As eliminatórias para o Eurbobasket Feminino 2025 foram divididas em três janelas: novembro de 2023, novembro de 2024 e fevereiro de 2025. Trinta e seis seleções foram divididas em 9 grupos de 4 países, jogando duas vezes contra cada adversário, sendo uma partida como mandante e outra como visitante. O grupo I reúne Alemanha, Itália, Grécia e Tchéquia, que juntas co-sediarão o Eurobasket 2025, e disputam as eliminatórias para aproveitarem a data FIBA e contar pontos para o ranking da FIBA. O campeão de cada um dos demais 8 grupos, junto com os quatro melhores segundos colocados, classificam-se para o Eurobasket 2025.

A primeira Janela das Eliminatórias para o Eurobasket Feminino ocorreu em duas rodadas de jogos: a primeira nos dias 8 e 9 de novembro, e a segunda com todos os jogos no domingo dia 12. Forças tradicionais do continente como Espanha, França e Sérvia confirmaram os respectivos favoritismos e venceram os dois jogos. A Bélgica, atual campeã do Eurobasket, tropeçou diante da Polônia em casa na estreia e precisa remar um pouco para garantir a classificação direta. A Bónia & Herzogovina, sem Jonquel Jones, não fez uma boa janela, perdendo as duas partidas, complicando-se na competição. As surpresas ficaram com Portugal, Lituânia e Luxemburgo, que conseguiram duas vitórias.

GRUPO A

No jogo que abriu o grupo A no dia 9 de novembro, a Espanha viajou até Split para visitar a Croácia. Teoricamente, esse seria o duelo mais difícil das eliminatórias para as espanholas, pois estaria enfrentando fora de casa o adversário mais forte do grupo. De fato foi um jogão: as seleções trocaram a liderança no placar doze vezes e nenhuma delas abriu mais que sete pontos de vantagem. Mas a experiência da Espanha em momentos decisivos pesou no final, assegurarando a vitória por 70 a 65. Na segunda partida da janela, a Espanha recebeu a modesta Áustria e venceu com muita tranquilidade por 75 a 34. O grande destaque individual espanhol foi a ala pivô Queralt Casas com médias de 12,5 pontos, 6,5 rebotes e 21,0 de eficiência. A Croácia se recuperou de derrota para as espanholas vencendo no jogo de domingo a seleção dos Países Baixos (Holanda) por 81 a 57, posicionando-se em segundo lugar do grupo A. Tivemos ainda a vitória dos Países Baixos sobre a Áustria em Amsterdam por 64 a 45.

1. Espanha (2-0); 2. Croácia (1-1); 3. Países Baixos (1-1); 4. Áustria (0-2)

GRUPO B

Cabeça de chave do grupo B, a Hungria venceu os seus dois jogos da janela 1. Na estreia, bateu em casa e com certa facilidade a Eslovênia por 70 a 51, com boa atuação da armadora Agnes Studer: 13 pontos, 2 rebotes, 6 assistências, 2 roubos e 18 de eficiência. No segundo jogo teve mais trabalho. Visitou a Finlândia, que liderada pela ala-pivô, nascida no Sudão do Sul e naturalizada finlandesa, Awak Kuier, alternou-se na liderança do placar por 11 vezes com as húngaras. Porém com uma corrida de 17 a 5 na metade final do último período, a Hungria venceu por 67 a 56. Na partida de estreia a Finlândia havia vencido a Bulgária fora de casa por 75 a 65. A jovem Awak Kuier de 22 anos foi o grande destaque individual do grupo B com médias de 22 pontos, 10,5 rebotes, 4,5 tocos e 26,0 de eficiência. No duelo que fechou a janela desse grupo, a Eslovênia venceu a Bulgária em casa por 78 a 63

1. Hungria (2-0); 2. Finlândia (1-1); 3. Eslovênia (1-1); 4. Bulgária (0-2)

GRUPO C

Esse grupo sem sombra de dúvida nos proporcionou os jogos mais emocionantes da 1ª Janela. Na abertura da eliminatórias, dia 8 de novembro, a atual campeã europeia Bélgica foi surpreendida por uma valente Polônia, sendo superada em casa por 67 a 62. A seleção polonesa, após metade de período inicial esteve sempre a frente no placar, soube cadenciar a partida, garantindo a vitória. A ala americana naturalizada polonesa, Stephanie Mavunga foi o destaque da partida com 21 pontos, 8 rebotes e 3 tocos, enquanto a Bélgica teve pontuação bem distribuída entre as titulares, lideradas por Emma Meesseman com 16 pontos, ao passo que o banco belga marcou apenas 3. No domingo, a Bélgica viajou até Baku, onde atropelou a seleção do Azerbaijão por 136 a 28, enquanto que a Polônia recebeu a Lituânia em Katowice, onde chegou a abrir 14 pontos de frente, mas permitiu que as visitantes voltassem pro jogo e passassem a frente. A Polônia reagiu no final, levou o jogo para a prorrogação, que foi muito nervosa e terminou com vitória das lituanas por 75 a 73. Mavunga, com médias de 19,5 pontos, 9,0 rebotes e 14,5 de eficiência, e Meesseman, com médias de 23,5 pontos, 9,0 rebotes, 5,5 assistências e 35,5 de eficiência, foram os destaque individuais. Ainda por esse grupo, a Lituânia venceu o Azerbaijão em casa por 99 a 62.

1. Lituânia (2-0); 2. Polônia (1-1); 3. Bélgica (1-1); 4. Azerbaijão (0-2)

GRUPO D

Pela primeira rodada do grupo D, a Grã-Bretanha recebeu a Suécia em Manchester, num jogo que as duas seleções sabiam que era chave. Com seis trocas de liderança e nenhuma das equipes permitindo que a adversária fugisse no placar, as duas seleções fizeram o jogo mais equilibrado dessa janela. Houve muito equilíbrio em todas as estatísticas do jogo que terminou com vitória sueca por 64 a 62. A armadora Klara Lundquist foi o destaque da Suécia com 18 pontos, 10 rebotes e 3 assistências, enquanto a experiente pivô Temi Fagbenle liderou a seleção da casa com 13 pontos e 10 rebotes. No domingo a Suécia manteve a invencibilidade ao vencer em casa a Dinamarca no clássico nórdico por 76 a 69, e as britânicas venceram como visitantes a Estônia por 83 a 45. Na outra partida do grupo a Dinamarca venceu a Estônia em casa por 81 a 53

1. Suécia (2-0); 2. Grã-Bretanha (1-1); 3. Dinamarca (1-1); 4. Estônia (0-2)

GRUPO E

Cabeça de chave desse grupo, a França carimbou duas vitórias tranquilas na Janela 1: 71 a 49 na Letônia na estreia e 100 a 48 na Irlanda no domingo. Ambos os jogos foram dominados pelas Les Blues desde o primeiro quarto. O técnico Jean Aime Toupane aproveitou para dar bastante rodagem ao elenco, com todas jogadoras tendo pelo menos 10 minutos de quadra em média. Devido à guerra envolvendo Israel, os dois jogos que envolviam a seleção israelense foram adiados para a primeira quinzena de fevereiro de 2024.

1. França (2-0); 2. Letônia (0-1); 3. Irlanda (0-1); 4. Israel (0-0)

GRUPO F

A Turquia fechou a primeira janela das eliminatórias com duas vitórias, confirmando o favoritismo que leva nesse grupo. Na estreia venceu com facilidade a Eslováquia em casa por 75 a 40 (43 a 20 no primeiro tempo), com a ala-pivô Tilbe Senyurek terminando como cestinha com 14 pontos. No jogo 2, acreditava-se que as turcas teriam tanta facilidade quanto no jogo 1. Porém, a Islândia vendeu caro a vitória para a Turquia, fazendo um bom jogo até a metade do segundo quarto e apresentando poder de reação no segundo, exigindo que as turcas mantivessem a concentração até o final para vencer por 72 a 65, garantindo a invencibilidade da Turquia nessa janela e impondo a segunda derrota da Islândia, que foi derrotada na estreia para a Romênia por 82 a 70. Na quarta partida desse grupo, a Eslováquia venceu as romenas fora de casa por 93 a 77.

1. Turquia (2-0); 2. Eslováquia (1-1); 3. Romênia (1-1); 4. Islândia (0-2)

GRUPO G

Assim como a França no grupo E, a Sérvia não tomou conhecimento das adversárias que teve pela frente no grupo G e emplacou duas vitórias elásticas: 82 a 40 contra a Ucrânia na estreia, que foi Belgrado, e 103 a 60 na visita que fez a sua vizinha, a Macedônia do Norte. Maiores destaques sérvios nessa janela foram a pivô Tina Krajisnik com médias de 16,5 pontos, 10,5 rebotes e 25,0 de eficiência, e a armadora Yvonne Anderson com médias de 14,0 pontos, 5,0 assistências e 17,5 de eficiência. Portugal foi uma das surpresas dessa primeira janela de eliminatórias. A equipe venceu os seus dois jogos contra equipes que tradicionalmente são mais fortes: 65 a 52 na estreia em casa contra a Macedônia do Norte, num jogo bem equilibrado, com 5 trocas de liderança e que foi definido apenas no último quarto que foi vencido por Portugal por 18 a 7; e ao visitar a Ucrânia venceu por 78 a 63, com uma virada sensacional no quarto final onde venceu por 35 a 14. Quem se destacou pela equipe portuguesa foram a búlgara naturalizada com médias de 4,5 pontos, 10,0 rebotes e 16,0 de eficiência e a armadora Maria Bettencourt com 14,5 pontos de média.

1. Sériva (2-0); 2. Portugal (2-0); 3. Macedônia do Norte (0-2); 4. Ucrânia (0-2)

GRUPO H

A seleção cabeça de chave desse grupo não fez um bom início de eliminatórias. A Bósnia & Herzegovina estreou com derrota em casa para Montenegro, que dominou a partida do início ao fim e venceu por 91 a 70. Na segunda rodada, foi a vez de Luxemburgo surpreender as rivais, vencendo por 77 a 64, sem nunca ter perdido a liderança do placar. Jogando sem Jonquel Jones, a Bósnia foi liderada pela jovem Melisa Brcaninovic, que anotou 18,5 pontos de média. Montenegro, no seu segundo jogo, venceu a frágil Suíça por 85 a 61. Outra surpresa das primeira janela, Luxemburgo saiu com duas vitórias. Além da que conseguiu em casa contra a Bósnia, venceu a Suíça como visitante por 56 a 48. A excelente campanha de Luxemburgo é liderada pela grande performance individual da ala Faith Ehi Etute de apenas 18 anos. Ela está com médias de 18,5 pontos, 13,0 rebotes, e 27,5 de eficiência.

1. Montenegro (2-0); 2. Luxemburgo (2-0); 3. Suíça (0-2); 4. Bósnia&Herzegovina (0-2)

GRUPO I

O grupo que reúne os 4 países que sediarão o EuroBasket Feminino de 2025 entregou bons jogos. Logo do dia 1, a Itália, comandada pela armadora Cecilia Zandalasini, tentava abrir vantagem, mas a Grécia, liderada por Artemis Spanou, que jogou os 40 minutos, acabava buscando o placar. Mas no final, as italianas venceram por 76 a 67. No outro jogo do dia, a Alemanha atropelou a Tchéquia (85 a 41) com excelente atuação das irmãs Satou e Nyara Sabally, que combinaram 38 pontos. No domingo, a Grécia recebeu a Tchéquia num jogo muito equilibrado até a metade do terceiro quarto, quando as gregas se aproveitaram do excesso de erros do adversário para se distanciar no placar e vencer por 75 a 66. No fechamento do grupo, Alemanha e Itália duelaram para ver quem sairia da primeira janela sem perder. A Alemanha, depois de ficar quase dez minutos sem pontuar (da metade do primeiro quarto até metade do segundo), deixou a Itália disparar no placar (28 a 10). Cadenciando bem o ritmo do jogo e contando com o baixo aproveitamento nos arremessos das alemãs, a seleção italiana encaminhou a vitória, fechando a partida em 70 a 53. Nyara Saballey encerrou a janela com médias de 14,5 pontos, 11,0 rebotes e 22,0 de eficiência, e a Cecilia Zandalasini com médias de 15,5 pontos, 6,5 rebotes, 3,0 assistências e 17,5 de eficiência.

1. Itália (2-0); 2. Alemanha (1-1); 3. Grécia (1-1); 4. Tchéquia (0-2)

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