A Euroliga chegou à sua primeira semana de rodada dupla desta temporada. Nesta terça e quarta-feira (12 e 13/10), foi realizada a 3ª rodada da temporada regular. A rodada seguinte acontece, sem descanso, nos dois dias seguintes. A primeira parte desta rodada dupla trouxe alguns resultados bastante inesperados, como aquele que deixou o atual campeão da competição ainda sem vitórias e ocupando uma das últimas colocações na tabela de classificação. Confira abaixo o resumo e os melhores momentos de cada partida.
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Unics Kazan (RUS) 73 x 70 Bayern de Munique (ALE)
Por Gabriel Girardon
Em Kazan, o UNICS venceu a primeira na Euroliga. O duelo começou com duas cestas de três para cada lado, com Isaiah Canaan e Corey Walden. Após isso, porém, as equipes ficaram mais de dois minutos sem pontuar, sob forte marcação e erros em arremessos de longa distância. Eis que Darrun Hilliard apareceu pela primeira vez acertando chute de fora. Na sequência, o UNICS virou em jogadas dentro do garrafão, mas uma corrida de 10-0, incluindo duas bolas de três, de Walden e Nick Weiler-Babb, colocou o Bayern com 16 a 7 no placar. Até o fim do período, os donos da casa diminuíram pouco o prejuízo, terminando com 19 a 12. No segundo quarto, Hilliard teve seu momento de protagonista. Com oito pontos seguidos, com duas bolas de longe, além de um toco em John Brown, o americano recolocou os alemães com boa vantagem, que foi aumentada em seguida com chutes de fora de Corey Walden e Ognjen Jaramaz. Faltando pouco mais de quatro minutos, o placar mostrava 35 a 19. Apostando em jogadas de segurança dentro da área pintada, o UNICS diminuiu a desvantagem, e jogo foi para o intervalo com vitória do Bayern por 37 a 26. Na volta, as equipes pouco movimentaram o placar até metade do período, quando a parcial era de 5 a 4 para o Bayern – 42 a 30. A partir de então, houve boas sequências de ataque, com oito pontos para cada lado. Com pouco mais de dois minutos para o fim, o UNICS cresceu no jogo, aproveitando erros do Bayern e convertendo suas ações ofensivas. Lorenzo Brown, com dois pontos, Isaiah Canaan, de fora, e Mario Hezonja, em lances livres, puseram 7-0 em sequência para o time mandante, levando a diferença para apenas cinco – 50 a 45. O último período foi o mais animado. No primeiro minuto, Lorenzo Brown e Hezonja viraram para o UNICS em 51 a 50. Deshaun Thomas recolocou o Bayern na frente, mas Canaan, no ataque seguinte, virou outra vez o marcador – 54 a 52. Nos dois minutos posteriores, as equipes voltaram a se alternar na liderança do placar, mas o momento era do UNICS. Com mais uma bola de longa distância de Isaiah Canaan, sua quinta no jogo, além de três pontos de Hezonja e uma bela enterrada de John Brown, os russos colocaram 67 a 55, alcançando a maior vantagem na partida. Sem desistir, o Bayern retomou de novo pedido de tempo com duas cestas de fora, com Thomas e Walden – 67 a 61. Porém, Lorenzo Brown tratou de esfriar a reação alemã com outra bola de três. Foi a sexta convertida da equipe só no último quarto, sendo que havia acertado somente três no restante da partida. Os visitantes ainda conseguiram seis pontos seguidos (70 a 67), mas quase não havia tempo para a virada. Do lado vencedor, Isaiah Canaan terminou com 21 pontos. Somando 17 de Lorenzo Brown e 15 de Mario Hezonja, o trio totalizou 53 dos 73 pontos da vitória.
CSKA Moscou (RUS) 77 x 67 Zenit São Petersburgo (RUS)
Por Vinícius Matosinhos
No clássico russo, o CSKA Moscou recebeu, na Megasport Arena, o Zenit São Petersburgo e fez um jogo impecável na defesa, não deixando o clube azul invicto no campeonato. O placar final a favor do CSKA ficou em 77 a 67. O pivô Tornike Shengelia terminou a partida como o protagonista da equipe de Moscou ao anotar incríveis 33 pontos, pegar oito rebotes e distribuir duas assistências, somando um PIR (Performance Index Rating) de 36. A partida começou com um esquema muito agressivo do CSKA na defesa, possibilitando-o jogar no contra-ataque. Quem se destacou nos minutos iniciais, foi Tornike Shengelia, pois o pivô fez lindas enterradas em transição e marcou seis pontos na corrida de 8 a 0 com três minutos disputados. Essa pressão defensiva do time da casa continuou até os seis minutos para o término do primeiro período, quando o Zenit finalmente anotou seus primeiros pontos com Andrey Zubkov. A equipe visitante permaneceu fraca ofensivamente com o passar dos minutos e, ao final do primeiro quarto, a vantagem do CSKA se encontrava em sete pontos (21 a 14). O segundo período foi mais acelerado para o Zenit, uma vez que seu armador Jordan Loyd se mostrou muito agressivo, partindo pra cima da marcação e procurando companheiros no perímetro que estivessem livres, somando boas cestas de três pontos e da cabeça do garrafão para o clube visitante. Essa recuperação fez com que o clube de São Petersburgo encostasse no placar e diminuísse a diferença para apenas dois pontos faltando quatro minuto para o intervalo. Porém, quem segurou a vantagem do CSKA foi o ala-armador Will Clyburn, que sempre vem muito bem do banco de reservas, anotando seis pontos seguidos nos minutos finais, indo para o intervalo com o placar de 36 a 31 a favor dos donos da casa. Na volta do intervalo, o Zenit permaneceu muito agressivo no ataque, chegando a empatar a partida com dois minutos disputados do terceiro período. No entanto, o CSKA começou a buscar as jogadas do perímetro, abusando das bolas de três pontos, já que a defesa adversária dentro do garrafão estava sendo muito eficiente. Essa tática funcionou e o clube de Moscou permaneceu na liderança ao entrarem no ultimo período, com o placar de 59 a 52. Os dez minutos finais foram tranquilos para o CSKA, que só administrou a vantagem usando a mesma tática do período anterior, buscando mais jogadas de três pontos e trabalhando a bola por mais segundos. Sendo assim, o Zenit se viu sem saída e não conseguiu evitar sua primeira derrota nesta temporada da Euroliga.
ASVEL (FRA) 75 x 73 Anadolu Efes (TUR)
Por Artur José Freitas
ASVEL e Anadolu Efes se enfrentaram na França e as duas equipas chegaram a este jogo em espectros completamente opostos na classificação. Ao contrário do que se esperaria antes do início da época, tínhamos o ASVEL invicto e o Efes, atual campeão europeu, ainda sem vencer. A equipa que veio da Turquia não sentiu o jet-leg e começou muito bem o jogo, com uma vitória por cinco pontos no primeiro período (25 a 20). Aumentaram a vantagem nos dez minutos seguintes e esta encontrava-se em 14 ao intervalo. Quatro minutos depois das equipas virem dos balneários, a vantagem turca encontrava-se em 19 pontos. Quando se pensava que finalmente o Efes ia conseguir vencer, o ASVEL acordou para o jogo e começou a sair do buraco onde se enfiaram. Em nove minutos o jogo já estava empatado, e, aí, os franceses conseguiram completar a remontada vencendo os atuais campeões por dois pontos, 75 a 73, com uma cesta decisiva do grego Kóstas Antetokoúnmpo nos segundos finais. O grego também marcou Shane Larkin na posse de bola final do jogo, que poderia ter sido a cesta da vitória do Efes. A batalha nas tabelas foi talvez o fator-X deste jogo. Ao intervalo, a vantagem era do Efes por 14 a 6, mas o facto de na segunda parte este quesito ter ficado 14 a 4 para o ASVEL ajudou na remontada. Para os visitantes, os melhores jogadores foram, como previsto, Vasilije Micić (24 pontos, três ressaltos, três assistências, três roubos de bola e um PIR de 21) e Larkin (15 pontos, três ressaltos, seis assistências e um PIR de 20). Para os vencedores do encontro, quem mais brilhou foram também os bases principais da equipa: Élie Okobo (sete pontos, seis ressaltos, dez assistências, quatro roubos de bola e um PIR de 17) e Chris Jones (16 pontos, seis ressaltos e um PIR de 16). Com o resultado, o ASVEL continua invicto e termina a rodada entre os três primeiros colocados. Do lado oposto da tabela, o Efes segue sem vencer, perto da lanterna do campeonato. Nesta quinta-feira, o ASVEL permanece em casa, onde recebe o Maccabi Tel Aviv. O Efes viaja para o norte da Itália, onde, na sexta-feira, visita a Olimpia Milão.
ALBA Berlim (ALE) 84 x 70 Fenerbahçe (TUR)
Por Rafael Bittelbrunn
Em jogo realizado nesta terça-feira, na Mercedes-Benz Arena, o ALBA Berlim conseguiu sua primeira vitória ao bater o forte Fenerbahçe, por 84 a 70, após atuação magistral no segundo tempo (57 a 35). A equipe da casa contava com cinco desfalques (Marcus Eriksson, Christ Koumadje, Johannes Thiemann, Stefan Peno e Ben Lammers), abrindo espaço para alguns jovens aparecerem, dentre eles o recém contratado Oscar da Silva, alemão filho de brasileiro e um dos destaques do jogo. No time turco, que não contava com Achille Polonara e Danilo Barthel, muita dependência de Nando De Colo mais uma vez. Curiosamente, os dois armadores considerados titulares das duas equipes começaram no banco: Maodo Lô, pelo ALBA, e De Colo, pelo Fener, com Jaleen Smith (MVP da última liga alemã) e Pierriá Henry, respectivamente, sendo os condutores iniciais. A partida começou bastante acelerada, com o time turco tentando bastante de longe, mas sendo mais eficiente dentro do garrafão, rodando rápido a bola contra a defesa por zona dos alemães. O time da casa conseguia ficar próximo no placar graças aos arremessos de três pontos, mas tinha um baixo aproveitamento perto da cesta, enquanto os turcos também tiravam mais proveito dos lances livres. O jogo foi equilibrado para o segundo quarto, onde De Colo começou a comandar o ataque, criando diversas jogadas de pick-and-roll com os pivôs, sem resposta da defesa alemã. Além disso, o ataque do ALBA para de pontuar, acertando apenas 1 de 9 arremessos tentados de longa distância e 2 de 8 dos dois pontos, fazendo com que a equipe anotasse míseros nove pontos no período. Mesmo com todo esse cenário, a defesa fez um bom jogo, com Da Silva e Luke Sikma sendo destaques, fazendo com que a desvantagem no intervalo ficasse em apenas oito pontos. E a conversa com o técnico Israel González nos vestiários parece ter sido muito incisiva, já que a equipe alemã volta voando e anota 11 a 0 rapidamente, abrindo três de vantagem, com uma defesa muito forte, forçando quatro turnovers do Fener em dois minutos, além de Lô e Sikma muito eficientes no ataque. O time turco estoura o limite de faltas na metade do quarto, e o jogo muda totalmente, com o ataque do ALBA funcionando e o do Fenerbahçe apoiado em De Colo e algumas jogadas isoladas, e a partida indo para o quarto final com quatro de vantagem para o time da casa. No período decisivo, o ataque alemão continuou a toda velocidade, com Lô e Da Silva infernizando a defesa turca, que não achava respostas. Além disso, o ataque do Fener decepcionava, com baixo aproveitamento e muitos turnovers (17 em toda a partida), e a vantagem do ALBA só aumentava e chegou aos 17 pontos nos momentos finais do jogo, para delírio da torcida “albatroz” presente. Partida monstruosa de Maodo Lô (21 pontos, cinco assistências, 27 de performance) e Oscar da Silva (22 pontos, cinco rebotes, dois roubos, um toco e 26 de eficiência), este último em sua segunda partida de Euroliga na carreira. O irregular Fenerbahçe teve novamente Nando De Colo como destaque, com 15 pontos, quatro rebotes, oito assistências, dois roubos e 26 de performance.
Baskonia (ESP) 81 x 79 Panathinaikos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
O Baskonia finalmente desencantou e conseguiu sua primeira vitória na temporada, ao conseguir uma apertada vitória em casa para cima do Panathinaikos em um duelo equilibradíssimo. De um modo geral, foram sempre os anfitriões que estiveram à frente no marcador, mas os gregos estiveram sempre na cola, sem deixar que se distanciassem muito. No primeiro tempo, as duas equipes se alternaram na liderança algumas vezes e a diferença manteve-se quase sempre em uma posse de bola apenas. O Panathinaikos assumiu a liderança nos minutos finais, mas a dupla lituana Rokas Giedraitis e Tadas Sedekerskis, com uma cesta de três cada, deu aos espanhóis a liderança de 40 a 35 na ida para o intervalo. Os bascos voltaram com a mão quente para o terceiro quarto e com três cestas de três seguidas, duas de Jayson Granger e uma de Simone Fontecchio, conseguiram um parcial de 9 a 3 em menos de dois minutos e abriram sua maior vantagem no jogo, com 11 pontos (49 a 38). Após um pedido de tempo do técnico grego Dimítris Príftis, foi a vez do Panathinaikos conseguir uma arrancada de 11 a 2 nos três minutos seguintes, sendo sete pontos do ala Ioánnis Papapétrou. Os Verdes, de repente, estavam de volta à partida, com a diferença de apenas dois pontos (51 a 49). E a reação grega continuou, com a equipe chegando a empatar e virar a partida antes mesmo do fim do terceiro quarto, mas uma cesta de três do sérvio Vanja Marinković deixou o Baskonia na frente na chegada do último período (61 a 59). As trocas de liderança continuaram no último quarto, mas, eventualmente, o Baskonia conseguiu se firmar e se manter à frente, ainda que por poucos pontos, pela maior parte do tempo. Mas, com duas cestas de três seguidas do americano Daryl Macon, o Panathinaikos empatara a partida (79 a 79) a 51 segundos do fim. O momento parecia mais positivo para os gregos e, no ataque seguinte, Giedraitis tentou um arremesso de três, mas errou. O rebote mais crucial do jogo ficou em disputa e, para a sorte dos espanhóis, Granger agarrou aquele que foi o 15º rebote ofensivo de sua equipe, sofreu a falta e foi para a linha de lance livre, acertando os dois e dando números finais ao jogo. A batalha dos rebotes, vencida pelo Baskonia por incríveis 38 a 26, foi um dos grandes diferenciais para o triunfo espanhol. Giedraitis e Fontecchio terminaram como os cestinhas do Baskonia, ambos com 16 pontos, enquanto Granger liderou a equipe em PIR (22), ao registrar 12 pontos e sete assistências. Papapétrou foi o cestinha do Panathinaikos e da partida, com 22 pontos. As duas equipes ficam agora com uma campanha de uma vitória e duas derrotas, mas com o Panathinaikos tendo um saldo de pontos melhor. Na próxima rodada, o Baskonia viaja até a Alemanha, onde visita o ALBA Berlim, na quinta-feira. Já o Panathinaikos permanece na Espanha, onde enfrenta o Real Madrid, na sexta-feira.
Olimpia Milão (ITA) 83 x 72 Maccabi Tel Aviv (ISR)
Por Gabriel Girardon
Jogando em casa, a Olimpia não teve dificuldades para bater o Maccabi por 83 a 72. Desde o início os donos da casa começaram a mostrar sua força no ataque, mesmo contra um adversário com solidez defensiva. Com Nicolò Melli com destaque dentro do garrafão, a equipe italiana abria vantagem. Do lado do Maccabi, muitos erros no ataque, além de faltas técnica e antidesportiva, faziam a Olímpia se distanciar no placar. Com mais de oito minutos jogados, os israelenses tinham apenas nove pontos, enquanto o placar rival já marcava 22. Scottie Wilbekin, então cestinha da Euroliga, marcou seus primeiros pontos apenas em lances livres. Na última jogada do período, Sergio Rodriguez converteu cesta de fora, colocando 26 a 15 no marcador. No segundo quarto, a Olímpia seguia com as principais ações ofensivas. O Maccabi apostava em uma única jogada, acionando os pivôs debaixo da cesta. Tanto Jalen Reynolds quanto Mathias Lessort eram as grandes armas do ataque visitante. Do outro lado, no entanto, uma figura começou a ter protagonismo: Dínos Mítoglu. Com pouco mais de três minutos jogados, o ala-pivô grego tinha duas bolas de três no período. Com 40 a 21 no placar, o técnico Ioannis Sfairópoulos parou o jogo. O tempo parecia ter surtido efeito, pois Lessort converteu duas cestas em sequência – 40 a 25. Porém, Mítoglu apareceu mais uma vez com cesta de longe. Logo depois, Derrick Williams anotou dois para o Maccabi (43 a 27), mas o ataque parou. Foram quase quatro minutos sem pontuar, enquanto os italianos seguiam abrindo margem. Até o fim, o Maccabi marcou apenas em lances livres, chegando a 30 pontos. Já a Olímpia terminou com 52. Na volta do intervalo, a pontuação foi baixa no começo, com parcial de 3 a 2 para o Maccabi em mais de quatro minutos jogados. Com o jogo truncado, a Olímpia apenas mantinha sua vantagem, ainda que não estivesse com o mesmo ímpeto no ataque. Quando Scottie Wilbekin anotou duas bolas de três, cortando para 13 a diferença (60 a 47), o Luigi Datome tratou de devolver com chute de fora. As equipes foram para os 10 minutos finais com 63 a 49 no placar. Mitoglu iniciou o período marcando quatro pontos seguidos. Em seguida, sequência de bolas de três dos dois lados, com Derrick Williams sofrendo a falta de uma delas, em jogada para quatro pontos. Porém, a vantagem da Olímpia se mantinha entre 14 e 16 pontos. Na parte final, Keenan Evans e Jalen Reynolds combinaram para cinco pontos, deixando a partida em 79 a 70. Porém, Sergio Rodríguez, com quatro pontos seguidos, decretou a vitória italiana, finalizada em 83 a 72. Com 17 pontos, Devon Hall foi o cestinha da Olímpia, que alcançou o terceiro triunfo e segue com 100% de aproveitamento.
Estrela Vermelha (SER) 73 x 61 Žalgiris Kaunas (LIT)
Por Rafael Bittelbrunn
Em jogo realizado nesta quarta-feira, o Estrela Vermelha reencontrou sua fanática torcida e venceu o Žalgiris, por 73 a 61, com as defesas predominando. O time lituano continua sem vencer na competição e, após uma semana turbulenta com a demissão do técnico Martin Schiller, pouca coisa foi possível ser feita pelo novo técnico, o esloveno Jure Zdovc. A partida foi fraca ofensivamente, com o Žalgiris ainda tendo muitas dificuldades de criar no ataque, e perdendo uma peça importante como Joffrey Lauvergne, lesionado na partida anterior. O Estrela movimenta bem a bola, tentando achar espaços contra a defesa por zona dos lituanos, que acabam cometendo muitas faltas. Com isso, o time da casa vai mais para a linha do lance livre, compensando um pouco o péssimo aproveitamento da linha de três pontos. O armador Emmanuel Mudiay novamente não se encontra em quadra e apenas Josh Nebo consegue se destacar pelos lituanos. Apesar disso, a defesa dos visitantes melhora e eles conseguem sair com um ponto de vantagem ao final do primeiro quarto (13 a 14). No segundo período, pouca coisa mudou, com o time da casa iniciando melhor novamente e Mudiay não conseguindo produzir nada no ataque lituano, que tem um aproveitamento ruim dos dois pontos. A defesa do Žalgiris melhora bastante, e os dois ataques têm dificuldades de pontuar, com Niels Giffey acertando duas bolas triplas para os visitantes, mas Nate Wolters comandando o time da casa. As faltas continuam acontecendo contra os lituanos, e o Estrela tem um bom volume a mais de lances livres do que o adversário, dando uma pequena vantagem aos donos da casa no intervalo, em um jogo fraco ofensivamente. Na volta dos vestiários, o Estrela Vermelha é puxado por Nikola Kalinić, que anota nove pontos no terceiro quarto, ajudando a dar uma vantagem de oito pontos aos donos da casa, a maior da partida. O ataque do Žalgiris continua sem criatividade, pressionado pela ótima defesa dos sérvios, e apenas Nebo produz algo, ajudando a manter a desvantagem em apenas quatro pontos antes do quarto final. No período final, a partida se manteve equilibrada, mas com o ataque do Estrela fluindo melhor, enquanto o Žalgiris fez muito esforço para anotar alguma cesta. As faltas e os lances livres continuam favorecendo o time da casa, porém não consegue abrir vantagem no placar. Após duas cestas triplas de Tyler Cavanaugh, o Žalgiris encosta e fica apenas dois pontos atrás (60 a 58), parecendo que a virada chegaria. Porém, os visitantes cometem erros, mostram falta de confiança para definir os ataques, e os donos da casa fazem uma corrida de 10 a 0 perto do final, para delírio de sua torcida, que já vibrava com a vitória. Grande partida de Kalinić, que anotou 15 pontos, além de cinco rebotes e três assistências. Outro destaque foi Luka Mitrović, com 12 pontos e sete rebotes, e Nate Wolters, com 11 pontos, seis rebotes e sete assistências. Pelo Žalgiris, o principal destaque foi Josh Nebo, com 14 pontos, dez rebotes, dois roubos, um toco e 24 de índice de desempenho (PIR).
Real Madrid (ESP) 94 x 86 Monaco (FRA)
Por Thiéres Rabelo
Jogando em casa, o Real Madrid conseguiu uma vitória suada, mesmo tendo liderado por 25 pontos em determinado momento, para cima do bom time do então invicto Monaco. Jogando a seu modo característico, com uma defesa muito forte e um ataque voluntarioso, os Merengues deram um cartão de visita amargo aos monegascos logo de início. Após uma primeira metade de primeiro quarto equilibrada, os espanhóis conseguiram um parcial de 12 a 0, que lhes deu 19 pontos de vantagem com apenas oito minutos jogados. Perto do fim do primeiro quarto, os donos da casa chegaram a estar vencendo por 27 a 6 e conseguiram terminar o período inicial à frente por incríveis 30 a 12. O domínio dos Blancos continuou o mesmo no início do segundo quarto, quando eles conseguiram elevar sua vantagem para 25 pontos (44 a 19). O armador Mike James, estrela do time francês, mas que estava zerado até então, começou a chamar para si a responsabilidade e, com dez pontos e três assistências, ajudou o Monaco a diminuir o prejuízo. Nos cinco minutos finais do primeiro tempo, os visitantes conseguiram uma seqüência de 20 a 6 e foram para o intervalo perdendo por apenas 12 pontos (51 a 39). Se muitos achavam que essa pequena reação do Monaco foi apenas um momento de “relaxamento” do Real, o time do Principado mostrou que não w continuou sua incrível reação no segundo tempo. Com mais uma atuação incrível de James (11 pontos no período), o time visitante foi reduzindo aos poucos a vantagem madrilenha. Com pelo menos duas jogadas incríveis, o armador americano empolgou sua equipe, que finalmente conseguiu empatar a partida a quatro minutos do fim, com uma cesta de três de Will Thomas (81 a 81) e tomou a liderança, sua primeira no jogo, pouco depois. Porém, com cinco pontos seguidos de Guerschon Yabusele, o Real retomou a liderança e uma “adaga” de três de Rudy Fernández a um minuto do fim jogou um balde de água fria no Monaco, que se viu atrás por cinco pontos (89 a 84). As coisas pioraram ainda mais para os franceses quando James, ao tentar um arremesso de três, torceu o tornozelo na volta ao solo e não jogou os 44 segundos finais da partida. Thomas Heurtel ainda anotaria duas cestas para tranqüilizar o torcedor merengue nos segundos finais. James foi o grande destaque da partida, terminando com 24 pontos, nove assistências, quatro roubos e três rebotes (34 de PIR). Mas ele teve pouca ajuda ofensiva de seus companheiros, com apenas dois pontuando em duplos-dígitos. Yabusele liderou o Real Madrid em pontuação, com 18. Heurtel também teve uma partida sólida, com 13 pontos, sete assistências e cinco rebotes. As duas equipes ficam com a campanha de duas vitórias e uma derrota. Na próxima rodada, o Real recebe o Panathinaikos em Madri, enquanto o Monaco volta para casa, onde recebe o Barcelona, ambos os jogos acontecendo na sexta-feira.
Barcelona (ESP) 79 x 78 Olympiacos (GRE)
Por Gabriel Girardon
Em duelo de times invictos, o Barcelona venceu em casa o Olympiacos na prorrogação. Até a metade do período, as equipes haviam marcado apenas em bolas dentro do garrafão – 6 a 4 para o Olympiacos no placar. A primeira grande jogada da partida foi nas mãos de Tyler Dorsey, com cesta de três e falta, somando quatro pontos. Na sequência, Kostas Sloúkas também anotou de fora, colocando 13 a 6 para o time da casa. Até o fim do primeiro quarto, as equipes mantiveram os sete pontos de distância – 17 a 10. Os primeiros minutos do segundo período foram de intensa marcação. Até que apareceu Brandon Davies, recebendo duas bolas no garrafão e convertendo quatro pontos – 20 a 18 para o Olympiacos. Após pedido de tempo, porém, o ímpeto do Barça foi menor. A equipe marcou em lances livres de Nikola Mirotić e Cory Higgins. Do lado grego, Livio Jean-Charles, com cinco pontos, e mais dois de Thomas Walkup, em jogadas na área pintada, obrigaram o técnico Šarūnas Jasikevičius a parar o jogo – 27 a 21 no marcador. Na volta, os donos da casa diminuíram pouco a diferença, indo para o intervalo com 32 a 27. Na retomada, o ritmo do Barcelona foi avassalador na primeira metade. Com bola de fora de Kyle Kuric, seguido de cinco pontos de Mirotic, o time catalão virou o placar em 35 a 34. Até o pedido de tempo do técnico Geórgios Bartzókas, com mais de cinco minutos jogados, o Barça vencia a parcial por 14 a 2, com 41 a 34 no total. Enquanto a bola do Olympiacos pouco caía, Mirotić comandava o ataque espanhol. Após apenas um ponto em todo o primeiro tempo, o craque anotou 11 pontos somente no terceiro período. Nos dois minutos finais, perdendo por 47 a 38, os visitantes conseguiram encostar no placar. Com uma corrida de 9-2, ficou dois pontos atrás – 49 a 47. No entanto, Cory Higgins e Nico Laprovittola, em bolas de três, recolocaram maior vantagem – 55 a 47. No último quarto, o Barça ficou quase três minutos sem pontuar. Em compensação, sofreu apenas dois nesse tempo. Quando a bola caiu, Pierre Oriola anotou para três. Só que o Olympiacos seguia vivo no jogo, anotando cinco – 58 a 54 Barça. Nos dois minutos seguintes, apenas 2 a 1 para os gregos. Com dois lances livres de Sloúkas, a diferença ficou em um ponto (59-58). Após dois pontos de Davies, Giannoúlis Larentzákis anotou bola de três, empatando em 61 iguais. Com muito equilíbrio, os times estiveram empatados em 63, 65 e, por fim, em 67 pontos. Na prorrogação, com as equipes estouradas em faltas, ambos foram muitas vezes à linha de lance livre. Com emoção até o fim, o Olympiacos virou em 78 a 77, mas Oriola, a sete segundos do fim, anotou dois lances livres, e Sloúkas errou a última jogada grega. Com seis pontos, Mirotić foi o nome da vitória, totalizando 22 na partida.