Chegou ao fim nesta sexta-feira (15) a quarta rodada da temporada regular da Euroliga, a segunda rodada que aconteceu nesta semana. Com os resultados desta quinta e sexta, um dos três times ainda invictos sofreu sua primeira derrota, deixando apenas dois clubes que estiveram no último Final Four com essa condição. Em contrapartida, o atual campeão sofreu sua quarta derrota seguida e segue na penúltima colocação da tabela. Leia os nossos resumos de cada uma das partidas desta rodada.
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Zenit São Petersburgo (RUS) 79 x 71 Bayern de Munique (ALE)
Por Rafael Bittelbrunn
Jogando diante de sua torcida em São Petersburgo, o Zenit conquistou sua terceira vitória na Euroliga, ao bater o Bayern Munique por 79 a 71, deixando a equipe alemã ainda sem vencer na competição. Ainda com alguns desfalques, especialmente Vladimir Lučić e Andreas Obst, o Bayern tem conseguido boas atuações e perdido suas partidas nos detalhes, o que não foi diferente desta vez. O início do Zenit é arrasador, com a equipe abrindo 13 a 0 e Jordan Mickey anotando os oito primeiros pontos (16 neste primeiro quarto). Com a defesa fraca do Bayern, a vantagem chega a 27 a 10 para os donos da casa, e apenas Darrun Hilliard e Corey Walden mostrando alguma eficiência no ataque alemão. Tendo um aproveitamento surreal de 81% nos arremessos de quadra, o Zenit leva boa vantagem de 15 pontos para o segundo quarto, onde a realidade volta a aparecer para o time russo. Com uma melhor defesa, o time alemão tenta diminuir a desvantagem, porém o ataque ainda continua com dificuldades, e o jogo cai de qualidade. Apesar de Jordan Loyd fazer um bom jogo distribuindo a bola, ele é bem marcado e não consegue pontuar, com a equipe do Zenit errando todos os seis arremessos do perímetro no quarto. O Bayern consegue uma pequena corrida no final e deixa o prejuízo em “apenas” oito pontos no intervalo, limitando o time da casa a apenas 12 pontos no segundo quarto. No segundo tempo, o time visitante voltou com Walden em alta voltagem no ataque, anotando 11 pontos (sendo três bolas triplas) e dando a primeira vantagem ao time alemão (47 a 48), após a diferença chegar a ser de 17! O Zenit passa a sofrer com a melhor defesa dos alemães, e também precisa encarar Hilliard, que anota três bolas triplas e consegue uma vantagem de oito pontos aos visitantes, mudando completamente o jogo. O Bayern marca um 11 a 25 no terceiro quarto e leva uma pequena vantagem de seis pontos para os dez minutos finais. O Zenit começou um pouco melhor, com uma defesa forte, porém estouram o limite de faltas com dois minutos jogados, o que poderia ser uma tremenda vantagem para o Bayern, mas que não foi tão bem aproveitada. O jogo era fraco ofensivamente e o time da casa conseguiu uma corrida de 8 a 2 para empatar a partida na metade do período. A partir daí, passa a ser um festival de lances livres, especialmente para o Zenit, que abre cinco de vantagem com dois minutos por jogar. O Bayern não toma boas decisões nos ataques seguintes e, após rebote ofensivo de Alex Poythress, cesta e falta, a vantagem chega aos sete pontos, com cerca de um minuto no relógio, e o time alemão não tendo forças para reagir e conquistar a primeira vitória. Aliás, o ala-pivô teve partida muito sólida, com 14 pontos, seis rebotes, uma assistência, um roubo e um toco (20 de eficiência), enquanto Jordan Mickey, apesar do início eletrizante, acabou com 18 pontos e quatro rebotes, e Loyd anotou nove pontos e 11 assistências (recorde da carreira). Pelo Bayern, partidas enormes de Walden (20 pontos, sete assistências, 24 de eficiência) e Hilliard (24 pontos).
Fenerbahçe (TUR) 80 x 41 UNICS Kazan (RUS)
Por Vinícius Matosinhos
Recebendo em casa o UNICS Kazan nesta quarta-feira (14), o Fenerbahçe massacrou os russos desde o início da partida e venceu por 80 a 41. O destaque turco no confronto foi o armador estreante Marial Shayok, que terminou com 17 pontos, cinco assistências e quatro rebotes, somando um índice de rendimento em quadra de 19 (PIR, Performance Index Rating). O jogo começou com reviravoltas mútuas e com os dois clubes tendo dificuldade em marcar. Apesar de terem somado 12 pontos no total dos primeiros cinco minutos de jogo, o Fenerbahçe começou gradualmente a tomar o controle da partida, principalmente na defesa. A diferença no placar aumentou para dois dígitos a favor turcos e o clube russo continuou sem conseguir pontuar até o fim dos primeiros dez minutos, terminando o primeiro período com o placar de 21 a 8 a favor do Fener. Com a defesa encaixada, no segundo período o clube mandante começou a focar mais na eficiência ofensiva, liderados por Nando De colo. Nos três minutos finais antes do intervalo, o UNICS, que começou aproveitar os pequenos erros do Fenerbahçe em ambos os lados da quadra, tentou partir para cima do adversário, mas rapidamente os turcos impediram. Sendo assim, o ritmo acelerado no ataque do período anterior voltou e o Fenerbahçe foi para o intervalo vencendo pelo resultado parcial tranquilo de 44 a 22. O clube da casa começou a segunda etapa novamente com muita dureza na defesa, se aproveitando dos contra-ataques para iniciar uma série de 7 a 0. Mesmo com um primeiro tempo horrível, o UNICS conseguiu piorar a situação, marcando apenas um ponto em oito minutos disputados e cinco pontos no total do terceiro quarto, indo para o último período com a gigante vantagem turca no placar de 61 a 27. Nos últimos dez minutos, o UNICS tentou não se render, buscando de todas as formas segurar a partida para não acontecer uma pontuação ainda mais humilhante, pois havia até aquele momento uma grande possibilidade de quebra de recorde como a menor pontuação de um clube na história do campeonato. A equipe russa conseguiu pontuar pelo menos mais de dois dígitos nos minutos finais, mas nada que o fizesse chegar perto no placar, perdendo a partida por 39 pontos de diferença. Os 41 pontos marcados pela equipe de Kazan se tornaram a quarta menor pontuação na história de um jogo da Euroliga.
ASVEL (FRA) 85 x 93 Maccabi Tel Aviv (ISR)
Por Artur José Freitas
O Maccabi encerrou sua série de duas derrotas seguidas batendo o embalado ASVEL, em Lyon, e tirando a invencibilidade do clube francÊs. Os forasteiros entraram para este jogo para vencer e foi essa mentalidade a receita deles para o sucesso. Ganharam os dois primeiros períodos e chegaram ao intervalo com uma vantagem de nove pontos. Voltaram a vencer o terceiro período e, durante toda a segunda parte, a vantagem do Maccabi nunca foi menor que oito pontos. Uma rotação “apertada”, de apenas oito jogadores, foi a estratégia que Ioánnis Sfairópoulos, técnico do Maccabi, utilizou para bater os franceses, que até este jogo só conheciam o sabor da vitória na Euroliga. Élie Okobo, do ASVEL, voltou a impressionar. O jovem francês, em sua primeira temporada na Euroliga, que veio da NBA, teve mais um jogo muito bom, com 23 pontos (três de cinco de três pontos), quatro ressaltos, quatro assistências e um PIR de 21. Pelo vencedores Jalen Reynolds esteve bem com os seus 17 pontos, cinco ressaltos e 14 de PIR, mas quem foi a estrela do jogo foi James Nunnally o extremo que veio do banco terminou com 25 pontos (seis em seis de dois pontos, quatro em sete de três pontos), dois ressaltos, três assistências e um PIR de 24. Na semana que vem, o Maccabi retorna a Israel, onde recebe o Panathinaikos. Já o ASVEL viaja até o norte da Itália para visitar a Olimpia Milão. As duas partidas acontecem na quinta-feira.
ALBA Berlim (ALE) 76 x 80 Baskonia (ESP)
Por Thiéres Rabelo
Após ser derrotado nas duas primeiras rodadas, o Baskonia emendou nesta quinta-feira a sua segunda vitória seguida e está de volta para os 50% de aproveitamento na temporada. A equipe espanhola foi até a Alemanha visitar o ALBA Berlim, outro time que tinha campanha negativa, mas que vinha de vitória na rodada do início de semana. Porém, a vitória do Baskonia foi construída, principalmente, por um primeiro tempo nada equilibrado. Os bascos tiveram um segundo quarto arrasador (31 a 14), através do qual conseguiram criar uma vantagem superior a vinte pontos. O primeiro tempo terminou com um expressivo 52 a 29. O italiano Simone Fontecchio, com 13 pontos, foi o principal destaque da vitória parcial dos espanhóis, ao lado também do uruguaio Jayson Granger, que distribuiu seis assistências na primeira metade. Mas o primeiro tempo “fácil” para o time visitante não lhes garantiu tranqüilidade para o segundo. Mesmo depois de Granger e Rokas Giedraitis ampliarem a vantagem dos hóspedes para 27 pontos (56 a 29) no início do terceiro quarto, os Albatrozes iniciaram uma grande reação. Após o primeiro minuto do segundo tempo, os anfitriões conseguiram um parcial de 18 a 6 e chegaram “vivos” para o último quarto, perdendo por apenas 12 pontos. Sem desistir, os donos da casa contaram com a força de seu banco para, pouco a pouco, fazer a vantagem espanhola sumir. Apagados no jogo até então, o armador israelense Tamir Blatt (seis pontos no quarto) e o ala-pivô alemão-brasileiro Oscar da Silva (oito pontos) ajudaram o ALBA a encostar. A equipe local conseguiu um parcial de 11 a 4 em cinco minutos e conseguiram reduzir a vantagem adversário para apenas 74 a 70, já dentro do minuto final. Porém, não havia mais tempo hábil para concretizar a virada e o Baskonia se valeu das faltas e lances livres para assegurar a suada vitória. Apesar da derrota, o ALBA teve os dois principais destaques da partida, com Luke Sikma tendo 29 de PIR (19 pontos, oito rebotes e quatro assistências) e Da Silva com 18 de PIR (15 pontos e seis rebotes). Pelo lado do Baskonia, Fontecchio terminou a noite como o cestinha da equipe, com 17 pontos, e Granger teve 15. Os dois times voltam a quadra pela Euroliga na próxima sexta-feira (22), com o Baskonia recebendo o Monaco na Espanha e o ALBA visitando o Estrela Vermelha, em Belgrado.
CSKA Moscou (RUS) 78 x 76 Estrela Vermelha (SER)
Por Luigi Vancini
Em Moscou, CSKA e Estrela Vermelha se enfrentaram na Megasport Arena e mesmo sem suas principais estrelas Tornike Shengelia e Nikola Milutinov, a equipe russa venceu por 78 a 76. O primeiro período trouxe um Estrela Vermelha forte defensivamente, o que acabou causando um placar baixo ao CSKA e com o armador russo Alexey Shved completamente zerado sem pontuar nenhuma vez. As bolas mais importantes acabaram indo para Johannes Voigtmann, que substituiu Shengelia na posição 4, ou ala-pivô. No segundo quarto o CSKA voltou mais ligado, e acertou 2 bolas de três na sequência com Semen Antonov e Ivan Ukhov, o que fez o técnico da equipe sérvia Dejan Radonjić pausar o jogo para acalmar os ânimos. O tempo causou efeito pois nos três minutos seguintes a equipe do Estrela teve uma corrida de 7 a 2 para abrir mais uma vez vantagem no placar. Até então, o sueco Iffe Lundberg estava sumido e bem neutralizado pelos sérvios, não tendo pontuado nenhuma vez até então. Após isso, Shved e Lundberg tentaram assumir as rédeas do ataque dos russos, mas em nenhum momento a equipe conseguiu abrir vantagem, mesmo vencendo o segundo período por 25 a 21. O primeiro tempo acabou com uma bonita cesta de três pontos de Nate Wolters. O segundo tempo começou tendo um nome: Ognjen Kuzmić. Ele fez os 6 primeiros pontos do Estrela Vermelha no período, se tornando o cestinha da partida até aquele momento com 12 pontos. O pivô sérvio fazia uma grande partida debaixo do garrafão se tornando uma grande arma para o Estrela. Já no CSKA, o período foi de apenas dois jogadores: Joel Bolomboy e Will Clyburn, que juntos somaram 12 dos 15 pontos do CSKA no terceiro quarto. Somente esses atletas pontuaram para a equipe russa no terceiro quarto. O período acabou com uma cesta de 3 pontos nos últimos segundos de Alexey Shved. O terceiro quarto acabou empatado entre 57 a 57. No quarto quarto, o CSKA começou mais intenso, com uma corrida de 7 a 2. Will Clyburn era o melhor jogador da equipe na partida, com 50% nas bolas de três pontos 75% nos lances livres. Após um tempo pedido por seu técnico, o Estrela tentou voltar pro jogo após uma cesta de três de Nate Wolters e outra de Nikola Kalinić, o que causou o empate após 9 pontos consecutivos. E curiosamente o jogo seguiu assim, com CSKA e Estrela trocando sequências de pontos, o que mostrou que quem fizesse a “última sequência” venceria a partida. E foi exatamente isso o que aconteceu, com nove pontos seguidos, com cestas de três de Lundberg e Shved. Faltando apenas 24 segundos para acabar a partida, faltou tempo para o Estrela Vermelha, que mesmo com uma cesta de três pontos no estouro do relógio de Nikola Kalinić, a partida acabou com a vitória da equipe russa. O cestinha da partida foi Will Clyburn, com 18 pontos, 4 rebotes e 1 assistência. Pelo lado do Estrela Vermelha, o cestinha foi Nate Wolters, com 16 pontos.
Monaco (FRA) 81 x 85 Barcelona (ESP)
Por Gabriel Girardon
No Principado, o Barcelona derrotou o Monaco por 85 a 81. O jogo começou com pequena vantagem para os donos da casa, sempre à frente por não mais que três pontos. Com nove pontos, Will Thomas foi o destaque do período inicial. Começando no banco de reservas, Mike James entrou em quase faltando um minuto e meio no relógio. Contribuindo com duas assistências, o Monaco venceu a parcial por 22 a 12. No segundo quarto, o Barcelona iniciou diminuindo a vantagem adversária, com cinco pontos seguidos. Após sofrer três de Donta Hall, com cesta e falta, Nick Caláthes converteu a segunda bola de três no período, após os espanhóis não acertarem nenhuma no quarto anterior. Porém, após chute de fora de Paris Lee – 28 a 20 no placar –, o técnico Šarūnas Jasikevičius pediu tempo. Na volta, o Barça colocou uma sequência de 8-2, encostando novamente no marcador (30 a 28). Apesar disso, o Monaco se manteve sempre à frente, indo para o intervalo vencendo por 35 a 31. Os times voltaram cometendo alguns erros, forçando bolas, e a pontuação relativamente baixa. Aproveitando-se mais das falhas do adversário, o Barça foi se aproximando da virada. Com pouco menos de três minutos restantes, Brandon Davies acertou chute de longe, empatando o placar em 48 pontos. Logo em seguida, Rob Gray, também de três, recolocou o Monaco na frente, mas, na jogada posterior, Nigel Hayes-Davies voltou a empatar na mesma moeda. Com menos de um minuto, foi a vez de Rolands Smits converter arremesso de fora, colocando 54-52 para o Barcelona. Após dois pontos de cada lado, os visitantes terminaram a parcial em vantagem – 56 a 54. O Monaco voltou a empatar no início do quarto período, mas o Barça teve uma corrida de 8 a 2, com duas bolas de três de Nico Laprovittola – 64 a 58. No entanto, o time monegasco também teve boa sequência, de 7-0, contando com chutes de longe de Leo Westermann e Mike James, virando o marcador (65 a 64). Davies recolocou os visitantes na frente, mas Westermann converteu outra bola para três. O Barcelona retomou a liderança com três lances livres de Laprovittola – 69 a 68. Apesar de mais algumas alternâncias no placar, o empate em 75 pontos levou a partida para a prorrogação. No overtime, prevaleceu a força do Barcelona. Logo no início, dois pontos de Nikola Mirotić e três de Caláthes colocaram cinco de vantagem, que não pôde mais ser alcançada. Com 85 a 81, o time catalão venceu a segunda partida na semana na prorrogação, mantendo os 100% de aproveitamento na Euroliga após quatro rodadas. Brandon Davies foi o grande destaque da vitória, com duplo-duplo de 27 pontos e 10 rebotes, para 38 de PIR.
Olympiacos (GRE) 83 x 68 Žalgiris Kaunas (LIT)
Por Rafael Bittelbrunn
O bom time do Olympiacos voltou a vencer na Euroliga, ao bater em casa o lanterna Žalgiris Kaunas, por 83 a 68, após um primeiro tempo equilibrado. E a partida começou com uma postura diferente do time lituano, com uma defesa agressiva e boa movimentação de bola no ataque. O armador Emmanuel Mudiay, apagado nas outras partidas, parece disposto a mudar sua imagem e joga de maneira mais inteligente e com mais confiança. A bola de três pontos do Žalgiris começa a cair, especialmente com Arturas Milaknis e a equipe abre dez de vantagem. O Olympiacos tem baixo aproveitamento nos arremessos e não consegue parar o ataque lituano, que abre 13 pontos após uma corrida de 2 a 16. Com uma vantagem de dois dígitos levada para o segundo quarto, o time visitante continuou em alto ritmo, acertando bolas do perímetro e com Mudiay finalmente aparecendo, e a vantagem chegando a 14 pontos, a maior na partida do Žalgiris. Apesar da equipe perder a batalha dos rebotes para o Olympiacos, especialmente os ofensivos, também consegue manter uma vantagem em razão do maior número de lances livres, além do melhor aproveitamento dos arremessos de quadra. Aos poucos, o time da casa vai ajustando sua defesa, criando mais dificuldades ao Žalgiris, e com três atletas vindos do banco começando a aparecer bem no ataque: Kostas Sloukas, Giannoulis Larentzakis e Shaquielle McKissic. Por causa deles (e da defesa), o time da casa, impulsionado pela sua fanática torcida, reduz a desvantagem para apenas três pontos no intervalo, com o jogo dando sinais de muito equilíbrio pela frente. Mas não foi nada disso que ocorreu. Tendo alto aproveitamento na bola tripla (5 de 7 no quarto) e com Sasha Vezenkov anotando seus 12 pontos no quarto, o Olympiacos foi desmontando a equipe do Žalgiris, que já não conseguia atacar com a mesma fluidez e cometia os mesmos erros de outros jogos. O aproveitamento dos lituanos desaba, não acertando nenhuma bola do perímetro no terceiro quarto, além de serem dominados nos rebotes (26 a 15 ao final do terceiro quarto, sendo 10 a 3 nos ofensivos), fazendo com que a diferença só aumentasse, chegando a 14 no final do período, após um 27 a 10 categórico do time grego. No período final, apesar das tentativas de Mudiay, foi muito bem controlado pelo Olympiacos e seu experiente armador Sloukas, que anotou oito pontos no período, incluindo duas bolas triplas importantíssimas. Com a diferença batendo nos 20 pontos, não havia mais o que o Žalgiris fazer, a não ser ouvir o canto da torcida e se reorganizar para a próxima partida. Um jogo gigante de Sloukas, com 17 pontos, cinco rebotes, duas assistências, um roubo e 19 de eficiência, além de 13 pontos de Larentzakis e 12 de Vezenkov. Pelo Žalgiris, Mudiay terminou com 19 pontos, três rebotes e quatro assistências, enquanto Josh Nebo contribuiu com 12 pontos e quatro rebotes.
Olimpia Milão (ITA) 75 x 71 Anadolu Efes (TUR)
Por Francisco Antonioli
A sexta-feira contou também com um duelo de forças entre o atual campeão da Euroliga, o Anadolu Efes, contra a atual semifinalista, candidata à título e invicta na competição, a Olimpia Milão. A equipe italiana fez seu mando valer, e em partida dura porém sempre com a liderança do placar, bateu os atuais campeões (75 a 71). O primeiro quarto de partida foi de certa forma equilibrado, com uma leve vantagem para os visitantes, que souberam ser mais efetivos neste início de partida, porém a equipe da Olimpia soube não só reagir, como também usar as bolas de três pontos a seu favor para assim, saltar de uma derrota no primeiro quarto (21 a 16) para um segundo quarto impecável, abrindo uma vantagem de seis pontos (42 a 36). Detalhe para as estatísticas da partida, onde a equipe italiana obteve não apenas um melhor aproveitamento para três pontos (42,4% contra 30,8% do Efes) como também chutou 22% a mais de bolas (33 contra 26), o que revela uma grande eficiência ofensiva do plantel de Milão, onde cinco dos onze jogadores que entraram em quadra obtiveram percentual de 50% ou mais neste quesito. O segundo tempo de partida seguiu a mesma linha dos quartos anteriores, com os donos da casa à frente por uma margem consideravelmente baixa, mas com o Efes pressionando e não se entregando facilmente. A equipe turca não só continuou a pressionar, como chegou em muitos momentos da segunda a etapa a estar bem perto de reverter o resultado, ficando à apenas três pontos da Olimpia no meio do último quarto, mas a má pontaria da linha de três dos atuais campeões não os perdoou, finalizando a partida com vitória da Olimpia diante do Efes, 75 a 71. Destaque não só para a pontaria dos mandantes, como também para a defesa, com o dobro de roubos de bola (10 a 5), fatores estes fundamentais para o tropeço da equipe turca na competição, que diante deste fato, amarga a penúltima colocação na tabela de classificação, com uma campanha de 0-4. A equipe italiana, agora vice líder geral, compõe o seleto grupo de apenas dois times invictos desta edição até o momento, junto ao líder Barcelona, acumulando projeções otimistas. Destaque da partida para o armador americano da Olimpia, Malcolm Delaney, responsável por 16 pontos e 5 assistências, junto à incríveis 50% de aproveitamento para linha de três e 57% nas bolas de dois pontos.
Real Madrid (ESP) 88 x 65 Panathinaikos (GRE)
Por Thiéres Rabelo
O Real Madrid, jogando em casa, chegou à segunda vitória consecutiva, derrotando o Panathinaikos. O Real dominou o primeiro tempo como um todo, conseguindo anular o ataque grego com sua forte defesa e conseguindo encaixar suas principais jogadas no ataque. Os anfitriões conseguiram abrir o jogo com um parcial de 14 a 3 e, rapidamente, já tinham uma boa vantagem. Os Verdes até que correram atrás do prejuízo e, antes do fim do quarto, haviam reduzido seu déficit para dígitos-simples. Mas uma cesta espetacular de Sergio Llull no estouro do cronômetro deu aos espanhóis a vantagem de 30 a 18 após os primeiros dez minutos. Então, os dois times começaram um “show de horrores” no segundo quarto. A bola insistiu em não cair e os dois times amassaram os aros durante pelo menos toda a primeira metade do quarto. Após quase sete minutos jogados no período, o placar parcial ainda era de apenas 5 a 0 para o Real Madrid. Ioánnis Papapétrou e Daryl Macon anotaram cinco pontos rápidos e empolgaram um pouco a equipe grega, que finalizou o quarto com uma seqüência de 12 a 7. Após os vinte minutos iniciais, o Real liderava por 42 a 30. Alberto Abalde, do Real, se destacou no primeiro tempo com seus 14 pontos, sendo o único jogador da partida a chegar em duplos-dígitos até aquele momento. Os gregos voltaram dispostos a lutar no segundo tempo e, durante o terceiro quarto, conseguiram reduzir a vantagem dos Merengues para abaixo dos dez pontos novamente. Porém, a característica precisão ofensiva do Real ajudou os anfitriões a recuperar uma margem confortável e eles viraram o quarto vencendo pelos mesmos 12 pontos (62 a 50). No último quarto, o grande diferencial para o time madrilenho foi a bola de três: os veteranos Llull e Rudy Fernández acertaram três delas na primeira metade do período e, de repente, a vantagem madridista alcançava os 16 pontos. Com uma seqüência de 8 a 0, o Real Madrid conseguiu chegar à irreversível vantagem de 23 pontos (82 a 59), com pouco menos de três minutos a jogar, matando o jogo. Walter Tavares foi o nome do Real e da partida, com 31 de PIR (17 pontos e nove rebotes). Abalde veio logo depois, com 16 pontos e quatro rebotes, seguido de Guerschon Yabusele, com 14 pontos e sete rebotes. Macon, do Panathinaikos, foi o cestinha da partida, com 18 pontos. Na próxima rodada, o Real Madrid, ainda em casa, recebe o Fenerbahçe. O Panathinaikos, por sua vez, permanece na estrada e visita o Maccabi em Israel. Ambas as partidas acontecem na próxima quinta-feira.