Por Vinícius Matosinhos, Rafael Bittelbrunn, Artur José Freitas e Thiéres Rabelo
Na primeira das duas rodadas da Euroliga desta semana, a 32ª da temporada regular, finalmente novos times se classificaram matematicamente para as quartas-de-final. Quatro dos cinco clubes que tinham possibilidades de garantir a vaga nesta rodada o fizeram e se juntaram ao líder Barcelona, único que já havia garantido sua vaga. Além disso, outro time foi eliminado matematicamente da briga por uma das vagas, restando cinco equipes vivas, brigando por três lugares. Sem descanso, a Euroliga já realizará a sua 33ª rodada nesta quinta e sexta-feira (1º e 2º de abril).
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Zenit São Petersburgo (RUS) 74 x 86 CSKA Moscou (RUS)
Zenit e CSKA fizeram um clássico russo em São Petersburgo, em um duelo de equipes que precisavam muito da vitória para afastar um possível mal momento. Algo que pesava ainda mais a situação de momento para o CSKA foi mais uma intriga envolvendo o armador Mike James, estrela do clube. O estadunidense se envolveu em outro conflito com o treinador Dimitris Itoudis durante a partida do final de semana, pela Liga VTB, e foi suspenso pelo clube nesta segunda-feira (29), fato que aconteceu pela segunda vez nesta temporada. Na manhã desta quarta-feira, já após a realização desta partida, o treinador deu a entender que não conta mais com o atleta para o restante da temporada. Um dado interessante sobre este jogo foi que o Zenit não esteve na frente um único segundo. Não significa que o jogo não foi interessante ou equilibrado, porque foi e tivemos o jogo umas quantas vezes empatado. O CSKA, com a experiência que tem nestas andanças, sempre que o adversário chegava perto, eles reagiam e punham outra vez a diferença nos em cerca de cinco pontos. O momento mais importante do CSKA para conseguir esta vitória foi quando venciam 61 a 57, no final do terceiro período, e os moscovitas tiveram um parcial de 11 a 2. O jogo a partir daí nunca mais foi o mesmo e o Zenit nunca mais voltou a ser uma ameaça. A formação de São Petersburgo está com uma campanha de 0-8 quando sofre mais de 80 pontos e, entre todas as equipas da Euroliga, o CSKA foi o único a superar os 80 pontos frente ao Zenit. A quebra da equipa treinada por Xavi Pascual na segunda parte é muito devida à falta de eficácia de três pontos. O Zenit teve uma eficácia de 35,3% de triplos nos primeiros 20 minutos, enquanto nos 20 minutos seguintes marcaram apenas dois dos 11 triplos tentados (18,2% de eficácia). Para o Zenit, quem melhor batalhou foi Billy Baron, que marcou 24 pontos (seis em oito de dois pontos e quatro em oito de três pontos) e um PIR de 20. No CSKA, Johannes Voigtmann teve uma boa prestação com os seus 21 pontos (três em três de dois pontos, três em quatro de três pontos, seis em seis de lance livre), quatro ressaltos, três assistências e um PIR de 31. A vitória traz ao atual campeão não apenas o alívio em um momento conturbado, mas também garante matematicamente a classificação do clube às quartas-de-final. A equipe segue na vice-liderança (21 vitórias e dez derrotas) e ainda tem um jogo a menos. O Zenit se complica e, com a derrota, cai para fora da zona de classificação. O time caiu uma posição e agora é o nono colocado (17 vitórias e 14 derrotas), mas possui um jogo a menos.
Real Madrid (ESP) 83 x 108 Anadolu Efes (TUR)
Dois times em momentos completamente opostos se enfrentaram em Madri, com o Real, que havia perdido três das quatro partidas anteriores e começou a ver sua situação ameaçada, recebendo o embaladíssimo Efes, que havia vencido nove das dez anteriores. Este foi um jogo com duas histórias: a da primeira parte e a da segunda parte. No final dos primeiros 20 minutos tínhamos o Real Madrid a vencer 42 a 41. Já no terceiro período, o Efes venceu 35 a 22 e depois, no quarto, voltou a vencer por 32 a 19, resultando na disparidade que ficou o resultado final. Foi uma segunda parte totalmente dominada pelos turcos, em que o ataque simplesmente fuzilou a defesa madrilenha. O Efes destacou-se do Real quando, nos primeiros seis minutos do terceiro período, abriu com uma parcial de 23 a 8, em que Vasilije Micić e Sertaç Şanlı combinaram para 18 desses 23 pontos. A equipa turca teve uma eficácia espetacular no lançamentos de três pontos. Foram 14 marcados em 26 tentados (53,8%), e, se formos ver apenas a eficácia na segunda parte, vemos o porquê do Efes ter marcado 67 pontos. Eles marcaram sete dos nove triplos tentados. Esses 67 pontos foram o máximo de pontos que o Real Madrid alguma vez sofreu numa parte num jogo na Euroliga deste século. Já os 108 pontos totais do Anadolu Efes são a segunda maior marca de pontos marcados pelo clube num jogo na Euroliga, apenas atrás dos 110 marcados contra o Olympiacos em 2004. Pelo Real, quem mais se destacou foi o jovem espanhol, Usman Garuba com 12 pontos (cinco em seis de lançamentos de campo), seis ressaltos (três ofensivos), quatro assistências, dois roubos de bola, três rolhas e um PIR de 20. Já os vencedores rodaram bastante a equipa, não chegando ninguém aos 30 minutos. Krusnolav Simon foi quem melhor esteve em quadra, ao ter 15 pontos (três em três de três pontos), cinco assistências, dois roubos de bola e um PIR de 21. O resultado desta partida ajudou muita gente. Primeiramente, o próprio Efes, que dependia só dessa vitória para garantir sua classificação matemática. A equipe segue em terceiro lugar (21 vitórias e 11 derrotas). Já os “Merengues” tiveram sorte. A derrota lhes fez cair do sétimo para o oitava posição (18 vitórias e 14 derrotas). Mas graças à derrota do Valencia, o time não saiu da zona de classificação.
Estrela Vermelha (SER) 72 x 93 Olimpia Milão (ITA)
A primeira parte da rodada dupla foi palco de jogos decisivos para a tabela de classificação, tendo em vista que mais alguns times garantiram sua vaga para a próxima fase da competição. Um desses clubes classificados foi a Olimpia Milão, que viajou até Belgrado, na Sérvia, para enfrentar o já eliminado Estrela Vermelha. A Olimpia entrou em ação, construindo uma vantagem de 10 a 0 que obrigou o técnico Dejan Radonjić a pedir dois pedidos de tempo logo de início, para tentar minimizar os estragos que a equipe italiana trouxe nos primeiros minutos mesmo fora de casa. Após as paradas e táticas feitas, o Estrela não conseguiu uma reação, mas manteve a diferença no placar a favor dos visitantes por 11 pontos de vantagem. A equipe italiana mostrava grande confiança durante toda o duelo, muito por conta de sua grande atuação coletiva, com Kevin Punter marcando 23 pontos, Zach LeDay acrescentando com 14, Shavon Shields também na marca dos dois dígitos e, para fechar, Kyle Hines com mais uma grande partida defensiva, algo que não é novidade partindo dele. Sendo assim, nada podia tirar a vigésima vitória da Olimpia Milano, que só administrou a grande vantagem no placar e venceu no agregado final por 72 a 93, garantindo assim sua classificação aos playoffs, quebrando o jejum de sete anos sem se classificar para as quartas-de-final da Euroliga.
Žalgiris Kaunas (LIT) 96 x 86 ALBA Berlim (ALE)
Tentando um último respiro em busca da classificação, o Žalgiris recebeu o já eliminado ALBA Berlim e conseguiu boa vitória por 96 a 86. O triunfo interrompeu uma sequência de quatro derrotas do time lituano, porém a eliminação veio após vitória do Baskonia, em outro jogo da rodada. O jogo começou com as equipes mais “relaxadas”, sem trabalhar muito a bola nos ataques. A equipe do ALBA dominava os rebotes e distribuía tocos, porém cometia muitos desperdícios de bola. O gigante chadiano Christ Koumadje tinha boa participação no ataque e na defesa da equipe de Berlim, com o sueco Marcus Eriksson vindo muito bem do banco. Pelo time da casa, o aniversariante do dia, Lukas Lekavičius, também veio bem do banco, com muita energia. O primeiro quarto terminou equilibrado, com placar de 21 a 23 para os visitantes. No quarto seguinte, a equipe alemã estava melhor, porém não conseguia abrir grande vantagem. Os arremessos de Eriksson continuavam caindo, mas Lekavičius e Nigel Hayes, especialmente, mantinham os donos da casa no jogo. Mas nos três minutos finais a equipe do ALBA consegue uma corrida de 10 a 2 e fecha o primeiro tempo com dez de vantagem. O sueco Eriksson contabiliza 17 pontos, enquanto Lekavičius e Hayes têm dez cada. Na volta do intervalo, o jogo continua com um certo equilíbrio, mas com a equipe visitante mantendo a liderança. As bolas do perímetro vão mantendo a equipe lituana próxima no placar (4 de 6 no quarto), passando a frente com pouco mais de três minutos para o final do período. A defesa do Žalgiris também melhora bastante, forçando seis turnovers do ALBA e permitindo apenas três pontos dos visitantes nos quatro minutos finais (o time alemão marcou apenas dez pontos no quarto). Um fato curioso é que Marius Grigonis, principal pontuador do Žalgiris na competição, ainda não tinha dado um único arremesso de quadra na partida (terminou com uma bola arremessada e convertida). Porém o banco dos lituanos dava conta, contabilizando já 39 pontos (dos 68 da equipe). A equipe da casa vai para o quarto final vencendo por sete pontos. Na última etapa, a bola de três do Žalgiris continua caindo, com a equipe conseguindo colocar 21 pontos de vantagem na metade do período. Pelo lado alemão, os armadores Peyton Siva e Jayson Granger até tentam reagir, conseguindo baixar a diferença para dez pontos, mas a noite é dos lituanos, que conseguem sair com a vitória. Com cinco jogadores com duplos dígitos de pontuação, destaque para Lukas Lekavičius, com 21 pontos (5 de 5 nas bolas do perímetro), três rebotes e cinco assistências, e Martinas Geben, com 12 pontos (5 de 5 nos dois pontos), quatro rebotes, três assistências e dois roubos de bola. Importante mencionar as 16 bolas de três pontos do Žalgiris e ótimo aproveitamento de 67%, uma das melhores marcas da equipe na história da competição. Com o resultado, o Žalgiris permanece na 11ª colocação, agora matematicamente eliminado, e o ALBA permanece na 15ª posição.
Panathinaikos (GRE) 82 x 97 Baskonia (ESP)
Uma das melhores equipes desta reta final, o Baskonia manteve viva sua série positiva e chegou à nona vitória nos últimos dez jogos, a quarta consecutiva, entrando finalmente na zona de classificação. O atual campeão espanhol foi até Atenas e atropelou com facilidade o já eliminado Panathinaikos, com partidas espetaculares de dois de seus titulares: Achille Polonara (36 de PIR) e Rokas Giedraitis (35 de PIR). O italiano comandou os visitantes no primeiro tempo, com 16 pontos, ajudando a equipe a ir para os vestiários com oito de vantagem, após um primeiro tempo bastante disputado. Por incrível que pareça, a performance de Polonara não foi a mais destacada da primeira metade, pois Dinos Mitoglou manteve o Panathinaikos no jogo, deixando 18 pontos antes do intervalo. Mas, no segundo tempo, foi a vez de Giedraitis ser a estrela dos bascos. Ele deu início à parcial de 9 a 0 que colocou os espanhóis à frente por 15 pontos. Os gregos nunca mais conseguiram trazer seu déficit para baixo dos duplos-dígitos e os visitantes chegaram a abrir 21 de frente e passearam durante todo o último quarto. Giedraitis foi o cestinha do jogo, com 25 pontos, sendo 18 apenas no segundo tempo. Ele ainda teve cinco assistências, três roubos e quatro rebotes. Polonara terminou com um duplo-duplo, de 22 pontos e 11 rebotes, além de quatro assistências e três roubos. Mas as performances excelentes do Baskonia não pararam por aí. Vindo do banco, Zoran Dragić anotou 22 pontos em 21 minutos e Pierriá Henry também teve um duplo-duplo, com 11 pontos e dez assistências. O Panathinaikos teve quatro jogadores que se destacaram, pontuando em duplos-dígitos, com destaque maior para Mitoglou, cestinha do time com 22 pontos, além de oito rebotes (28 de PIR). Com mais esta vitória, o Baskonia finalmente entra na zona de classificação, saltando para o sétimo lugar (18 vitórias e 14 derrotas). Cumprindo tabela, o Panathinaikos segue em 16º lugar (dez vitórias e 20 derrotas).
Maccabi Tel Aviv (ISR) 99 x 94 Barcelona (ESP)
Em Israel, o Maccabi Tel Aviv levou muito a sério o confronto, pois mesmo já eliminado da competição, não poupou esforços para vencer em casa o líder da competição Barcelona. O triunfo terminou com o placar apertado de 99 a 94, com direito a prorrogação. Mas o duelo teve um gostinho a mais, pelo fato de ter tido a presença de 3.000 torcedores israelitas no ginásio, tornando a partida um verdadeiro espetáculo, mesmo sem chances de classificação aos playoffs. O Maccabi liderou durante todo o primeiro período, mesmo sendo um período em que as defesas se destacaram mais do que os ataques. Porém, a margem de vantagem do clube dono da casa não era muito expressiva, o que deu oportunidade ao Barcelona de se manter perto no placar durante todo o confronto. Na volta do intervalo, um fabuloso arremesso de Kyle Kuric logo após o reinício da partida colocou o Barça na frente pela primeira vez, e o placar começou a fluir de ambos os lados. A equipe visitante lutou nos dez minutos finais e por pouco a derrota não veio no tempo regulamentar, pois o Maccabi errou um lance livre que poderia garantir a vitória, levando o jogo para a prorrogação depois da cesta de empate convertida pelo ala do Barcelona, Cory Higgins. Em grande partida, o pivô Ante Zizic (24 pontos) liderou sua equipe na prorrogação em ambos os lados da quadra, colocando grande pressão nos espanhóis nos segundos finais. Uma prova disso, foi que Brandon Davies teve a chance de levar o duelo para a segunda prorrogação, mas errou um chute de três pontos completamente sozinho, garantindo a vitória do Maccabi perante aos seus milhares de torcedores.
Bayern de Munique (ALE) 68 x 77 Fenerbahçe (TUR)
Em duelo com equipes de mesma campanha na competição, o Fenerbahçe foi até Munique e bateu o Bayern por 68 a 77, garantindo a classificação para os playoffs. Com os ataques tendo muitas dificuldades, o primeiro quarto foi de certo equilíbrio e muita defesa. A equipe da casa tinha um baixo aproveitamento de dois pontos, mas compensava nas bolas do perímetro. Já o Fener era exatamente o contrário, tendo alto aproveitamento na média distância e perto da cesta. O sérvio Vladimir Lučić comandava o Bayern, enquanto o francês Nando De Colo era o líder da equipe turca. O primeiro quarto terminou 15 a 18 para os visitantes, sem nenhuma das equipes conseguindo impor um ritmo mais forte. No segundo quarto, a partida continua truncada, com muitas faltas. O Fenerbahçe depende muito do seu armador principal, já que Jan Veselý está apagado. O Bayern passa a movimentar melhor a bola, mas ainda muito mal nos arremessos de dois pontos, com Jalen Reynolds numa partida desastrosa. O período registra várias trocas de liderança, com o Bayern melhorando e indo para o intervalo perdendo por apenas um ponto de diferença. No terceiro quarto, os ataques ainda têm muitas dificuldades, mas a equipe turca consegue jogar melhor. O trio De Colo, Veselý e Marko Gudurić faz a diferença, marcando 17 dos 18 pontos da equipe no período. O Bayern faz escolhas ruins no ataque e comete alguns erros, conseguindo marcar apenas dez pontos no quarto, com aproveitamento baixo nos arremessos. A equipe visitante vai para o quarto final com uma vantagem de nove pontos, e o momento melhor na partida. Logo no início do último período, o Fenerbahçe abre 12 pontos, mas o Bayern consegue reagir e diminui para apenas cinco. Mas Gudurić e companhia estão muito bem no ataque, conseguindo manter a vantagem em torno dos dez pontos. Nem os 11 pontos de Wade Baldwin e os dez de Paul Zipser, no período, foram suficientes para o time da casa reagir, com a vitória e a classificação ficando com o time turco. O francês De Colo terminou com 21 pontos, seis rebotes, uma assistência e um roubo de bola, enquanto Jan Veselý terminou com 15 pontos, seis rebotes, cinco assistências, um roubo de bola e dois tocos. Com a vitória, o Fenerbahçe pula para a 5ª posição, classificado matematicamente, enquanto o Bayern cai para o sexto lugar, ainda buscando a vaga para a próxima fase.
Khimki (RUS) 87 x 85 ASVEL (FRA)
O jogo menos interessante da rodada acabou sendo um dos mais legais! Ambos eliminados, Khimki e ASVEL se encontraram em Moscou, para cumprir tabela. Independente da situação dos dois times na tabela, as equipes fizeram um jogo bastante intenso e disputado. Os donos da casa lideraram por boa parte do jogo e chegaram a criar uma ventagem de duplos-dígitos, apoiados nas performances excepcionais de Alexey Shved e Jordan Mickey. Mas o ASVEL não se entregou e conseguiu uma reação incírvel durante o último quarto, especialmente após uma parcial de 10 a 0, sendo cinco pontos de Guerschon Yabusele. A metade final do último quarto foi eletrizante, com a liderança trocando de mãos algumas vezes e já dentro dos 90 segundos finais, o Khimki se colocou à frente por três pontos em duas oportunidades diferentes, mas em ambas brilhou a estrela do americano William Howard, que acertou duas bolas do perímetro espetaculares, que empataram a partida. Empolgado, o ASVEL começou melhor a prorrogação e chegou a abrir quatro pontos de vantagem, mas, desta vez, foi Shved quem chamou a responsabilidade e retomou a liderança para os donos da casa, que seguraram firme e resistiram à pressão francesa, para garantir aquela que foi apenas sua quarta vitória na competição. Shved foi o homem do jogo, cestinha com 32 pontos, além de quatro assistências. Mickey fez 28 pontos e ainda pegou nove rebotes, que lhe deram 36 de PIR. Yabusele foi o cestinha do ASVEL, anotando 24 pontos e ainda pegando dez rebotes, para incríveis 37 de PIR. O Khimki segue em último lugar (quatro vitórias e 27 derrotas), enquanto o ASVEL segue em 14º (12 vitórias e 19 derrotas).
Valencia (ESP) 79 x 88 Olympiacos (GRE)
Fechando a quarta-feira, Valencia e Olympiacos se enfrentaram na Espanha e fizeram o jogo mais maluco da rodada. Vindo de uma ótima seqüência de três vitórias, na qual bateu adversários fortes como Fenerbahçe e Bayern, o Valencia teve uma chance de ouro de entrar na zona de classificação, aproveitando a derrota dos compatriotas do Real Madrid. Do outro lado, mesmo vivendo uma série positiva, o Olympiacos já não luta por mais nada, pois foi matematicamente eliminado na semana passada. Porém, os gregos foram até a Espanha dispostos a estragar as coisas para os Laranjas. Após um primeiro quarto equilibrado, os visitantes abriram o segundo período com uma parcial de 10 a 3 e rapidamente já construíram uma vantagem de duplos-dígitos. Esta, por sua vez, não demorou a alcançar 15 e o Olympiacos conseguiu ir para o vestiário com uma vantagem de 44 a 31. O torcedor do Valencia poderia pensar que a equipe iria acertar as coisas no vestiário e reagiria no terceiro quarto, mas exatamente o oposto disso aconteceu. Com uma defesa fraquíssima e visivelmente apática, o Valencia praticamente só assistiu aos gregos durante o período e estes conseguiram abrir inacreditáveis 33 pontos de diferença, quando fizeram 73 a 40. Quem impulsionou o passeio do Olympiacos naquele momento foi o veterano Georgios Printezis, que anotou 12 pontos no quarto. O Valencia acordou para o jogo no último quarto, quando Fernando San Emeterio e Klemen Prepelič chamaram para si a responsabilidade. A dupla combinou para 21 pontos só no último quarto e ajudou o Valencia a construir uma parcial incrível, de 30 a 5! Com quase três minutos ainda por jogar, o Valencia estava apenas a oito pontos de diferença. Mas uma bola de três de Sasha Vezenkov, a 90 segundos do fim, foi o suficiente para matar a reação dos donos da casa. Na base da experiência, o Olympiacos segurou as pontas e garantiu a vitória. O resultado mantém os gregos no 12º lugar (15 vitórias e 17 derrotas) e atola o Valencia no décimo (17 vitórias e 15 derrotas). Se tivesse vencido, os valencianos saltariam para o oitavo lugar, ultrapassando Real e Zenit.
Confira como ficou a classificação geral da Euroliga após a 32ª rodada: