Por Vinícius Matosinhos, Rafael Bittelbrunn, Artur José Freitas e Thiéres Rabelo
A temporada regular da Euroliga (quase) chegou à sua conclusão! Foi realizada nesta quinta e sexta-feira (8 e 9) a 34ª e última rodada da competição. O único motivo de tudo não ter sido definido já de uma vez é que um dos times envolvidos na briga pelo oitavo lugar, o Zenit São Petersburgo, ainda tem um jogo por realizar. Atualmente, o clube russo ocupa o oitavo lugar, com o mesmo número de vitórias, mas uma derrota a menos do que o nono colocado, Valencia. Nesta segunda-feira (12), o Zenit define seu futuro, recebendo o Panathinaikos, em uma partida válida pela sexta rodada, que precisou ser adiada duas vezes. Se vencer, o time russo conseguirá a primeira classificação para as quartas-de-final de sua história. Se perder, o Valencia fica com a oitava vaga, pois supera os russos no saldo de pontos do confronto direto.
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Além da briga pelo oitavo posto, que ficou indefinida, a rodada também teve outras emoções. O Real Madrid, que corria o risco de ser eliminado em caso de derrota, atropelou o Fenerbahçe fora de casa e garantiu uma das vagas. Olimpia Milão e Bayern de Munique brigavam pelo quarto lugar e ambos venceram, o que fez os italianos ficarem com a vantagem de mando de quadra nos playoffs. O CSKA garantiu o segundo lugar e evitou o Real Madrid no cruzamento das quartas. E o líder Barcelona contou com a volta de Pau Gasol às quadras, após mais de 20 anos desde sua última atuação pelo clube “Blaugrana” na Euroliga, em dezembro de 2000.
CSKA Moscou (RUS) 88 x 70 ASVEL (FRA)
O CSKA veio para este jogo precisando de uma vitória para assegurar, matematicamente, o seu segundo lugar na competição. Os russos, por terem um jogo a menos, poderiam terminar com uma derrota a mais que o Anadolu Efes. Um triunfo nesta partida garantiria que, mesmo se perdesse o jogo adiado, o CSKA ficaria com campanha igual à do Efes e o time vence os turcos nos critérios desempate. Para o ASVEL, que já estava eliminado da disputa por uma vaga nos playoffs, pouca diferença lhe fazia o resultado deste jogo. Os russos desde cedo começaram a controlar a partida, mas o ASVEL, quando regressou do intervalo, veio com vontade de vencer e conseguiram completar uma reviravolta de 13 pontos, a dois minutos do fim do terceiro período. O jogo ainda esteve taco a taco durante um tempo. O CSKA perdia por quatro pontos (66 a 62) com dois minutos no quarto período, mas, depois, o CSKA quis mostrar que era mesmo a melhor equipa em quadra. Então, teve uma parcial de 18 a 0 (!), em que simplesmente colocaram o pé no acelerador e os franceses nunca mais tiveram hipótese de ganhar a partida. A chave desta vitória russa foi o cuidado que tiveram com a bola, perdendo apenas seis vezes a posse desta, enquanto forçaram 15 aos adversários. Com este resultado, continua a caminhada francesa na capital russa: o CSKA, em casa, tem um histórico de 22 vitórias e uma derrota contra equipas francesas e a única vez que algum gaulês venceu lá foi há mais de 20 anos, o próprio ASVEL. Iffe Lundberg esteve estupendo neste jogo, contribuindo para a vitória do CSKA com 23 pontos (cinco em sete de dois pontos e três em cinco de três pontos), quatro ressaltos, quatro assistências, três roubos de bola e um PIR (Performance Index Rating) de 30. Para o ASVEL, quem melhor esteve foi Guerschon Yabusele, com os seus 23 pontos (quatro em quatro de dois pontos e quatro em seis de três pontos), quatro ressaltos e um PIR de 26. O tradicional clube francês, apesar do segundo turno bem melhor que o primeiro, encerra sua segunda participação seguida com a campanha de 13 vitórias e 21 derrotas, que lhe asseguram a 14ª colocação final. O CSKA chega à campanha de 23 vitórias e dez derrotas, que, como dito anteriormente, lhe assegura o segundo lugar geral. A equipe enfrenta o Panathinaikos na próxima quarta-feira (14), em jogo adiado da 25ª rodada, só para cumprir o calendário.
Žalgiris Kaunas (LIT) 93 x 78 Panathinaikos (GRE)
Em um jogo que não valia nada, por envolver duas equipes já eliminadas, o Žalgiris recebeu em Kaunas, na Lituânia, o Panathinaikos, buscando completar a “varrida” na temporada para cima do time grego. E a missão foi cumprida sem maiores problemas. O primeiro tempo até que foi equilibrado, com um quarto muito bom para cada equipe. Após um certo equilíbrio nos minutos iniciais, o Žalgiris conseguiu uma parcial de 15 a 2, que lhe deu 13 pontos de vantagem no primeiro quarto. O argentino Patrício Garino chamou a atenção nos minutos finais, anotando oito pontos seguidos para os lituanos. O Panathinaikos resolveu reagir no segundo período, contando com a boa atuação de Nemanja Nedović. O sérvio, que voltou de lesão na semana passada, fez sete pontos no quarto, que ajudaram o time a trazer a diferença para apenas três pontos. Ao fim do primeiro tempo, os anfitriões ainda venciam, mas por apenas cinco pontos. Mas a história do segundo tempo foi bem diferente. Após uma cesta inicial do Panathinaikos para abrir o terceiro quarto, o Žalgiris aplicou uma parcial de 14 a 0, que elevou sua vantagem para 17 pontos, a maior do jogo até ali. Nesta, o garoto Karolis Lukošiūnas (seis pontos) e o armador Thomas Walkup (cinco) combinaram para 11 pontos. A partir daí, os gregos não encontraram forças para nenhum tipo de reação e mesmo com o Žalgiris usando os minutos finais da temporada para dar tempo de quadra para alguns jogadores pouco utilizados, a vantagem só cresceu. Durante o último período, os lituanos chegaram a abrir 24 pontos de frente, em um verdadeiro passeio. Pelo Žalgiris, o armador Lukas Lekavičius terminou como o cestinha do jogo, com 20 pontos, mas Walkup foi quem mais se destacou, com 29 de PIR, através de seus 18 pontos, cinco assistências, quatro rebotes e dois roubos. Esta pode ter sido a última partida do ala Marius Grigonis pelo Žalgiris, pois a imprensa lituana dá conta de que ele já teria chegado a um acordo com o CSKA para a próxima temporada. Ele teve mais uma atuação discreta nesta reta final, com apenas seis pontos e cinco assistências. O gigante lituano finaliza, portanto, sua temporada com 50% de aproveitamento, 17 vitórias e 17 derrotas, no 11º lugar. O Panathinaikos cai uma posição, agora em 16º lugar, com 11 vitórias e 21 derrotas, mas ainda pode subir uma posição, pois tem dois jogos a menos. Se vencer pelo menos um deles, o clube terminará em 15º.
Fenerbahçe (TUR) 67 x 93 Real Madrid (ESP)
Este era um dos jogos mais importante da última jornada. O Real Madrid necessitava de vencer o jogo na Turquia contra o Fenerbahçe para garantir a ida aos playoffs e não ter de andar a roer as unhas no segundo dia de jogos da semana. Já o Fenerbahçe já tinha o seu lugar seguro na próxima fase, mas queria vencer para tentar conseguir o “fator casa” na primeira ronda dos playoffs. Desde início, se viu que o Real vinha com vontade de arrumar o jogo o mais rápido possível e não queria de todo colocar os seus adeptos a sofrer do coração. E assim foi, após o primeiro período os espanhóis já venciam por 12, e ao intervalo a vantagem mantinha-se nos dois dígitos (13 pontos). Na segunda parte os turcos ainda tentaram se aproximar, chegando a estar a oito pontos mas os madrilenhos não estiveram com brincadeiras e responderam colocando a vantagem nos 20 pontos, passado menos de cinco minutos. O Real Madrid garante assim a continuidade na Euroliga, num jogo em que não deixou o Fenerbahçe estar a vencer um único segundo. Esta prestação do Real Madrid foi tão boa quanto o resultado mostra e até teve um bocadinho de história, visto que quebraram o recorde do clube de triplos marcados num jogo da Euroliga, que agora é de 19 triplos convertidos, que vieram em apenas 38 tentados (50% de eficácia). Nicolás Laprovittola foi um dos que ajudou a conseguir este recorde, marcando quatro em seis de três pontos, ficando então com um total de 18 pontos, dez assistências (!), quatro ressaltos, dois roubos de bola e um PIR de 29. O cestinha dos “Merengues” foi o francês Fabien Causeur, com 20 pontos, enquanto o argentino Gabriel Deck contribuiu com 19 pontos. Porém, esta parece ter sido a última partida de Deck pelos madridistas, pois o jornal MARCA, da Espanha, noticiou nesta quinta-feira que o jogador irá deixar o Real para se juntar imediatamente ao Oklahoma City Thunder (EUA), na liga estadunidense. O jornal Record, de Portugal, noticia que o próprio atleta irá pagar ao clube espanhol a sua multa rescisória, que tem um valor estimado de € 2 milhões. Já para o Fenerbahçe, Nando de Colo foi uma das poucas coisas boas da noite para o Fenerbahçe, com 23 pontos (nove em 17 de dois pontos), cinco ressaltos, dez faltas sofridas e um PIR de 27. Além dele, o armador Lorenzo Brown também se destacou, anotando 16 pontos, mas foi só. Vale lembrar que a equipe turca jogou desfalcada do pivô Jan Veselý, um dos principais jogadores da competição, que se lesionou na semana passada e se tornou uma preocupação até mesmo para as quartas-de-final. Ambos os times terminaram a temporada com a campanha de 20 vitórias e 14 derrotas. Nos critérios desempate, o Real leva a vantagem e termina em sexto, enquanto o Fener fica com o sétimo lugar.
ALBA Berlim (ALE) 81 x 58 Estrela Vermelha (SER)
Em jogo de despedida das equipes da competição, o ALBA Berlim venceu sem dificuldades o Estrela Vermelha, interrompendo uma sequência de quatro derrotas. O jogo, realizado nesta quinta-feira em Berlim, teve equilíbrio no primeiro período. A equipe alemã tinha uma defesa com bastante pressão e trabalhava bem seu ataque. O italiano Simone Fontecchio contribuiu com oito pontos, enquanto Peyton Siva, vindo do banco, deixou outros sete, além de dar mais velocidade para a equipe. Com o ALBA abrindo oito de frente, parecia que o time iria deslanchar, já que o Estrela estava com um péssimo aproveitamento de dois pontos. Mas a entrada de Corey Walden deu um gás novo para a equipe sérvia, que conseguia mais roubos de bola e forçava mais erros dos alemães. Além disso, os visitantes foram mais para a linha do lance livre, finalizando o primeiro quarto com apenas dois pontos de desvantagem. O segundo quarto foi um desastre para o Estrela Vermelha, em quase todos os quesitos. O aproveitamento de dois pontos continuava ruim (apenas 4 de 11 no quarto) e o do perímetro piorou, com nenhum acerto em quatro tentativas. A defesa da equipe alemã era mais forte, conseguindo cinco roubos de bola e forçando dez turnovers dos visitantes, o que limitou o Estrela a míseros oito pontos no período. No ataque, o ALBA tinha ótimo aproveitamento de dois pontos, com Siva e Fontecchio continuando a ser os destaques, enquanto Jordan Loyd pouco contribuía para o Estrela. O time sérvio passou o segundo quarto sem dar nenhuma assistência, indo para o intervalo com uma desvantagem de 19 pontos. O terceiro quarto foi um pouco mais equilibrado, com o Estrela pressionando mais na defesa, tentando diminuir a diferença. Apesar do aproveitamento do ALBA cair um pouco, o da equipe sérvia não era muito melhor, com Marko Simonović conseguindo conectar algumas bolas do perímetro. Porém a equipe da casa não aliviava, tendo Marcus Eriksson também matando algumas bolas do perímetro, e mantendo a vantagem na casa dos 20 pontos, deixando uma boa margem para o quarto final. No último período, a partida se desenrolou em ritmo de treino para as duas equipes. Praticamente sem paradas ao longo do quarto, o Estrela seguia com dificuldades nos arremessos, com pouca criatividade no ataque. O ALBA apenas administrava, aproveitando a ampla vantagem para colocar alguns jovens em quadra. O jogo seguiu tranquilo até o final, com as equipes encerrando suas participações na competição. O destaque individual do ALBA foi Peyton Siva, com 17 pontos, dois rebotes, oito assistências e dois roubos de bola. Com a vitória, a equipe alemã fica momentaneamente na 15ª colocação, mas ainda pode cair uma posição, após os jogos remarcados. O Estrela Vermelha fecha em 17º e penúltimo lugar.
Valencia (ESP) 86 x 81 Baskonia (ESP)
Em confronto de vida ou morte entre equipes espanholas, realizado nesta quinta-feira, o Valencia recebeu o Baskonia e conseguiu a vitória por 86 a 81. Apesar do triunfo, os “Laranjas” precisam aguardar o jogo do Zenit na segunda-feira (12) para saber o seu destino na competição. Caso os russos vençam, a vaga é da equipe de São Petersburgo. Caso contrário, a vaga é valenciana. O clássico espanhol não foi dos melhores tecnicamente, com uma avalanche de “turnovers” e ataques precipitados. Mas a entrega das equipes foi completa, digna da busca por uma vaga aos playoffs. O Valencia não contou com Martin Hermannsson, fora da equipe a mais de um mês, cotado para voltar nesta partida. Pelo lado basco, o armador Pierriá Henry era dúvida, porém veio do banco e foi o principal jogador do Baskonia. A equipe visitante começou melhor, abrindo 8 a 2 logo no início, mas logo o Valencia conseguiu equilibrar as ações. A defesa do time da casa era mais forte, e o Baskonia passou a ter dificuldades no ataque e a cometer muitos erros (foram sete apenas no quarto). Com Derrick Williams muito bem no ataque e na defesa, o Valencia fez 19 a 6 e abriu sete de vantagem. Apesar do péssimo aproveitamento de longa distância (2 de 9 tentativas), a equipe tinha ótima eficiência nos dois pontos e lances livres (7 de 7 no quarto). A equipe basca passou a ter mais energia com Henry em quadra, diminuiu um pouco a vantagem, e terminou o quarto perdendo por quatro pontos (25 a 21). O segundo quarto é de muita defesa, com as equipes colocando velocidade nos ataques, mas ainda desperdiçando muito a bola. Além de Henry, que continua bem na partida, também o lituano Rokas Giedraitis aparece com destaque pelo Baskonia, marcando oito pontos no quarto. O Valencia continua mal do perímetro e comete oito turnovers no período, não conseguindo manter o ritmo do primeiro quarto. A equipe fica limitada a apenas 14 pontos no quarto e, após uma corrida de 12 a 2 do Baskonia, vai para os vestiários perdendo por cinco. Na volta do intervalo, o time basco não volta bem e o Valencia diminui para um ponto. Então Henry volta para a quadra, e a equipe trabalha melhor a bola, com Giedraitis e Zoran Dragić tendo boas participações. Os visitantes conseguem uma corrida de 10 a 2 e abrem nove pontos de vantagem, maior vantagem de qualquer equipe na partida. Porém, com grande trabalho defensivo e participação de Williams e Klemen Prepelič, a equipe valenciana faz uma parcial de 10 a 0 e passa um ponto na frente, levando a vantagem para o quarto final. No quarto decisivo, o jogo permanece equilibrado e mais aberto. As equipes disputam ponto a ponto, sem nenhuma abrir vantagem e com algumas trocas de liderança. O jogo é bastante físico, com muitas faltas e um grande número de chances de lances livres (15 para cada equipe). Apesar do Valencia ainda cometer muitos erros (sete no período), o aproveitamento ruim de arremessos do Baskonia faz toda a diferença, incluindo os lances livres. Com pouco menos de um minuto, a equipe da casa consegue abrir seis pontos de vantagem, com papel decisivo de Williams, e controla bem a pequena margem até o final. Jogo importantíssimo de Williams, com 16 pontos, quatro rebotes, quatro assistências, quatro roubos de bola e um toco, além do veterano Bojan Dubljević, com 11 pontos, sete rebotes, cinco assistências e dois roubos de bola. Pelo lado basco, boa atuação de Pierriá Henry, com 19 pontos, três rebotes, sete assistências e três roubos de bola. Com a vitória, o Valencia fica na 9ª colocação, aguardando a partida do Zenit, enquanto o Baskonia fecha sua participação na décima posição.
Zenit São Petersburgo (RUS) 86 x 69 Maccabi Tel Aviv (ISR)
Com certeza, a rodada desta semana teve todos seus holofotes virados para os confrontos que decidiriam os últimos dois classificados da temporada. Logicamente, o Zenit (RUS) estava nessa corrida por uma vaga e iria receber em casa o já eliminado Maccabi Tel Aviv (ISR), na esperança de se aproximar dos playoffs de uma vez por todas, pois o clube russo possui uma rodada a menos e com a vitória poderia ter a chance de depender de si mesmo no confronto de cumprimento de tabela. Esse ânimo pela classificação ficou bem claro dentro de quadra, uma vez que o clube dono da casa iniciou a partida de forma focada e sabendo escolher os melhores arremessos, terminando assim o primeiro quarto com uma boa vantagem de 10 pontos. Apesar da falta de motivação aparente por parte dos visitantes guiados por Ioannis Sfairopoulos, o Maccabi soube identificar rápido seus erros antes do intervalo e conseguiu vencer o segundo quarto, no entanto, na agregado o clube israelita ainda se encontrava atrás por sete pontos. Já segunda parte do duelo a história foi totalmente diferente, pois o Zenit, liderado pelo armador Austin Hollins (15 pontos), começou a dominar as duas pontas da quadra no terceiro período, construindo assim uma vantagem segura e derradeira ao entrar no período decisivo. A partida terminou com a vitória importante em casa do Zenit pelo placar final de 86 a 69. Sendo assim, agora a equipe russa treinada por Xavi Pascual recebe, segunda-feira (12) em casa, o Panathinaikos e poderá garantir sua primeira classificação para os Playoffs na história da Euroliga.
Olympiacos (GRE) 82 x 75 Khimki (RUS)
Na Grécia, um duelo tranquilo de dois eliminados ocorreu entra o Olympiacos (GRE) e o Khimki (RUS), que viria para esse jogo afim de findar uma das piores, se não a pior, campanha da história da Euroliga, uma vez que ao entrar em quadra o Khimki havia vencido apenas quatro jogos dos 33 disputados. Já os donos da casa, viriam para aquela partida para terminar a temporada sabendo que tiveram várias chances de classificação, mas que ao decorrer das semanas pecaram em muitos fundamentos, custando caro no fim das contas. No início da partida, parecia que os visitantes viriam com todas suas forças, chegando a abrir uma vantagem de oito pontos no placar, que logo em seguida foi respondida pelo Olympiacos, terminando o primeiro quarto na frente por seis pontos. Vendo que algumas escolhas tomadas nos primeiros minutos haviam dado certo, O Khimki veio muito bem preparado para se redimir antes do intervalo, usando e abusando dos jogadores que estavam sendo testados no esquema tático russo. Um dos atletas que se deram muito bem em quadra foi o armador Errick McCollum, que terminou a partida com 17 pontos convertidos e sete assistências. Esse pequeno ímpeto do clube visitante fez com que a partida fosse para o intervalo com a diferença no placar de apenas um ponto. Já na volta do intervalo, o Khimki começou a insistir novamente em erros banais e viu sua vantagem conquistada indo embora, pois um grande jogador da equipe adversária, chamado Sasha Vezenkov, estava em um dia inspirado em ambos os lados da quadra, convertendo pontos importantes para a arrancada e sendo muito dominante na defesa, terminando assim a partida com um duplo-duplo de 20 pontos e 11 assistências. Com a pequena vantagem garantida, o Olympiacos entrou no período decisivo da partida muito tranquilo, chegando até ser um pouco displicente, mas nada que tirasse a vitória em casa pelo placar final de 82 a 75. Sendo assim, o Khimki terminou a temporada garantindo a marca desastrosa de 30 derrotas na competição.
Olimpia Milão (ITA) 98 x 75 Anadolu Efes (TUR)
Recuperando-se do tropeço que sofreu na semana passada, a Olimpia conseguiu uma vitória gigantesca em casa contra o Efes, resultado este que garantiu o clube italiano dentro do “G4”. Os milaneses dominaram esta partida do início ao fim e em momento algum foram ameaçados pelos turcos que, ganhando ou perdendo, não sairiam do terceiro lugar. Logo no primeiro quarto os donos da casa arrancaram, na metade final do período, e abriram dez pontos de vantagem. No segundo período em diante, os italianos foram ainda mais donos da partida, levando a vantagem para perto dos 20 pontos e a mantendo ali confortavelmente, durante quase todo o jogo. Aparentemente sem muito interesse em jogar de forma mais intensa, o único momento em que o Efes chegou mais perto foi no início do segundo tempo. O trio de Rodrigue Beaubois, Shane Larkin e Vasilije Micić ajudou o Efes a chegar o mais perto no marcador, desde o primeiro quarto, quando os visitantes cortaram a vantagem do adversário para sete pontos. Mas Kevin Punter respondeu para a Olimpia com seis pontos seguidos, sem respostas, tranqüilizando as coisas novamente para os italianos. Bastou a Milão administrar sua vantagem durante o restante do jogo, fazendo-a chegar a 30 pontos e concretizando a tranqüila vitória. O trio de americanos da Olimpia foi o grande destaque da partida: Shavon Shields foi o cestinha, com 19 pontos, enquanto Punter teve 18. Zach LeDay contribuiu com 15 pontos e seis rebotes. As boas notícias para o clube foram a volta de lesão do armador titular Malcolm Delaney e das boas contribuições do ala-pivô Jeremy Evens, reforço contratado em fevereiro. Pelo Efes, destacou Beaubois, com 15 pontos, cestinha do time. A Olimpia garante o quarto lugar, com a campanha final de 21 vitórias e 13 derrotas, enquanto o Efes fica com a terceira melhor campanha, com 22 vitórias e 12 derrotas.
Barcelona (ESP) 72 x 82 Bayern de Munique (ALE)
A principal história deste encontro entre o líder Barcelona e o quinto colocado Bayern era, sem a menor sombre de dúvidas, a estréia do pivô Pau Gasol pelo time espanhol, ele que retornou ao clube que o revelou após mais de 20 anos. Porém, esta não era a única grande história desta partida. Uma semana após garantir a histórica classificação para as quartas-de-final, a primeira na história do clube e a primeira de um time alemão neste século, o Bayern ainda queria mais. Os bávaros ainda tinham a possibilidade de beliscar uma vaga no “G4”, caso vencessem e a Olimpia perdesse. Então, o time visitante foi à luta. Desde o início do jogo, jogando de maneira muito intensa fisicamente, os alemães conseguiram se sobressair. Com uma segunda metade de primeiro quarto muito forte, que incluiu uma parcial de 8 a 0, o Bayern abriu 29 a 22 após dez minutos. A partir dali, a batalha foi dura até o fim, mas o Bayern nunca esteve atrás no marcador. Não foi por falta de luta, pois, no início do segundo tempo, o ala-pivô Rolands Šmits, com seis pontos seguidos, ajudou a cortar a vantagem dos visitantes para apenas 47 a 45. Mas o americano Jalen Reynolds também estava em uma noite inspirada e ele ajudou a levar a liderança do Bayern para perto dos duplos-dígitos novamente, também fazendo seis pontos no quarto. Em auxílio ao pivô, Wade Baldwin IV e Vladimir Lučić apareceram bem no último quarto e ajudaram o Bayern a manter a vantagem sempre confortável, passando dos dez pontos e o time visitante pôde caminhar para a vitória, “varrendo” o clube catalão na temporada. Reynolds foi o grande nome da partida, cestinha com 26 pontos, além de cinco rebotes e três roubos, para 26 de PIR. Baldwin contribuiu com outros 18 pontos e seis assistências, para 21 de PIR, enquanto Lučić ficou com 14 pontos. Pelo Barça, Leo Westermann e Leandro Bolmaro tiveram ambos 12 pontos. Titular, Gasol esteve em quadra por apenas 13 minutos, mas contribuiu bem, com nove pontos e quatro rebotes. A derrota não faz nenhuma diferença na campanha do Barça, que já havia garantido o primeiro lugar na semana passada. O time termina a temporada com 24 vitórias e dez derrotas e aguarda até segunda-feira para conhecer seu adversário nas quartas. Já o Bayern não conseguiu o lugar no “G4” que tanto queria, mas, pelo menos, evitou uma pequena “tragédia”. Se tivesse perdido, o time alemão poderia ter despencado algumas posições, pois acabaria podendo fazer parte de um quádruplo empate, que poderia jogar o time até mesmo para o oitavo lugar. Ao invés disso, eles consolidam o quinto lugar, com 21 vitórias e 13 derrotas.
Confira abaixo como ficou a classificação geral da Euroliga após a 34ª rodada. Vale lembrar que três clubes ainda possuem jogos remarcados a realizar, ou seja, esta aqui não é a classificação final.