O atual vice-campeão europeu perdeu talvez seus dois melhores jogadores e líderes dentro de quadra nesta offseason, o que pode ter levado muitos a pensar que a equipe cairá de produção nesta nova temporada. Mas não se iluda: o campeão grego ainda tem um dos times mais duros de se enfrentar em todo o continente europeu e eles chegarão fortes para tentar voltar ao Final Four.

Quem chegou

Nikola Milutinov (C, CSKA Moscou-RUS, sérvio, 28 anos) / Nigel Williams-Goss (PG, Real Madrid-ESP, estadunidense, 29 anos) / Luke Sikma (PF, ALBA Berlim-ALE, estadunidense, 34 anos) / Geórgios Tanoúlis (C, Promithéas Pátras-GRE, grego, 21 anos) / Ignas Brazdeikis (SF, Žalgiris-LIT, lituano, 24 anos)

Quem saiu

Sasha Vezenkov (PF, búlgaro, 28 anos, foi para o Sacramento Kings-EUA) / Joel Bolomboy (C, estadunidense, 29 anos, foi para o Estrela Vermelha-SER) / Tarik Black (C, estadunidense, 31 anos, sem clube) / Kóstas Sloúkas (PG, grego, 33 anos, foi para o Panathinaikós-GRE)

Treinador

Giórgos Bartzókas (grego, 58 anos, vai para sua quinta temporada seguida à frente do clube, a sétima no total, contando as duas passagens)

Possível quinteto titular:

PG – Thomas Walkup
SG – Isaiah Canaan
SF – Kóstas Papanikoláou
PF – Luke Sikma
C – Moustapha Fall
Sujeito a variações

Possível segunda unidade:

PG – Nigel Williams-Goss / Michális Loúntzis
SG – Giannoúlis Larentzákis
SF – Shaquielle McKissic / Ignas Brazdeikis
PF – Alec Peters
C – Nikola Milutinov / Geórgios Tanoúlis
Sujeito a variações

Desempenho geral na temporada passada

O Olympiacós havia retornado ao Final Four da Euroliga na temporada 2021-22 após cinco anos, se reconsolidando como uma das principais forças do basquete europeu. Mantendo a base do time que caiu para o Anadolu Efes na semifinal de 2022, o time de Pireu foi ainda mais dominante na última temporada européia: os Vermelhos terminaram a temporada regular da Euroliga com a melhor campanha, de 24 vitórias e 10 derrotas. Apesar de contar com o melhor jogador da competição, Sasha Vezenkov (eleito o MVP  da temporada regular), a principal característica mantida pela equipe de Giórgos Bartzókas foi um forte senso de coletividade, o que permitiu ao time ser a melhor defesa da competição. Alcançando a grande final, o Olympiacós caiu nos últimos segundos de jogo contra o Real Madrid, com um arremesso indefensável de Sergio Llull, que impediu o quarto título europeu do clube.

Mas se a temporada européia do Olympiacós terminou com gosto amargo, o mesmo não pode ser dito sobre a temporada doméstica. Dentro da Grécia, os Vermelhos foram novamente imbatíveis, atropelando impiedosamente todos que vieram pela frente. Com muita facilidade, o Olympiacós conquistou seu segundo “doblete” consecutivo (campeonato grego e copa da Grécia), fato inédito na história do clube.

Reforço(s) mais importante(s) para esta temporada

Em uma equipe tão forte coletivamente e que mudou pouco nos últimos três anos, poderia ser uma tarefa difícil apontar qual peça, individualmente, reforça melhor o time. Mas Nikola Milutinov sobe, e muito, o nível da segunda unidade da equipe. Joel Bolomboy, o pivô reserva da equipe na temporada passada, era essencial para o time, mas Milutinov é incrivelmente superior a ele. Com Moustapha Fall de titular e Milutinov vindo do banco para substituí-lo, pode-se dizer que o Olympiacós tem o garrafão mais assustador de se enfrentar em toda a Euroliga, pois simplesmente não existe queda de rendimento quando um substitui o outro.

O que esperar nesta Euroliga

Na offseason, o Olympiacós perdeu sua grande estrela, Sasha Vezenkov (foi para a NBA), e seu capitão e grande líder, o armador Kóstas Sloúkas (foi para o grande rival, Panathinaikós). Na teoria, o time pode acabar sendo um pouco menos dominante do que foi na temporada passada, mas não deverá ser por muito. Pelo menos baseado no que se viu do time nos torneios de pré-temporada e na primeira competição oficial do ano, a Supercopa da Grécia. Na grande final contra o Panathinaikós, que montou um “super time” para a nova temporada, os Vermelhos não tomaram conhecimento do rival e deram uma surra histórica nos Verdes, onde limitaram-nos a apenas 4 pontos no primeiro quarto e 11 em todo o primeiro tempo. Não há nenhum sinal de que a equipe de Bartzókas irá cair drasticamente de produção – pelo contrário, ela ainda é o time a ser batido.

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