Aconteceu na última quinta e sexta-feira (10 e 11/02) a 26ª rodada da temporada regular da Euroliga, com a realização de oito das nove partidas programadas. Uma delas, a grande atração da rodada, foi “El Clásico”, a grande rivalidade entre Real Madrid e Barcelona. Para apimentar ainda mais o duelo espanhol, o contexto deste clássico tinha o Real como líder, podendo disparar de vez em caso de vitória, e o Barça, que poderia tomar do arquirrival o primeiro lugar.
Mas a rodada foi repleta, também, de vários outros grandes jogos, que, inclusive, alteraram o “G4” da competição, a apenas oito rodadas do fim da temporada regular. A partida desta rodada que precisou ser adiada, por causa de problemas relacionados à COVID-19, foi o duelo entre Fenerbahçe e Bayern de Munique. Confira abaixo os resumos das demais oito partidas.
LEIA TAMBÉM: Resumo da 25ª rodada da Euroliga
Olympiacos (GRE) 87 x 85 Anadolu Efes (TUR)
Por Thiéres Rabelo
Logo na partida de abertura da rodada um duelo espetacular aconteceu em Pireu, na Grécia. O Olympiacos recebeu a visita do atual campeão, Anadolu Efes, em um confronto crucial da metade de baixo da zona de classificação, e conseguiu uma vitória com um buzzer beater que alavancou o clube de volta para o “G4”. O confronto foi uma verdadeira batalha, com os dois times lutando ponto a ponto pela vitória. Foram os donos da casa que estiveram melhor no início de jogo, ao abrirem uma vantagem de 26 a 17 no primeiro quarto. Mas com a mão calibrada da linha de três, o Efes não demorou muito para encostar já no segundo quarto. Já na metade do quarto os turcos já haviam cortado seu déficit para apenas quatro pontos e mesmo com o Olympiacos conseguindo uma nova arrancada, o Efes continuou pressionando e chegou à virada brevemente, antes de os gregos retomarem a ponta e irem para o intervalo vencendo pro 42 a 41. O terceiro quarto foi marcado por um equilíbrio incrível e, apesar de ambas as equipes terem liderado em algum momento, prevaleceu o empate, inclusive na virada para o último quarto (61 a 61). No quarto período, o Efes pareceu mais determinado a ficar com a vitória e conseguiu manter uma pequena vantagem pela maior parte do tempo. Nos minutos finais, o Olympiacos batalhou muito e conseguiu chegar à virada perto do minuto final, com uma cesta de Tyler Dorsey. Porém, o Efes não desistiu e a poucos segundos do fim, Vasilije Micić empatou o jogo em 75 a 75 e mandou a partida para a prorrogação. Assim como em toda a partida, a prorrogação foi extremamente equilibrada, com os times se alternando na liderança, mas quando Shane Larkin acertou uma cesta de três a 45 segundos do fim, colocando o Efes à frente por 85 a 82, parecia que a vitória turca era iminente. Mas desistir nunca esteve nos planos do Olympiacos, que descontou com uma cesta de dois de Dorsey na posse de bola seguinte. Com a posse de bola e 29 segundos a jogar, o Efes colocou a bola nas mãos de seu maestro, Micić, que tentou uma jogada individual e errou. Kóstas Sloúkas, a grande estrela do Olympiacos, ficou com o rebote a 7 segundos do fim, atravessou a quadra e, após uma troca de passe, ficou com a bola da vitória nas mãos e fez uma finta linda para se livrar de seu defensor e acertar uma cesta de três no estouro do cronômetro, dando números finais ao jogo. Em quadra por mais de 38 minutos, Sloúkas foi o cestinha do jogo, com 23 pontos, além de seis assistências e cinco rebotes. Ele teve muita ajuda de Dorsey, com 19 pontos, e Sasha Vezenkov, com 16 pontos e oito rebotes. Pelo lado do Efes, Micić foi o principal destaque, com um duplo-duplo de 12 pontos e 13 assistências. Com o resultado, o Olympiacos salta de volta para a quarta colocação (14 vitórias e nove derrotas), enquanto o Efes permanece estacionado no nono lugar (12 vitórias e 12 derrotas). Após a pausa, os dois times voltam a quadra no dia 24 deste mês, ambos em casa. O Olympiacos recebe a visita da Olimpia Milão, enquando o Efes recebe o Maccabi, em Istambul.
ALBA Berlim (ALE) 76 x 67 Zenit São Petersburgo (RUS)
Por Bruno Almeida
Mais um jogo nesta 26º rodada da Euroliga, e após voltar de duas derrotas, o ALBA Berlim recebeu o time russo do Zenit na Mercedez-Benz Arena em um jogo minimamente interessante, mas o time alemão finalmente conseguiu voltar ao caminho das vitórias. A partida terminou 76-67 a favor do ALBA. Importante destacar que os alemães quase entregaram a partida para os russos, pois teve uma vantagem de 13 pontos e pensaram que tinham a vitória nas mãos, mas houve uma mudança no jogo que quase culminou em outra derrota dos alemães, mas eles conseguiram continuar na partida e não entregaram o resultado por completo, voltando a liderar a partida quase pela mesma margem mencionada anteriormente. O principal homem do jogo foi Maodo Lo, que terminou a partida com 15 pontos, dois rebotes, quatro assistências e um roubo de bola, para 24 de PIR. A partida estava 29-22 no segundo quarto e o ALBA até acertou uma bola de três, de Jaleen Smith, para aumentar a vantagem para 10 pontos, mas o Zenit decidiu mostrar a sua força e perto do final do quarto já estava 32-30, e depois de várias jogadas, a partida foi para intervalo empatada, 34-34, o jogo parecia ainda em aberto. Ainda depois do Zenit começar pontuando no 2º tempo do jogo, o ALBA rapidamente voltou para a partida deixando o placar 39-38. Já no fim da partida, o resultado não tinha mudado muito, a partida estava 54-48 para o ALBA, o Zenit ainda tentou voltar para a partida deixando o placar 59-55, mas o time alemão deu um último gás até chegar ao resultado final de 76-67. Apesar da derrota, o Zenit ainda se encontra na zona de playoffs com um recorde de 14-9, enquanto o ALBA Berlim, apesar das chances serem baixas, ainda está na luta por uma vaga, com o recorde de 8-16.
Monaco (FRA) 82 x 83 Žalgiris Kaunas (LIT)
Por Rafael Bittelbrunn
Aleluia! O Žalgiris Kaunas interrompeu uma sequência de nove derrotas e venceu novamente, a primeira fora de casa, ao bater o Monaco. O time lituano devolveu a derrota sofrida em casa no primeiro turno, na prorrogação, enquanto a equipe monegasca caiu na tabela de classificação, mas ainda continua firme na briga. Era o encontro do melhor ataque contra o pior ataque da competição, com grande favoritismo ao time da casa. E a partida começou com o Monaco dominando os garrafões, tanto ofensiva quanto defensivamente, e com Donatas Motiejūnas perfeito nos arremessos no primeiro quarto (5 de 5). O aproveitamento das duas equipes é igual dos dois pontos (60%), mas o time da casa tem maior volume de jogo, o que dá uma vantagem de 23-18 ao final da primeira parcial. No segundo quarto, o Žalgiris conseguiu encostar, mas então começou a aparecer Mike James, que anotou nove pontos no período e ajudou o Monaco a colocar dez pontos de vantagem. O time lituano melhorou nos rebotes, conseguindo sete ofensivos no quarto, mas tentava bastante do perímetro, com pouco sucesso (2 de 10 no segundo quarto), enquanto o Monaco continuava focando no jogo dentro do garrafão, com bom aproveitamento. Assim, a primeira etapa terminou com boa vantagem da equipe da casa (46-36), e o Žalgiris novamente tendo muitas dificuldades ofensivas. Enquanto James e Motiejūnas foram os destaques do Monaco, Tyler Cavanaugh e Joffrey Lauvergne tiveram bom desempenho pelos visitantes. No segundo tempo, ao contrário de outros jogos, o Žalgiris fez um jogo melhor do que na primeira etapa, conseguindo segurar o forte ataque do Monaco. A equipe da casa chegou a colocar 13 pontos de frente, mas duas bolas triplas seguidas de Artūras Milaknis ajudaram o time lituano a encostar novamente. O time do Monaco mantinha a vantagem na casa dos nove pontos, com bolas triplas de James e Dwayne Bacon, mas a boa defesa do Žalgiris e um basquete mais coletivo no ataque, deixaram a equipe apenas três pontos atrás no placar, no início do período final. Além de Milaknis aparecer bem (11 pontos no terceiro quarto), também o alemão Niels Giffey começava a ter boa atuação, acertando todos os arremessos tentados no período. No último quarto, o Žalgiris dominava os rebotes e tinha bom aproveitamento dos arremessos, porém cometia muitas faltas, que davam chances de lances livres ao time da casa. A vantagem do Monaco era pequena e o time tentava mais do perímetro, sem muito sucesso, com James não acertando nada, e a equipe dependendo mais de Bacon. No time lituano, Giffey continuava aproveitando bem os lances livres e Lukas Lekavičius começava a aparecer, com o jogo bastante equilibrado. Com 16 segundos por jogar, o time lituano passa a frente pela primeira vez na partida, com um “floater” de Lekavičius, e no ataque seguinte James tenta da bola tripla, sem sucesso, para alegria dos torcedores e jogadores do Žalgiris. Foi uma grande partida de Niels Giffey, com 15 pontos (perfeito em todos os arremessos), cinco rebotes e 23 de PIR, e Artūras Milaknis, com 14 pontos (4 de 8 do perímetro), enquanto Mike James e Dwayne Bacon terminaram com 18 pontos cada um.
Maccabi Tel Aviv (ISR) 84 x 75 CSKA Moscou (RUS)
Por Gabriel Girardon
Em casa, o Maccabi alcançou mais um triunfo ao bater o CSKA. O jogo começou com o time russo mandando no placar, aproveitando-se da dificuldade em pontuar do adversário, que demorou mais de quarto minutos para anotar sua primeira cesta de quadra. O marcador chegou a ser de 11-2 para os visitantes, mas uma corrida igual fez o time israelense empatar a partida (13-13). Após mais dois pontos dos visitantes, Scottie Wilbekin marcou duas bolas triplas, virando e abrindo ligeira vantagem (19-15). O Maccabi venceu a parcial por 23-17. No segundo quarto, os donos da casa mostraram enorme superioridade. Agora era o CSKA quem tinha dificuldade para pontuar, enquanto o ataque israelense era eficiente. A diferença chegou a dois dígitos em bola tripla de John DiBartolomeo (33-21). Após sofrer resposta na mesma moeda, o Maccabi engatou 10-0 em sequência, sob comando de Wilbekin (43-24). Pouco antes do intervalo, a distância chegou a duas dezenas (46-26), caiu brevemente, mas voltou em outro arremesso de longe de Wilbekin, o quarto em cinco tentativas – 49-28 no placar. No terceiro período, o CSKA iniciou melhor, mas logo o Maccabi equilibrou as ações, e a vantagem retornou aos 20 pontos (56-36). Com duas bolas de fora, os russos diminuíram para 14, obrigando pedido de tempo. No entanto, o time da casa voltou a melhorar, empatou a parcial e chegou ao último quarto com os mesmos 21 pontos do intervalo (67-46). Precisando de uma verdadeira remontada, o CSKA foi para cima no começo do período final. Com corrida de 8-0, encurtou a distância para 13 (67-54). Mesmo assim, a missão russa era muito difícil, e o Maccabi conseguiu manter sua vantagem, quase sempre acima dos 10 pontos. Apenas no último minuto a diferença baixou para um dígito, mas para nove, que acabou sendo a distância final do confronto (84-75). Com 23 pontos, Scottie Wilbekin foi, de longe, o cestinha, sendo a terceira partida seguida em que o armador pontua 20 ou mais. O resultado foi o quarto positivo nas últimas cinco partidas do Maccabi, que ocupa a 12ª colocação com 11 vitórias e 12 derrotas. Já o CSKA foi ultrapassado pelo Olympiacos, terminando a rodada na sexta colocação, agora com 14-10 de recorde.
Olimpia Milão (ITA) 89 x 78 Baskonia (ESP)
Por Vinícius Matosinhos
Em território italiano, a Olimpia Milão recebeu os espanhóis do Baskonia e venceu pelo placar de 89 a 78, permanecendo na cola do líder e do vice-líder. O destaque da equipe italiana foi o armador Devon Hall, que terminou o confronto com 15 pontos e 31 de eficiência. O jogo começou com a Olimpia tomando a iniciativa nas ações ofensivas. Os destaques do período foram Hall e Troy Daniels, que marcaram cestas consecutivas para abrir uma corrida de 8 a 2 nos minutos iniciais. Na metade do quarto o Baskonia melhorou um pouco no lado ofensivo da quadra. Mas, logo em seguida os italianos reagiram e voltaram a tomar conta da partida, terminando o primeiro período com o placar de 21 a 10 a favor dos anfitriões. O segundo quarto iniciou com a Olimpia no mesmo ritmo que terminou o anterior. Em poucos minutos, a vantagem já se encontrava na casa dos 14 pontos após uma série de 7 a 0. O clube visitante parecia não saber como se portar na defesa, vendo uma verdadeira chuva de três pontos dos italianos. Sendo assim, o intervalo chegou e o resultado parcial elástico era de 40 a 25. Na volta do descanso, o Baskonia tentou apostar nas jogadas de perímetro com o ala Vanja Marinković, porém, a Olimpia sempre respondia com a mesma moeda com Hall e Nicolo Melli. Apesar das respostas do adversário, o clube espanhol continuou sendo agressivo ofensivamente e, com uma cesta de três pontos de Matthew Costello, completou uma corrida de 8 a 0. Com isso, parecia que o Baskonia iria encostar no placar, contudo Sergio Rodriguez impediu essa reação e a Olimpia terminou o terceiro período vencendo por 66 a 48. Nos primeiros minutos do período decisivo, Devon Hall voltou a liderar a equipe e auxiliou em abrir uma crucial vantagem de 22 pontos. Essa distância no placar se manteve por boa parte do quarto, fazendo com que os italianos só precisassem se preocupar com a defesa para administrar a liderança. Os espanhóis ainda conseguiram diminuir a diferença para 11 pontos, mas era inevitável a derrota fora de casa.
UNICS Kazan (RUS) 77 x 84 Estrela Vermelha (SER)
Por Gabriel Girardon
Em Kazan, o UNICS foi surpreendido em casa pelo Estrela Vermelha. O início de jogo foi de apenas uma equipe, visto que os russos demoraram mais de quatro minutos para pontuar, quando o placar mostrava 9-0 para os visitantes. Mostrando superioridade, o Estrela Vermelha terminou a parcial com o dobro de pontos do adversário (22-11). No entanto, o segundo período foi de domínio do UNICS, sob comando de Marco Spissu. Primeiro, o armador italiano anotou duas bolas triplas. Pouco depois, voltou a marcar de longa distância, e contribuiu com duas assistências, participando diretamente dos primeiros 14 pontos da equipe na parcial. Naquele momento, os donos da casa ainda estavam atrás no placar (29-25), mas logo viraram com três ataques seguidos dentro do garrafão (31-29). Daí em diante, o equilíbrio tomou conta da partida. O Estrela Vermelha voltou a estar à frente, e tirando distância após corrida de 12-2 (41-33). Perto do minuto final, porém, o UNICS equilibrou as ações, contando com mais quatro pontos de Spissu, chegando a 13, além de quatro assistências. O jogo foi para o intervalo empatado em 43 pontos. Na retomada, o time mandante tomou a dianteira e permaneceu até a metade do período. O Estrela virou rapidamente (53-52), mas logo viu o rival ser muito superior, chegando a ter nove pontos de vantagem (65-56). Sem desistir, os sérvios encostaram outra vez, marcando sete pontos seguidos até o fim da parcial (65-63). No início do último quarto, a equipe visitante empatou e virou o marcador, totalizando uma corrida de 11-0, contando a parte final do período anterior (67-65). O UNICS marcou de fora, com Marco Spissu, a quinta em seis tentativas (68-67), e as equipes se alternaram no placar nos minutos seguintes. Já estando à frente por um ponto (72-71), o Estrela Vermelha teve seu melhor momento no jogo, sendo crucial para a vitória. Após bola tripla de Nate Wolters (75-71), foi armada uma verdadeira barreira defensiva, já característico do time, impedindo o UNICS de pontuar, e em muitos ataques sequer conseguir arremessar. Com outro chute de longe, de Austin Hollins, os visitantes abriram sete (78-71), e viram o rival ficar quase quatro minutos zerado. Quando foi vazado, em bola de três de Mario Hezonja, o Estrela respondeu com seis pontos seguidos, colocando 10 de frente a menos de um minuto do fim (84-74). O placar terminou 84-77, com grande atuação ofensiva de Nikola Kalinic e Nate Wolters, com 20 e 19 pontos, respectivamente. O time de Belgrado passou o ASVEL na tabela, sendo agora o 13º colocado, com 9-14. Já o UNICS amargou a quarta derrota nos últimos cinco jogos, permanecendo em sétimo lugar, com 13-11 de recorde.
ASVEL (FRA) 63 x 76 Panathinaikos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
O ASVEL recebeu a visita do Panathinaikos nesta sexta-feira e o time grego, que tem a segunda pior campanha da competição, fez uma partida muito acima da média e surpreendeu os donos da casa, conseguindo sua primeira vitória fora da Grécia nesta temporada da Euroliga. Com um primeiro tempo arrasador, em que foi comandado pela ótima apresentação do ala-armador sérvio Nemanja Nedović (15 pontos antes do intervalo), os Verdes conseguiram abrir uma vantagem muito confortável. Após ter vencido o primeiro quarto por 23 a 15, o Panathinaikos viu o ASVEL encostar no segundo período e cortar sua vantagem para apenas uma posse de bola. Mas ainda no segundo, os gregos conseguiram outra arrancada e chegaram a abrir uma liderança de 46 a 30 perto do intervalo. Disposto a mudar o panorama da partida no terceiro quarto, o ASVEL contou com a mão calibrada de vários de seus atletas, incluindo o ala-pivô Dylan Osetkowski, para diminuir a vantagem dos visitantes e colocar fogo no jogo. Os franceses conseguiram, pouco a pouco, uma grande arrancada e venceram o terceiro quarto por oito pontos (21 a 13) e chegaram bastante vivos ao último período, perdendo por apenas 59 a 53. A empolgação dos anfitriões prosseguiu durante o quarto quarto e eles encostaram de vez, quando abriram o período com duas cestas seguidas, cortando seu déficit para apenas uma posse de bola, 59 a 57. Mas o Panathinaikos se organizou na defesa, conseguiu impedir as investidas do rápido ataque do ASVEL, e ainda anotou três cestas seguidas, voltando a abrir uma vantagem boa, 65 a 57. Restavam, nesse momento, mais de quatro minutos para o ASVEL tentar uma nova arrancada. Porém, pareceu que a equipe havia levado um balde de água fria, que desanimou até seu torcedor. Apático nos momentos seguintes, o time francês não teve mais respostas para a bem postada defesa grega e viu o adversário voltar a abrir duplos-dígitos de vantagem. Já dentro dos dois minutos finais, o Panathinaikos conseguiu outra arrancada de 6 a 0, sem que o ASVEL conseguisse descontar um ponto sequer, garantindo a vitória dos Verdes. O Panathinaikos teve os dois principais destaques da partida, com Okaro White sendo o cestinha do jogo, com 19 pontos, além de quatro rebotes. Com um segundo tempo mais apagado, Nedović finalizou a partida com 18 pontos, além de cinco rebotes e quatro assistências. O pivô Giórgos Papagiánnis teve um duplo-duplo, com 15 pontos e dez rebotes, enquanto Daryl Macon Jr. e Stefan Jović tiveram cinco assistências cada. Pelo lado do ASVEL, Osetkowski foi o principal destaque, terminando com 18 pontos e cinco rebotes. Mas nenhum de seus companheiros de time conseguiram passar dos dez pontos. A vitória não muda a situação do Panathinaikos neste momento, que permanece no penúltimo lugar (seis vitórias e 17 derrotas). Já o ASVEL perde uma posição, ocupando agora o 14º lugar (nove vitórias e 16 derrotas). Na próxima rodada, os gregos voltam para casa para receber o Estrela Vermelha, enquanto o ASVEL, ainda em Lyon, recebe a visita do ALBA Berlim.
Real Madrid (ESP) 68 x 86 Barcelona (ESP)
Por Rafael Bittelbrunn
O Barcelona retomou a liderança da Euroliga, ao bater (novamente) o grande rival Real Madrid, fora de casa, com um verdadeiro atropelo no primeiro quarto. Esta foi a sexta vitória em seis jogos do técnico Šaras Jasikevičius no WiZink Center, desde que assumiu o Barcelona, além de ser a nona vitória em 12 clássicos disputados. O Barcelona venceu os últimos quatro jogos de Euroliga contra o Real Madrid, além do “El Clasico” disputado pela Liga ACB, cerca de 15 dias atrás, e chega a quarta vitória seguida na competição, enquanto o time da capital perde duas consecutivas pela primeira vez na Euroliga deste ano. O jogo foi marcado pela forte defesa e maior energia ofensiva do Barça, que não deu tempo para o Real entender o que estava acontecendo. Após um 2-3 inicial, o time catalão fez uma corrida de 21 a 0 (!) e abriu 22 pontos de diferença, com o argentino Nico Laprovittola anotando 12 pontos (3 de 3 do perímetro) em pouco mais de quatro minutos em quadra. O time da casa tinha um aproveitamento horrível dos arremessos, normalmente contestados pela defesa do Barcelona ou tentados no limite do relógio, e apenas Walter Tavares, próximo da cesta, conseguia alguma coisa, apesar de bem marcado por Sertaç Şanlı. Com isso, a primeira parcial terminou com um surreal 8-28 e total domínio do time do Barcelona. No segundo quarto, a intensidade do Barcelona continuou a mesma, e o placar apontava 14-40 na metade do período, com boa participação de Kyle Kuric vindo do banco, com o Real Madrid não achando soluções para segurar o adversário no ataque, ou furar a ótima defesa. O primeiro tempo terminou com 31-52 para o Barça, que acertou 74% dos arremessos de dois pontos e teve 13 assistências, contra 44% do Real Madrid (0% dos três pontos) e apenas quatro assistências. Vale lembrar que o Real é o terceiro time em assistências na Euroliga, mas simplesmente não conseguiu (mais uma vez) fazer seu jogo contra a grande defesa do Barcelona. No segundo tempo, a produção ofensiva do Barcelona caiu, especialmente na bola tripla e quantidade de turnovers, porém o time da casa não conseguiu aproveitar e a vantagem nunca baixou dos 13 pontos. Apenas Tavares continuava perfeito nos arremessos de quadra e tinha duplos dígitos de pontuação, enquanto nenhum outro companheiro conseguiu anotar mais do que oito pontos, com péssimo aproveitamento do perímetro de toda a equipe. No Barcelona, Laprovittola seguiu inspirado, mas o coletivo do time fez toda a diferença para mais uma vitória, com vários jogadores contribuindo em diferentes momentos do jogo. O destaque individual ficou com Nico Laprovittola, com 20 pontos (5 de 5 do perímetro), sete rebotes, duas assistências e 27 de PIR, com Dante Exum também aparecendo muito bem, com 13 pontos, três rebotes, duas assistências, dois roubos, dois tocos e 19 de PIR. O destaque do Real (e cestinha do jogo) foi Walter Tavares, com 25 pontos (10 de 10 nos arremessos), seis rebotes e 35 de PIR, sendo o único com duplos dígitos de pontuação e PIR em todo o time do Real Madrid.