Foi disputada nesta terça e quarta-feira (14 e 15/12) a 15ª rodada da temporada regular da Euroliga, a primeira da rodada dupla que acontece nesta semana. Enquanto os quatro times do “G4” venceram e se mantiveram em suas colocações do início da rodada, a disputa pelas quatro vagas restantes da zona de classificação segue acirrada. Sem descanso, a 16ª rodada acontece nesta quinta e sexta-feira (15 e 16/12).
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Anadolu Efes (TUR) 87 x 72 Baskonia (ESP)
Por Vinícius Matosinhos
Na batalha da segunda parte da tabela de classificação, o Anadolu Efes recebeu em casa a equipe espanhola do Baskonia e saiu vencedor por 87 a 72, dando mais impulso a equipe turca na corrida pela parte de cima da classificação. O melhor jogador da partida foi o atual MVP da liga, Vasilije Micić, que mesmo começando no banco, terminou o confronto com 24 pontos, quatro assistências e quatro rebotes, somando 31 de eficiência. O Efes iniciou o duelo não conseguindo se organizar no ataque, cometendo alguns erros que resultavam em contra-ataques positivos para o Baskonia, fazendo com que quando o cronômetro se encontrava em sete minutos disputados, a vantagem no placar já estava em seis pontos de diferença (10 a 16). Os turcos permaneceram no jogo graças a Tibor Pleiss, que impediu alguns ataques do adversário, não deixando o placar se distanciar. Porém, a estabilidade do Baskonia nos chutes de três pontos os levou para o segundo período vencendo por 13 a 21. No segundo quarto as coisas melhoraram para o Efes, principalmente com a entrada de Micić, que conseguiu estudar bem a equipe espanhola enquanto estava no banco e colocou sua equipe na partida novamente ao anotar 13 pontos no período. Aos poucos, o Anadolu Efes foi encontrando cada vez mais espaço e marcou 30 pontos, suficiente para virar a partida e ir para o intervalo vencendo por 43 a 42. Com o início do terceiro quarto, a equipe visitante começou a estabelecer uma pressão do perímetro, mas logo o clube da casa conseguiu amenizar essas ações, deixando a partida parelha novamente, indo para o último período com o placar de 66 a 62. Nos últimos dez minutos, chegou a vez de Vasilije Micić e Pleiss voltarem a liderar no ataque. O Baskonia não aguentou o ritmo implementado pelo Efes nos três primeiros minutos do período decisivo e a diferença subiu para os dois dígitos. Então, como era de se esperar, a equipe visitante não conseguiu acompanhar este ritmo e o Anadolu Efes só precisou administrar a vantagem para vencer mais uma dentro de casa.
Fenerbahçe (TUR) 90 x 79 Maccabi Tel Aviv (ISR)
Por Gabriel Girardon
Em Istambul, o Fenerbahçe emplacou a terceira vitória seguida na Euroliga ao derrotar o Maccabi. O início do jogo foi de domínio israelense, com três bolas triplas, e vantagem de 13-7. No entanto, os turcos entraram de vez no jogo, com destaque para os pivôs Devin Booker e Achille Polonara. O Fener chegou a ter oito pontos de frente, mas Scottie Wilbekin anotou sua segunda bola de fora no estouro do cronômetro – 23-18 na parcial. O segundo quarto seguiu um mesmo roteiro, com o Fenerbahçe na frente, tentando abrir distância, mas o Maccabi correndo atrás. No começo, os donos da casa apostavam em jogadas na área pintada, chegando a ter nove de vantagem (30-21), enquanto o time de Israel arriscava mais em chutes de longe, conseguindo encurtar para dois (32-30). Booker seguia como um dos destaques, quase sempre com enterradas em pontes aéreas. No fim, a partida foi para o intervalo com cinco pontos de diferença a favor do Fener (42-37). O terceiro quarto foi arrasador por parte dos turcos. Com a mão calibrada, em três chutes longos, a vantagem do Fenerbahçe chegou aos dois dígitos ainda na metade do período (53-43). Pouco depois, Pierriá Henry converteu sua segunda bola tripla, e na sequência, com cesta e falta, aumentou ainda mais a distância para o Maccabi, que cometia diversas falhas nos arremessos e muitos turnovers. Já no minuto final, Marko Gudurić e Polonara acertaram uma bola de três cada, colocando em 21 pontos a vantagem do time da casa (70-49). Em dois lances livres de Angelo Caloiaro, os visitantes foram para o último quarto com 19 atrás. Precisando de uma grande remontada, o Maccabi tentou ir para cima logo no início do período final. James Nunnaly marcou os seis primeiros pontos da equipe, e após bola de longe de Derrick Williams, o ala anotou mais quatro, em cesta de fora e falta. Com uma incrível sequência de 13-2 em pouco mais de dois minutos, os israelenses diminuíram a distância para oito (72-64). Após dois de Nando De Colo, o Maccabi voltou a ser eficiente no ataque, marcando quatro pontos e deixando em apenas seis de diferença (74-68). O jogo ficou tenso, sem nenhuma cesta de quadra durante alguns minutos. Em lances livres, o Fener conseguia administrar sua vantagem. Com 79-71, Wilbekin converteu arremesso de longe, deixando cinco de desvantagem, a menor em muito tempo de jogo. A menos de dois minutos do fim, De Colo e Booker assumiram o protagonismo e, com uma cesta cada, colocaram quatro a mais no marcador (83-74), encaminhando a vitória turca. Com mais duas bolas debaixo do aro, Devin Booker chegou a 22 pontos, cestinha da partida. A última bola do jogo foi de Nando De Colo, chegando a 21, decretando o triunfo do Fenerbahçe por 90 a 79.
Estrela Vermelha (SER) 69 x 76 Barcelona (ESP)
Por Vinícius Matosinhos
Em Belgrado, perante milhares de torcedores, o Estrela Vermelha recebeu o líder Barcelona e acabou sendo derrotado pelo placar de 76 a 69. O destaque do triunfo como visitante foi o ala reserva Nigel Hayes-Davis, que terminou o confronto somando 14 pontos, oito rebotes, três assistências e 23 de eficiência. O Estrela Vermelha começou a partida muito nervoso, e os convidados aproveitaram para marcar cinco pontos nos primeiros três minutos. A série foi interrompida por Ognjen Kuzmić, mas o Barcelona continuou com um ritmo insano, aumentando a vantagem para 11 pontos na metade do primeiro período. Contudo, o ânimo dos sérvios começou a aflorar graças as ações de Luka Mitrović, que marcou sete pontos no primeiro quarto em um total de 13 pontos marcados pelo Estrela. Ainda assim, o Barcelona terminou o primeiro período liderando por 13 a 20. A entrada do clube da casa no segundo quarto foi muito superior. A estabilidade em ambos lados da quadra se deu com a entrada do pivô Maik Zirbes. O pivô foi o líder na parte defensiva, fazendo seu time apostar no contra-ataque, demorando quatro minutos para empatar a partida com uma série de 7 a 0. O Barça finalmente conseguiu marcar pontos, mas com uma cesta de três pontos do armador Nate Walters, o Estrela assumiu a liderança pela primeira vez faltando cinco minutos para o intervalo. No entanto, a equipe espanhola acordou e virou a série novamente. Os sérvios não desistiram e não deixaram a vantagem do Barcelona sair de controle novamente, indo para o descanso com os visitantes à frente por apenas três pontos de diferença (31 a 34). Assim como no início da partida, o Barcelona começou o terceiro quarto muito melhor, embalando novamente no placar. Nikola Kalinić esteve ausente na primeira etapa, mas começou a melhorar na volta do intervalo. O ala somou oito pontos no período e reduzindo a vantagem do Barcelona para 41 a 45. No entanto, os convidados reagiram com duas cestas de três pontos seguidas e separaram-se imediatamente. E então, no final do trimestre, o Barcelona alcançou pela primeira vez uma vantagem de dois dígitos, dando indícios de que finalmente dominariam por completo a partida, indo para o último período com o placar de 49 a 61. Contudo, o Estrela Vermelha não desistiu, e a torcida percebeu isso, apoiando sem parar. Novamente, a arma dos sérvios foi a dura defesa, conseguindo voltar a encostar no placar. Faltando dois minutos para o fim do duelo, Stefan Marković trouxe a esperança do Estrela de volta com uma grande cesta do perímetro (68 a 71). Em seguida, uma boa defesa de Austin Hollins deu a chance de empatar a partida, mas não conseguiu aproveitar a crucial oportunidade. E no ataque seguinte, Nikola Mirotić conseguiu uma cesta embaixo da cesta, garantindo a enorme vitória do Barcelona fora de casa e isolando-se na liderança da competição.
Olimpia Milão (ITA) 75 x 54 Panathinaikos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
Com um segundo arrasador, a Olimpia conseguiu sua segunda vitória consecutiva e se consolidou ainda mais no “G4”. Ainda sem vencer fora de casa, o Panathinaikos até que deu pressão aos italianos durante o primeiro tempo, chegando, inclusive, a vencer o primeiro quarto por 19 a 15. As duas defesas estavam muito bem postadas durante todo o primeiro tempo e a partida esteve empatada durante quase todo o segundo quarto. Nos lances livres, a Olimpia conseguiu uma pequena vantagem no minuto final do primeiro tempo e foi para os vestiários vencendo por 33 a 29. Na volta para o segundo tempo, a Olimpia voltou defendendo ainda mais forte e sufocou os gregos. Os donos da casa abriram o terceiro quarto com um parcial de 12 a 0 e na metade do período já venciam por 16 pontos (45 a 29). Sem pontuar nos primeiros cinco minutos do quarto, o Panathinaikos deu sinais de vida quando respondeu com uma seqüência de 8 a 0, que trouxe a diferença para oito pontos, mas a Olimpia retomou as rédeas da partida e voltou a elevar sua vantagem para os duplos-dígitos pelo restante do período. No último quarto, bastou ao time italiano manter sua defesa forte, que limitou os gregos a apenas 12 pontos, para administrar a vantagem até o fim. Perto do minuto final, a vantagem já superava os vinte pontos, no que se tornou uma vitória sem maiores problemas para os mandantes. O ala-armador Devon Hall foi novamente o homem do jogo para a Olimpia, cestinha com 19 pontos. Kyle Hines anotou 14 pontos e o armador Sergio Rodríguez se destacou pelas nove assistências. O Panathinaikos teve somente um jogador a pontuar em duplos-dígitos, com Daryl Macon Jr. anotando 14 pontos. Nenhum de seus companheiros anotaram mais do que sete. O pivô Giórgos Papagiánnis, líder de rebotes da Euroliga, liderou o fundamento nesta partida, agarrando sete deles. A Olimpia chega à segunda vitória seguida, logo após ter sofrido quatro derrotas seguidas, e se mantém no quarto lugar (dez vitórias e cinco derrotas), com a mesma campanha do terceiro colocado e sem dividir campanha com o quinto colocado, como vinha acontecendo nas duas últimas rodadas. O Panathinaikos permanece no penúltimo lugar (quatro vitórias e 11 derrotas). Os dois times voltam a quadra nesta quinta-feira, com a Olimpia permanecendo em casa para receber o vice-líder Real Madrid, enquanto o Panathinaikos volta para Atenas, onde recebe o líder Barcelona.
Real Madrid (ESP) 87 x 64 ALBA Berlim (ALE)
Por Rafael Bittelbrunn
Nesta terça-feira, o Real Madrid manteve sua invencibilidade em casa na Euroliga, ao derrotar sem muitas dificuldades o ALBA Berlim, mantendo a segunda posição na tabela de classificação. Com as ausências de última hora do técnico Pablo Laso e do armador Thomas Heurtel, testados positivos para Covid, a equipe espanhola também não contou com Guerschon Yabusele, com uma lesão no pé, além das conhecidas ausências de Alberto Abalde, Carlos Alocén e Trey Thompkins. A boa notícia foi o retorno de Anthony Randolph, quase um ano após a lesão sofrida em jogo da Euroliga, contra o Olympiacos, após sua estreia na temporada em dois jogos da ACB. No time alemão, as ausências eram de Luke Sikma e Christ Koumadje, mas que inicialmente não foram sentidas. O jogo começou feio, com Randolph tentando arremessos pelo Real, sem sucesso, e com o ALBA cometendo turnovers, e o placar seguindo baixo. O pivô Walter Tavares dominava o garrafão pelo time espanhol, mas o time visitante apertava a marcação e dificultava o passe, fazendo com que o Real também cometesse erros. Apesar do péssimo aproveitamento de dois pontos do ALBA (14%!!), a equipe terminou o primeiro quarto perdendo por apenas três pontos. No segundo quarto, logo a segunda unidade do Real começou a fazer a diferença, com Rudy Fernández e Sergio Llull matando bolas triplas importantes, além do domínio de garrafão de Tavares. A defesa espanhola apertou bastante e os visitantes continuavam com baixo aproveitamento, vendo a diferença chegar aos 12 pontos, após corrida de 9 a 0 do time da casa. O time “blanco” assume o controle da partida e vai abrindo vantagem, chegando aos 18 pontos antes do intervalo, após um quarto arrasador (24 a 10). Na volta do intervalo, uma bola tripla de Randolph colocou o time da casa com 20 pontos de frente, dando uma certa tranquilidade ao time espanhol. O time alemão não desiste, e aperta mais a defesa, incluindo a saída de bola do Real, conseguindo alguns roubos e diminuindo a desvantagem para 14 pontos, ao final do terceiro quarto, apesar dos 11 pontos de Randolph. No período final, o ALBA continuou forte na defesa, com o Real tendo muitas dificuldades para pontuar, além do time alemão apostar nas bolas triplas, conseguindo ficar 11 pontos atrás. Mas ficou por aí mesmo. O time do Real continuava eficiente, com Fernández anotando bolas importantes e deixando a vantagem nos dois dígitos. Por fim, a maior qualidade do time espanhol foi suficiente para uma vitória tranquila dentro de casa. Destaque individual para Walter Tavares, com 17 pontos, sete rebotes e 25 de PIR, com Rudy Fernández contribuindo com 14 pontos e Anthony Randolph com 13. No lado alemão, sem muitos destaques, boa partida de Johannes Thiemann, com 11 pontos, três rebotes, três assistências e dois roubos.
CSKA Moscou (RUS) 67 x 88 UNICS Kazan (RUS)
Por Gabriel Girardon
O clássico russo disputado em Moscou teve vitória fácil do UNICS. A partida teve equilíbrio na maior parte do primeiro quarto. De um lado, o CSKA contava com grande atuação de Tornike Shengelia, autor de 11 dos primeiros 14 pontos da equipe – 100% nos arremessos. Por parte do time de Kazan, a pontuação era bem dividida entre os jogadores, e com mais chutes de longa distância. No total, as duas equipes alternaram seis vezes a liderança do placar na parcial. Quando assumiu a dianteira, o time visitante contou com boa participação de Andrey Vorontsevich, anotando oito pontos e ajudando a deixar 27-21 no marcador. No segundo período, o ritmo diminuiu, especialmente pelos mandantes. O CSKA demorou quase quatro minutos para pontuar pela primeira vez, enquanto o UNICS marcou em duas bolas triplas de OJ Mayo, abrindo distância (33-21). Quando finalmente conseguiu marcar, os donos da casa anotaram cinco pontos, mas praticamente pararam por aí. Mais três minutos se passaram, e apenas mais uma cesta foi convertida, por Iffe Lundberg. Enquanto isso, os visitantes iam massacrando a defesa adversária, apostando mais em jogadas de segurança dentro da área pintada. Com destaque para o coletivo, com quatro jogadores anotando oito pontos cada, o UNICS venceu a parcial por 19-12, indo para o intervalo com 18 de vantagem (46-28). Na retomada da partida, o time de Kazan seguiu dominando as ações. Na metade do período, a diferença chegou a 26 pontos (63-37), e logo em seguida a 29 (67-38), a maior em todo confronto. Autor de sete pontos, Isaiah Canaan era o destaque daquele momento. Acordando um pouco para o jogo, o CSKA teve boa corrida de 10-0, com duas bolas triplas, de Alexey Shved e Will Clyburn, diminuindo um pouco a larga desvantagem (67-48). Porém, com mais uma cesta de longe de OJ Mayo, e dois pontos de Tonye Jekiri, o UNICS foi para os 10 minutos finais com 21 de frente (72-51). Com a partida praticamente definida, o último quarto foi em ritmo lento na maioria do tempo. Até o minuto final, as equipes empatavam a parcial em 11-11. Com mais cinco pontos para cada lado, a diferença de 21 se manteve, e a vitória dos visitantes foi decretada por 88 a 67. Com um duplo-duplo de 18 pontos e 10 rebotes, Mario Hezonja foi o principal nome da partida. Foi o sexto triunfo do UNICS nos últimos sete jogos, se colocando de vez entre os primeiros colocados na classificação da Euroliga.
Žalgiris Kaunas (LIT) 98 x 107 Monaco (FRA)
Por Luigi Vancini
Em Kaunas, na Lituânia, Žalgiris e Monaco fizeram o grande jogo da rodada. E na estreia de Sasa Obradovic, melhor para os visitantes. Na prorrogação, a equipe do principado venceu os lituanos e sua fanática torcida por 107 a 98. Mike James foi o destaque da partida com um duplo-duplo, 20 pontos e 14 rebotes que ajudaram a equipe visitante a vencer a partida. Pelo lado do Žalgiris, Jānis Strēlnieks foi o cestinha com 22 pontos. O primeiro quarto foi marcado pelo extremo equilíbrio, tanto que a maior vantagem foi dos monegascos de apenas 4 pontos. Os times foram trocando cestas até o estouro do cronômetro, quando ao final do período o placar marcava 22 a 21 para a equipe visitante. Já o segundo quarto, a equipe do Monaco começou melhor, fazendo 7 pontos seguidos para abrir 35 a 29. O Žalgiris respondeu principalmente nas cestas de 3 pontos de Artūras Milaknis, que veio do banco pegando fogo e sendo um excelente gatilho(com 6 de 8 em arremessos e 5 de 7 nas bolas de 3 pontos). O Monaco seguia fazendo seus pontos e a partida continuava equilibrada, com o final do primeiro tempo marcando 48 a 43 para o Monaco. O terceiro quarto foi o melhor da equipe da casa. Com bolas de 3 pontos de Strēlnieks e Edgaras Ulanovas, que não fez uma boa partida, a equipe lituana conseguiu abrir uma diferença razoável, tendo uma excelente defesa e limitando a equipe visitante a 13 pontos no terceiro quarto. O Žalgiris venceu o período por 27 a 13 e ali o placar marcava 70 a 61 para a festa da torcida da casa(vantagem essa que foi a maior do Žalgiris na partida). O problema foi que o Monaco voltou muito melhor no último quarto, tirando a vantagem da equipe da casa logo nos 3 primeiros minutos, com cestas de James, Alpha Diallo e Donatas Motiejūnas(que inclusive foi homenageado pelo Žalgiris antes da bola subir). Aliás, o conjunto foi muito importante para o Monaco conseguir fazer esse excelente quarto período. O time virou, conseguiu abrir 6 pontos mas deixou os lituanos empatarem. E uma partida equilibrada dessa só poderia ir pra prorrogação mesmo, com Ulanovas (que naquele momento tinha apenas 3(!!) pontos na partida) fazendo a cesta e encerrando a partida em 95 a 95. Prorrogação em Kaunas! E na prorrogação, foi um show de horrores para os lituanos. Em 5 minutos, a equipe só fez uma cesta, do melhor jogador do dia, Jānis Strēlnieks. E com um ataque tão ruim na prorrogação, não teria como vencer. Com James e Will Thomas sendo os nomes no OT, cada um com 4 pontos cada, o Monaco venceu a partida por 107 a 98 e chegou a 6 vitórias e 9 derrotas na temporada. O Žalgiris segue em último com 3 vitórias e 12 derrotas. Na próxima rodada a equipe lituana vai a Kazan enfrentar o UNICS. O Monaco recebe outra equipe russa, o Zenit.
Olympiacos (GRE) 83 x 60 Bayern de Munique (ALE)
Por Thiéres Rabelo
O Olympiacos se recuperou da derrota fora de casa na última rodada e manteve sua invencibilidade dentro de casa ao atropelar, sem piedade, o Bayern de Munique. Com uma defesa fortíssima e com o time alemão desfalcado de seu maior pontuador, o ala-armador Darrun Hilliard, o time grego trucidou o ataque visitante e pôde criar uma vantagem insuperável ainda no primeiro tempo. Os mandantes não permitiram que o Bayern pontuasse em toda a primeira metade do primeiro quarto, ao mesmo tempo que abriram 10 a 0. Sem criatividade, o time alemão teve somente dois jogadores pontuando no período, o que permitiu que o Olympiacos vencesse o primeiro quarto por tranqüilos 26 a 10. Mesmo sem acertar uma bola de três sequer durante o primeiro tempo, o time de Pireu não encontrou resistência para pontuar dentro do garrafão dos alemães (acertando 83% dos arremessos de dois pontos) e conseguiu fazer sua vantagem passar dos vinte pontos antes mesmo do intervalo. Ao fim dos dois primeiros quartos, os gregos venciam por 49 a 24. O golpe de misericórdia veio durante o terceiro quarto, quando o Olympiacos conseguiu um parcial de 11 a 0, que lhe deu a maior liderança da partida, de 34 pontos (65 a 31). A partida estava praticamente definida e coube aos mandantes apenas administrar a grande vantagem, jogando em ritmo de treino. Quatro jogadores do Olympiacos pontuaram em duplos-dígitos, com Sasha Vezenkov liderando a equipe com 16 pontos, além de nove rebotes, o que lhe rendeu 24 de PIR. Giannoúlis Larentzákis veio do banco para contribuir com 15 pontos em 21 minutos. Já pelo Bayern, o maior pontuador foi Augustine Rubit, com apenas dez pontos. Os gregos têm agora quatro vitórias nos últimos cinco jogos e seguem firmes na terceira colocação (dez vitórias e cinco derrotas), com a mesma campanha da terceira colocada, Olimpia Milão. O Bayern tem uma seqüência de duas vitórias seguidas interrompida e perde a chance de ouro de entrar na zona de classificação. A equipe bávara cai uma posição, ocupando agora o 10º lugar (sete vitórias e oito derrotas), porém com a mesma campanha do time que atualmente ocupa o oitavo lugar. Nesta sexta-feira, as duas equipes voltam a quadra: o Olympiacos permanece em Pireu para receber o ASVEL, enquanto o Bayern vai até Belgrado para um difícil duelo contra o Estrela Vermelha.
ASVEL (FRA) 61 x 71 Zenit São Petersburgo (RUS)
Por Thiéres Rabelo
ASVEL e Zenit duelaram na região de Lyon, na França, em um encontro de duas equipes pressionadas para vencer. Os donos, sensação da competição nas primeiras semanas, vinham de duas derrotas seguidas e cinco nas seis partidas anteriores, despencando para fora da zona de classificação. Já o Zenit, após conseguir cinco vitórias seguidas e encostar no “G4”, sofreu três derrotas consecutivas antes desta partida e também corria o risco de cair fora da zona de classificação, em caso de derrota. Com dois times de características defensivas muito fortes, a partida foi extremamente equilibrada durante o primeiro tempo. O Zenit conseguiu uma pequena vantagem no primeiro quarto, mas viu o ASVEL se recuperar e virar a partida durante o segundo. Antes do intervalo, o time russo conseguiu recobrar a ponta e foi para os vestiários vencendo por um ponto (33 a 32). Os visitantes voltaram melhor para o terceiro quarto e logo conseguiram criar uma boa vantagem, ao conseguirem um parcial de 11 a 2, que lhes deu uma vantagem de dez pontos (44 a 34). Antes do fim do quarto o ASVEL conseguiu encostar novamente e cortou para apenas seis a vantagem russa, chegando bastante vivos para o último período. O último quarto foi de pressão total por parte dos franceses, mas a defesa do Zenit estava implacável, especialmente no perímetro. Para se ter uma idéia, o ASVEL tentou 12 bolas de três na partida e acertou somente uma. A três minutos do fim, o Zenit conseguiu criar uma vantagem de dez pontos novamente e tornou difícil demais a missão dos mandantes de virar a partida. O ala-pivô Alex Poythress, do Zenit, foi o cestinha da partida, com 16 pontos. Ele teve boa ajuda dos compatriotas Jordan Loyd, com 15 pontos, sete rebotes e cinco assistências, e Billy Baron, com 14 pontos. O ASVEL teve sua principal estrela, Élie Okobo, anulada. O ala-armador conseguiu anotar somente nove pontos, com apenas 33,3% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Howard Williams, com 12 pontos, e Chris Jones, com 11, foram os maiores pontuadores do time. A vitória consolida o Zenit dentro da zona de classificação, permanecendo no sexto lugar (nove vitórias e seis derrotas), com a mesma campanha do quinto e do sétimo colocados. O ASVEL perdeu uma posição e ocupa agora o 11º lugar (sete vitórias e oito derrotas). Na rodada que vem, o Zenit enfrenta o Monaco fora de casa, enquanto o ASVEL viaja até Pireu, na Grécia, para visitar o Olympiacos.