Por Vinícius Matosinhos, Rafael Bittelbrunn, Artur José Freitas e Thiéres Rabelo
Concluindo a rodada dupla desta semana, a Euroliga realizou a 33ª e penúltima rodada de sua temporada regular nesta quinta (01/04) e sexta-feira (02/04). Outro time garantiu uma das vagas para as quartas-de-final, sendo o sexto clube a alcançar essa condição. Portanto, restam ainda duas vagas em aberto, que serão decididas na semana que vem, na rodada derradeira da temporada regular.
Brigando por essas duas vagas estão quatro equipes: Real Madrid, Zenit São Petersburgo, Baskonia e Valencia. Detalhes importantes são os de que o Zenit possui um jogo a menos, que pode vir a favorecer o clube russo, o que faria a competição ter que esperar até o dia 12 deste mês (data em que o Zenit joga essa partida adiada) para uma definição. Baskonia e Valencia fazem um confronto direto na próxima rodada, o que quer dizer que somente um dos dois tem a possibilidade de se classificar. O Real, que não pode nem sonhar em perder, viaja até Istambul, onde visita o Fenerbahçe, em uma partida duríssima.
Voltando a falar da presente rodada, tivemos a definição de que o líder Barcelona, que conseguiu grande vitória em casa contra o Fenerbahçe, garantiu matematicamente o primeiro lugar geral com esse resultado. Mesmo que perca seu duelo contra o Bayern na próxima rodada, o CSKA (que tem um jogo a menos) conseguiria, no máximo, igualar a campanha dos catalães, que por sua vez levam vantagem no confronto direto contra os russos. Por fim, o grande destaque desta rodada ficou para a classificação do Bayern de Munique para os playoffs, um fato inédito na história do clube. Cotado por muitos para ter uma das piores campanhas desta temporada, os bávaros se tornam o primeiro clube alemão a se classificar para as quartas-de-final na história da Euroliga moderna (de 2001 para cá).
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Baskonia (ESP) 101 x 111 Anadolu Efes (TUR)
Uma das partidas mais interessantes e aguardadas da rodada foi o duelo entre o Baskonia (ESP), que precisava muito da vitória para se manter na zona de classificação, contra o já classificado Anadolu Efes (TUR), que não poupou forças para o confronto. A partida começou em um ritmo bem lento, pois ambos clubes tiveram dificuldade em ser produtivos e não conseguiram o domínio ofensivamente. Por isso, o primeiro quarto terminou com uma vantagem mínima para o Anadolu por apenas três pontos de diferença. A pequena liderança no placar se manteve até o último período, no qual os espanhóis donos da casa souberam portar-se muito bem e aproveitar os erros dos turcos, que não fizeram uma segunda etapa muito boa. Sendo assim, o Baskonia conseguiu assumir o comando completo da partida no meio do quarto período, porém o Efes reagiu rapidamente e restaurou a vantagem de um ponto faltando 49 segundos para o fim, graças a uma linda cesta de Shane Larkin (30 pontos). No entanto, Luca Vildoza deu a palavra final e mandou o jogo para a prorrogação com uma cesta de três pontos nos dois segundos finais. No tempo extra, a estrela de Larkin brilhou e o armador liderou a equipe para a vitória relativamente tranquila nos minutos extras derradeiros. O placar final ficou em 101 a 111 para Anadolu Efes, colocando em apuros as chances de classificação por parte do Baskonia, deixando assim a decisão para a última rodada.
Panathinaikos (GRE) 86 x 83 Olimpia Milão (ITA)
Mesmo já eliminado, o Panathinaikos aprontou para cima da Olimpia Milão, que por sua vez, já havia garantido sua classificação na terça-feira. Os gregos receberam os italianos em Atenas e conseguiram uma virada espetacular, concretizada apenas após uma prorrogação. Porém, apesar do resultado final, quem dominou durante a maior parte da partida foram os visitantes, especialmente no primeiro tempo. Os italianos passearam nos dois primeiros quartos, com atuações destacadas para a dupla de americanos Kevin Punter (dez pontos) e Zach LeDay (oito), que ajudaram a equipe a abrir 20 pontos de vantagem e ir para os vestiários com 17 de frente. Porém, na volta para o segundo tempo, a Olimpia relaxou e o Panathinaikos foi, aos poucos, se aproximando. O pivô reserva Ben Bentil ajudou os Verdes a diminuir um pouco a diferença no terceiro quarto, anotando oito pontos no período. Mesmo jogando melhor e diminuindo o déficit, o Panathinaikos ainda chegou ao último quarto perdendo por dez pontos e a Olimpia ainda trouxe essa diferença novamente para 14, com poucos minutos jogados no período. Foi aí que entrou em cena uma forte defesa por parte dos gregos, que impediram Milão de pontuar por mais de três minutos, conseguindo assim uma parcial de 10 a 2, que trouxe a diferença para apenas oito. Empolgados, os Verdes continuaram marcando forte e novamente anularam o ataque da Olimpia, que fez apenas dois pontos em quase cinco minutos e o Panathinaikos encostou de vez, cortando a vantagem italiana para apenas 67 a 66, a um minuto e meio do fim. Punter teve dois lances livres que poderiam ter matado o jogo para os visitantes a 14 segundos do fim, mas ele errou o segundo e permitiu que a estrela do Panathinaikos, Mario Hezonja, empatasse o jogo em uma bandeja após jogada individual e mandasse o jogo para a prorrogação. No tempo suplementar, cestas de três de Hezonja, Ioannis Papapetrou e Shelvin Mack ajudaram os gregos a abrir, rapidamente, oito pontos de frente e eles precisaram apenas administrar a vantagem até o fim. Concretizada a vitória, esta foi a maior virada do Panathinaikos na Euroliga moderna, batendo um recorde de 2018, quando o time virou um jogo que perdia por 17 pontos. Hezonja foi o cestinha do jogo, com 17 pontos, e ainda teve quatro companheiros pontuando em duplos-dígitos. A Olimpia também contou com várias boas atuações, com seis atletas marcando pelo menos dez pontos. Vladimir Micov foi o cestinha da equipe, com 15 pontos. A vitória faz o Panathinaikos subir uma posição, agora em 15º lugar (11 vitórias e 20 derrotas). A Olimpia perdeu momentaneamente o seu lugar no “G4” com a derrota, mas voltou para o quarto posto com a derrota do Fenerbahçe. Os italianos voltam a fazer parte de um tríplice empate (20 vitórias e 13 derrotas) com o quinto, Fenerbahçe, e o sexto, Bayern.
Bayern de Munique (ALE) 71 x 70 Žalgiris Kaunas (LIT)
Em jogo importantíssimo, o Bayern recebeu o Žalgiris e conseguiu difícil vitória, alcançando a fase de playoffs pela primeira vez em sua história. Mas o jogo foi muito equilibrado e decidido nos segundos finais, com o eliminado Žalgiris não facilitando em nada para a equipe de Munique. O primeiro quarto começou com os ataques mais amarrados, com o jogo em baixa velocidade. A equipe da casa tinha mais volume de jogo, mas os lituanos aproveitavam cerca de 57% dos arremessos de quadra, incluindo as bolas do perímetro. A defesa do Bayern era melhor, já com quatro roubos de bola e forçando quatro turnovers do Žalgiris, mas ainda assim o jogo era equilibrado. O pequeno Lukas Lekavičius novamente veio bem do banco, contribuindo com oito pontos, enquanto Jalen Reynolds e Nick Weiler-Babb anotaram seis cada para o time da casa, que terminou o primeiro período perdendo por um ponto. No segundo quarto, as defesas voltaram mais fortes, com os ataques caindo o aproveitamento de arremessos. A defesa do Bayern pressionava bastante, roubando bolas e forçando turnovers. Apenas no quarto, a equipe conseguiu forçar três estouros dos 24 segundos do Žalgiris. Porém, o ataque não conseguia capitalizar esse bom momento defensivo. O time chegou a abrir cinco pontos de vantagem, mas logo os visitantes encostaram novamente. O quarto termina com placar baixo, 16 a 14 para o Bayern, e agora um ponto de vantagem para os bávaros. Na volta do intervalo, o equilíbrio continua. O jogo fica um pouco mais rápido, mas a eficiência nos ataques não é boa. O Žalgiris consegue abrir uma vantagem de quatro pontos, com boa participação do pivô Joffrey Lauvergne no período. A equipe vai mantendo essa vantagem, mas não consegue abrir mais, com Reynolds e Weiler-Babb mantendo o Bayern na cola. No minuto final, a equipe da casa consegue virar e fecha o período com três pontos de vantagem, deixando tudo para os dez minutos finais. No último período, as equipes começam nervosas, levando quase dois minutos para a marcação dos primeiros pontos. Mas na sequência o Bayern abre sete pontos, maior vantagem em todo o jogo, parecendo que poderia deslanchar. Porém o Žalgiris não facilitava, fazendo uma corrida de 12 a 2 e passando três na frente. O jogo seguiu ponto a ponto até os segundos finais, sem nenhuma definição. Com pouco mais de dois segundos, perdendo por um ponto, o Bayern sofre uma falta no arremesso de Vladimir Lučić, que converte os dois lances livres e coloca a equipe em vantagem. Na sequência, o próprio Lučić consegue toco em Lauvergne, dando a vitória e a classificação inédita para a equipe de Munique. Poucos destaques individuais do Bayern, mas importante mencionar a partida de Lučić, com 13 pontos, seis rebotes e dois tocos. Com a vitória, a equipe do Bayern permanece na sexta colocação, mas agora classificado, enquanto o Žalgiris permanece no 11º lugar, já eliminado.
Estrela Vermelha (SER) 76 x 64 Maccabi Tel Aviv (ISR)
Em confronto realizado em Belgrado, Sérvia, o Estrela Vermelha saiu vitorioso contra o Maccabi Tel Aviv, interrompendo sequência de duas derrotas. A equipe da casa começou com bastante intensidade, logo abrindo 6 a 0 no placar. A defesa também atuava com energia, forçando quatro turnovers dos visitantes logo de cara. Já a equipe do Maccabi levou quase três minutos para conseguir os primeiros pontos. Mas a partir daí, o Estrela Vermelha parou no ataque e o Maccabi começou a se soltar mais. Após uma corrida de 15 a 3, o time de Israel abre seis pontos de vantagem e começa a controlar a partida. O Estrela termina o quarto com apenas um arremesso certo em 12 tentados de dois pontos, com a diferença não sendo maior graças às bolas do perímetro. No segundo quarto, rapidamente o Maccabi abre dez pontos de vantagem, com defesa forte, forçando erros do time da casa. O Estrela vai tentando se manter na partida, também apertando mais a defesa e aproveitando bem os lances livres. Mas na metade do quarto o time israelense abre 11 pontos de frente, parecendo que a noite seria dos visitantes. Foi quando o time do Estrela Vermelha começa uma reação, com grande contribuição de Ognjen Dobrić, vindo do banco. A equipe conseguiu uma arrancada de 12 a 2 e foi para o intervalo com uma desvantagem de apenas um ponto. Apesar do alto número de turnovers no quarto (7), a equipe tem alto aproveitamento de dois pontos (7 de 8) e começa a dominar os rebotes (13 a 4 no segundo quarto). O cestinha Jordan Loyd tem nove pontos e começa a aparecer mais no jogo. No terceiro quarto, há um equilíbrio inicial entre as equipes, com o Maccabi abrindo quatro de vantagem nos primeiros dois minutos. Mas o Estrela, com uma defesa sensacional, consegue fazer uma parcial de 13 a 0 e pular nove pontos na frente. A equipe ainda cometia erros, que fizeram com que o Maccabi encostasse no placar, mas nada que comprometesse. A defesa continuou muito forte (limitou o Maccabi a apenas 11 pontos), a equipe dominava os rebotes amplamente, e Dejan Davidovac contribui com oito pontos no período, fazendo com que o time da casa terminasse o terceiro quarto vencendo por 53 a 45. No período final, a defesa sérvia continuava muito forte, com a equipe conseguindo manter a vantagem na casa dos dez pontos. O ataque do Maccabi não trabalhava bem a bola, tentando muitas jogadas individuais e arremessos de três pontos, com péssimo aproveitamento. Apenas Tyler Dorsey conseguia algum sucesso no ataque israelense, mas Loyd liderava o time da casa, anotando nove pontos no período. Por fim, o placar construído no terceiro quarto foi decisivo, com o Estrela saindo com a vitória. Destaque individual para Loyd, com 21 pontos, sete rebotes e quatro assistências (apesar dos seis turnovers), e para o camaronês Landry Nnoko, com dez pontos, 11 rebotes (seis ofensivos), uma assistência e um roubo de bola. A equipe sérvia terminou com 48 rebotes, recorde da equipe na competição, sendo 34 defensivos, outro recorde. Apesar da vitória, o Estrela Vermelha permanece na penúltima posição (17ª), enquanto o Maccabi fica na 13ª colocação, com dois jogos a menos.
ALBA Berlim (ALE) 86 x 90 Valencia (ESP)
ALBA e Valencia fizeram o primeiro jogo da sexta-feira e vieram para este com objetivos diferentes. O campeão alemão veio já apenas cumprir calendário, visto que já estava eliminado dos playoffs. No entanto, o Valencia tinha como objetivo manter em aberto a corrida por um dos oito primeiros lugares. O ALBA entrou melhor e tinha uma vantagem de 17 pontos ainda na primeira parte. Os espanhóis reagiram e entraram bem no segundo tempo e com objetivo de manterem vivas as esperanças de se manterem em prova. Os espanhóis conseguiram empatar a partida com seis minutos no terceiro período, mas o ALBA voltou a abrir uns pontos de vantagem. A equipa do sudeste espanhol veio determinada e conseguiu a vitória nos minutos finais. A diferença de qualidade do Valencia, entre o início e fim do jogo deve-se muito à eficácia do lançamento e do cuidado com a bola. Eles começaram muito mal a lançar, marcando apenas três após as primeiras 14 tentativas. Durante esse período, o time perdeu a bola seis vezes. Os “Albatrozes” de Berlim distribuíram bem a bola durante o jogo. Na primeira parte, tiveram 17 assistências, sendo isso um recorde do clube numa parte, e acabaram o jogo com 26. O Valencia ainda teve mais, com 28, o máximo do clube nesta edição. Entre os germânicos, Marcus Eriksson foi quem mais se destacou com os seus 17 pontos (quatro em cinco de três pontos), dois ressaltos e um PIR de 20. O ALBA encontra-se agora no 16º lugar com 11 vitórias e 22 derrotas. Já o Valencia procura chegar ao oitavo lugar, no entanto ainda está no décimo lugar, com 18 vitórias e 15 derrotas.
CSKA Moscou (RUS) 97 x 72 Khimki (RUS)
Este foi um jogo em que se esperava que fosse desequilibrado, pois as duas equipas encontram-se nos dois extremos da classificação. Durante a primeira parte, a partida ainda foi renhida, mas o CSKA saiu do balneário com a vontade de acabar com as esperanças do Khimki em ganhar o jogo. Nem por acaso, nove minutos depois do terceiro período ter começado a diferença no resultado era de 30 pontos (72 a 42). A equipa da casa focou-se bastante no lançamento interior, marcando 32 lançamentos de dois pontos de 44 tentados (72,7%). Mesmo com a novela de Mike James, a equipa do CSKA parece que não se sente abalado mantendo a série vitoriosa, chegando agora a quatro consecutivas na Euroliga. Falando no caso James, circulou hoje pela internet a notícia de que o armador já estaria deixando a Rússia e rumando de volta para os EUA. Como mencionamos no resumo da última rodada, o treinador do time, Dimitris Itoudis, deixou a entender que não pretende mais contar com o jogador pelo restante da temporada. Os rumores dão conta de que seu vôo de volta para casa esteja marcado para este sábado (3). Voltando a falar da partida, os da casa aproveitaram o desequilíbrio no resultado para rodar bastante o banco. No entanto, quem melhor esteve foi Johannes Voigtmann, tendo 16 pontos (cinco em seis de dois pontos), nove ressaltos e um PIR de 22. Já para o Khimki, Jordan Mickey esteve bem, com os seus 16 pontos (seis em seis de lance livre), sete ressaltos, duas assistências, seis (!) roubos de bola e um PIR de 24. O CSKA solidifica o segundo lugar com 22 vitórias e dez derrotas. Já o Khimki continua a histórica caminhada (no mau sentido) com as suas apenas quatro vitórias e 28 derrotas.
Zenit São Petersburgo (RUS) 87 x 53 ASVEL (FRA)
Entrando para esta partida, o Zenit havia conseguido apenas três vitórias nos 11 jogos anteriores, seqüência esta que fez a equipe cair do terceiro lugar, que ocupava após a 21ª rodada, para o nono lugar, ao fim da rodada anterior. Esta foi a primeira vez em toda a temporada que o clube russo se viu fora da zona de classificação. Pela frente eles teriam o ASVEL, um adversário já eliminado e que vinha de cinco derrotas seguidas, mas que mesmo assim não deixou de ser uma pedra no sapato dos clubes os quais enfrentou nessa seqüência, incluindo o Fenerbahçe e o Real Madrid. Durante o primeiro tempo de jogo, pôde-se ver o tanto que a equipe francesa pode incomodar. Os donos da casa começaram bem e venceram o primeiro quarto, mas viram os visitantes virarem o jogo durante o segundo. Essa reação veio após o time francês fazer uma parcial de 8 a 0, impulsionada por William Howard. Mas Kevin Pangos e Billy Baron trataram de recolocar o Zenit à frente. Apesar de os anfitriões não terem conseguido criar uma grande vantagem, eles conseguiram levar para o vestiário uma vantagem modesta, de 41 a 37. Porém, todo o equilíbrio desta partida ficou lá pelo primeiro tempo. Na volta para o segundo, a defesa russa foi demolidora e não deixou o ASVEL respirar. Nos primeiros cinco minutos do terceiro quarto, o Zenit limitou o time francês a apenas uma cesta, criando uma parcial de 15 a 2. O ASVEL se viu completamente dominado e, sem forças para reagir, viu o Zenit levar a vantagem para acima dos 20 pontos. O placar final do terceiro quarto foi de incríveis 25 a 6 para o Zenit. A festa não parou durante o último quarto, pois a defesa dos donos da casa novamente impediram que o ASVEL jogasse no ataque, limitando os franceses a apenas dez pontos, enquanto eles mesmos não tiraram o pé do acelerador no ataque. Pouco a pouco a diferença foi subindo e por muito pouco não alcançou os 40 pontos. Baron, que esteve em quadra por menos de 13 minutos, terminou como o cestinha do Zenit e do jogo, com 15 pontos, mesma pontuação do companheiro Austin Hollins. Pangos também terminou com ótimos números, passando perto de um duplo-duplo, com dez pontos e oito assistências. Pelo ASVEL, David Lighty foi o único a superar os duplos-dígitos, terminando com 12 pontos. A vitória recoloca o Zenit dentro da zona de classificação. O time sobe do nono para o oitavo lugar (18 vitórias e 14 derrotas), graças à derrota sofrida pelo Baskonia. Com um jogo a menos, os russos ampliam suas chances de classificação. O ASVEL (12 vitórias e 20 derrotas) permanece no 14º lugar.
Fenerbahçe (TUR) 73 x 82 Barcelona (ESP)
Na Turquia, um duelo de dois clubes já classificados aconteceu entre o Fenerbahçe (TUR) e o líder da competição Barcelona (ESP). Apesar da vaga já garantida para ambos, os clubes fizeram um duelo bem interessante de assistir, dando uma amostra do que podemos esperar nos confrontos de playoffs. Logo no início, uma situação complicada aconteceu para os turcos, pois seu pivô, Jan Vesely, acabou deixando a quadra no primeiro período devido a uma lesão no tornozelo, impossibilitando-o de prosseguir na partida. Por conta da lesão de Vesely, Kyle O’Quin obteve a oportunidade de ser presenteado com mais minutos em quadra e soube aproveitar bem ao terminar com 17 pontos anotados, sua maior marca na Euroliga. No entanto, mesmo com grande atuação de O’Quin e de Nando De Colo na armação, o clube turco não conseguiu suportar o ímpeto espanhol, que soube administrar muito bem todas suas ações ofensivas e defensivas desde o início da partida, mostrando o quanto pode ser um clube constante. Para piorar a situação do Fenerbahçe no jogo, eles depararam-se com mais uma perda em seu quartel, quando Nando De Colo foi para o vestiário antes do término no jogo por conta também de uma lesão, sendo a do armador no joelho. A segunda saída do clube foi sentida por seus jogadores e a vitória fora de casa do Barcelona foi questão de tempo, terminando com o placar final de 73 a 82, garantindo matematicamente a liderança da competição.
Real Madrid (ESP) 72 x 63 Olympiacos (GRE)
Em jogo de vida ou morte, o Real Madri bateu o Olympiacos em casa por 72 a 63. Sem o treinador Pablo Laso, suspenso, a equipe madrilenha contava com Mateo Jesus no comando do time. A partida foi muito fraca ofensivamente, especialmente do lado do Olympiacos, com as defesas levando vantagem quase sempre. O primeiro quarto foi jogado dentro dos garrafões, com poucas tentativas do perímetro. O argentino Gabriel Deck era o mais acionado da equipe do Real, com dez pontos no período, enquanto o veterano Georgios Printezis tinha melhor desempenho pelos gregos, com sete pontos. As equipes cometiam muitos erros e movimentavam pouco a bola no ataque, com o Olympiacos tendo um aproveitamento péssimo de quadra. Assim, o quarto terminou com vantagem do Real por 20 a 11. No segundo quarto, as coisas não mudaram muito. O ataque grego não acertava nada, com um aproveitamento péssimo. A equipe da casa não era muito melhor, tendo muitos desperdícios de bola e aproveitamento de quadra ruim. Os espanhóis dominavam os rebotes e colocavam um pouco mais de energia na defesa, suficientes para terminarem o primeiro tempo vencendo por 36 a 26. Na volta do intervalo, a partida continua ofensivamente muito fraca. O Real Madri, precisando muito da vitória, explora mais as jogadas com Walter Tavares dentro do garrafão, com sucesso. O Olympiacos parece desinteressado na partida, com apenas Sasha Vezenkov tendo algum sucesso no ataque. A equipe da casa, mesmo não fazendo um grande jogo, consegue abrir 16 pontos de vantagem, indo para o quarto final com uma certa tranquilidade. Logo no início do último período, o Real abre 17 de frente, indicando uma vitória tranquila. A equipe grega até consegue reduzir a vantagem para nove pontos, principalmente com os dez convertidos por Vezenkov no período, mas não é o bastante para tirar o triunfo da equipe da casa. Destaque dos “Blancos” para Deck, com 18 pontos, cinco rebotes, duas assistências e um roubo de bola, e “Eddy” Tavares, com 15 pontos, oito rebotes, uma assistência, quatro roubos de bola e dois tocos. Com a vitória, o Real sobe para a 7ª posição, só dependendo de si na última rodada para obter a classificação. Já o Olympiacos permanece na 12ª colocação, eliminado da competição.
Confira como ficou a classificação geral da Euroliga após a 33ª rodada: