Após uma temporada frustrante, o Panathinaikos começou um processo de completa renovação, envolvendo jogadores, treinadores e até mesmo dirigentes. O clube ainda vive uma crise política que pode atrapalhar o dia-a-dia da equipe e o elenco formado ainda não mostrou resultados muito bons. Mas com algumas peças que podem prover um desempenho individual de qualidade, é possível que o time consiga avançar de fase na Euroliga e, talvez, surpreender nos playoffs.

Quem chegou

Georgios Vovoras (treinador, ex-assistente) assinou por uma temporada / Marcus Foster (SG, Hapoel Holon-ISR, estadunidense, 25 anos) assinou por uma temporada / Nemanja Nedović (PG/SG, Olimpia Milano-SER, sérvio, 29 anos) assinou por uma temporada / Zach Auguste (C, Galatasaray-TUR, grego-estadunidense, 26 anos) assinou por duas temporadas / Howard Sant-Roos (SG/SF, CSKA Moscou-RUS, cubano, 29 anos) assinou por uma temporada / Lefteris Bochoridis (SG/PG, Aris-GRE, grego, 26 anos) assinou por uma temporada

Quem saiu

Rick Pitino (treinador), Nick Calathes (PG, grego-estadunidense, 31 anos) / Tyrese Rice (PG, montenegrino-estadunidense, 33 anos) / Jacob Wiley (PF/C, 25 anos) / Wesley Johnson (SF, estadunidense, 32 anos) / Ian Vougioukas (C, grego, 35 anos) / Ioannis Athinaiou (PG/SG, grego, 32 anos) / Andy Rautins (SG, canadense, 33 anos) / Nikos Pappas (SG, grego, 29 anos) / Jimmer Fredette (SG, estadunidense, 31 anos)

Possível quinteto titular:
PG – Pierre Jackson
SG – Marcus Foster
SF – Aaron White
PF – Ioannis Papapetrou
C- Georgios Papagiannis
Sujeito a variações
Possível segunda unidade:
PG – Lefteris Bochoridis
SG – Nemanja Nedović
SF – Howard Sant-Roos
PF – Dinos Mitoglou
C- Zach Auguste
Sujeito a variações

Desempenho geral na temporada passada

A temporada passada foi um pesadelo para o clube ateniense. A crise política se agravou, contando com uma briga pública entre o dono do time, Dimitris Giannakopoulos, e a Euroliga, e até mesmo episódios de violência de torcedores contra dirigentes do clube – um fato infelizmente não tão incomum nas torcidas gregas.

Sem a presença do maior rival, o Olympiacos, na primeira divisão do campeonato grego, o Panathinaikos não teve problemas para ser o líder da competição, vencendo 18 das 20 partidas disputadas. O campeonato foi suspenso em março em função da pandemia da COVID-19 e posteriormente cancelado, mas o clube foi declarado seu campeão,  sendo este o 38º título nacional de sua história.

Contudo, a campanha que mais importava na temporada, a da Euroliga, foi uma das mais decepcionantes da história recente do clube. Houve muita empolgação quando ainda no início da temporada o treinador americano Rick Pitino concordou em retornar ao comando da equipe, após ter tido um relativo sucesso na temporada anterior. Mas a segunda passagem de Pitino pelo clube foi um fracasso absoluto, pois o Panathinaikos jogou um basquete de péssimo nível, terminando com a segunda pior defesa da competição e perdendo seis das últimas sete partidas antes da suspensão da temporada.

Reforço(s) mais importante(s) para esta temporada

O elenco foi quase que completamente reformulado para esta temporada. Apesar de o início não estar sendo muito bom (o clube não conseguiu sequer chegar à final do mini-torneio de pré-temporada da Euroliga e nem da Supercopa Grega), algumas peças estão se destacando individualmente. Mas nenhuma delas mostrou mais que o ala-armador sérvio Nemanja Nedović.

Nos quatro principais jogos até aqui (não contando amistosos), leia-se, os quatro das duas competições citadas acima, “Nedo” marcou pelo menos 18 pontos em cada uma delas. E ele foi titular em somente uma delas. Após dois anos de anonimato, amargando a reserva na Olimpia Milano (ITA), ele terá em Atenas a chance de ser o protagonista do time, ainda que vindo do banco. Podendo jogar em ambas as funções de backcourt, ele pode formar duplas ofensivas muito perigosas tanto com Marcus Foster na dois, quanto com Pierre Jackson armando.

O que esperar nesta Euroliga

Como dito anteriormente, os resultados neste último mês de preparação não foram nada animadores. O time caiu nas semifinais para o modesto Peristeri, clube que teve dificuldades para se manter na elite do basquete grego nos últimos anos. E eles ainda sofreram 90 pontos na partida, o que no basquete europeu é um péssimo indicador. As peças podem se encaixar e desenvolver um entrosamento interessante ao longo da temporada, contrariando as previsões, mas é impossível dizer que esta equipe, no papel, vá brigar pelo título europeu. Hoje, o Panathinaikos é um time de “segundo escalão” na Euroliga, atrás de equipes consolidadas como Anadolu Efes, CSKA Moscou, Maccabi Tel Aviv, Real Madrid e Barcelona. Até mesmo o Valencia, que se reforçou muito bem na offseason, parece ter um time melhor que os gregos.

By Tabela de Ferro

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