O equilíbrio continua sendo a grande marca deste início de Euroliga. Foi realizada nesta quinta e sexta-feira (11 e 12/11) a 9ª rodada da temporada regular e enquanto a Olimpia Milão segue líder isolada, com apenas uma derrota, a diferença entre a gigante italiana e o sétimo colocado é de apenas duas vitórias. Também, a diferença entre o quarto colocado e o nono é de apenas uma vitória. Confira abaixo os nossos resumos das nove partidas da rodada.

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CSKA Moscou (RUS) 74 x 73 Maccabi Tel Aviv (ISR)

Por Vinícius Matosinhos
A sequência de vitórias do Maccabi Tel Aviv na Euroliga finalmente acabou depois de cinco vitórias seguidas. O revés veio no jogo de abertura da rodada contra o CSKA, em Moscou, pelo apertado placar final de 74 a 73. O destaque russo foi para o armador Iffe Lundberg, com 14 pontos, quatro rebotes e duas assistências, terminando com um índice de desempenho em quadra (PIR) de 14. O CSKA entrou no jogo com uma grande pressão da torcida, já que a equipe perdeu as últimas cinco partidas, incluindo o campeonato nacional, sendo de grande importância cada período do duelo contra o Maccabi. Mas a equipe visitante não deu vida fácil para o clube de Moscou, respondendo cesta a cesta dentro e fora do perímetro. Os primeiros 10 minutos terminaram com a equipe israelense à frente por 19 a 17. Já no segundo período, os russos assumiram a liderança logo no início, mas o ala Roman Sorkin não deixou que os donos da casa se distanciassem no placar, principalmente apostando nas jogadas de três pontos. Alexey Shved tomou as rédeas da armação russa e foi encontrando um excelente ritmo de jogo, mas o Maccabi, com seu ótimo garrafão, apostou na versatilidade de Derrick Williams, que anotou pontos cruciais para deixar o jogo ainda com a diferença de apenas um ponto quando o intervalo chegou (39 a 38 a favor do CSKA). Ambas as equipes não conseguiram subir para uma vantagem de mais de um ponto nos primeiros cinco minutos do terceiro quarto, contudo após a metade do quarto, Williams somou duas cestas consecutivas, abrindo três pontos de diferença, mas nada que o banco do CSKA não conseguisse reverter, principalmente com o pivô Joel Bolomboy, que ajudou sua equipe a diminuir a diferença novamente para um ponto ao entrarem no último período (59 a 58 para o Maccabi).  O atual campeão israelense abriu o último quarto com jogadas rápidas dentro do garrafão, que foram respondidas com cesta de três pontos de Marius Grigonis. Após a metade do último quarto, chegou a vez de Lundberg aparecer na partida, anotando duas cestas de três pontos cruciais para abrir cinco pontos de diferença. Scottie Wilbekin respondeu com uma grande arremesso do perímetro e encolheu a diferença para dois pontos. O Maccabi ainda teve a chance de virar a partida em uma jogada de Wilbekin com Williams, no entanto a chance não foi convertida e o CSKA quebrou seu jejum de vitórias. 

Estrela Vermelha (SER) 73 x 67 ASVEL (FRA)

Por Vinícius Matosinhos
Em Belgrado, o Estrela Vermelha recebeu a equipe francesa do ASVEL e saiu vencedor pelo placar de 73 a 67, somando sua segunda vitória consecutiva, um fôlego que a equipe estava precisando após uma sequência de derrotas. Novamente, o protagonista sérvio foi o ala Nikola Kalinić, que somou 22 pontos, três assistências e quatro rebotes, terminando a partida com um índice de rendimento em quadra (PIR) de 27. Desde o início da confronto, Kalinić mostrou que seria o líder da equipe em ambos os lados da quadra, chegando a marcar os seis primeiros pontos, ajudando a abrir uma vantagem de cinco no placar. O Estrela continuou a dominar durante o primeiro quarto, somando cestas com Nikola Ivanović e Ognjen Kuzmić, terminando o primeiro quarto com o resultado parcial de 18 a 9. No início do segundo período, a dominância dos donos da casa permaneceu em destaque, englobando outros jogadores, algo que fez o ASVEL ligar um alerta defensivo, buscando o pivô Youssoupha Fall dentro do garrafão e revezando com Chris Jones nas jogadas de perímetro. Essa tática começou a funcionar para os franceses, que viram o Estrela Vermelha se perder dentro de quadra, fazendo com que a vantagem sérvia no placar caísse drasticamente, indo para o intervalo com o Estrela na liderança por apenas um ponto (33 a 32). Na volta do intervalo, os visitantes conseguiram sair na frente com uma cesta de Elie Okobo, mostrando que a partida iria pegar fogo. No entanto, na segunda metade do terceiro quarto e o início do último período, chegou o momento-chave para o Estrela Vermelha ao apostar muito nas bolas de três pontos, convertendo cestas seguidas e abrindo novamente uma grande diferença no placar, chegando na casa dos 17 pontos. Mas quando os titulares foram descansar, o ASVEL conseguiu reduzir a vantagem após uma série de 12 a 0. Porém, apesar da boa recuperação francesa no placar, o Estrela Vermelha soube se portar bem na defesa sem perder o foco, garantindo sua quarta vitória na temporada.

ALBA Berlim (ALE) 63 x 90 Anadolu Efes (TUR)

Por Gabriel Girardon
Buscando recuperação neste início ruim de Euroliga, o atual campeão foi até a capital alemã e venceu com facilidade. O primeiro período foi o de maior igualdade, com as duas equipes equilibrando as ações ofensivas. Enquanto o ALBA tentava mais chutes de longa distância, o Efes não converteu nenhuma, apostando em jogadas dentro da área pintada. O pivô Tibor Pleiss teve papel importante, contribuindo com 10 pontos. Os donos da casa venceram a parcial por 21-20. A partir do segundo quarto, porém, tudo mudou a favor do time turco. Com atuação de gala do último MVP da temporada e do Final Four, Vasilije Micic, o Efes abriu distância no placar. Com três bolas triplas e cinco assistências do armador sérvio somente neste período, os visitantes chegaram a ter 20 pontos de frente (51-31) a um minuto do fim. Antes do intervalo, o armador Maodo Lo anotou quatro pontos em sequência, deixando em 16 a desvantagem do ALBA no marcador – 51 a 35. No retorno à quadra, o Efes iniciou com arremessos de longe, com Micic e Shane Larkin. As jogadas dentro do garrafão, acionando os pivôs, também tinham resultado, seja com Pleiss, ou com Filip Petrusev – os dois combinaram para 21 pontos até o terceiro período. Na tentativa de diminuir o prejuízo, o ALBA forçava muitos arremessos, e acabou vendo a vantagem turca aumentar. Com sua primeira bola tripla no jogo, mas já com 16 pontos, Krunoslav Simon colocou 70-47 no placar para o último período. Assim, os 10 minutos finais foram praticamente para o Efes administrar sua vitória, mas sem diminuir o ritmo. A equipe que não havia anotado nenhuma cesta de fora em todo primeiro quarto, converteu 12 no restante da partida. Chegando a 19 pontos, além de nove assistências, quatro rebotes e quatro roubos de bola, Vasilije Micic foi peça fundamental para o triunfo dos atuais campeões, que terminou com 27 pontos de diferença – 90 a 63. Simon, com 18, e Pleiss, com 16, também foram destaques. Do lado alemão, a ineficiência especialmente em bolas de três (6/26) contribuiu para o revés em casa. Único jogador a ter dígitos duplos em pontuação no ALBA, com 13, o ala-pivô Oscar da Silva, filho de brasileiro, foi o cestinha de seu time. Na classificação, as duas equipes agora estão juntas, com três vitórias e seis derrotas. O Efes aparece à frente, 14º lugar, pelo saldo de pontos. Para tentar a segunda vitória seguida pela primeira vez na temporada da Euroliga, o time turco recebe o Olympiacos na próxima rodada, na quarta-feira (17). No mesmo dia, o ALBA vai até a Rússia encarar o Zenit São Petersburgo.

Panathinaikos (GRE) 72 x 74 UNICS Kazan (RUS)

Por Thiéres Rabelo
O UNICS se reencontrou com a vitória na quinta-feira, ao conseguir uma suada vitória sobre o Panathinaikos, fora de casa. A partida foi equilibrada do início ao fim, sem que nenhuma das duas equipes conseguisse chegar a duplos-dígitos de vantagem em nenhum momento. Parecia que o Panathinaikos queria mais a vitória, especialmente após eles abrirem a partida com o placar parcial de 9 a 1. Um elemento interessante que pôde ser notado desde o início do jogo foram as vaias do torcedor grego para o ala-armador Mario Hezonja, do UNICS, que defendeu as cores do clube local na temporada passada e fez várias juras de amor pelo time, antes de deixá-lo ao fim da temporada. O UNICS contou com um início inspirado de O.J. Mayo para reagir e empatar o jogo ainda no primeiro quarto. O americano anotou sete dos primeiros 13 pontos da equipe russa. Ele não anotaria mais nenhum ponto na partida, mas esta já representou sua maior pontuação em cinco jogos pela Euroliga. Os gregos se empolgaram durante o segundo quarto, conseguindo abrir cinco pontos de frente após algumas cestas de três, porém, Andrey Vorontsevich ajudou a trazer a equipe visitante de volta para o jogo e o placar mostrava uma vantagem mínima, de 36 a 35, para o Panathinaikos no intervalo. Os russos começaram melhor o segundo tempo e abriram cinco pontos de frente, com Isaiah Canaan e Lorenzo Brown comandando a equipe na primeira metade do terceiro quarto. Mas Daryl Macon Jr. e companhia novamente trouxeram o Panathinaikos de volta e a partida chegou ao último quarto empatada em 54 a 54. A narrativa do jogo permaneceu a mesma, com muito equilíbrio entre os dois times durante todo o quarto período, a ponto de o placar chegar empatado ao minuto final. Após pedido de tempo do UNICS, a jogada decisiva foi desenhada para Brown se isolar e tentar o arremesso da vitória. Ele errou na primeira tentativa, mas pegou o próprio rebote ofensivo, gastou mais alguns segundos e não desperdiçou a nova tentativa, anotando o arremesso da vitória. Canaan e Vorontsevich foram os cestinhas do jogo, ambos com 15 pontos, seguidos de Brown, com 13, além de oito rebotes. Macon anotou 14 pontos pelo Panathinaikos e teve também grande ajuda do grandalhão Giórgos Papagiánnis, dono de um duplo-duplo com 14 pontos e 17 rebotes. Com a terceira vitória nos últimos quatro jogos, o UNICS se aproxima da zona de classificação, ocupando agora o 11º lugar, com quatro vitórias e cinco derrotas. Já o Panathinaikos cai para o penúltimo lugar, com duas vitórias e sete derrotas, à frente apenas do Žalgiris, ainda sem vitórias.

Barcelona (ESP) 93 x 67 Baskonia (ESP)

Por Luigi Vancini
No duelo espanhol que aconteceu no Palau Blaugrana, Barcelona e Baskonia se enfrentaram e melhor para os donos da casa, que venceram a partida sem muitas dificuldades por 93 a 67. O cestinha da partida foi Nikola Mirotic com 25 pontos, já pelo lado da equipe basca o cestinha foi Steven Enoch, com 22 pontos na partida. A partida começou com o Baskonia forçando o garrafão principalmente com o bom pivô Steven Enoch, que fez 8 dos 10 primeiros pontos da partida. Já o Barcelona, com o craque Nikola Mirotic, se aproveitava de alguns erros infantis do Baskonia para fazer seus pontos. A equipe basca acabou errando saída de bola, e fazendo 3 faltas logo no início do jogo, o que atrapalhou a marcação da equipe contra o forte poderio ofensivo do Barcelona. E acabou que depois dos 10 pontos já citados do Baskonia, a equipe parou, o time ficou 4 minutos sem pontuar, graças a excelente marcação do Barcelona, e com isso a vantagem foi aumentando, com o Barça conseguindo uma sequência de 16 pontos seguidos. A equipe terminou o 1° quarto vencendo por 32 a 15, com um grande aproveitamento nos arremessos de quadra (12 de 16). O segundo quarto começou da mesma maneira que o 1°: marcação muito forte do Barcelona, fazendo o Baskonia não ter boas escolhas nos arremessos. Basicamente o único jogador que conseguia pontuar com certa consistência era Enoch, já que outros jogadores importantes do Baskonia estavam sumidos da partida, só que sozinho fica difícil. O Barcelona tinha excelente aproveitamento nos arremessos, 14 assistências (contra apenas 8 do Baskonia) o que fez com que o Barça conseguisse construir uma vantagem ainda maior, 55 a 31. O primeiro tempo acabou com o Baskonia conseguindo uma cesta de três na partida. Uma lástima! O terceiro período foi de Nikola Mirotic, que fez 13 dos 26 pontos. Pra vocês terem uma ideia do nível da partida do Barcelona, apenas Mirotic fez mais pontos que o Baskonia inteiro no terceiro período, que fez apenas 10. Enoch já estava com 18 pontos na partida enquanto outros jogadores titulares do Baskonia, como Tadas Sedekerskis, ainda não tinham acertado arremessos de quadra na partida. A parcial do terceiro período foi 26 a 10 para a equipe da casa, e o placar marcava incríveis 81 a 41, “apenas” 40 pontos de diferença na partida. No último quarto o Baskonia cresceu, muito pela já esperada queda de rendimento do Barcelona na partida. O técnico Šarūnas Jasikevičius inclusive aproveitou para colocar mais na quadra jovens como Michael Caicedo e Sergi Martinez. O período serviu para diminuir um pouco a goleada que o Baskonia estava levando. A partida acabou 93 a 67 para a equipe da casa, que chega a 7 vitórias e 2 derrotas. Já o Baskonia está com 3 vitórias e 6 derrotas. Na próxima rodada, o Barcelona recebe o CSKA em casa. Promessa de jogaço! Já o Baskonia enfrenta o Estrela Vermelha em Vitoria-Gasteiz.

Zenit São Petersburgo (RUS) 84 x 78 Olympiacos (GRE)

Por Artur José Freitas
O Zenit entrou neste jogo à procura da terceira vitória seguida e durante os primeiros três período snunca se encontrou em desvantagem. Nem sempre se sentiu confortável, houve períodos de tempo em que parecia que o Olympiacos ia se adiantar no marcador. No entanto os russos conseguiam sempre reagir nesses momentos mais complicados. No último período o clube de Pireu conseguiu virar pela primeira vez, mas mais uma vez a equipa da casa recompôs-se e com um parcial de 8 a 0 conseguiu abrir uma vantagem que se manteve até ao fim da partida. A equipa da casa fez uma exibição baseado no coletivo e muitos jogadores ajudaram em vários aspetos do jogo, no entanto o lituano Mindaugas Kusminskas fez uma ótima exibição com 12 pontos (quatro em cinco de lançamentos de dois pontos e quatro em quatro de lances livres), três ressaltos (todos ofensivos) e um PIR de 13; registou ainda a marca dos 500 ressaltos na sua carreira da EuroLiga. Para o Olympiacos, o histórico Kostas Sloukas foi dos que mais evitar a derrota com os seus 13 pontos (cinco em seis de lançamentos de campo), dois ressaltos, três assistências e um PIR de 19.

Fenerbahçe (TUR) 43 x 68 Olimpia Milão (ITA)

Por Thiéres Rabelo
Em Istambul o Fenerbahçe, terceira melhor defesa da Euroliga, recebeu a líder Olimpia Milão, a segunda melhor. Tais ingredientes levavam todos a pensar que este jogo seria de placar bastante baixo e foi exatamente o que aconteceu. Mas a defesa italiana simplesmente estava em outro nível. Acredite se quiser, mas a Olimpia manteve o Fenerbahçe sem pontos durante mais de cinco minutos após o início do jogo e chegou ao minuto final do primeiro quarto vencendo por 19 a 1. Os turcos acertaram somente um dos 11 arremessos de quadra efetuados nos primeiros dez minutos de jogo e perdiam por 22 a 3 no início do segundo quarto. Havia tempo hábil para uma virada e, ao fim do primeiro tempo, a vantagem dos italianos era de 17 pontos (37 a 20), uma missão difícil, mas não impossível para os donos da casa. Porém, no terceiro quarto, os visitantes deram outra pancada. Shavon Shields (uma) e Luigi Datome (duas) abriram o segundo tempo com três cestas de três consecutivas, sem resposta do Fenerbahçe, e em três minutos a vantagem da Olimpia já chegava aos 26 pontos. Sem conseguir encontrar forças para uma reação, os turcos assistiram enquanto os italianos apenas aumentavam sua vantagem, que chegou a irreversíveis 33 pontos no minuto final do terceiro quarto. Tudo o que o Fenerbahçe conseguiu foi diminuir um pouco a vantagem da Olimpia nos minutos finais de jogo, quando os visitantes já haviam colocado em quadra os reservas. Mesmo assim, o mais perto que os mandantes conseguiram chegar foi a uma diferença de 23 pontos. Como de costume, a Olimpia não teve atuações individuais vistosas, com o cestinha da equipe, Shields, terminando com apenas 13 pontos e Datome o seguindo com 11. Mas o time teve quatro atletas com pelo menos dez de PIR, como o pivô Nicolò Melli, que com seis pontos, seis rebotes e seis roubos ficou com 17 de PIR. Sergio “Chacho” Rodríguez distribuiu sete assistências, enquanto Dínos Mítoglou e Kyle Hines pegaram seis rebotes cada. O Fener teve a estrela solitária em Pierriá Henry, com 12 pontos, o único que pontuou em duplos-dígitos. Esta foi a terceira vitória seguida da Olimpia, mais líder do que nunca, com oito vitórias e apenas uma derrota. O Fenerbahçe, que curiosamente havia conseguido uma vitória maiúscula sobre o forte CSKA, em Moscou, na semana passada, sofre sua quarta derrota nos últimos cinco jogos e ocupa o 13º lugar, com três vitórias e seis derrotas.

Monaco (FRA) 94 x 71 Bayern de Munique (ALE)

Por Thiéres Rabelo
Em mais uma excelente atuação defensiva e extremamente eficiente no ataque, o Monaco recebeu e derrotou com tranqüilidade o Bayern de Munique. Os franceses tiveram vários “personagens” que brilharam na partida em diferentes momentos, ajudando a construir, pouco a pouco, sua confortável vantagem. O armador Léo Westermann, por exemplo, anotou os oito primeiros pontos da equipe e terminou o primeiro quarto com 11 dos 27 pontos dos mandantes. No segundo quarto, foi a vez do americano Dwayne Bacon, que se juntou ao clube apenas no fim de outubro, vindo da NBA, brilhar. O Bayern havia encostado e cortado a vantagem do Monaco para apenas 37 a 30, obrigando os mandantes a pedir tempo. Na volta, o ala-armador anotou sete pontos em menos de dois minutos e ajudou o Monaco a criar uma vantagem de 46 a 33 a poucos minutos do intervalo. O Bayern até que lutou, mas não conseguiu transpor a forte barreira defensiva dos franceses durante o segundo tempo. Os alemães esporadicamente encontravam o pivô Othello Hunter, cestinha do time até então, livre para alguns arremessos. Porém, a vantagem do Monaco nunca ficou abaixo dos duplos-dígitos. Iniciando o último quarto com uma vantagem de 72 a 60, bastou ao Monaco continuar forçando erros ofensivos do Bayern (os bávaros tiveram incríveis 20 turnovers no jogo) para que a diferença subisse para vinte pontos a menos de quatro minutos para o fim, praticamente definindo a partida. Ao todo, cinco atletas do Monaco pontuaram em duplos-dígitos, liderados pelos 18 pontos de Mike James, seguido de Bacon e Danilo Andjušić, ambos com 16. Foram sete jogadores da equipe local com pelo menos dez de PIR. O Bayern, que além de não cuidar bem da posse de bola ainda teve um péssimo aproveitamento da linha de três (três acertos em 12 arremessos) terminou com Vladimir Lučić sendo seu cestinha, com 15 pontos, seguido de Hunter, com 14. O Monaco se recupera da derrota da semana passada, diante do Olympiacos, e chega à terceira vitória nos últimos quatro jogos. A equipe francesa volta a ter uma campanha positiva, com cinco vitórias e quatro derrotas, ocupando o oitavo lugar. O Bayern sofre a segunda derrota seguida e perde contato com a zona de classificação. Os alemães têm três vitórias e seis derrotas e ocupam o 14º lugar.

Real Madrid (ESP) 95 x 82 Žalgiris Kaunas (LIT)

Por Rafael Bittelbrunn
Encerrando a nona rodada, o Real Madrid venceu o desesperado Žalgiris Kaunas, em casa, numa partida em que o time lituano lutou bastante. Chegando a nove derrotas em nove jogos, o Žalgiris fez sua melhor apresentação na Euroliga, infelizmente insuficiente para bater uma das equipes candidatas ao título. Desfalcada de Josh Nebo, que sofreu uma lesão num treinamento, a equipe visitante já tinha os desfalques de garrafão importantes de Joffrey Lauvergne e Paulius Jankūnas, o que seria uma dificuldade adicional para enfrentar Walter Tavares e companhia. O Real também tinha seus desfalques (Nigel Williams-Goss e Carlos Alocén), porém o elenco é muito forte e experiente, sem margens para erros dos adversários. O time lituano, pior ataque da competição, fez dois quartos muito bons (o segundo e o terceiro), porém fez dois quartos muito ruins (o primeiro e o último), que acabaram sendo suficientes para a vitória espanhola. E o time de Pablo Laso, sabendo das dificuldades de garrafão do Žalgiris, começa explorando bastante Tavares no jogo interno, além de Guerschon Yabusele no jogo físico, o qual sempre levava vantagem. Apesar disso, o time lituano consegue fazer uma boa defesa, mas o ataque, um pouco mais organizado que nos jogos anteriores, não tem aproveitamento, fechando a primeira parcial em 20 a 11. No segundo quarto, o cenário muda bastante. As bolas triplas do time lituano começam a cair, e o time reduz a diferença para quatro pontos, porém o time da casa tem Rudy Fernandez e Sergio Llull, que matam bolas triplas importantes e mantêm a vantagem nos dois dígitos, chegando em 15 pontos. O ataque lituano funciona melhor, e com ótima atuação do armador Lukas Lekavičius, consegue reduzir novamente a diferença para seis pontos, com a equipe fazendo um quarto ofensivo sensacional (31 a 34), porém sem conseguir segurar o Real na defesa. Na volta do intervalo, mais uma vez o time da casa, com muita categoria e experiência, abre dígitos duplos de vantagem, com Thomas Heurtel sendo protagonista, e o Žalgiris tendo muitas dificuldades defensivas, principalmente em relação à diferença física (altura e força) entre os dois times. Mas a equipe não desiste, luta muito, e com duas bolas triplas, coloca a diferença em dois pontos. Apesar de vencer novamente o quarto (24 a 25), o time lituano vai para o quarto final perdendo por cinco pontos, não conseguindo ultrapassar o rival. E no último período, a energia do Žalgiris acaba, enquanto o Real continua forte, utilizando bem todo o elenco. Aos poucos a equipe vai abrindo vantagem, com o ataque lituano voltando a não funcionar, e a defesa cansada após três quartos intensos. Apesar de um grande jogo, o Real possui um elenco muito mais forte, e soube matar a partida no período final, sem sustos do time rival, que evoluiu em relação aos outros jogos. Grande partida de Vincent Poirier, vindo do banco, com 12 pontos em 18 minutos (23 de PIR) e Yabusele, com 15 pontos e seis rebotes (21 de PIR). Pelo time lituano, destaque para Lekavičius, com 12 pontos e dez assistências, e Tyler Cavanaugh, com 14 pontos.

Classificação atualizada após a 9ª rodada

By Tabela de Ferro

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