A espera finalmente acabou! A maior competição de clubes do mundo FIBA começou! Foi disputada nesta quinta e sexta-feira (30/09 e 01/10) a 1ª rodada da temporada regular da Euroliga. A grande novidade desta temporada 2021-22 é o retorno das torcidas para os ginásios da competição, algo que não acontecia desde o início de março de 2020. Confira aqui o mais completo resumo de cada um dos nove jogos da rodada, bem como os melhores momentos e, ao fim do texto, a classificação atualizada da competição.
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Monaco 75 x 63 Panathinaikos
Por Thiéres Rabelo
O Monaco (FRA) começou a nova temporada da mesma forma que terminou a última: com uma defesa monstruosa. O estreante em Euroliga recebeu no Principado os gregos do Panathinaikos (GRE) e simplesmente sufocou o adversário durante os 40 minutos.
Contando com a estréia de sua grande contratação para a temporada, o armador americano Mike James, o time francês não deu nenhuma chance aos Verdes, que terminaram o primeiro tempo dez pontos atrás (38 a 28 para o Monaco), dando uma única assistência. Nem mesmo a volta do intervalo mudou a história do jogo, com o Monaco ampliando ainda mais sua vantagem. James, que retorna à Europa após um curto período na NBA, comandou a equipe para abrir 17 pontos de frente no terceiro quarto.
Na virada dos dois quartos finais, o Panathinaikos até que ensaiou uma reação, com um parcial de 7 a 0 que os recolocou no jogo durante o último quarto. Porém, outra vez o Monaco endureceu o jogo e seguiu para abrir sua maior vantagem no jogo, com 22 de frente, já na metade do último quarto. Bastou ao time da casa apenas administrar a vantagem e seguir para a vitória. Tudo o que os gregos conseguiram antes do fim foi um parcial de 10 a 0 que serviu apenas para diminuir o tamanho da derrota.
O ala-armador sérvio Danilo Andjušić saiu do banco para ser o cestinha do Monaco e da partida com seus 17 pontos, estando em quadra por apenas 14 minutos. Quatro de seus companheiros fizeram pelo menos dez pontos, incluindo James, que teve 11 pontos, seis rebotes e quatro assistências. Pelo Panathinaikos, Ioánnis Papapétrou foi o único a conseguir furar a barreira da defesa do Monaco, terminando o jogo com 16 pontos (12 no primeiro tempo).
Na próxima rodada da Euroliga, o “Roca Team” viajará até a Rússia, onde reedita a final da última EuroCup, enfrentando o UNICS, na cidade de Cazã, na sexta-feira. Já o Panathinaikos retorna para a Grécia onde receberá a visita do Fenerbahçe, na quinta-feira.
Maccabi Tel Aviv 69 x 68 Bayern de Munique
Por Artur José Freitas
No primeiro dia da jornada inaugural da edição 2021-22 da Euroliga, Maccabi Tel Aviv (ISR) e Bayern de Munique (ALE) presentearam-nos com um grande jogo em Israel.
A equipa que começou por cima foi o Maccabi, que com minutos no segundo período registou a maior vantagem do encontrou com 17 pontos (35 a 18). Mas a defesa dos alemães apareceu e conseguiram um parcial de 12 a 1, que colocou outra vez o jogo disputado. As duas equipas mantiveram o jogo renhido durante maior parte do tempo e mesmo com um parcial de 16 a 2 a favor do Bayern, a vantagem da equipa de Munique nunca foi muito grande, atingindo o seu máximo com 34 minutos de jogo, quando estava 63 a 54.
Nesses seis minutos finais, a estrela dos israelitas, Scottie Wilbekin, foi muito importante porque, com o jogo renhido, ele, a 29 segundos do fim, marcou os dois lances livres que fizeram com que a equipa da casa ganhasse a partida.
Wilbekin foi o homem do jogo ao igualar o seu máximo de carreira, com 28 pontos, dos quais 13 foram no último período, acrescentando ainda três assistências e três roubos de bola, para um PIR (Performance Index Rating) de 32 (máximo de carreira). DeShaun Thomas foi o que mais fez para evitar a derrota do Bayern, com os seus 15 pontos, sete ressaltos e PIR de 17.
Olimpia Milão 84 x 74 CSKA Moscou
Por Vinícius Matosinhos
No aniversário do técnico Ettore Messina, a Olimpia Milão (ITA) recebeu em casa o CSKA Moscou (RUS) e venceu por 84 a 74. Com um desempenho defensivo excepcional, o clube italiano estreou a temporada de forma contundente, mostrando que estará na briga pelos playoffs, pois o CSKA para muitos é o grande candidato a líder da temporada regular por ter mantido o elenco que chegou no último Final Four da Euroliga e por ter feito boas contratações na pré-temporada.
Sergio Rodriguez e Shavon Shields foram os cestinhas da Olimpia com 17 pontos cada. O confronto começou bem parelho, mas com o tempo o CSKA foi abusando das jogadas do perímetro, principalmente com o ala Nikita Kurbanov, algo que inicialmente a Olimpia não soube muito bem como parar, permitindo que a equipe visitante abrisse oito pontos de vantagem e terminasse o primeiro quarto vencendo por 29 a 21.
Auxiliado por Devon Hall, Jerian Grant soube aumentar a pressão defensiva, apostando em jogadas de roubo de bola e contra-ataque, mas mesmo assim o CSKA continuava a marcar cestas de três pontos. Porém, o esforço de Grant não foi em vão, uma vez que a Olimpia foi trabalhando ofensivamente de forma rápida e precisa, não perdendo o foco defensivamente, o que fez a vantagem do clube russo no placar diminuir bastante antes do intervalo, terminando o segundo quarto com o placar apertado de 45 a 44 a favor do CSKA.
Na volta do intervalo, a Olimpia se mostrou muito agressiva e foi respondendo cesta a cesta do adversário, esperando os pequenos erros. Com tanta insistência, essa pressão começou a dar certo e os italianos passaram à frente no placar, no entanto sem abrir uma larga vantagem. Com um terceiro período de um extraordinário nível físico, os anfitriões só deixam o clube russo marcar 14 pontos naquele quatro, finalizando o período com a liderança italiana por três pontos de diferença (62 a 59).
Na esperança de manter a diferença no placar, a Olimpia manteve a intensidade defensiva, fazendo com que por dois minutos ninguém marcasse. Esse jogo mais truncado foi perdurando até os minutos finais. A equipe de Moscou ainda tentou uma recuperação com Gabriel Lundberg e Daniel Hackett, mas era tarde demais.
Uma grande noite pros torcedores italianos presentes, uma grande vitória, a terceira consecutiva da Olimpia após onze derrotas consecutivas para o CSKA na história da competição. O próximo encontro do CSKA é contra o Anadolu Efes fora de casa na sexta-feira. No mesmo dia, a Olimpia Milano viaja até a Espanha para enfrentar o Baskonia.
Real Madrid 82 x 69 Anadolu Efes
Por Rafael Bittelbrunn
Num reencontro dos playoffs da temporada passada, o Real Madrid (ESP) recebeu o atual campeão da Euroliga, Anadolu Efes (TUR), e venceu com autoridade, por 82 a 69. Após três vitórias em três partidas na Liga ACB, mas sem convencer, o time espanhol estreia no torneio continental mostrando que é candidato ao título.
Com uma defesa sufocante desde o primeiro minuto, o Real não dava nenhum espaço para o Efes atacar (ou pensar), saindo rápido em transição para o ataque. Logo a equipe abriu 9 a 0 e o técnico Ergin Ataman foi obrigado a parar o jogo, além de colocar Shane Larkin e o jovem Filip Petrušev na partida. Após mais de três minutos jogados, finalmente Larkin consegue os primeiros pontos do time turco, mas a defesa não ajuda muito e o time da casa abre 16 a 5. A intensidade das duas equipes é muito diferente, com os espanhóis defendendo muito bem e obrigando o Efes a arremessos desequilibrados, normalmente em lances individuais. O francês Thomas Heurtel vem muito bem do banco e deixa dez pontos no quarto, com a equipe da casa tentando 23 arremessos contra apenas 12 dos turcos, que também não deram uma única assistência em todo o período. Além disso, os campeões foram dominados nos rebotes (11 a 5, sendo 4 a 0 nos ofensivos) e cometeram seis turnovers, terminando o primeiro quarto perdendo por implacáveis 32 a 15.
No segundo quarto, pouca coisa mudou, com a defesa do Efes batendo cabeça, assistindo Walter Tavares e Guerschon Yabusele dominarem os garrafões, além de um ótimo aproveitamento da bola tripla pelo Real, o que não vinha ocorrendo nas partidas da ACB. O atual MVP da competição, Vasilije Micić, não consegue jogar e é muito bem marcado, especialmente por Ádám Hanga, nova contratação do Real. Assim, com uma equipe a toda velocidade e a outra “perdida” em quadra, a diferença chega aos 20 pontos, com pouca resistência dos turcos.
No segundo tempo, pouca coisa mudou, com a defesa do Real muito forte, limitando o temido ataque do Efes a apenas 13 pontos no terceiro quarto. A fórmula “defesa forte + transição rápida” continua funcionando para o time de Pablo Laso, deixando atordoado (e nervoso) o time visitante, que não encontrava respostas, sejam ofensivas ou defensivas. Apenas Petrušev, em sua primeira partida de Euroliga, tinha algum destaque, mas as falhas defensivas do Efes, especialmente nos bloqueios de rebotes, custam muito caro à equipe. Entrando no quarto final com uma vantagem de 20 pontos, o Real não tira o pé e mantém a mesma intensidade, com Laso rodando muito bem o banco. O Efes até conseguiu uma corrida final de 13 a 2, mas já era tarde demais para evitar a primeira derrota da temporada.
O grande destaque ficou com Walter Tavares, com 13 pontos (6 de 6 nos arremessos), 12 rebotes, dois tocos e 24 de valoração, enquanto Yabusele e Heurtel terminaram com 15 pontos cada. Pelos campeões, Larkin terminou com 21 pontos, quatro rebotes e seis assistências, alcançando 35 de valoração (!), enquanto Petrušev conseguiu 17 pontos em 16 minutos jogados. Na próxima rodada, o Anadolu Efes recebe o CSKA Moscou, enquanto o Real Madrid vai até a Grécia enfrentar o Olympiacos.
UNICS Kazan 69 x 70 Zenit São Petersburgo
Por Gabriel Girardon
Na partida que abriu o segundo dia da temporada da Euroliga, UNICS Kazan e Zenit São Petersburgo fizeram um duelo russo marcado pelo equilíbrio e emoção até os últimos segundos. Com boas atuações de Conner Frankamp e Billy Baron, combinando para 35 pontos, o time visitante saiu vencedor por apenas um ponto: 70 a 69.
A partida iniciou equilibrada, com dois nomes como principais protagonistas. Do lado no UNICS, Mario Hezonja marcou os 10 primeiros pontos da equipe no jogo, com 100% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Já pelo Zenit, Conner Frankamp, substituindo o lesionado Shabazz Napier, comandava as jogadas de ataque, marcando seis de 12 pontos do time, que vencia por 12 a 10. Os visitantes chegaram a abrir seis pontos de vantagem com jogadas dentro do garrafão, mas pararam nos 18 pontos. Com mais volume de jogo, e contando com cinco pontos de Marco Spissu, a equipe da casa virou a partida e terminou os 10 minutos iniciais com 22 a 18 a seu favor.
O Zenit iniciou o segundo quarto em pane, como havia terminado o primeiro. Até que Frankamp, com duas bolas de fora, empatou o placar em 24 pontos, e, logo em seguida, com dois lances livres convertidos, virou para 26 a 25, chegando a 14 pontos no jogo. Após isso, as equipes foram se alternando na liderança do placar, sem nenhuma conseguir abrir mais do que três pontos de vantagem.Em determinado momento, os times chegaram a ficar cerca de três minutos sem pontuar, sob forte marcação dos dois lados. Por conta também dos ataques pouco inspirados, a partida foi para o intervalo empatada em 33 pontos.
No retorno, o UNICS iniciou melhor, abrindo cinco pontos com Hezonja e Isaiah Canaan, de longe. O Zenit respondeu com Jordan Loyd, com cesta de fora e falta, combinando para quatro pontos na jogada – 38 a 37. A partir daí, os times voltaram a ter equilíbrio no placar até pouco depois da metade do período. Faltando cerca de quatro minutos, o UNICS abriu pequena vantagem (47-41), mas uma corrida de 8-0, com cinco pontos de Billy Baron, recolocaram o Zenit à frente do marcador. Até o fim, duas cestas dentro do garrafão de cada lado, de Arturas Gudaitis e John Brown, levaram a partida para o último quarto com 51 a 49 a favor do Zenit.
Com ótimo início nos primeiros minutos do período, marcando nove pontos e sofrendo apenas de lance livre, o Zenit abriu 10 pontos de frente, a maior vantagem em toda partida até aquele momento – 60 a 50. O UNICS marcou dois pontos com Tonye Jekiri, mas Billy Baron, inspirado, anotou mais duas cestas de longa distância, com dois pontos de John Brown entre elas, colocando 66 a 54 no placar. Canaan tentou manter os donos da casa no jogo. O americano anotava uma bola de três, o Zenit marcava dois, e ele acertava outro chute de fora. Foram três em ataques seguidos, além de mais dois faltando menos de um minuto no relógio, com 70 a 65 para os visitantes.
Com 19 segundos para o fim, Hezonja anotou dois, e, com erro de Jordan Loyd na reposição de bola, a posse voltou para o UNICS. Com mais dois de Isaiah Canaan, chegando a 18, a partida ficou em um ponto de diferença com 10 segundos. No entanto, na saída de jogo, o time de Kazan não cometeu a falta, e o relógio foi zerando até selar a vitória do Zenit por 70 a 69. Assim como Canaan, com 18 pontos, Conner Frankamp foi o cestinha da partida.
Na próxima rodada, o UNICS Kazan tentará vencer a primeira contra o Monaco, novamente na Rússia. A partida que marca a reedição da final da última EuroCup, vencida pelos monegascos, acontecerá na sexta-feira. Um dia antes, o Zenit jogará mais uma vez fora de casa, em Kaunas, contra o Žalgiris.
Fenerbahçe 61 x 57 Estrela Vermelha
Por Vinícius Matosinhos
Na Turquia, o Fenerbahçe (TUR) recebeu o clube sérvio Estrela Vermelha (SER) e abriu a temporada com uma vitória apertada por 61 a 57. Mesmo tendo sido um placar apertado, não foi uma partida de se orgulhar para nenhuma das equipes. Apesar do cestinha da partida ter sido o armador do Estrela Vermelha, Nikola Ivanović (16 pontos), o destaque da equipe vencedora foi Dyshawn Pierre, com 13 pontos, quatro rebotes e uma assistência.
Logo de cara, o Fenerbahçe começou o duelo de forma matadora em ambos os lados da quadra, abrindo uma vantagem de 8 a 0 já nos primeiros dois minutos. O sistema defensivo turco, que começou com a pressão dos armadores sérvios, ajudou que o Fener fizesse cinco roubos de bola em apenas três minutos, algo que o Estrela Vermelha não soube responder de forma alguma. Sendo assim, a distância no placar aumentou ainda mais com quatro minutos de partida (14 a 0). As coisas só começaram a melhorar para os visitantes na entrada de Nikola Ivanović e Ognjen Kuzmić ao jogo. Os dois reservas do Estrela Vermelha, com experiência, souberam acalmar os ânimos dos companheiros e iniciar uma arrancada para encostar no placar, terminando o primeiro quarto com o Fenerbahçe na frente por 18 a 15.
Apesar da pequena arrancada nos minutos finais do quarto inicial, o Estrela Vermelha insistia em cometer turnovers, algo que já havia se escalado para nove erros somados já no início do segundo período. Isso fez com que o placar fosse baixíssimo quando as equipes se encaminharam para o intervalo, pois o Fenerbahçe não soube aproveitar os erros forçados do inimigo e acabava pecando no aproveitamento de arremessos. O intervalo chegou com o resultado parcial ainda apertado de 28 a 26 a favor do Fener.
O descanso no vestiário fez bem para o Estrela Vermelha, que começou a segunda etapa de força convincente e rápida, conseguindo uma virada no placar, porém nada que esboçasse uma larga vantagem. Após os primeiros quatro minutos, apenas sete pontos foram marcados no terceiro período, culpa novamente dos erros ofensivos do Estrela e pelo baixo aproveitamento nos arremessos do Fenerbahçe. No final do período, Jan Vesely e Nando De Colo entraram em cena, trabalhando juntos para tomar a liderança do resultado e se distanciar um pouquinho no placar, entrando no último período com o Fenerbahçe de novo à frente, por 45 a 37.
O Estrela Vermelha iniciou os dez minutos finais de forma eficaz com o armador Nate Wolters, endurecendo o jogo. No entanto, De Colo estava lá para manter a confiança turca ao anotar uma bela cesta de três pontos nos segundos finais, algo que o Estrela Vermelha não conseguiu reverter em sua última posse de bola, garantindo a vitória turca dentro de casa.
ASVEL 88 x 76 Žalgiris Kaunas
Por Rafael Bittelbrunn
Em mais um jogo da primeira rodada, o ASVEL (FRA) recebeu o Žalgiris Kaunas (LIT) em seu ginásio praticamente lotado, e venceu com autoridade, por 88 a 76. Tendo perdido peças importantes da temporada passada, o clube francês trouxe bons reforços, que foram fundamentais para a vitória na estreia.
O jogo começou com o time da casa abusando da presença de garrafão do gigante Youssoupha Fall (2,21 m), recém chegado do Baskonia, que converteu seis pontos e pegou quatro rebotes, em pouco mais de sete minutos em quadra. Além dele, outro novato no elenco, Élie Okobo, comandava as ações de ataque da equipe, e o time abriu 17 a 10. No Žalgiris, que teve o melhor aproveitamento de longa distância da Euroliga passada, a tônica de cada ataque era tentar a bola tripla, que teve sucesso apenas com o letão Jānis Strēlnieks, que acertou 2 de 3 tentativas. Porém, a equipe lituana sofria muita com a defesa de maior estatura do time francês, com muitos arremessos forçados e aproveitamento muito baixo (5 de 12), sem falar na dificuldade nos rebotes. Ao final do primeiro quarto, a segunda unidade lituana melhora um pouco a defesa, e consegue reduzir a diferença para apenas três pontos, dando esperanças ao torcedor.
No segundo quarto, ainda com a segunda unidade, os visitantes tentam apertar mais a marcação, mas o ASVEL movimenta muito bem a bola no ataque, sempre encontrando jogadores em boas condições de arremesso. O armador Okobo continua infernizando a defesa adversária, enquanto a grande contratação do Žalgiris, Emmanuel Mudiay, ainda tentava sem encontrar no jogo, apesar dos nove pontos (mas três turnovers). Com um aproveitamento muito bom da bola tripla do time francês, somado ao baixo aproveitamento de quadra dos lituanos, fez com que o primeiro tempo acabasse com vantagem de oito pontos para o time da casa, que só não foi maior por causa de Strēlnieks.
No segundo tempo, parece que a conversa do técnico Martin Schiller surtiu efeito, com o Žalgiris melhor na defesa e com mais velocidade no ataque, fazendo com que a equipe empatasse a partida (50 a 50). Mas a alegria durou pouco, e rapidamente o ASVEL engrena três bolas triplas (duas com Chris Jones, outro novato na equipe) e abre nova vantagem. Más escolhas no ataque dos visitantes, além da entrada de Kostas Antetokounmpo para o time da casa, voltaram a colocar o ASVEL no controle do jogo, o qual foi perdido por apenas alguns minutos.
No período final, o Žalgiris continuava cometendo erros, enquanto o time da casa ia abrindo vantagem, chegando aos 20 pontos. O letão Strēlnieks tenta trazer o time verde e branco quase sozinho, e a desvantagem cai para nove pontos. Mas o trio Okobo-Jones-Fall não consegue ser parado, e o ASVEL consegue sua primeira vitória, diante de sua torcida e seu proprietário, o ex-jogador Tony Parker.
Sem dúvidas, Okobo foi o grande destaque, com 23 pontos (6 de 6 nos dois pontos) em pouco mais de 24 minutos em quadra (24 de valoração), bem apoiado por Fall (12 pontos e nove rebotes) e Jones (14 pontos, seis assistências e três roubos). Pelo Žalgiris, apenas Strēlnieks teve boa atuação, com 21 pontos (4 de 6 da bola tripla), enquanto Mudiay teve 12 pontos, quatro rebotes, duas assistências e cinco turnovers. Na próxima rodada, o Žalgiris reencontra sua torcida ao receber o Zenit São Petersburgo, enquanto o ASVEL viaja até a Alemanha para enfrentar o Alba Berlim.
Olympiacos 75 x 50 Baskonia
Por Arthur Rastelli
O Olympiacos (GRE) precisou de 20 minutos para acabar com o jogo contra o Baskonia (ESP). O time grego trouxe grande intensidade defensiva, um ataque muito bem montado para fechar o primeiro tempo com 25 pontos de vantagem (47 a 22), resultado que perdurou pelo segundo tempo acabando a partida com o placar de 75 a 50.
Os gregos entraram em quadra prontos para esquecer a temporada negativa de 2020-21 (16 vitórias e 18 derrotas) e a arma escolhida foi a defesa. Com muita intensidade na própria metade de quadra o Olympiacos deixou o ataque do Baskonia acuado e cometendo muitos erros, o armador uruguaio Jayson Granger não conseguia organizar o ataque do time espanhol e cometeu 4 dos 10 turnovers da equipe no primeiro quarto.
Com a boa defesa o ataque grego fluiu bem, passes rápidos e movimentação sem a bola faziam com que o time da casa achasse sempre um jogador bem posicionado, seja dentro do garrafão que no perímetro, destaque para o ala greco-bulgaro Sasha Vezenkov com 12 dos seus 16 pontos no primeiro quarto. Além disso, o bom posicionamento possibilitou os rebotes ofensivos, quatro no primeiro período, que resultaram em oito pontos de segunda chance. Fim dos primeiros 10 minutos com placar de 28 a 13.
O tom não mudou no segundo quarto, defesa forte, boa movimentação de bola e um adversário ainda perdido. O Baskonia tentou mudar o rumo da partida e abriu uma parcial de cinco a zero, mas foi só. Os gregos quando começaram a pontuar abriram uma sequência de 19 pontos sem sofrer uma cesta, chegando a abrir uma vantagem de 29 pontos. No último minuto do primeiro tempo o Baskonia marcou quatro pontos e foi para o vestiário com o placar em 47 a 22 em favor do time da casa.
Na volta do intervalo o Baskonia tentou mudar os rumos do jogo, mas já era tarde e a superioridade do Olympiacos era visível, mesmo jogando com menos intensidade e administrando a partida. O lituano Rokas Giedraitis marcou seus 11 primeiros pontos no terceiro quarto dando a vantagem na parcial para os bascos, resultado do quarto 20 a 16 para o Baskonia. O quarto período foi apenas pro forma. Os dois times deixaram de disputar e o resultado se arrastou pelos 10 minutos finais, parcial baixíssima de 12 a 8 para o Olympiacos, consolidando o resultado final.
Barcelona 96 x 64 ALBA Berlim
Por Thiéres Rabelo
No confronto entre duas equipes das quais se espera o completo oposto, o Barcelona (ESP), um dos favoritos ao título, fez seu dever de casa e derrotou com tranqüilidade o ALBA Berlim (ALE), clube que muitos acreditam que irá terminar a temporada com uma das piores campanhas.
Com sua característica defesa fortíssima e com a mão calibrada no ataque (58,8% de acerto dos arremessos de quadra), o Barça deu logo uma “pancada” nos Albatrozes, com 28 a 15 no primeiro quarto. O campeão alemão continuou enfrentando dificuldades para furar a defesa catalã e para pegar rebotes, o que permitiu ao Barça conseguir ampliar ainda mais sua vantagem durante o segundo quarto, esta que chegou a passar dos 20 pontos.
Um dos destaques do Barça no primeiro tempo foi o garoto lituano Rokas Jokubaitis, que teve muitos minutos no primeiro tempo e jogou muito bem enquanto a segunda unidade da equipe esteve em quadra. Os donos da casa, que tiveram uma torcida sem parar de cantar um minuto sequer, foi para o intervalo vencendo por confortáveis 50 a 29.
Apesar do grande domínio dos donos da casa no primeiro tempo, quem voltou melhor para o segundo tempo foi o ALBA. Os Albatroses viram o Barça ampliar sua vantagem para 27 pontos nos primeiros momentos do terceiro quarto (56 a 29), mas começaram ali uma boa reação. O ala-pivô Luke Sikma anotou seis pontos seguidos, deixando a equipe alemã animada. Os amarelos conseguiram limitar o Barcelona a apenas dois pontos na metade final do terceiro quarto, conseguindo um parcial de 9 a 2.
Apesar do bom momento dos alemães na reta final do terceiro quarto, o Barça ainda chegou ao último quarto com 17 de vantagem (63 a 46). Bastava aos catalães administrar a diferença para caminhar até a vitória, mas eles foram além: impulsionados novamente por Jokubaitis, o Barça conseguiu voltar a ampliar sua liderança e seguiram para vencer tranqüilamente por confortáveis 32 de vantagem.
Nikola Mirotić foi o cestinha do jogo com 22 pontos, 11 em cada tempo, além de cinco rebotes, o que lhe deu 31 de PIR. Jokubaitis terminou com 12 pontos e seis assistências, para 21 de PIR. Pelo lado do ALBA, Sikma foi o grande destaque, com 16 pontos e 11 rebotes, totalizando 23 de valoração.
Na próxima rodada, o Barça viaja até a Alemanha, onde visitará o Bayern de Munique, na quinta-feira. O ALBA, por sua vez, também estará na Alemanha, onde receberá o ASVEL, na sexta-feira.
Classificação atualizada após a 1ª rodada
