ALBA empatou o jogo (57 a 57), impulsionado pelo alemão-brasileiro Oscar da Silva. Mas Daryl Macon Jr. chamou para si a responsabilidade e impulsionou o Panathinaikos para um parcial de 10 a 0. Restavam ainda mais de cinco minutos, mas o time da casa soube administrar bem sua vantagem até o fim, contando com a noite inspirada de seus principais jogadores de perímetro. Macon foi o cestinha da partida, terminando com 20 pontos, e ainda acrescentando 11 assistências, para um duplo-duplo que lhe rendeu 24 de PIR. Outro jogador do Panathinaikos que teve um duplo-duplo foi o pivô Giórgos Papagiánnis, com 14 pontos e dez rebotes (também 24 de PIR). Leonídas Kaselákis e Howard Sant-Roos ainda contribuíram com 17 e 16 pontos, respectivamente. Pelo ALBA, o cestinha foi novamente Marcus Ericksson, com 18 pontos. Oscar da Silva veio logo atrás, com 13, e Smith teve 11. Mesmo vencendo o Panathinaikos não deixa a penúltima colocação na tabela (quatro vitórias e dez derrotas), mas os gregos agora deixam a última posição para o Žalgiris sozinho. Os Verdes ainda não venceram fora de casa na temporada, mas venceram quatro das seis partidas disputadas em Atenas até aqui. Já o ALBA perdeu a chance de chegar mais perto da zona de classificação e, ao invés disso, perde uma posição, ocupando agora o 15º lugar (cinco vitórias e nove derrotas), em um quádruplo empate. Na rodada que vem, os dois times terão adversários fortes pela frente: o Panathinaikos vai até a Itália visitar a Olimpia Milão, enquanto o ALBA vai até a capital espanhola visitar o Real Madrid.
Barcelona (ESP) 93 x 80 Real Madrid (ESP)
Por Thiéres Rabelo
A rodada foi concluída com “El Clásico”, entre a dupla de líderes da competição, Barcelona e Real Madrid, na Catalunha. Até esta partida, os dois times dividiam a liderança de maneira isolada e uma vitória representaria a vantagem nos critérios desempate, caso sejam necessários futuramente. Os “culers” se impuseram desde o início e venceram de maneira sólida, com uma partida espetacular do melhor jogador da temporada até aqui, o ala-pivô Nikola Mirotić. Jogando contra o clube que o formou, o montenegrino se destacou logo no início, anotando nove dos primeiros 14 pontos dos blaugrana. A partida foi muito equilibrada no primeiro quarto, com o Barça terminando à frente por 24 a 19 (com 13 pontos de Mirotić). Impulsionado por Brandon Davies, o Barcelona logo conseguiu ampliar sua vantagem para duplos-dígitos no início do segundo quarto e a manteve nessa faixa durante vários minutos. Mas, antes do intervalo, o Real conseguiu reagir e Rudy Fernández e Sergio Llull ajudaram a reduzir o déficit dos merengues para apenas seis pontos com duas cestas de três seguidas. A partida chegou ao intervalo com os donos da casa à frente por nove pontos (51 a 42). A “Lei do Ex” se fez presente com muita evidência no terceiro quarto. Primeiro, com o armador argentino Nicolás Laprovittola, hoje no Barça, ajudando sua equipe a trazer a diferença de volta para 13 pontos logo nos primeiros minutos do quarto. Do outro lado, o francês Thomas Heurtel ajudou o Real a se recuperar e igualar o placar do quarto, trazendo a diferença de volta para os mesmos nove pontos. O Real continuou sua implacável perseguição durante o último quarto, com o Barcelona tendo sucesso em manter a diferença sempre perto dos dez pontos. Mas, já dentro da metade final do período, o Real conseguiu um parcial de 9 a 4 que trouxe a diferença para apenas oito pontos. Mas brilhou ali a estrela de Mirotić, que com uma cesta de três decisiva, a 59 segundos do fim, praticamente selou a vitória do Barça, jogando um balde de água fria na reação do Real. Mirotić teve a melhor partida de sua carreira, com 31 pontos e dez rebotes. A pontuação iguala a melhor marca de sua carreira, datada de 2013, quando ainda defendia o Real. E somadas todas as suas estatísticas da noite, ele terminou com incríveis 39 de PIR, a melhor marca de sua carreira e a segunda melhor da história do Barça, atrás apenas dos 40 que Ante Tomić teve em 2014. Esta também foi a primeira atuação de pelo menos 30 pontos por parte de um jogador do Barça desde que Juan Carlos Navarro anotou também 31 em 2006. Apesar de todos os holofotes estarem em Mirotić, o Barcelona também contou com atuações sólidas de Davies e Laprovittola, ambos com 16 pontos. O Real teve cinco jogadores com pelo menos dez pontos, mas a pontuação máxima não passou dos 11 (Heurtel e Fabien Causeur). O resultado, que representou a sexta vitória consecutiva para o Barça, isola a equipe catalã na liderança da competição (12 vitórias e duas derrotas). O Real, apesar da derrota, não perde o segundo lugar e ainda mantém uma distância confortável para o terceiro colocado, com duas vitórias e mais (11 vitórias e três derrotas). O Barça tentará manter sua seqüência de vitórias viva na próxima rodada visitando o Estrela Vermelha em Belgrado, diante de sua fanática torcida. O Real volta para casa para receber o campeão alemão, ALBA Berlim, em Madri.